KC-390 na FAP

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Red Baron

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #870 em: Junho 04, 2020, 01:03:26 pm »
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Lockheed Martin provided the final of 86 C-130 Super Hercules aircraft that were part of a Multi-Year 2 contract announced in December 2015 when it delivered a KC-130J tanker-transport platform to a US Marine Corps (USMC) reserve squadron on 28 May.

A linha que produzia os C-130J para os americanos  fechou, agora fica fica mais caro.
 

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dc

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #871 em: Junho 04, 2020, 01:12:34 pm »
Para nós seria mais interessante os A-400 excedentários espanhóis. O tempo de espera também não seria tão longo.
 

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Charlie Jaguar

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #872 em: Junho 04, 2020, 02:49:21 pm »
Para nós seria mais interessante os A-400 excedentários espanhóis. O tempo de espera também não seria tão longo.

E relembro que originalmente apenas íamos comprar 3 A400M para substituir 6 C-130H, apoiados depois pelo substituto do CASA 212 Aviocar.

Às vezes é bom voltarmos atrás e relermos notícias antigas para vermos o quanto o futuro se acabaria por revelar diferente e as oportunidades que se foram entretanto perdendo pelo caminho.


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PAÍS DESPERDIÇA BENEFÍCIOS DAS COMPRAS MILITARES
40 milhões de euros de contrapartidas na Defesa por executar até Outubro
Lurdes Ferreira - 24 de Junho de 2002, 9:50

O ministro da Defesa, Paulo Portas, poderá utilizar a renegociação das contrapartidas não cumpridas até agora pela Lockheed como uma das justificações para a eventual mudança de posição do país em relação à compra de aviões de transporte militar de grande dimensão de que a Força Aérea necessita: optar pela aquisição de aviões C130J ao fornecedor norte-americano, em detrimento do previsto avião europeu, o Airbus A400M.

Ao que o PÚBLICO apurou, o interesse de Portugal pelos aviões militares da Airbus está cada vez mais em aberto, enquanto a pressão norte-americana se intensifica. Na "guerra" política e económica que se abriu a propósito da suspensão da participação portuguesa no A400M, "para avaliação", a recuperação de contrapartidas do passado é agora considerada possível. Não é, no entanto, a garantia de que, no futuro, o Estado seja mais exigente, nem torna os dois projectos equivalentes, dado que um prevê a participação industrial no desenvolvimento do projecto e o outro prefigura apenas uma compra.

Os últimos dez anos mostram que o país tem falhado no aproveitamento dos negócios com os grandes fornecedores de equipamento de Defesa, e os da Lockheed são dos melhores exemplos. No momento em que o Governo já se prepara para negociar a revisão técnica dos aviões F-16 adquiridos em 1992 à Lockheed, o respectivo contrato de compra, de cem milhões de euros expira em Outubro próximo com 40 milhões de euros de projectos de contrapartidas ainda por executar. E ninguém acredita que o serão em quatro meses.

Do segundo negócio, fechado em 1998 e também avaliado em cerca de cem milhões de euros, relativo à compra da segunda esquadra de F-16 em segunda mão e cujas contrapartidas estavam associadas à sua revisão técnica ("mid life upgrade"), nem há contrato assinado, por ausência de projectos de contrapartidas para a indústria nacional.

Apontar o dedo ao fabricante norte-americano é a reacção imediata, dizem os especialistas e empresários, para quem a falha nestes processos tem sido, porém, do Estado, por perder as oportunidades de envolver a sua indústria em projectos que a estimulem a dar saltos de desenvolvimento, a produzir com maior valor e a ter acesso a novos mercados.

É sob o peso desta herança que se jogam os futuros concursos - os que se encontram suspensos, como o A400M, o NH90 e os submarinos, e os que andam a uma velocidade discreta, como o da revisão técnica dos aviões P3 Orion, orçada em 300 milhões de euros (60 milhões de contos), e também o da revisão técnica da esquadra de F-16 comprada em 1992. A Lockheed está envolvida nestes últimos dois concursos. É uma das duas entidades do concurso limitado, lançado ainda pelo anterior Governo, para a revisão do P3 Orion (a outra é a L3 Communications, que nasceu de um "spin-off" da Lockheed). Na revisão do F-16, é directamente interessada também.

Aos solavancos no A400M

O grande argumento económico a favor do A400M é o de que esta é uma rara oportunidade para a Ogma se envolver num projecto desde a sua fase de concepção e desenvolvimento até ao fabrico, com os correspondentes ganhos na cadeia de valor, o que não acontece com o seu potencial concorrente, o C130J, da Lockheed. A Ogma tem sido até agora apenas reparadora dos aviões norte-americanos.

Na difícil situação económico-financeira em que se encontra a principal empresa da indústria de defesa nacional, o argumento ganha ainda mais peso, contando com o apoio incondicional do Sitave-Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos. Mas nem assim tem sido uma razão inequívoca, já que a própria posição portuguesa neste projecto tem oscilado na última década. O país começou por se envolver na fase inicial, o então FLA (Flight Largest Aircraft), depois saiu, regressou no ano passado e firmou o acordo de princípio, entretanto suspenso pelo actual ministro da Defesa.

Não é, porém, do passado que se fala em relação ao avião militar da Airbus a sair do consórcio europeu, e o futuro comporta incertezas que o penalizam. No quadro de factores determinantes de compra, como o preço, vantagens comparativas técnicas, cláusulas de salvaguarda e contrapartidas, o primeiro tem sido dos mais valorizados. O preço-base do A400M - ainda sob estimativa, dado esperar pelo volume final de encomendas para ser acertado - é cerca de dez milhões de euros mais caro do que o do C130J (90 milhões de euros contra 80 milhões), a que há ainda a adicionar o custo das opções. Estas, ao que o PÚBLICO apurou, fazem com que os 300 milhões de euros afectos a esta compra dêem apenas para três A400M, e não quatro.

Quanto à participação da Ogma na concepção e desenvolvimento do A400M, os trabalhos garantidos pela empresa estão avaliados em cerca de 150 milhões de euros. Trata-se de um valor sobretudo traduzido pelo seu impacto no futuro da empresa: o avião europeu induz uma competência técnica importante, que é a engenharia de concepção e uma metodologia da indústria aeronáutica. Logo, acrescentam os seus defensores, dá à Ogma um aumento significativo da sua competência na actividade da manutenção e a capacidade para outras parcerias com outros fabricantes.

No entanto, as hesitações provocaram a adesão tardia ao projecto, limitando o grau de participação nacional. Por outro lado, a sua circunscrição à Ogma, ou seja, ao sector de defesa, desperdiça o efeito multiplicador que estes projectos podem ter sobre o resto da indústria, nomeadamente electrónica. Os 150 milhões de euros, a preços de 1999, referem-se aos trabalhos de engenharia de concepção e desenvolvimento da Ogma para uma parte da estrutura do aparelho, a carnagem entre a fuselagem e a asa e o chamado "elevator". A empresa conta ainda com mais duas parcelas de receitas deste projecto: as provenientes do fabrico destes componentes e a da venda dos aparelhos por via da quota de 1,53 por cento no consórcio.

De uma estrita perspectiva financeira, a Lockheed argumenta que a venda imediata de três C130J dispensaria a revisão técnica (com custos) dos actuais seis C130 que a Força Aérea dispõe, ao que a Airbus responde com um esforço financeiro diferido no tempo. A entrega dos seus três A400M a Portugal estaria prevista para 2007 (um prazo considerado demasiado optimista nesta fase do processo), altura em que o país teria pago 25 por cento do seu custo total, ficando os restantes 75 para pagar perto de 2020.

Dados entretanto obtidos pelo PÚBLICO indicam que, num cenário de investimento máximo no projecto, por parte da Ogma, o retorno é considerado atractivo. Para um investimento superior a dez milhões de euros, justificado pela compra de equipamento produtivo de fabricação, a sua taxa de rentabilidade será cerca de dez por cento. A equipa para desenvolver a contribuição portuguesa deverá contar com cerca de 20 engenheiros, parte dos quais a subcontratar no mercado internacional. O custo da mão-de-obra estimado para esta equipa alinha pelos níveis internacionais, rondando os 110 euros por hora.

Depois de o A400M ter sido apresentado como o ambicioso projecto de mobilização da Europa para uma área em que os EUA têm dominado (o transporte aéreo militar de grandes dimensões), a Itália saiu, a Grã-Bretanha optou por dividir as suas compras entre a Lockheed e a Airbus, e o principal comprador, a Alemanha, baixou a sua procura, por dificuldades orçamentais. Neste arrefecimento do espírito europeu, o compasso de espera criado por Portugal não ajuda. O A400M tem 196 aparelhos encomendados, três portugueses incluídos. A viabilidade mínima do projecto é de 186 unidades.

https://www.publico.pt/2002/06/24/economia/noticia/40-milhoes-de-euros-de-contrapartidas-na-defesa-por-executar-ate-outubro-154656
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #873 em: Junho 04, 2020, 02:59:33 pm »
Para nós seria mais interessante os A-400 excedentários espanhóis. O tempo de espera também não seria tão longo.

E relembro que originalmente apenas íamos comprar 3 A400M para substituir 6 C-130H, apoiados depois pelo substituto do CASA 212 Aviocar.

Às vezes é bom voltarmos atrás e relermos notícias antigas para vermos o quanto o futuro se acabaria por revelar diferente e as oportunidades que se foram entretanto perdendo pelo caminho.


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PAÍS DESPERDIÇA BENEFÍCIOS DAS COMPRAS MILITARES
40 milhões de euros de contrapartidas na Defesa por executar até Outubro
Lurdes Ferreira - 24 de Junho de 2002, 9:50

O ministro da Defesa, Paulo Portas, poderá utilizar a renegociação das contrapartidas não cumpridas até agora pela Lockheed como uma das justificações para a eventual mudança de posição do país em relação à compra de aviões de transporte militar de grande dimensão de que a Força Aérea necessita: optar pela aquisição de aviões C130J ao fornecedor norte-americano, em detrimento do previsto avião europeu, o Airbus A400M.

Ao que o PÚBLICO apurou, o interesse de Portugal pelos aviões militares da Airbus está cada vez mais em aberto, enquanto a pressão norte-americana se intensifica. Na "guerra" política e económica que se abriu a propósito da suspensão da participação portuguesa no A400M, "para avaliação", a recuperação de contrapartidas do passado é agora considerada possível. Não é, no entanto, a garantia de que, no futuro, o Estado seja mais exigente, nem torna os dois projectos equivalentes, dado que um prevê a participação industrial no desenvolvimento do projecto e o outro prefigura apenas uma compra.

Os últimos dez anos mostram que o país tem falhado no aproveitamento dos negócios com os grandes fornecedores de equipamento de Defesa, e os da Lockheed são dos melhores exemplos. No momento em que o Governo já se prepara para negociar a revisão técnica dos aviões F-16 adquiridos em 1992 à Lockheed, o respectivo contrato de compra, de cem milhões de euros expira em Outubro próximo com 40 milhões de euros de projectos de contrapartidas ainda por executar. E ninguém acredita que o serão em quatro meses.

Do segundo negócio, fechado em 1998 e também avaliado em cerca de cem milhões de euros, relativo à compra da segunda esquadra de F-16 em segunda mão e cujas contrapartidas estavam associadas à sua revisão técnica ("mid life upgrade"), nem há contrato assinado, por ausência de projectos de contrapartidas para a indústria nacional.

Apontar o dedo ao fabricante norte-americano é a reacção imediata, dizem os especialistas e empresários, para quem a falha nestes processos tem sido, porém, do Estado, por perder as oportunidades de envolver a sua indústria em projectos que a estimulem a dar saltos de desenvolvimento, a produzir com maior valor e a ter acesso a novos mercados.

É sob o peso desta herança que se jogam os futuros concursos - os que se encontram suspensos, como o A400M, o NH90 e os submarinos, e os que andam a uma velocidade discreta, como o da revisão técnica dos aviões P3 Orion, orçada em 300 milhões de euros (60 milhões de contos), e também o da revisão técnica da esquadra de F-16 comprada em 1992. A Lockheed está envolvida nestes últimos dois concursos. É uma das duas entidades do concurso limitado, lançado ainda pelo anterior Governo, para a revisão do P3 Orion (a outra é a L3 Communications, que nasceu de um "spin-off" da Lockheed). Na revisão do F-16, é directamente interessada também.

Aos solavancos no A400M

O grande argumento económico a favor do A400M é o de que esta é uma rara oportunidade para a Ogma se envolver num projecto desde a sua fase de concepção e desenvolvimento até ao fabrico, com os correspondentes ganhos na cadeia de valor, o que não acontece com o seu potencial concorrente, o C130J, da Lockheed. A Ogma tem sido até agora apenas reparadora dos aviões norte-americanos.

Na difícil situação económico-financeira em que se encontra a principal empresa da indústria de defesa nacional, o argumento ganha ainda mais peso, contando com o apoio incondicional do Sitave-Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos. Mas nem assim tem sido uma razão inequívoca, já que a própria posição portuguesa neste projecto tem oscilado na última década. O país começou por se envolver na fase inicial, o então FLA (Flight Largest Aircraft), depois saiu, regressou no ano passado e firmou o acordo de princípio, entretanto suspenso pelo actual ministro da Defesa.

Não é, porém, do passado que se fala em relação ao avião militar da Airbus a sair do consórcio europeu, e o futuro comporta incertezas que o penalizam. No quadro de factores determinantes de compra, como o preço, vantagens comparativas técnicas, cláusulas de salvaguarda e contrapartidas, o primeiro tem sido dos mais valorizados. O preço-base do A400M - ainda sob estimativa, dado esperar pelo volume final de encomendas para ser acertado - é cerca de dez milhões de euros mais caro do que o do C130J (90 milhões de euros contra 80 milhões), a que há ainda a adicionar o custo das opções. Estas, ao que o PÚBLICO apurou, fazem com que os 300 milhões de euros afectos a esta compra dêem apenas para três A400M, e não quatro.

Quanto à participação da Ogma na concepção e desenvolvimento do A400M, os trabalhos garantidos pela empresa estão avaliados em cerca de 150 milhões de euros. Trata-se de um valor sobretudo traduzido pelo seu impacto no futuro da empresa: o avião europeu induz uma competência técnica importante, que é a engenharia de concepção e uma metodologia da indústria aeronáutica. Logo, acrescentam os seus defensores, dá à Ogma um aumento significativo da sua competência na actividade da manutenção e a capacidade para outras parcerias com outros fabricantes.

No entanto, as hesitações provocaram a adesão tardia ao projecto, limitando o grau de participação nacional. Por outro lado, a sua circunscrição à Ogma, ou seja, ao sector de defesa, desperdiça o efeito multiplicador que estes projectos podem ter sobre o resto da indústria, nomeadamente electrónica. Os 150 milhões de euros, a preços de 1999, referem-se aos trabalhos de engenharia de concepção e desenvolvimento da Ogma para uma parte da estrutura do aparelho, a carnagem entre a fuselagem e a asa e o chamado "elevator". A empresa conta ainda com mais duas parcelas de receitas deste projecto: as provenientes do fabrico destes componentes e a da venda dos aparelhos por via da quota de 1,53 por cento no consórcio.

De uma estrita perspectiva financeira, a Lockheed argumenta que a venda imediata de três C130J dispensaria a revisão técnica (com custos) dos actuais seis C130 que a Força Aérea dispõe, ao que a Airbus responde com um esforço financeiro diferido no tempo. A entrega dos seus três A400M a Portugal estaria prevista para 2007 (um prazo considerado demasiado optimista nesta fase do processo), altura em que o país teria pago 25 por cento do seu custo total, ficando os restantes 75 para pagar perto de 2020.

Dados entretanto obtidos pelo PÚBLICO indicam que, num cenário de investimento máximo no projecto, por parte da Ogma, o retorno é considerado atractivo. Para um investimento superior a dez milhões de euros, justificado pela compra de equipamento produtivo de fabricação, a sua taxa de rentabilidade será cerca de dez por cento. A equipa para desenvolver a contribuição portuguesa deverá contar com cerca de 20 engenheiros, parte dos quais a subcontratar no mercado internacional. O custo da mão-de-obra estimado para esta equipa alinha pelos níveis internacionais, rondando os 110 euros por hora.

Depois de o A400M ter sido apresentado como o ambicioso projecto de mobilização da Europa para uma área em que os EUA têm dominado (o transporte aéreo militar de grandes dimensões), a Itália saiu, a Grã-Bretanha optou por dividir as suas compras entre a Lockheed e a Airbus, e o principal comprador, a Alemanha, baixou a sua procura, por dificuldades orçamentais. Neste arrefecimento do espírito europeu, o compasso de espera criado por Portugal não ajuda. O A400M tem 196 aparelhos encomendados, três portugueses incluídos. A viabilidade mínima do projecto é de 186 unidades.

https://www.publico.pt/2002/06/24/economia/noticia/40-milhoes-de-euros-de-contrapartidas-na-defesa-por-executar-ate-outubro-154656

É bom lembrar que Portugal sai quando a Itália também sai.

E poucos meses depois foi feita uma reunião entre a Alemanha e a França onde o A-400 esteve em risco de ser cancelado.

Se a razão para sairmos foi claramente financeira, a verdade é que na altura o A-400 era um pesadelo.
 

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wyldething

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #874 em: Junho 04, 2020, 03:52:19 pm »

Se a razão para sairmos foi claramente financeira, a verdade é que na altura o A-400 era um pesadelo.

o A400 ainda é muito um pesadelo.
 

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dc

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #875 em: Junho 04, 2020, 04:07:58 pm »
E o KC vai ser parecido, não fosse a crise cá, a crise e a instabilidade política no Brasil, a incapacidade do governo brasileiro manter os pagamentos à Embraer, a situação do Covid estar a piorar, o afastamento da Boeing, o interesse russo e chinês... Enfim tantas variáveis.
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #876 em: Junho 04, 2020, 11:24:07 pm »
Citar
Lockheed Martin provided the final of 86 C-130 Super Hercules aircraft that were part of a Multi-Year 2 contract announced in December 2015 when it delivered a KC-130J tanker-transport platform to a US Marine Corps (USMC) reserve squadron on 28 May.

A linha que produzia os C-130J para os americanos  fechou, agora fica fica mais caro.

Mas então... Nah, devem ter reaberto a linha de produção. Só pode.

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MARIETTA, Ga., Jan. 13, 2020 /PRNewswire/ -- Lockheed Martin (NYSE: LMT) will deliver 50 C-130J Super Hercules to the U.S. government through a C-130J Multiyear III award, which was finalized by the U.S. government on Dec. 27, 2019. The award comes as a delivery order under an existing Indefinite Delivery Indefinite Quantity contract awarded in August 2016.
The Department of Defense awarded more than $1.5 billion in funding for the first 21 C-130J aircraft on the multiyear award. The overall award, worth more than $3 billion, provides Super Hercules aircraft to the U.S. Air Force (24 HC/MC-130Js), Marine Corps (20 KC-130Js) and Coast Guard (options for six HC-130Js). Aircraft purchased through the C-130J Multiyear III award will deliver between 2021-2025, and will be built at Lockheed Martin's Marietta, Georgia, facility.

https://news.lockheedmartin.com/2020-01-13-Lockheed-Martin-To-Deliver-50-C-130Js-to-U-S-Government-via-Multiyear-III-Award
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #877 em: Junho 04, 2020, 11:34:28 pm »
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #878 em: Junho 05, 2020, 10:14:02 am »

Se a razão para sairmos foi claramente financeira, a verdade é que na altura o A-400 era um pesadelo.

o A400 ainda é muito um pesadelo.

Pero va a salir adelante cueste lo que cueste, hay detrás países importantes y con capacidad económica para sacar adelante el proyecto.
 

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typhonman

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #879 em: Junho 11, 2020, 05:32:22 pm »
Sem contar com o que a maioria deseja - abandonar a compra dos KC-390 e substituir por "A400M (+ uns C295)" ou por "C130J" - há alguma hipótese significativa do negócio não se realizar, devido à Boeing ter recusado a "parceria" (era mais que isso) com a Embraer...?     

a isso não te sei responder, terá que ser um jurista a avaliar os termos do contrato, mas penso que a EMB, deve ter o estado Português seguro e bem seguro, pelos ditos cujos.

Abraços

Há luz ao fundo do túnel para denunciar o contrato ?

Ainda relativamente a EMBRAER, a mesma prepara-se para despedir centenas de engenheiros na sede...

 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #880 em: Junho 16, 2020, 06:10:15 pm »
Base Aérea de Beja será "casa" de cinco KC-390
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ministro-da-defesa-anuncia-que-base-aerea-de-beja-sera-casa-dos-kc-390

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O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, revelou hoje que a Base Aérea N.º 11 de Beja (BA11) vai ser a “sede” dos cinco aviões KC-390, que Portugal acordou comprar à fabricante brasileira Embraer.“Beja é uma cidade que vai beneficiar bastante do investimento da Força Aérea” Portuguesa (FAP) “durante os próximos anos”, destacou o ministro, durante uma visita à BA11.

O governante lembrou que “há vários meios que estão a ser transferidos para Beja”, como a Esquadra dos aviões Épsilon, usados para instrução elementar e básica de pilotagem, cuja mudança da Base Aérea N.º 1 de Sintra para a BA11 já tinha sido anunciada.
Mas, como novidade, o ministro da Defesa anunciou hoje que “também os grandes KC-390”, que Portugal acordou comprar à construtora aeronáutica brasileira Embraer, para substituir os Hércules C-130, vão “aterrar” em Beja.

“É uma decisão recente por parte da Força Aérea, de alterar a base pensada inicialmente do Montijo – a Base Aérea N.º6 - para Beja” ser “sede dos KC-390”, adiantou.


O que “significa que mais uma centena de militares com as suas respetivas famílias virão para Beja”, congratulou-se o ministro da Defesa, resumindo as alterações que a BA11 vai sofrer, no global, graças às novas esquadras que vai acolher: “Teremos qualquer coisa como 200 ou 250 militares com as respetivas famílias a instalarem-se” nesta cidade alentejana.

O primeiro dos KC-390 “chegará em fevereiro de 2023”, mas “muito trabalho vai acontecer antes disso”, ou seja, “já vão sentir a presença dos militares afetos” a esta aeronave mais cedo, na unidade militar e na cidade.

Portugal acordou em 2019 a compra à Embraer de cinco KC-390 Millenium, que irão substituir os Hérculos C-130, por um valor de 827 milhões de euros.

Questionado pela Lusa sobre se na escolha da BA11 pesou o facto de a Embraer possuir duas fábricas no Alentejo, em Évora, a cerca de 45 minutos de distância, onde são produzidas algumas das peças dos KC-390, o ministro lembrou que também a OGMA, em Alverca, produz componentes para estes aviões, que vão chegar a Portugal já completos, depois de montados no Brasil.

Mas “vai chegar aqui a Beja” e, de forma simbólica, “regressará às suas raízes alentejanas”, admitiu.

A Lusa questionou ainda João Gomes Cravinho sobre o projeto de instalar em Beja uma escola de formação de pilotos de aviões, oriundos de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), tendo o ministro confirmado que a ideia mantém-se, mas tem estado em ‘stand-by’ devido à pandemia de covid-19.

“As circunstâncias da pandemia obrigaram, de algum modo, a suspender as reflexões empresariais que estavam a ter lugar sobre isto, porque é preciso ver como é que saímos deste processo”, mas, dentro de “um ano a um ano e meio”, a pandemia “dará lugar a uma normalidade completamente diferente”, pelo que, “vamos agora retomar esse projeto, que é liderado por uma empresa canadiana”, disse.

O governante explicou que “será uma escola privada”, cujos clientes serão “a Força Aérea Portuguesa, mas também forças aéreas de outros países”, com o objetivo de “dar formação a pilotos de diversos países”, sendo que “os parceiros mais próximos são parceiros da NATO”.
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #881 em: Junho 16, 2020, 06:40:06 pm »
Assim sendo só restará transferir a EHM do Montijo para Sintra e saber se os Elefantes acompanham os Bisontes para Beja, e pode dar-se início ao velório da BA6. É impressionante o tamanho colossal do erro que o governo persiste em incorrer ao insistir na base para o Portela + 1 - e isto sem mencionar os danos à capacidade operacional da Força Aérea -, só comparável ao aparente silêncio e aceitação tácita do actual CEMFA em relação a esta matéria sem fazer grandes comentários.

E se for como o sucedido aquando da transferência dos P-3 para a BA11, será um "sucesso" a deslocalização dos militares e suas famílias da AML para o Baixo Alentejo.  ::)
« Última modificação: Junho 16, 2020, 06:51:20 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #882 em: Junho 16, 2020, 06:55:10 pm »
Assim sendo só restará transferir a EHM do Montijo para Sintra e saber se os Elefantes acompanham os Bisontes para Beja, e pode dar-se início ao velório da BA6. É impressionante o tamanho colossal do erro que o governo persiste em incorrer ao insistir na base para o Portela + 1 - e isto sem mencionar os danos à capacidade operacional da Força Aérea -, só comparável ao aparente silêncio e aceitação tácita do actual CEMFA em relação a esta matéria sem fazer grandes comentários.

E se for como o sucedido aquando da transferência dos P-3 para a BA11, será um "sucesso" a deslocalização dos militares e suas famílias da AML para o Baixo Alentejo.  ::)

CG, e mesmo Sintra, ainda estou para ver o que ainda vai acontecer, acerca dos helis irem para Sintra.

O mr tritonite, prepara-se para que a FAP, no Continente, fique colocada apenas em duas Bases, prova bem a quantidade de pessoal e aeronaves que a FAP possui, se pensarmos nos efectivos e aeronaves destacados nas ilhas.

A ver vamos se estou enganado ou não.

Abraços
« Última modificação: Junho 16, 2020, 07:08:10 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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dc

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #883 em: Junho 16, 2020, 06:55:48 pm »
Felizmente quando o tema é KaCê, há sempre notícias. Gostava é de ouvir notícias sobre as restantes áreas da defesa.  ::)

Já a decisão do aeroporto complementar, é a treta do costume, mesmo com o soar dos alarmes sobre os vários impactos que esta obra vai ter, tanto a nível ambiental, social/residencial como para a FAP e segurança dos voos.
 
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tenente

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #884 em: Junho 16, 2020, 07:00:01 pm »
Felizmente quando o tema é KaCê, há sempre notícias. Gostava é de ouvir notícias sobre as restantes áreas da defesa.  ::)

Já a decisão do aeroporto complementar, é a treta do costume, mesmo com o soar dos alarmes sobre os vários impactos que esta obra vai ter, tanto a nível ambiental, social/residencial como para a FAP e segurança dos voos.

O que queres, é o costume, os (Des)governos NACIONAIS, fazem sempre o que querem pois, os amigos, aqueles que tem dinheiro, assim ordenam, eles obedecem e, a carneirada, vai atrás.
São erros atrás de erros, ou será que, com a redução da frota, a TAP transfere o HUB, para o Montijo ??????? :rir: :rir: :rir: :rir:

Abraços
« Última modificação: Junho 16, 2020, 07:00:46 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!