Essa estratégia depende e muito das quantidades em questão para essas duas classes. Se estivermos a falar de apenas 2 ou 3 fragatas, é muito pouco.
Também não sou muito adepto de ter 2 classes de OPVs, até porque se estaria a aplicar "redundância" onde não é necessário. OPVs com melhor radar era algo perfeitamente alcançável com os NPO, já a capacidade de receber os Merlin não deve ser impossível modificar o convés de voo para receber um e tudo isto seria certamente mais barato do que comprar OPVs XL. Depois, estamos em Portugal, o "fitted for but not with" geralmente dá asneira.
Outros países que usam conceitos semelhantes, de OPVs pesados, são países que têm uma vertente de combate muito forte, isto é, França com as Floreal/EPC como OPV "pesados" + 15 navios de combate, a Holanda com os Holland + 6 fragatas, Espanha terá EPC + 11/12 fragatas, Itália terá EPC/PPA + 12 navios de combate, Dinamarca com 4 "fragatas de patrulha" + 5 fragatas, depois claro os EUA com os seus cutters da USCG, mas esses são de outra galáxia.
Ou seja, seríamos de longe o país da NATO com pior rácio navio de combate/OPV, algo que aliás já seremos tendo os 10 NPO planeados.
Na minha opinião, o grande ênfase dado aos NPOs em detrimento dos navios de combate, é por uma razão apenas: aumentar o número de cascos. Infelizmente, os estrategas, que tanto defendem o "duplo uso", não percebem que uma fragata pode, se necessário, fazer as missões de um OPV, já um OPV não pode fazer as missões de uma fragata. E os NPOs, no estado actual, nem para combater pirataria servem.