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Conflitos do Presente / Re: Invasão da Ucrânia
« Última mensagem por papatango em Hoje às 08:29:07 am »Creio que continuo a ver demasiadas esperanças à volta dos caças F-16.
Em Portugal, recebemos os primeiros F-16, na versão F-16A em 1994 e as negociações começaram alguns anos antes.
Os F-16A eram aviões novos, mas sem grande sofisticação e capacidades (que já estavam disponíveis noutras versões do mesmo avião)
Até serem entregues os primeiros F-16AM modernizados, demorou nove anos. Sim. Nove anos.
E o avião era o mesmo, o que mudava era o miolo ...
É evidente que a energia do desespero, tem uma grande importância e pode cortar muito tempo. Uma estrutura industrial que está muito mais preparada também ajuda. No entanto será sempre um processo muito longo.
Ainda assim, os russos têm razões para preocupação. Eles nunca enfrentaram aeronaves realmente modernas nesta guerra.
As capacidades demonstradas pelos equipamentos russos em outras guerras, desde o Iraque às guerras entre Israel e os Arabes, mostram que estes países, ao contrário do que se poderia esperar, conseguiram muito mais do material russo que os proprios russos.
Hoje as perdas de material por parte dos iraquianos e dos egipcos, por exemplo, não parecem tão desastrosam, quando vemos os numeros das perdas russas na invasão da Ucrânia...
Ainda assim, o F-16 não é nenhuma panaceia milagrosa. Por outro lado, como diziam os americanos na guerra fria, a Ucrânia era o cérebro da União Soviética.