Indústria de Defesa do Brasil

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Vitor Santos

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #30 em: Setembro 18, 2015, 03:16:20 pm »
Gripen NG: AEL entrega protótipos do WAD e HUD



A AEL Sistemas (AEL) entregou os primeiros protótipos “Modelo A” das unidades WAD e HUD para o Gripen NG brasileiro. Em fevereiro de 2015, a SAAB anunciou a seleção da AEL como nova fornecedora no Brasil. As empresas também assinaram um contrato para a transferência de tecnologia. A AEL foi selecionada para fornecer o Wide Area Display (WAD), o Head-Up Display (HUD) e o Helmet Mounted Display (HMD), que serão integrados aos Gripen NG como parte do contrato F-X2.

O programa de desenvolvimento do WAD e do HUD começou em janeiro de 2015. Já o do HMD teve início em maio deste ano. O novo programa de sistemas aviônicos será executado ao longo de quatro anos e inclui  desenvolvimento, integração e produção, etapas realizadas em Porto Alegre (RS). Os trabalhos de integração dos sistemas na aeronave serão feitos pela SAAB e pela EMBRAER Defesa e Segurança.



O WAD para o Gripen NG brasileiro é um sistema único e inteligente de exibição de tela grande (19 x 8 polegadas), redundante e multiuso, em cores e de alta resolução, com apresentação contínua de imagem, capaz de receber entradas de teclas multifuncionais, touchscreen (toque de dedo) ou interfaces externas. É a principal fonte de todas as informações de voo e missão instalada na cabine do piloto.



O HUD (visor de cabeça erguida) fornece informações essenciais de voo e missão para o piloto sem que ele necessite curvar a cabeça para baixo e desviar sua atenção do que ocorre à frente da aeronave durante instantes críticos de uma missão.

Já o HMD Targo (capacete dotado de visor e mira) é a próxima geração desse tipo de equipamento, que permite que o piloto veja dados e imagens de alvos reais e virtuais, adicionando funcionalidades que aumentam a consciência situacional e a capacidade de julgamento e decisão do piloto.

Os protótipos permitirão que a SAAB antecipe as atividades de engenharia de software e sistemas, reduzindo assim o risco de integração na aeronave. Uma extensa campanha de testes em voo será ainda realizada em estreita cooperação entre a AEL e a SAAB, em Linköping, Suécia.



“Estamos orgulhosos de entregar esses protótipos em tempo, dentro do cronograma, e com qualidade, permitindo que os engenheiros da SAAB possam continuar o trabalho de integração para a aeronave. Acreditamos que este fato destaca e evidencia o compromisso da AEL com a SAAB e a Força Aérea Brasileira (FAB) para fornecer a próxima geração de cockpit para a próxima geração de caças”, afirmou Sérgio Horta, presidente da AEL.

“Este é um passo muito importante no desenvolvimento do Gripen NG para o Brasil. Demonstra uma cooperação muito eficaz entre a AEL e a SAAB e é um passo de sucesso na cooperação industrial entre a indústria brasileira e a sueca no programa Gripen NG”, disse Mikael Franzén, Diretor do Programa para o Gripen no Brasil.

O processo brasileiro de aquisição de 36 aviões de combate Gripen NG para a FAB está em curso e o contrato está previsto para entrar em vigor durante este ano, e a transferência de tecnologia também está em curso. O escopo adicional focará no desenvolvimento da interface Homem-Máquina (HMI) para os caças avançados, juntamente com oficinas de manutenção de aviônicos. Atividades no âmbito do presente contrato terão início no segundo semestre de 2015 na SAAB. Isto incluirá cursos teóricos e treinamento no ambiente de trabalho.

Ivan Plavetz

http://tecnodefesa.com.br/gripen-ng-ael ... wad-e-hud/
 

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Vitor Santos

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #31 em: Setembro 18, 2015, 03:19:49 pm »
INPE e FAPESP querem estimular pesquisas aeroespaciais



O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a FAPESP (Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo) assinaram um acordo para estimular pesquisas no campo de tecnologias aeroespaciais. O objetivo é beneficiar pesquisadores de pequenas empresas e estimular o desenvolvimento da cadeia industrial ligada ao setor.

“A grande contribuição do INPE é de nuclear uma indústria espacial no Brasil”, ponderou Leonel Fernando Perondi, diretor do instituto. “Esperamos ter uma indústria de satélites, moderna, de alto valor agregado e com possibilidade de renda multo alta”.

Assinada na semana passada, a parceria INPE-FAPESP irá apoiar projetos cooperativos de pesquisas que levem ao desenvolvimento de novas tecnologias, sistemas e equipamentos com base em temas estabelecidos conjuntamente pelos parceiros.

As duas instituições não divulgaram o montante de recursos que serão aportados, mas fontes próximas ao assunto estimam poderá chegar a R$ 40 milhões. O dinheiro será aplicado por meio do PIPE (Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), da FAPESP, com a seleção de propostas de pesquisa a serem financiadas e da avaliação dos projetos.

Segundo a FAPESP, ainda não há data prevista para divulgação da chamada pública aos interessados em  inscrever projetos. Ainda de acordo com a fundação, a propriedade intelectual resultante dos projetos de pesquisa será regida pelas normas do PIPE.

Durante a solenidade de assinatura do acordo, o diretor do INPE disse que as pesquisas poderão ajudar o Brasil a ganhar espaço também na indústria espacial. “Nos próximos 20 anos essa vai ser uma indústria muito forte, tanto quanto a aeronáutica é na atualidade, e o Brasil poderá se beneficiar disso” avaliou Perondi.

Perondi ainda lembrou a importância da colaboração para a pesquisa e desenvolvimento de sistemas e equipamentos, citando a parceria sino-brasileira iniciada em 1988 e que resultou no projeto de desenvolvimento e lançamento de satélites da família CBERS.

O presidente da FAPESP, Celso Lafer, ressaltou a importância do acordo. “Uma característica importante dessas pesquisas é que elas terão uma forte ligação com o setor produtivo, o que deverá ajudar a dar impulso a uma atividade de vital importância para o avanço do conhecimento”.

São José dos Campos

A Previsão é que o acordo possa contribuir para a criação de uma indústria do setor espacial no Brasil, cujo centro será no município paulista de São José dos Campos.

A EMBRAER tornou-se referência para o INPE ao estimular o desenvolvimento da cadeia produtiva ligada ao setor aeroespacial, que tem forte presença na região do Vale do Paraíba. Conforme o diretor do INPE, a meta é fazer nesse segmento o que ocorreu com o setor aeronáutico, depois do surgimento da EMBRAER.

“O turboélice Bandeirante voou pela primeira vez em 1968, exatos 18 anos depois da criação do então  Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), atual Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Em 1969 criou-se a EMBRAER, hoje a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo”, destacou Perondi.

Para ele, investir em pesquisa e no desenvolvimento de produtos é o “resultado de ter uma indústria num setor moderno, de alto valor agregado e com possibilidade de renda multo alta”.

Ivan Plavetz

http://tecnodefesa.com.br/inpe-e-fapesp ... espaciais/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #32 em: Setembro 22, 2015, 08:47:55 pm »
Engenheiros e Técnicos brasileiros irão começar a trabalhar no Gripen NG



Um grupo de 46 engenheiros e técnicos brasileiros irão começar a trabalhar na Suécia a partir do dia 19 de outubro. Eles são funcionários das empresas Embraer, de São José, e da AEL Sitemas, de Porto Alegre, embora alguns engenheiros da Embraer já estejam na sede da sueca Saab, os 46 profissionais serão oficialmente os pioneiros para o início do programa de fabricação dos caças supersônicos Gripen NG, que serão produzidos pela Saab para equipar a FAB (Força Aérea Brasileira).

O contrato de compra dos jatos inclui transferência de tecnologia para o Brasil, sob a coordenação da Embraer. Começa a valer agora, na prática, o contrato entre o Brasil e a Suécia, efetivado oficialmente há duas semanas. Serão 36 caças supersônicos Gripen NG de última geração, capazes de voar duas vezes a velocidade do som, a última pendência do contrato, o financiamento, também foi concluída há um mês. O contrato é de US$ 4,7 bilhões, dos quais US$ 245,3 milhões são para a compra de armamentos para os jatos.

Os técnicos e engenheiros brasileiros irão em grupos ao longo dos próximos anos. Em outubro, irão 44 funcionários da Embraer e 2 da AEL. Segundo a Embraer, até 2020, a empresa vai enviar 280 funcionários para a sede da Saab para atuar no projeto.  De acordo com a Embraer, irão para a Suécia engenheiros e operadores de produção, de 2015 a 2020.

A empresa informou que a permanência dos funcionários na Suécia pode durar de 6 a 24 meses. Segundo a Saab, o tempo de permanência do primeiro grupo na Suécia deve ser de 12 meses. No início, haverá uma variedade de treinamentos teóricos e a maioria dos técnicos e engenheiros também irá participar do treinamento prático (on-the-job), no desenvolvimento do Gripen –uma formação mais especializada dentro do mesmo projeto que os engenheiros da Saab.



A Embraer será a responsável no Brasil pelo programa de transferência de tecnologia. A Embraer também vai coordenar as atividades de produção dos caças no Brasil. A empresa será responsável pelo desenvolvimento completo da versão de dois lugares do Gripen NG. A montagem final dos jatos será feita na fábrica de Gavião Peixoto. A AEL é responsável pelo programa de sistemas avi-ônicos do Gripen. A empresa foi confirmada no programa em fevereiro, quando assinou com a Saab um contrato para a transferência de tecnologia.

A AEL foi selecionada para fornecer o WAD (Wide Area Display), o HUD (Visor Frontal) e o HMD (Helmet Mounted Display – capacete com visor), que será integrado ao Gripen NG para o Brasil como parte do contrato F-X2. O trabalho da AEL deve durar quatro anos e inclui o desenvolvimento, a integração e o trabalho de produção, que serão realizados em Porto Alegre. A integração do sistema será feito pela SAAB e pela Embraer.

Para a Saab, a chegada dos técnicos e engenheiros brasileiros é um marco no programa dos caças para a FAB. “Este importante acontecimento marca o início formal do programa Gripen NG brasileiro. Agora vamos trabalhar a toda velocidade para garantir as entregas no prazo determinado”, afirmou Häkan Buskhe, presidente e CEO da Saab.

O Gripen é uma aeronave de combate multimissão, capaz de realizar todas as missões ar-ar e ar-solo, incluindo tarefas especializadas, como de inteligência, vigilância, aquisição de alvos e reconhecimento e guerra eletrônica. O Gripen está equipado com os mais modernos sensores e sistemas de missão, incluindo um radar de varredura eletrônica ativa e um sistema de busca e rastreamento infravermelho. O caça deve substituir os F-5 da FAB.

A entrega dos caças supersônicos Gripen NG deve começar em 2019 e terminar em 2024. A montagem final dos jatos no Brasil será feita na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto. Dois pilotos brasileiros –Gustavo Pascotto e Ramon Forneas– foram os primeiros a serem treinados para pilotar o caça, na Suécia. Outros pilotos da FAB devem ser treinados.















Fonte:  http://www.revistaoperacional.com.br/fo ... gripen-ng/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #33 em: Setembro 22, 2015, 09:44:51 pm »
INB inicia produção regular de urânio enriquecido



A Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) de Resende (RJ) iniciou as atividades regulares de serviços de enriquecimento de urânio para as usinas nucleares do País. A ativação da produção na unidade localizada no distrito de Engenheiro Passos representa mais um importante avanço das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) no caminho para a autonomia do ciclo do Elemento Combustível. Na cerimônia, ocorrida no dia 10 de setembro, estiveram presentes, além do presidente da INB, Aquilino Senra, diretores da empresa e representantes da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

A INB planeja, desde 1996, a inclusão da etapa mais sensível do ciclo do combustível nuclear em suas atividades, cuja tecnologia foi desenvolvida pelo CTMSP em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Em maio de 2006, a empresa inaugurou a primeira Cascata da Usina de Enriquecimento de Urânio nas instalações da FCN. O projeto desenvolvido pelo CTMSP ganhou espaço na FCN ao lado das etapas da Reconversão e da produção de pastilhas, ambas já em operação. Uma importante etapa que colocou o Brasil ao lado de um pequeno grupo de países que já enriquecem urânio.

Com a entrada em operação regular da Usina de Enriquecimento, a INB será capaz de enriquecer cerca de 40% do urânio utilizado em uma recarga de Angra 1. Dessa forma, o Brasil terá, além da vantagem estratégica de incorporar uma tecnologia sensível e de reduzir a dependência de fornecedores externos para a produção do combustível nuclear, ganhos econômicos significativos correspondentes a supressões anuais de remessas de divisas para fora do País, montante financeiro estimado em US$ 15 milhões considerando apenas o abastecimento de Angra 1.

O superintendente de Enriquecimento Isotópico, Ezio Ribeiro, acompanhou desde o início todos os passos da implantação da nova usina e viveu intensamente este projeto que vem ultrapassando obstáculos e superando desafios a cada dia. “É um sentimento de realização, de materialização de um sonho que se tornou realidade”, disse. Mas o futuro reserva, segundo Ezio, um desafio ainda maior. “Queremos atender toda a demanda de serviços de enriquecimento de urânio que o País necessita para continuar gerando energia elétrica limpa, segura e de qualidade para a população brasileira”, contou.

Ivan Plavetz
Fonte: A Voz da Cidade – Resende (RJ)
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #35 em: Setembro 28, 2015, 07:58:22 pm »
Vant - Falcão, primeiro do país em sua classe

A Avibras está concluindo a integração completa do primeiro protótipo do veículo aéreo não tripulado (Vant) Falcão, que estará preparado para voar até julho. O Falcão é o primeiro Vant nacional na classe de 800 quilos, usado em missões de vigilância e reconhecimento



O gerente do projeto na Avibras, Renato Bastos Tovar, explica que a plataforma do Falcão é feita em fibra de carbono, que garante maior leveza ao veículo e aumenta o espaço para que ele possa carregar mais combustível e sensores.

Com mais de 15 horas de autonomia, o Falcão está configurado para carregar um equipamento eletro-óptico [tira fotos e faz filmagem de alta qualidade, tanto durante o dia quanto à noite], um radar de detecção de alvos móveis no solo e um link de satélites, com alcance de até 1.500 km", explica o engenheiro.

O sistema de gerenciamento de vídeo a bordo do veículo, segundo Tovar, está sendo desenvolvido pela empresa Easystech, que também conta com financiamento da Finep. "O Falcão é o único Vant na classe de 800 quilos capaz de levar essa carga útil, de aproximadamente 150 quilos", ressaltou.

O Falcão, segundo Tovar, já consumiu investimentos de R$ 60 milhões e conta com o apoio das três Forças Armadas e também da Finep. O executivo afirmou que a eletrônica de bordo do Vant, assim como a parte de sistemas de navegação e controle, a plataforma e a integração dos sistemas de missão da aeronave são 100% nacional.

A Avibras, de acordo com o coordenador, aguarda para este ano que as Forças Armadas definam os requisitos dos Vants que pretendem comprar para poder iniciar a fase de industrialização do projeto, testes de comprovação de requisitos e certificação. "Já temos uma sinalização forte, por parte de uma das Forças Armadas, de que o Falcão seria a escolha preferencial para as missões de patrulha e reconhecimento", garantiu o executivo.

Recentemente, segundo ele, a Avibras recebeu a visita de representantes das três Forças Armadas em sua fábrica de Jacareí, no Vale do Paraíba (SP). A empresa também já foi consultada informalmente sobre as características do veículo, estimativa de investimentos e prazos para a produção do primeiro lote de Vants.

O desenvolvimento dessas aeronaves não tripuladas integra a lista de prioridades da nova política de defesa nacional do governo. A licitação para a compra dos veículos pelas Forças Armadas ainda não foi lançada mas, de acordo com Tovar, existe a intenção de se adquirir três tipos de equipamentos: os chamados mini-Vants, de 3 a 5 quilos e até 5 quilômetros de alcance, para reconhecimento de curta distância; os Vants de 800 quilos e entre 15 e 20 horas de operação, para reconhecimento, vigilância e patrulha; e os Vants estratégicos, acima de 1,5 tonelada, para missões de longa duração (mais de 20 horas).



Fonte:  http://www.defesanet.com.br/aviacao/not ... -ate-julho
 

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Vitor Santos

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #36 em: Outubro 06, 2015, 02:08:14 pm »
IAE perto de finalizar a segunda fase do projeto SARA



O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em São José dos Campos (SP), está finalizando a segunda fase do projeto SARA (Satélite de Reentrada Atmosférica), etapa que consiste na revisão de pré-lançamento.

O lançamento está programado para ocorrer dentro da operação São Lourenço, marcada para acontecer entre 13 de outubro e 07 de novembro próximos no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

O projeto consiste no desenvolvimento de uma plataforma espacial para experimentos em ambiente de microgravidade de curta duração (em torno de oito minutos) destinado a operar em órbita baixa, a cerca de 300 quilômetros de altitude, por um período máximo de 10 dias.

Futuramente, planeja-se que o SARA seja uma plataforma industrial orbital para qualificação de componentes, materiais espaciais e equipamentos. Além disso, a intenção é que ele abra mais possibilidades na realização de projetos de pesquisa e incremento nas mais diversas áreas e especialidades como biologia, biotecnologia, medicina, combustão e fármacos, entre outras.

A longo prazo, o objetivo é avançar para a nova geração de veículos de reentrada e para as aeronaves hipersônicas. O SARA trará autonomia para o País na realização de experimentos de microgravidade e manterá em alto nível a operacionalidade dos centros de lançamento.

Ivan Plavetz
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #37 em: Outubro 10, 2015, 01:33:16 am »
Odebrecht Defesa e Tecnologia decide vender 40% da Mectron



A Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) decidiu vender 40% da Mectron, uma das principais empresas brasileiras do setor de defesa e organização de alta tecnologia fabricante de mísseis, sistemas de comunicação e equipamentos espaciais. O presidente da ODT, André Amaro, disse que a companhia busca um parceiro internacional para entrar no capital e manter a sua característica de empresa estratégica de defesa (EED), com 60% de capital nacional, de acordo com exigência da Lei 12.598.

Amaro disse que o processo foi iniciado na semana passada com uma comunicação formal da ODT para as empresas com as quais o grupo já mantém algum tipo de relacionamento. A expectativa do executivo é que as negociações sejam concluídas em 120 dias. De acordo com a fonte da notícia, o grupo russo Rosoboronexport é um dos interessados, mas a Mectron também está sendo avaliada por empresas do setor de defesa da China, Estados Unidos e Europa. Alguns parceiros que a ODT tem para desenvolver projetos específicos, como a alemã Atlas Elektronik, do grupo Thyssen Krupp, que desenvolve conjuntamente  um torpedo pesado para a Marinha do Brasil, também aparecem como potenciais interessados.

A francesa DCNS é parceira da ODT no programa PROSUB, através do qual, submarinos estão sendo desenvolvidos e construídos para a Marinha. Juntas, elas controlam a Itaguaí Construções Navais (ICN), que está construindo dois estaleiros e uma base naval no município de Itaguaí, a 69 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro. As restrições orçamentárias do governo, segundo Amaro, impactaram os principais projetos da Mectron, que na semana passada precisou fazer um novo ajuste e dispensar mais 40 funcionários. Em maio deste ano, a empresa encerrou suas atividades no segmento espacial e dispensou 32 empregados.

O contrato de desenvolvimento das redes elétricas do Veículo Lançador de Satélites (VLS), da Aeronáutica, foi descontinuado. A Mectron chegou a ter 550 empregados. Hoje, conta com 320. A empresa, segundo o presidente da ODT, tem uma dívida total de R$ 261 milhões, sendo R$ 150 milhões com a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e R$ 111 milhões com o acionista. Desde sua aquisição, em 2010, a ODT investiu R$ 350 milhões na Mectron. No ano passado, sua receita líquida foi de R$ 103 milhões e a previsão para este ano é de R$ 150 milhões. A companhia de defesa fechou 2014 com prejuízo de R$ 22 milhões.

Amaro disse que a Mectron conta hoje com uma carteira de pedidos de R$ 800 milhões. Alguns projetos, apesar da redução da disponibilidade orçamentária do governo, ainda estão com os pagamentos em dia, embora abaixo do valor previsto originalmente no contrato. É o caso do projeto Link BR-2, um sistema de comunicação segura por enlace de dados (data link) para a Força Aérea Brasileira (FAB). Em 2014, o projeto recebeu R$ 36 milhões, mas tinha previsão orçamentária de R$ 56 milhões. Este ano o projeto recebeu R$ 15 milhões, de um orçamento inicial de R$ 44,4 milhões. Entre os programas mais impactados pelas restrições orçamentárias, estão os mísseis MAA1-B (míssil ar-ar de quarta geração) e MAR (antiradiação, para supressão de baterias antiaéreas inimigas).

A definição de um parceiro e acionista, segundo Amaro, ajudará a Mectron a ter acesso a novas tecnologias e na sua inserção no mercado global. “Com a Mectron fortalecida e capitalizada, a ODT estará mais preparada para atender às demandas do mercado brasileiro quando houver um novo ciclo de aquisições no âmbito da Estratégia Nacional de Defesa (END)”, afirmou o executivo.

A Mectron também é uma das parceiras da SAAB no programa de desenvolvimento dos caças Gripen NG para a Força Aérea Brasileira (FAB). Participará da integração dos armamentos da aeronave e do fornecimento do sistema de data link do caça. A empresa também está participando do desenvolvimento do míssil A-Darter, feito em conjunto com a África do Sul. As dificuldades enfrentadas pela Mectron, já preocupam a SAAB, que teme comprometer o cronograma de desenvolvimento do projeto.











Fonte:  http://www.revistaoperacional.com.br/20 ... a-mectron/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #38 em: Outubro 17, 2015, 01:46:29 am »
Dez veículos militares projetados e construídos no Brasil

Cascavel


Produzido em São José dos Campos pela Engesa, o blindado alcançou enorme sucesso internacional desde que começou a ser feito, em 1980.

Além do Brasil, onde ainda existem mais de 200 unidades em operação, ele foi exportado amplamente para países como Iraque, Líbia, Colômbia e Chipre e, em menor quantidade, para outros países vizinhos (Bolívia, Equador, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela).

Ele compartilha alguns componentes mecânicos com o Urutu (veja mais detalhes abaixo), outro blindado produzido pela Engesa, apesar de terem propostas diferentes - enquanto o Urutu transporta tropas, o Cascavel é um veículo de reconhecimento e combate ligeiro.

Seu armamento padrão é um canhão de 90 mm, além de metraladores secundárias junto à torre.

Urutu


Provavelmente, esta é a mais conhecida de todas as "cobras" feitas no Brasil. Também, já são mais de quarenta anos desde que o primeiro Urutu entrou em ação, transportando tropas de até 12 soldados - além do motorista e do comandante.

Acessibilidade sempre foi um dos pontos fortes do modelo, sendo possível a entrada e a saída dos ocupantes pelas laterais, pela traseira e pelo teto.

Além do uso intenso pelo Exército e pela Marinha do Brasil, ele também fez bastante sucesso internacionalmente. Países como Iraque, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Colômbia e Líbia adquiriram centenas de unidades.

Mas apesar do sucesso comercial e de algumas soluções técnicas eficazes, como a suspensão traseira do tipo "Boomerang", o Urutu tornou-se obsoleto em situações de combate atuais.

Jararaca


Eis um caso de modelo nacional cujo foco era a exportação, e não a utilização pelas Forças Armadas daqui. Os países que mais adquiriram unidades do veículo foram Uruguai, Equador, Chipre, Guiné e Gabão, totalizando 63 exemplares vendidos para o exterior.

Produzido pela Engesa, o Jararaca é um veículo de reconhecimento de 4,16 metros de comprimento e ampla autonomia - graças ao tanque com capacidade para 140 litros de diesel, pode rodar até 700 quilômetros.

Comporta três tripulantes: motorista, comandante e atirador, o qual opera uma metralhadora calibre 7,62mm. No Brasil, há apenas dois protótipos em funcionamento.

Ogum


Mais um produto da Engesa, mas que, dessa vez, não chegou a ser feito em larga escala. Novamente, que solicitou o modelo foi Saddam Hussein, que desejava um blindado leve transportador de tropas movido por esteiras (mais eficientes que as rodas em terrenos off-road), com características similares às do alemão Wiesel. Assim, foi criado o primeiro protótipo do Ogum, em 1986.

O governo iraquiano pediu modificações, que foram feitas pela Engesa e se materializaram num novo protótipo - no total, foram produzidos quatro exemplares prévios.

O ditador do país do Oriente Médio chegou a negociar a aquisição de 200 unidades do Ogum, mas, com o desenrolar dos conflitos na região, a negociação não evoluiu, e o projeto foi abandonado.

Sucuri


Baseado na plataforma do Urutu e do Cascavel, o Sucuri foi um caça-tanques sobre rodas criado pela Engesa nos anos 80 que abria mão de parte de sua capacidade de proteção para surpreender em termos de velocidade - atingia até 115 km/h, com alcance operacional de 600 quilômetros.

O ponto alto do Sucuri era a força de ataque equivalente à de um tanque, mesmo com um peso total três vezes menor. Seu canhão de 105 mm era montado em uma torre estabilizada.

Como armamento secundário, metralhadoras de 12,7 e 7,62 mm. Infelizmente, ele não chegou a entrar em produção.

Osório


O carro de combate pesado nasceu com audácia e perspectivas de glória. Em meados dos anos 1980, o modelo foi desenvolvido pela Engesa para uma concorrência aberta pela Arábia Saudita.

Submetido a testes no deserto, o protótipo do Osório superou os concorrentes do Reino Unido, França e Itália, e ficou em pé de igualdade com o famoso tanque M1 Abrams dos Estados Unidos.

Houve boatos de que o contrato chegou a ser redigido, estipulando que a venda para os árabes ajudaria a financiar a compra pelo próprio Exército Brasileiro.

Na hora de fechar o acordo, porém, falou mais alto o poderio político e econômico dos americanos. O início da crise que levaria à Guerra do Golfo, em 1990, selaria de vez o destino do Osório, que ainda participaria de outras concorrências na região.

Pior para a Engesa: ao investir todos os seus recursos no desenvolvimento do tanque para exportação - e sem nenhuma garantia de que o Exército Brasileiro, em grave crise financeira, fosse comprar o Osório - a empresa entraria em concordata anos depois, dando fim a um legado de expertise em blindados.

Astros


Um dos mais bem-sucedidos modelos militares brasileiros mundo afora. Desenvolvido pela Avibras Indústria Aeroespacial em 1983, ele é um lançador de foguetes de saturação utilizado pelas forças armadas de países como Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Indonésia e Iraque - além do próprio Brasil.

É capaz de lançar múltiplos foguetes, de diferentes calibres, a distâncias que variam entre 9 e 300 quilômetros, e deve ganhar uma nova versão, chamada de Astros 2020, compatível com mísseis de cruzeiro.

O Astros II esteve envolvido em algum dos mais conhecidos conflitos do século passado, como a guerra Irã-Iraque, realizada entre 1980 e 1988, e a Guerra do Golfo, ocorrida em 1990 e 1991 - em ambos os casos, serviu às tropas de Saddam Hussein com sucesso comprovado, graças à sua mobilidade e poder de fogo.

Guarani


O mais moderno blindado de transporte médio do Exército Brasileiro teve suas primeiras unidades entregues em 2014, e deve substituir gradualmente o Urutu.

Foi desenvolvido pela Iveco, companhia muito conhecida pela produção de caminhões. Com capacidade para até 11 ocupantes, o Guarani é um 6x6 com alcance operacional de até 600 km e que pode alcançar os 110 km/h de velocidade máxima.

Assim como outros veículos militares modernos, o Guarani tem uma estrutura modular, isto é, pode ser modificada e receber outros tipos de dispositivo (armas, sensores, blindagem extra, mecanismos de defesa) de acordo com a demanda.

Seu casco inferior em forma de V é ideal para minimizar os danos causados por minas e explosivos, e a blindagem de série oferece protecão contra tiros de fuzil 7,62 mm.

Seu armamento principal é um canhão automático de calibre 30 mm em uma torre estabilizada controlada remotamente.


Gaúcho


Pode ser tratado como um veículo militar leve de dupla nacionalidade. Isso porque seu projeto teve início em 2004, durante uma reunião no Rio de Janeiro que teve representantes das forças armadas de Argentina e Brasil.

De fato, mais de 85% das peças utilizadas em sua construção são feitas nos dois países, predominantemente na Argentina.

Um dos itens feitos por aqui é o motor 2.8 movido a diesel de 130 cavalos de potência. Por ser um veículo leve (2.100 kg) para sua categoria, o Gaucho é ideal para o transporte por aviões.

Possui autonomia de 500 quilômetros e velocidade máxima de 120 km/h. Comporta até quatro ocupantes, e oferece como opcionais uma metraladora calibre 7,62mm e um kit de blindagem leve.


Marruá


Com a falência da Engesa, alguns de seus projetos pareciam fadados ao esquecimento. Um deles (o EE-12), porém, teve destino diferente graças à intervenção da Agrale.

Em 2003, a companhia anunciou que retomaria seu desenvolvimento, atualizando-o para as necessidades das Forças Armadas brasileiras daquele momento. Nasceu, cinco anos depois, o Marruá.

Foi a Marinha que teve a oportunidade de usá-lo de modo pioneiro, em substituição ao Toyota Bandeirante. Nos anos seguintes, o modelo passou a ser utilizado também pelo Exército e, depois, foi exportado para países vizinhos, como Argentina, Paraguai e Equador.

Sua atuação mais notável até aqui é na intervenção brasileira na missão de paz no Haiti, onde o Marruá atua como veículo de carga, de transporte de pessoal ou ambulância.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/noti ... -brasil#12
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #39 em: Outubro 23, 2015, 03:20:46 pm »
Concluído modelo térmico do satélite Amazônia-1



O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), localizado em São José dos Campos (SP), concluiu o modelo térmico do satélite Amazônia-1. Destinado ao monitoramento de recursos naturais, o satélite é o primeiro construído a partir da Plataforma Multimissão (PMM), estrutura inovadora desenvolvida pela instituição, capaz de se adaptar aos propósitos de diferentes missões e reduzir custos de projetos espaciais.

Os ensaios térmicos ocorrem nos próximos dois meses no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE. Durante os testes, são simuladas condições enfrentadas em órbita pelo satélite, que permanece exposto a temperaturas extremas e radiação espacial.

“As partes mais expostas do satélite enfrentarão temperaturas próximas a – 80 graus Celsius no período de eclipse e +80 graus Celsius no período iluminado. Uma importante etapa do desenvolvimento de um satélite é demonstrar que as temperaturas são mantidas dentro dos limites, garantindo o funcionamento. Para isso, construímos um modelo representativo para passar por ciclos de testes que visam qualificar o Subsistema de Controle Térmico”, explicou Adenilson Roberto da Silva, coordenador do Programa de Satélites baseados na PMM.

O modelo térmico do primeiro satélite nacional de observação terrestre será colocado na câmara vácuo-térmica do LIT para simulação, em várias etapas, das condições limites do ambiente térmico previstas em órbita terrestre.

O controle térmico do Amazônia-1 foi projetado por técnicos da Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espacial (ETE) do INPE. Após o Teste de Balanço Térmico, para qualificar o Subsistema de Controle Térmico, começam os preparativos para a integração e testes do modelo elétrico, que visa verificar e validar as funcionalidade e interfaces entre os subsistemas. Depois disso, será integrado e testado o modelo de voo do Amazônia-1.



 :arrow: http://tecnodefesa.com.br/concluido-mod ... mazonia-1/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #40 em: Outubro 23, 2015, 03:24:06 pm »
FINEP apoia projeto de novo blindado para as Forças Armadas



O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Luis Fernandes, e o presidente do Grupo Inbra Filtro, Jairo Cândido, assinaram no último dia 13 de outubro contrato de financiamento para continuidade do desenvolvimento de um veículo blindado multiuso destinado para as Forças Armadas.

Denominado Gladiador II, o veículo esta sendo proposto no âmbito do programa Viatura Blindada Multitarefa – Leve de Rodas 4×4 (VBMT-LR) do Exército Brasileiro, e poderá ser utilizado em missões de transporte, combate, engenharia, entre outros empregos.

Orçado em R$ 24 milhões, o projeto chegou à FINEP por meio do programa Inova Aerodefesa. Os recursos da financiadora, que somam R$ 19,2 milhões, serão disponibilizados em forma de crédito. Já a contrapartida da Inbra Terreste, empresa do Grupo Inbra, totaliza R$ 4,8 milhões. O prazo para desembolso dos recursos e execução do projeto é de três anos.

Classificado como de porte leve pela indústria de defesa, o Gladiador II pesa aproximadamente oito toneladas e é um veículo de tração 4×4. De projeto 100% nacional, o veículo passou pelos chamados testes iniciais de ação de choque, os quais incluem potência, resistência de blindagem, velocidade e autonomia, obtendo resultados que o colocaram à frente de similares oferecidos por multinacionais tradicionais, de países como Itália, Alemanha e Estados Unidos.

Ivan Plavetz
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #41 em: Outubro 23, 2015, 03:28:04 pm »
Indústrias de defesa buscam aprimoramento do setor



Atentos ao cenário econômico brasileiro, representantes de associações de empresas e federações de indústrias de defesa, bem como integrantes da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) do Ministério da Defesa, realizaram na última quarta-feira (14) a 5ª reunião do Fórum das Indústrias de Defesa (FID).

Órgão colegiado de apoio à Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID), o FID permite debater temas de interesse ligados à Base Industrial de Defesa. “Nossa obrigação é fomentar a indústria. Se a indústria não está fomentada, nossa missão não está cumprida”, disse ao abrir a reunião o diretor do Departamento de Produtos de Defesa (DEPROD) e secretário-executivo da CMID, brigadeiro-do-ar José Augusto Crepaldi Affonso.

O primeiro assunto abordado no encontro foi a perspectiva do orçamento de Defesa para 2016. “No cenário atual não dá para falar de nada sem falar de economia. A situação está indefinida e você tem que tomar várias ações. Então, ações estruturantes como a de hoje que é trabalhar no FID, trabalhar na CMID, é buscar os mecanismos de fomento à inovação, financiamento, tentar um orçamento adicional através de emendas ou diretamente no parlamento, e tem que trabalhar exportação”, ressaltou Sami Hassuani, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE).

Na ocasião, o brigadeiro Crepaldi falou ainda sobre a regulamentação de VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado). “O Ministério da Defesa acompanha a regulamentação dos VANTs para garantir o interesse da indústria de defesa”, lembrou. O trabalho vem acontecendo em várias frentes, com atuação conjunta da ABIMDE junto à ANAC.

Também foram levantados temas como financiamentos e garantias para as Empresas Estratégicas, Regime Especial Tributários da Indústria de Defesa (RETID), atualização sobre Termo de Licitação Especial (TLE), e o processo de avaliação das Empresas Estratégicas de Defesa (EED).

Atualmente, estão registradas no Sistema de Cadastramento de Produtos e Empresas de Defesa (SISCAPED) 334 empresas, das quais 63 são Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e 12 são Empresas de Defesa (ED). Ao todo, foram cadastrados 2.394 produtos, sendo 312 classificados como Produto Estratégico de Defesa (PED) e 30 como Produto de Defesa (PRODE).

O processo de avaliação dessas empresas seguirá cronograma inicial previsto para o próximo dia 19 de outubro. “Com as visitas às empresas, vai se verificar a manutenção das condições. Caso não, vai ser proposta na CMID o descredenciamento das empresas e levado para análise do ministro”, frisou o brigadeiro Crepaldi.

Durante a reunião foi apresentado ainda o modelo de apoio com base nas Zonas de Processamento de Exportação (ZPE). Além disso, representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também explanaram sobre as oportunidades de mercado e suportes dado à indústria de defesa.

http://tecnodefesa.com.br/industrias-de ... -do-setor/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #42 em: Outubro 24, 2015, 07:42:20 pm »
OUR BRAZILIAN COLLEAGUES HAS ARRIVED

Saab Welcomes Brazilian Engineers



The first group of Brazilians has landed in Linköping, Sweden. There are 46 employees from Embraer and two from AEL Sistemas.
Between October 2015 and 2021, more than 350 professionals from Saab’s partner companies in Brazil will journey to Sweden to take part in courses and on-the-job training that are part of the planned technology transfer agreement. There will be over 50 projects, lasting up to 24 months. During this period, each person will have a different program schedule and will receive theoretical and practical training according to the role they will play on the program. This first phase will include many systems engineers and software developers. Pilots, flight test engineers, production engineers, and so on will be arriving a bit further down the line. Gripen Transfer of technology program for Brazil aims to provide the Brazilian aerospace industry with the technology and knowledge needed to maintain and develop Gripen for Brazil.

A part of the first Gripen ordered for the Brazilian Air Force will be built in Sweden while the remainder will be built in Brazil. Brazilian industry will be responsible for developing a big part of the Brazilian – unique techniques of the Gripen system, such as the all-new dual seat version.

Brief facts about the technology transfer programme:
-The technology transfer is divided into approximately 50 Technology of Transfer projects
-Over time, 350 Brazilian engineers will be coming to Sweden
-The duration of their stay will range from 2 weeks to 2 years
-October 2015 saw the arrival of 46 employees from Embraer and 2 from AEL
-In total, 107 people - including their family members - have arrived
-The majority will take part in courses and on-the-job-training in Tannefors, but some will be in Arboga, Gothenburg and Brazil.

Fonte:   http://saab.com/air/gripen-fighter-syst ... echnology/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #43 em: Outubro 28, 2015, 08:05:18 pm »
FINEP fecha contrato para o financiamento do projeto do veículo GLADIADOR



O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Srº Luis Fernandes, e o presidente do Grupo Inbra Filtro Srº Jairo Cândido, assinaram no último dia 13/10 um contrato de financiamento para o desenvolvimento de veículo blindado multiuso destinado a ações das Forças Armadas. Denominado Gladiador, o veículo poderá ser utilizado em missões do Exército Brasileiro para transporte, combate, engenharia, entre outros usos. Um dos focos da Inbra com o desenvolvimento do veículo é o programa estratégico da Força Terrestre de aquisição de novas unidades da Viatura Blindada Multitarefa – Leve de Rodas (VBMT-LR).

Com valor total de R$ 24 milhões, o projeto chegou à Finep por meio do programa Inova Aerodefesa. Os recursos da financiadora, que somam R$ 19,2 milhões, serão disponibilizados em forma de crédito. Já a contrapartida da Inbra Terreste, empresa do Grupo Inbra, totaliza R$ 4,8 milhões. O prazo para desembolso dos recursos e execução do projeto é de três anos.

Classificado como de porte leve pela indústria de defesa, o Gladiador pesa aproximadamente sete toneladas e é considerado um veículo 4×4 por possuir tração nas quatro rodas. Projeto 100% nacional, o veículo passou pelos chamados testes iniciais de ação de choque – que englobam potência, capacidade de blindagem, velocidade e autonomia – e obteve resultados que o colocaram à frente de multinacionais tradicionais, de países como Itália, Alemanha e Estados Unidos.

Lançado oficialmente em novembro de 2013, o Programa VBMT-LR consiste na aquisição de 186 viaturas 4×4 em três lotes a partir de 2016, compreendendo um primeiro de 32 unidades e, posteriormente, mais dois de 77 unidades cada um. O programa compreende ainda a nacionalização da produção, fornecimento de serviços logísticos integrados, treino e peças de reposição, e a integração da estação de armas remotamente controladas REMAX (Reparo de Metralhadora Automatizada X) da ARES Aeroespacial & Defesa, e da estação de armas protegida manualmente operada Plattmounts MR550.

Sobre a Inbra

Fundada em 2010 e com sede em Mauá (SP), a Inbra Terreste faz parte do Grupo Inbra Filtro, criado em 1979 e que possui empresas que atuam nas áreas de blindagem, filtros, materiais e produtos ligados à segurança, como capacetes, coletes e escudos. A empresa fornece para as Forças Armadas e também para os mercados de segurança pública e privada.









Fonte:  http://www.revistaoperacional.com.br/20 ... gladiador/
 

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mafets

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #44 em: Outubro 29, 2015, 10:29:38 am »
É bom para a economia... ;D ;)
http://www.forte.jor.br/2015/10/28/revogacao-do-estatuto-do-desarmamento-faz-forjas-taurus-disparar-13/
Citar
SÃO PAULO – Por 19 votos a favor e 8 contrários, a Comissão Especial que analisa mudanças no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) aprovou o afrouxamento das exigências para o porte de armas em território nacional, texto relatado pelo deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG). O projeto, que tramita no Legislativo, permite que não apenas que autoridades policiais e de segurança utilizem armas de fogo, mas qualquer pessoa que ateste com documentos e laudos ter capacidade técnica e psicológico para tal, mesmo que o sujeito responda a inquérito policial ou processo criminal. Se aprovadas, as novas regras também alteram de 25 para 21 anos a idade para compra de armas de fogo, além de ampliar o limite de armas por pessoa de seis para nove unidades e permitir publicidade do produto em quaisquer veículos de comunicação.

O avanço da pauta polêmica atende aos interesses de companhias do setor, como a Forjas Taurus (FJTA4) representando o grupo no mercado acionário brasileiro. A facilitação para a comercialização de armas de fogo pode trazer resultados às operações da empresa, que vive um momento delicado na Bovespa. Desde o último pregão de 2012, quando fecharam cotados a R$ 25,57, os papéis preferenciais da Forjas Taurus acumulam perdas de 95,42% até o fechamento da última terça-feira (27), com cotação de R$ 1,17. Com uma mão de alas conservadoras da bancada da bala, a companhia pode conquistar maior confiança de investidores.

Desde que começou a ser discutida, a pauta foi muito criticada por alas da esquerda e estudiosos, que ressaltaram que maior disponibilidade de armas de fogo nas cidades causa um aumento expressivo na taxa de homicídios. Um deles é o diretor de Estudos e Políticas do Estado do Ipea, Daniel Cerqueira. Em entrevista ao InfoMoney em maio, o especialista demonstrou preocupação com a questão do armamento da população e taxou o fenômeno como um dos fatores decisivos para o aumento da criminalidade no país. “Enquanto, no final da década de 80 e ao longo de toda a de 90, a gente viu a sociedade tentando resolver por vias próprias, já que o Estado não resolvia o problema da segurança. Vimos um aumento na prevalência de armas de fogo. O estoque de armas de fogo que a gente criou nas décadas de 80 e 90 explica o aumento bombástico dos homicídios no Brasil”, afirmou Cerqueira na ocasião.

Em detrimento à discussão sobre os possíveis efeitos da medida, as ações da Forjas Taurus chegaram a subir forte no pregão desta quarta-feira (28). Após chegarem a registrar alta de 13,68%, os papéis da companhia reduziram os ganhos e fecharam com variação positiva de 3,42%, cotados a R$ 1,21.

FONTE: InfoMoney


Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/