Classe de Corvetas Barroso

  • 5 Respostas
  • 4105 Visualizações
*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
Classe de Corvetas Barroso
« em: Fevereiro 15, 2005, 10:10:24 pm »
Colegas, peço desculpas pela pergunta de leigo: Mas corvetas da Classe "Barroso" não poderiam ser uma boa opção para a Armada Portuguesa?



Ficha Técnica:

Deslocamento:
2.350 toneladas totalmente carregado;
1.785 toneladas padrão.
Dimensões:
103,4 m de comprimento;
11,4 m de boca;
5,3 m de calado.
Propulsão:
CODOG, 02 motores diesel com (02 x 5.890Hp) 11.780 Hp;
01 turbinas a gás LM 2500 General Eletric 27.000 shp;
dois eixos;
dois lemes.
Velocidade Máxima:
27 nós.
Autonomia:
4.000 milhas náuticas a 15 nós e autonomia em torno de 50 dias mar
Tripulação:
132 homens (15 oficiais)
Armamento:
01 canhão Vickers MK8 de 114,5mm;
01 canhão Trinity Bofors de 40mm;
02 lançadores MK32 para 03 torpedos ASW;
04/08 mísseis Exocet MM-40.
Guerra Eletrônica:
02 lançadores de chaff/flare nacional da Emgepron;
ECM,  ET-SLQ-1A nacional da Empresa Elebra;
MAGE, ET/SLR-1X  nacional da Empresa Elebra.
Radares:
Busca combinada: RAN-20S da Alenia com IFF.
Navegação: Scanter da Terma Co.
Controle de Tiro: 01 RNT-30X da Alenia.
Sensores Passivos:
01 Alça de mira optrônica modelo EOS-400/10B da SAAB.
Sistema de Dados Táticos:
SINCONTA MKIII fabricado pela Emgepron.
Sistema Elétrico:
Geradores a diesel.
Sistema de Comunicações:
VHF/UHF/HF, DICS (digital interno e externo), Criptografia Automática, Link Navio-Navio, Via Satélite e TCP/IP.
Sonares:
EDO-997
Helicóptero:
Hangar para 01 Helicóptero Westland AH-11A Super Lynx (c/ torpedos e mísseis Sea-Skua).
« Última modificação: Fevereiro 15, 2005, 11:12:02 pm por Paisano »
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

komet

  • Investigador
  • *****
  • 1662
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #1 em: Fevereiro 15, 2005, 10:35:39 pm »
Ai esse nome...  :oops:
"History is always written by who wins the war..."
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7445
  • Recebeu: 952 vez(es)
  • +4509/-862
(sem assunto)
« Responder #2 em: Fevereiro 16, 2005, 10:49:13 am »
:arrow: Paisano

As Barroso, de facto não são bem corvetas.Na realidade são fragatas ligeiras. Bastava por exemplo comparar as características das Barroso com as fragatas “Comandante João Belo” para ver a comparação.

As Barroso, estão ele disso equipadas como muitas fragatas.

O problema, neste momento, é que mesmo no Brasil, a classe está em vias de acabar. As Barroso, são consideradas demasiado pequenas, para os padrões actuais, e demasiado armadas (e caras de operar) para serem apenas navios de patrulha.

Hoje, as marinhas do mundo, caminham no sentido de ter navios patrulha relativamente grandes, mas pouco armados, que vão servir para patrulha e que podem servir em situações de guerra  assimétrica, e. Por outro lado, navios maiores, em menor numero, mas equipados com os mais sofisticados sistemas disponíveis, pois são esses sistemas que vão definir que ganha os recontros navais que possam existir no futuro.

A marinha portuguesa, é relativamente pequena, mas não deixa de seguir esse mesmo conceito. Temos o programa do NPO-2000,que é o patrulha de dimensões grandes (para o oceano) e algumas fragatas, de tecnologia média, que se espera que possam evoluir para navios mais sofisticados.

E estas últimas considerações, sem deixar de achar que talvez não tenhamos necessidade de ter navios tipo Arleigh Burke. (contra-torpedeiros anti-aéreos)

As Barroso, são o resultado da análise que o Brasil fez nos anos 80 sobre as suas necessidades. Daí surgiu a classe Inhaumá, da qual a Barroso é uma derivação.
http://www.areamilitar.net/cplp/BR_Marinha_inhauma.asp?tp=ACT&rm=Marinha&pa=Brasil

A própria marinha brasileira provavelmente não encomendará mais barcos desta classe, exactamente por causa desta análise. Ou seja, a marinha brasileira parece considerar que as Inhaumá são demasiado grandes e caras para serem navios de patrulha, e são demasiado pequenas para fragatas, tendo varias desvantagens, mas mantendo um custo elevado, que pode ser quase tão elevado quanto o de uma fragata moderna.

Basta por exemplo ver a tripulação de uma Inhaumá (típica de um navio dos anos 80). Um patrulha do futuro, ou um patrulha transformado em corveta, deverá ter uma tripulação entre os 30 e os 50 militares.

O que eu acho que faria sentido em Portugal, seriam os patrulhas da classe Grajaú, embora também tenha uma tripulação bastante grande.
http://www.areamilitar.net/cplp/br_marinha_grajau.asp?tp=ACT&rm=Marinha&pa=Brasil

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

Red Baron

  • Investigador
  • *****
  • 2862
  • Recebeu: 576 vez(es)
  • Enviou: 353 vez(es)
  • +153/-469
Re: Classe de Corvetas Barroso
« Responder #3 em: Março 27, 2020, 08:30:47 pm »
Citar
Brazil discards the Barroso corvette upgrades

The Brazilian Navy dropped its initial plan to modernise one of its frontline surface combatants, the corvette CV Barroso (V34) as part of the offset package for acquisition of four Tamandaré-class frigates, it told Jane’s on 20 March.

 :o
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Classe de Corvetas Barroso
« Responder #4 em: Março 29, 2020, 04:21:49 pm »
Corveta Barroso: Relembre a cerimônia de incorporação, em 2008


Citar
Por Alexandre Galante

Apesar da derrota para a Argentina nas Olimpíadas, hoje (19 de agosto de 2008) é um dia para se ter orgulho de ser brasileiro. Depois de quase 14 anos de espera, chegou o dia da cerimônia de incorporação ou mostra de armamento da corveta Barroso à Marinha do Brasil, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e o Poder Naval Online esteve presente.

Também tivemos o prazer de estar a bordo da Barroso e conhecê-la por dentro. O esmero na construção e a qualidade dos sistemas instalados impressionaram e podem ser conferidos nas fotos abaixo.

O navio, apesar de pequeno, é espaçoso como uma fragata da classe “Niterói”. Os sistemas de controle de máquinas e o sistema de controle tático SICONTA Mk.3, desenvolvidos pelo IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha) e pela empresa Omnisys, mostram que a Barroso não fica nada a dever aos sistemas em uso em outras marinhas.
Saímos da corveta com a certeza de que a Marinha do Brasil precisa construir mais unidades da classe, apenas com pequenos melhoramentos.

Dizem os engenheiros aeronáuticos que um avião bonito voa bem, e se a mesma verdade se aplica a navios, a Barroso com certeza terá ótimas qualidade marinheiras.
Parabéns à Marinha do Brasil e ao AMRJ pela persistência, valeu a pena! e nosso agradecimento ao Centro de Comunicação Social da Marinha, por nos possibilitar a cobertura do evento.

NOTA DO EDITOR: Um ponto negativo foi a atuação da grande imprensa, cujos jornalistas fizeram perguntas que nada tinham a ver com o evento ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim. Mas não chegaram a estragar a festa.

 :arrow:  https://www.naval.com.br/blog/2020/03/28/corveta-barroso-relembre-a-cerimonia-de-incorporacao-em-2008/


Características gerais da Corveta “Barroso” – V-34

1. Sistema Nacional de Controle Tático e Armas – SICONTA Mk III (nacional)
2. Comprimento total de 103,4 metros
3. Boca máxima – 11,4 metros
4. Calado de navegação – 6,20 metros
5. Deslocamento carregado – 2.400 toneladas
6. Sistema de propulsão – CODOG
a. 2 Motores MTU 1163 TB 93 8.000 HP
b. 1 Turbina GE LM 2.500 29.500 HP
7. Geração de Energia
a. 4 Motores MTU 8V 396 TE 54
b. 4 Geradores Siemens 650 KW
8. Velocidade máxima c/ turbina – 30 nós
9. Velocidade máxima c/ motor – 22 nós
10. Raio de ação a 12 nós – 4.000 milhas náuticas
11. Autonomia – 30 dias
12. Tripulação – 145 militares
13. Sistema de Controle e Monitoração SCM (nacional)
a. Subsistema de Controle e Monitoração de Propulsão e Auxiliares – SCMPA
b. Subsistema de Controle de Avarias – SCAv
Principais sensores do navio
1. Radar de busca combinada – RAN-20S
2. Radar de superfície – THERMA SCANTER
3. Radar de Direção de Tiro – RTN-30X
4. Radar de Navegação Furuno FR 8252
5. Alça Optrônica – EOS-400-10B (SAAB)
6. Alça Óptica com computador de tiro de emergência (nacional)
7. MAGE – DEFENSOR (nacional)
8. Sonar de casco – EDO-997 C
9. Sistema de navegação inercial – SIGMA 40 INS (SAGEM)

Armamento
1. Canhão 4.5” VICKERS Mk-8 de duplo emprego
2. Canhão 40mm Mk-3 BOFORS Trinity antimíssil
3. Sistema de lançamento de mísseis EXOCET ITL-70A (MM40 Block 1 / Block 2)
4. Sistema de lançamento de torpedos anti-submarino Mod. 400 (nacional) para torpedos Mk.46
5. Sistema de lançamento de despistadores de mísseis (SLDM) – Chaff (nacional)

Operações aéreas
1. Aeronave Orgânica (Super Lynx), podendo ser armada com:
a. Míssil ar-superfície SEASKUA
b. Torpedo Mk-46
c. Bomba de profundidade Mk-9
2. Indicador visual estabilizado de rampa de aproximação – IVERA (nacional)















 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20613
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Classe de Corvetas Barroso
« Responder #5 em: Abril 07, 2020, 04:02:16 pm »