Respondendo ao Victor:
-Antes de mais, qual é a diferença da variante F para a E? Só ser bilugar?
De facto! A FAB vai receber nesse primeiro lote (aguarda-se a encomenda de um segundo e até terceiro lote) 36 aeronaves Gripen, sendo 28 do modelo E (para um piloto), e 8 da versão F (biplace – com dois assentos).
Como o Gripen E se trata de um conceito
multirole (múltiplas missões), dentro desta lógica, seria um enorme desperdício imaginar o emprego do Gripen F (biplace) na função apenas de treinador. Diante disso, a versão F vai assumir missões de maior complexidade, nas quais destacam-se a penetração sobre capacidades A2/AD (Anti-Access/Area-Denial) para supressão de defesas inimigas (SEAD) e guerra eletrônica (guerra em rede – battle network).
Há previsão de conceder ao F a capacidade de emprego em missões combinadas com UCAVs (aeronaves de combate não-tripuladas), uma tendência reconhecida, que questiona a própria presença de piloto humano nos caças pós sexta geração. Inclusive a SAAB, fabricante do Gripen, já de algum tempo estuda a interação dos atuais modelos C/D com o demonstrador europeu de tecnologia para drone de combate, o
Neuron, no qual a empresa sueca tem participação no desenvolvimento.
No entanto, para a realidade presente da FAB (que sofre constantemente com recursos contingenciados), a composição da tripulação em um caça biplace será composta por um piloto e um oficial de sistemas e armas, ou por um piloto e um oficial de guerra eletrônica, ou ainda, visando sua atuação como Forward Air Controller (FAC), um comando e controle de forças avançado, uma função cada vez mais demandada e expandida em tempos de sistemas de enlace de dados (data-links) mais eficientes.
Em linhas gerais será isso.