Na verdade, o que mais me incomoda a mim e, acredito que à maioria dos cidadãos como nós, nem é tanto o facto de termos uma falha crónica de orçamento. É mais a sensação permanente de que se podia fazer muito melhor com o pouco que há.
É claro que a minha posição é confortável, estou apenas a exprimir a minha opinião sem sequer ter o conhecimento, técnico e não só, da real situação.
Mas não deixo de ter a sensação que o grande entrave é a falta de organização e de definição das capacidades/objetivos das FA em geral.
Parece que ficamos parados no tempo. Não temos um inimigo directo, próximo e identificável. Contudo, fazemos parte da UE e da NATO. E, se é muito pouco provável haver uma guerra dirigida a Portugal, é exatamente o oposto quando se fala da geostrategia mundial em relação a estes dois blocos.
Não precisamos, graças a isto, de ter capacidade para nos defendermos de todo o tipo de ameaças, mas temos o dever de o conseguir em relação às mais prováveis.
Basta isso, e contribuirmos para as diversas missões que estão/estarão sempre a surgir, e já cumprimos a nossa parte.
Os nossos soldados conseguem fazê lo com brio, os seus superiores deviam seguir o seu exemplo..