Notas sobre o podcast do The Telegraph de terça-feira, dia 21 de Fevereiro, que se interliga, com dados que se podem recolher em vários sites na internet.
Dos vários temas tratados no “Ukraine the latest” há sempre um ponto da situação diário que é interessante …
https://www.youtube.com/watch?v=J7mMrv09k3ILembro que se trata de um podcast, de um programa de rádio ... Só há som, não há imagens ...
Os ucranianos continuam a afirmar que os russos preparam uma grande ofensiva e a pedir armas para responder.
No ocidente parte dos
responsáveis da NATO acham que a Ucrânia está a fazer pressão para conseguir armas mais depressa, tentando jogar com a opinião pública europeia, para que faça pressão junto dos governos.
As análises de espionagem eletrónica e recolha de informações por parte dos países da NATO demonstram que há uma
grande concentração de forças nas regiões de Bakhmut, Soledar, Vuhledar e Kremina.Ou seja, os russos estão concentrados nas áreas onde estão a ocorrer combates.
Pior, há informações de que
97% (noventa e sete por cento) do exército russo está colocado na Ucrânia.
O que as análises dos países da NATO aparentam identificar, é que muitas das forças russas recrutadas foram utilizadas para tapar buracos nas unidades mais antigas e que agora estão
colocadas em profundidade em posições defensivas.Isto quer dizer que os russos estão a colocar tropas de forma defensiva, para conseguir evitar que aconteça o que aconteceu no verão, com um ataque devastador dos ucranianos, que tomou 90km em um só dia, quando os russos nem conseguem avançar 90 metros.
Falta de camiões e meios de apoioOs serviços de informação ocidentais, consideram que os russos aparentam estar com graves problemas para efetuar qualquer ataque macisso em profundidade, pelo simples facto de que não possuem capacidade logística para apoiar o avanço.
A coordenação das tropas, entre os vários ramos e unidades de apoio é catastrófica e não foi minimamente alterada, o que explica porque os russos continuam a fazer videos sobre as dificuldades de abastecimento …
A falta de camiões há já um ano atrás, levou os russos a utilizar todos os veículos civis que conseguiram requisitar. A industria russa não tem meios para produzir tudo o que precisa e tem feito apelos desesperados à China para lhe fornecer camiões.
O aumento no numero de soldados mobilizados é problemático, não só porque são necessárias armas, munições, fardamento e treino.
Há a necessidade de cozinhas de campanha que estão a trabalhar no limite e camiões para entregar rações de combate e refeições quentes às tropas.
Reservas ucranianasO que os países da NATO terão identificado, é que ao contrário do que se poderia pensar, os ucranianos não tocaram nas suas reservas. As principais grandes unidades de reserva ucranianas continuam atrás das linhas à espera para se moverem.
É por isto que os ucranianos fazem tanta pressão com os F-16.
Os russos sabem que existem unidades de reserva ucranianas e caso tentem um ataque, vão utilizar a sua força aérea, para tentar destruir as reservas ucranianas enquanto se dirigem para a frente.
Se houver caças modernos do lado da Ucrânia, os russos vão pensar duas vezes.