« em: Setembro 30, 2004, 09:50:04 pm »
BNDES dá a partida na fábrica brasileira de turbinas
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O BNDES está movendo mundos e, principalmente, fundos para estimular a instalação de uma fábrica de turbinas para aviões no Brasil. Lessa e cia. quase respiram o desejo de aumentar a participação dos componentes made in Brazil nos aviões produzidos pela Embraer. E a hora é mais do que propícia para a decolagem do projeto. Salvo um ou outro contratempo, como o risco de suspensão das encomendas feitas pela concordatária US Airways, a Embraer registrou neste ano um expressivo aumento de sua carteira de pedidos. Com a engorda, a expectativa é de que só neste ano a companhia gaste mais de US$ 1,7 bilhão na importação de peças, contra US$ 1 bilhão em 2003.
Além do timing perfeito, outro fator vem estimulando o BNDES a turbinar a nova fábrica. Após frustradas conversações com a GE, candidata onírica ao projeto, o banco encontrou um pretendente a parceiro. Há cerca de um mês, vem mantendo entendimentos com a Rolls-Royce.
Diante do alto custo e do elevado risco embutidos na operação, pelo menos em um primeiro momento a fábrica não seria responsável por todo o processo de produção das turbinas, mas apenas pela montagem do equipamento com peças importadas. No caso da Rolls Royce encampar o projeto, os componentes virão de suas fábricas na Inglaterra. O BNDES já tem na ponta da língua alguns argumentos para convencer os ingleses. Uma das medidas é atrelar os investimentos na fábrica e a importação das peças aos pedidos firmes da Embraer, minimizando o risco da operação.
Outro carinho que poderá ser feito pelo banco é o financiamento de um projeto em gestação na Rolls-Royce. O grupo planeja instalar no Brasil uma nova fábrica de turbinas para termelétricas, com o objetivo de aproveitar o aumento da demanda pelo equipamento.
Fonte: www.defesanet.com.br