Furto de Munições em Tancos

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Cabeça de Martelo

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #210 em: Setembro 29, 2018, 11:25:31 am »
Marinha conclui análise preliminar ao incidente ocorrido com a caixa de munições

Na sequência do incidente ocorrido no dia 26 de setembro, com a queda na via pública de uma caixa com munições, a Marinha abriu um processo de averiguações para determinar as causas e eventuais responsabilidades deste incidente.
28 DE SETEMBRO DE 2018, 22:00

Após a análise preliminar dos acontecimentos, a Marinha apurou:


1.   As cinco toneladas de material militar (explosivos e munições) proveniente da Lituânia foi conferido no período da tarde do dia 26 até ao final do dia 27 de setembro.

2.   Enquanto decorria o processo de conferência do material, foi recebida, no dia 27 de setembro, pelas 12h30, uma comunicação por parte da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, de que haveria uma caixa com 1000 munições de 9 mm, à guarda da Polícia de Segurança Pública de Setúbal.

3.   Foi de imediato verificada a existência de 41 caixas, apurando-se existir uma caixa em falta. Foi posteriormente recebida uma nova comunicação da PSP de Setúbal, com a inclusão de fotografias, que permitiu confirmar que o lote das munições da caixa à guarda da PSP pertencia ao material que retraiu da missão realizada na Lituânia.

4.   Apurou-se ainda que a queda inadvertida da caixa na via pública ocorreu durante o trânsito entre o Alfeite e Vale de Zebro, na zona do Seixal.

5.   O material militar que retraiu da Lituânia encontra-se todo conferido e acondicionado nos respetivos paióis na Escola de Fuzileiros, com a exceção da referida caixa de munições que se encontra à guarda da PSP de Setúbal.

 

A Marinha enaltece o apurado sentido e exemplo de cidadania de quem entregou a caixa de munições às autoridades policiais, o que permitiu manter este material em segurança

https://www.marinha.pt/pt/media-center/Noticias/Paginas/Marinha-conclui-analise-preliminar-ao-incidente-ocorrido-com-a-caixa-de-municoes.aspx
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #211 em: Setembro 29, 2018, 01:48:58 pm »
Não entendo. Isto era algo praticamente impossível de acontecer pois a viatura que levasse o material seria sempre seguida por outra de escolta. Qualquer coisa que caísse, e isso também é estranho pois diz muito sobre o acondicionamento da carga, seria logo detectada pela viatura da escolta. Não sei o que mais me preocupa, se é a falta de acondicionamento deste tipo de carga e a sua queda para a via publica, ou se o facto de andarem por aí com toneladas de material sensível sem as respectivas escoltas.
 
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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #212 em: Setembro 29, 2018, 02:16:51 pm »
A partir do momento que vi na A3 2 Pandur a circular sem qualquer escolta ou sinalização, já não me admiro de nada.

O relatório de incidentes foi apresentado, então e a consequência onde está?
 

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #214 em: Setembro 29, 2018, 04:12:43 pm »
Camuflage, é aterrador verificar a cada dia que passa o nível de podridão moral e total falta do mínimo sentido de dever e missão da maioria dos detentores de cargos da esfera da soberania. Desde a Politica à Justica, passando pela Segurança e Defesa, tudo é jogado na teia de interesses imediatos e mesquinhos, em jogadas de vantagens pessoais onde o superior interesse das Instituições e Nação é apenas uma rodapé.

Depois temos uma guerra de informação e desinformação, com pasquins ranhosos do calibre o Observador, a jogar todo o tipo de palha e lama ao ar a ver o que pega e para distrair, no meio do ruido de fundo, daquilo que importa saber. Sujando tudo com mentiras e suspeições ao ponto de já ninguém acreditar em nada e irmos andando anestesiados de escândalo em escândalo. Basta lembrar a pouca vergonha da foto do jantar do Sócrates que nada tinha a ver com a nova procuradora e os imbecis foram todos atrás a colocar a indignação de capados impotentes nas redes sociais sem sequer olhar para a foto….


Militares exigem respeito, os juízes exigem respeito, os policias exigem respeito, mas nenhum deles se dá ao respeito, com a conivência cobarde deste povo.
 
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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #216 em: Setembro 29, 2018, 08:13:43 pm »
GNR e Polícia Militar foram buscar armas a casa da avó do assaltante: https://sicnoticias.sapo.pt/especiais/assalto-em-tancos/2018-09-29-GNR-e-Policia-Militar-foram-buscar-armas-a-casa-da-avo-do-assaltante

A mim não me resta dúvidas que o traficante é um menino filho de algum oficial militar/juiz/politico e quiseram safa-lo de ser punido com uma pena elevada por se tratar de um crime grave. Tinha as costas bem quentes.
O director da PJM dá a mão à palmatória por não ter como fugir, exclui os outros e alguém vai ter que fazer algo por ele, pois eu garanto-vos que não vai preso na altura do julgamento (daqui por uns anos como já se sabe).
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #217 em: Outubro 03, 2018, 10:48:58 am »
Major da PJM titular da investigação de Tancos: "Isto ainda vai acabar com eles a prenderem-nos"

Vasco Brazão, que esta terça-feira, 2, começou a ser ouvido pelo juiz de instrução do caso das armas roubadas em Tancos, é dono de segredos incómodos. E já previa tudo o que aconteceu há uma semana

uando saía de algum local e se dirigia ao seu carro, a começar logo de manhã antes do percurso casa-trabalho, o major Vasco Brazão, titular, na Polícia Judiciária Militar (PJM), das investigações ao roubo de armas nos paióis de Tancos, em 29 de junho de 2017, inspecionava o veículo "de alto a baixo", relatam à VISÃO testemunhas oculares. Mesmo após essa certificação, contam aquelas fontes, guiava com espreitadelas frequentes ao espelho retrovisor e, de repente, acelerava e guinava numa curva à direita e, depois, à esquerda. "Lá vêm os tipos a perseguir-me", dizia o militar, que trajava sempre à civil. Os "tipos", ao que explicava, eram inspetores da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT), da PJ, que também investigavam o assalto em Tancos.

Vasco Brazão afirmava suspeitar de que elementos da UNCT colocavam à socapa localizadores nos automóveis descaracterizados da equipa que liderava na PJM. "Houve depois incidentes que o convenceram de que estava certo", dizem as fontes citadas. Por exemplo, em diligências de vigilância relacionadas com as investigações ao roubo de Tancos, os militares, ao chegarem aos locais, "eram surpreendidos pela presença de equipas da UNCT". Mas o primeiro conflito aconteceu logo a seguir ao assalto: a PJM queria fazer buscas a vários suspeitos, intenção que a UNCT, então chefiada por Luís Neves (que entretanto ascendeu a diretor nacional da PJ), considerou "extemporânea".

Muito provavelmente, estes são alguns dos "equívocos" que, segundo o advogado Ricardo Sá Fernandes, defensor de Vasco Brazão, o major "pretende esclarecer" junto do juiz de instrução que acompanha o inquérito da "Operação Húbris", centrada no aparecimento forjado pela Judiciária Militar, na madrugada de 18 de outubro do ano passado, na Chamusca, numa valeta rodeada de canaviais, de material bélico roubado em Tancos, e que já resultou na prisão preventiva do à época diretor-geral da PJM, coronel Luís Augusto Vieira, e de João Paulino, ex-fuzileiro de 32 anos, tido como o líder do grupo que assaltou os paióis. Vasco Brazão encontrava-se agora numa missão na República Centro-Africana. Chegou a Lisboa ao fim do dia desta segunda-feira, 1, e, já sob detenção, passou a noite na cadeia de Tomar. Ao princípio da tarde desta terça-feira, 2, começou a ser ouvido pelo juiz de instrução.

Asseguram as fontes consultadas pela VISÃO que outro dos "equívocos" que o major deverá referir ao magistrado relaciona-se com um informador confidencial da PJ, que a PJM considerava uma peça-chave na investigação ao roubo de Tancos. Numa escuta telefónica, no início de 2017, esse indivíduo, residente no Algarve e conhecido no mundo do crime pela capacidade de abrir todo o tipo de fechaduras, foi apanhado pela PJ a dizer, numa conversa, que estava a ser preparado um assalto a uma instalação militar na zona de Leiria. Por razões que ainda se encontram por esclarecer, a PJ não deu conta dessa informação à chefia das Forças Armadas e, cerca de seis meses depois, aconteceu o assalto em Tancos. Ao Presidente da República, chegou de forma veemente o protesto dos militares, que teriam subido o nível de alerta caso lhes fosse transmitida a existência das suspeitas de um assalto a um quartel.

Na interceção telefónica referida, o indivíduo em causa dizia que tinha sido convidado a participar no roubo, mas que iria declinar. A PJM, porém, sempre acreditou que este suspeito interveio mesmo no assalto. Sem consequências. Em privado, dirigentes da Judiciária Militar desabafavam que o "craque" das fechaduras era para a PJ uma "espécie de intocável", um informador que a Judiciária civil "protegia desmedidamente" - insuflando as suspeitas de alegados "negócios escuros" para a resolução de crimes.

UNHA COM CARNE

Para a PJM, o DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal), do Ministério Público, e a PJ tardavam em atuar. As reuniões de Vasco Brazão com os procuradores do DCIAP Vítor Magalhães e João Melo, titulares do processo, e elementos da UNCT, da PJ, eram "conversas de surdos", queixava-se o major junto da sua equipa. "Não lhe davam informação nenhuma e bombardeavam-no com perguntas", sustentam as fontes próximas do militar. E depois ocorriam humilhações, alegam essas fontes, como a de a PJ não facultar à PJM dados sobre os telefones usados na área na altura do roubo em Tancos.

Cabe aqui sublinhar que a admiração de Vasco Brazão pelo seu diretor-geral se consolidou muito por ocasião do "processo dos Comandos". Oficial Comando, o coronel Luís Vieira deu carta branca ao major e à sua equipa na investigação das mortes, em setembro de 2016, dos recrutas Hugo Abreu e Dylan da Silva, na sequência de "golpes de calor" e desidratação extrema, na "Prova Zero" do curso nº 127 daquela força especial. Apenas um mês após as mortes dos dois instruendos, a procuradora Cândida Vilar, do DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa, recebeu da PJM um relatório intercalar, já com propostas de constituição de arguidos.


A magistrada acolheu essas sugestões e, com o desenrolar das averiguações, exarou, em junho de 2017, um despacho de acusação em que atribui a 19 arguidos, oficiais, sargentos e praças, o crime de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (em graus diferentes), que o Código de Justiça Militar pune com prisão de oito a 16 anos. Isabel Sesifredo, juíza de instrução criminal, aprovou na íntegra o libelo acusatório do MP e emitiu o respetivo despacho de pronúncia. O início do julgamento esteve marcado para o passado dia 27, mas o arranque foi adiado por 30 dias devido a questões processuais ainda por dirimir.

Por altura das investigações do "processo dos Comandos", em novembro de 2016, a PJM já registara um assinalável êxito, em colaboração com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção, da PJ (neste caso, a interação entre as duas polícias correu sobre rodas): a "Operação Zeus" desmantelou uma rede de corrupção e sobrefaturação que se estendia por 12 messes da Força Aérea, de Norte a Sul do País. As averiguações culminaram num mega despacho de acusação do MP com 86 arguidos (40 militares e 46 empresários).

A cumplicidade profissional e pessoal entre o diretor-geral da PJM, coronel Luís Vieira, e Vasco Brazão foi-se cimentando. Às tantas, o major já acumulava as funções de coordenador de investigação criminal com as de porta-voz da Judiciária Militar. Eram unha com carne e manobravam ambos nos bastidores políticos, judiciais e militares no sentido de reverter a decisão da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, que, introduzindo no assalto a Tancos a suspeita de terrorismo, atribuiu as investigações à UNCT da PJ, colocando a PJM como "coadjuvante". Pela letra da lei, porém, o roubo era um "crime estritamente militar" e, por isso, de "investigação exclusiva" da PJM.

Para convencer os interlocutores, os dirigentes da Judiciária Militar apresentavam um parecer que informalmente tinham pedido ao jurista Rui Pereira, ex-ministro da Administração Interna, que aceitou analisar "a questão da conexão entre crimes previstos no Código Penal e na Lei de Combate ao Terrorismo ou outra qualquer legislação avulsa e os crimes previstos no Código de Justiça Militar". Com data de 4 de agosto de 2017, o parecer de Rui Pereira, a que a VISÃO teve acesso, dava razão aos argumentos da direção da PJM. "O artigo 113º do Código de Justiça Militar é, inequivocamente, uma norma especial quanto às normas do Código Penal, visto que regula especificamente a questão do concurso entre crimes militares e não militares, estabelecendo que 'a conexão não opera entre processos que sejam e processos que não sejam de natureza estritamente militar'. Assim, nestes casos, nunca é admitida a conexão de processos", lê-se no documento assinado pelo jurista e ex-governante.

Mas das discretas pressões nada resultou. O processo atravessou estagnado todo o verão de 2017, até que o coronel Luís Vieira e o major Vasco Brazão resolveram aproveitar uma oportunidade única para encenar o reaparecimento do material militar roubado em Tancos - decisão que o ex-diretor-geral da PJM justificou agora ao juiz de instrução com o "interesse nacional". Resumindo, para encurtar razões: em pânico com o impacto mediático do roubo, o alegado líder do grupo que assaltou os paióis de Tancos, o ex-fuzileiro João Paulino, contactou e encontrou-se com um amigo de infância, o ex-paraquedista Bruno Ataíde, que ingressara na GNR e trabalhava no Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento de Loulé. Paulino disse a Ataíde que talvez pudesse saber do paradeiro das armas, mas antes do que viesse a ser feito tinham de lhe assegurar que nada lhe aconteceria. O antigo paraquedista passou a informação ao seu superior, o sargento-ajudante Lima Santos, o qual transmitiu-a a um contacto que tinha na PJM. E o embuste começou a ser cuidadosamente preparado, com total autorização e encobrimento do diretor-geral, coronel Luís Vieira, o qual garantiu a imunidade a João Paulino.

E às três da manhã de 18 de outubro de 2017, uma quarta-feira, o titular da investigação da PJM, major Vasco Brazão, que por acaso estava de piquete nessa semana, foi acordado por uma chamada anónima a alertar para a presença de material de guerra abandonado num local ermo na Chamusca. Só a meio da manhã desse dia, quando 264 unidades de explosivo plástico e mais de 200 granadas, incluindo granadas-foguete antitanque, já tinham sido transportadas para o campo militar de Santa Margarida, com a colaboração de elementos da GNR de Loulé, é que a PJM informou os procuradores do DCIAP titulares do processo e a UNCT da PJ do aparecimento de material militar roubado em Tancos. Faltavam, no entanto, 1 500 munições de 9mm, que a Judiciária Militar dizia acreditar que eram o objetivo do assalto. Na altura em Bruxelas, o primeiro-ministro, António Costa, felicitou a PJM e a GNR pela descoberta do arsenal.

Contudo, no mês seguinte, novembro, o major Vasco Brazão mostrava-se particularmente agitado - a ponto de confidenciar o inimaginável aos seus próximos: "Isto ainda vai acabar com eles a prenderem-nos." Acertou em cheio. Há precisamente uma semana, foi desencadeada a "Operação Húbris", designação que deriva de um conceito grego que se aplica a tudo o que ultrapassa os limites. Cinco procuradores do DCIAP e uma centena de inspetores e peritos da PJ fizeram buscas em vários locais nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém, e detiveram oito pessoas - o então diretor-geral da Judiciária Militar, coronel Luís Vieira, três responsáveis da PJM, três elementos do Núcleo de Investigação do Destacamento de Loulé da GNR, e o suspeito civil, João Paulino. O juiz de instrução decretou a prisão preventiva do coronel e de Paulino, e os restantes seis arguidos ficaram em liberdade, embora sujeitos, além do termo de identidade e residência, à suspensão do exercício de funções, proibição de contacto com os coarguidos e com quaisquer militares das Forças Armadas, da GNR e elementos da PJM.

No momento em que estas linhas são escritas, desconhece-se a medida de coação aplicada pelo juiz a Vasco Brazão. Mas ainda na República Centro-Africana, o major elogiou na sua página do Facebook a "integridade" e a "coragem moral" do seu ex-superior, coronel Luís Vieira. Quanto a si próprio, confessou-se "arrependido, mas de consciência tranquila". Uma contradição nos termos muito adequada a toda esta trapalhada.

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2018-10-03-Major-da-PJM-titular-da-investigacao-de-Tancos-Isto-ainda-vai-acabar-com-eles-a-prenderem-nos
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Lightning

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #218 em: Outubro 03, 2018, 03:30:27 pm »
https://www.dn.pt/poder/interior/almirante-diz-que-investigadores-da-pj-militar-nao-sabem-o-que-e-ser-policia-9943359.html

Acho que uma boa opção, fosse manter a PJM mas constituída por militares da GNR, outra coisa também poderia ser mudar o nome à Força, Polícia Judiciária Militar acho demasiado parecido com Polícia Judiciária e faz logo as pessoas pensarem que uma é uma cópia da outra, devia ser algo tipo departamento de investigação do MdN, qualquer coisa desse género.
« Última modificação: Outubro 03, 2018, 03:50:12 pm por Lightning »
 

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asalves

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #219 em: Outubro 04, 2018, 12:20:42 pm »
Tancos. Investigador da PJM garante que ministro sabia da encenação
https://observador.pt/2018/10/04/tancos-investigador-da-pjm-garante-que-ministro-sabia-da-encenacao/
Citar
O investigador da PJ Militar garantiu em tribunal que o ministro da Defesa e o seu chefe de gabinete souberam do encobrimento do roubo um mês depois da recuperação das armas. Azeredo Lopes nega.

O investigador da Polícia Judiciária (PJ) Militar, major Vasco Brazão, garantiu ao juiz de instrução do caso do assalto a Tancos ter dado conhecimento ao gabinete do ministro Azeredo Lopes da encenação montada na Chamusca mais de um mês após a recuperação do arsenal, avança o Expresso. O jornal já confrontou o ministro da Defesa com as informações que as contestou, negando ter tido qualquer conhecimento.

As declarações foram feitas durante o interrogatório de oito horas, esta terça-feira, dia 2, no Campus de Justiça. Na ocasião, o investigador assegurou ao juiz que tanto ele como o diretor da PJ Militar, o coronel Luís Vieira, terão dado conhecimento ao ministro da Defesa da encenação montada na Chamusca em conjunto com a GNR de Loulé em torno da recuperação das armas furtadas nos paióis de Tancos. Essa comunicação terá sido feita por escrito, no final do ano passado e já depois das armas desaparecidas terem sido recuperadas, num memorando que descrevia todo o esquema montado, avança o Expresso. O jornal conta que esse memorando foi entregue ao chefe de gabinete de Azeredo Lopes que terá contactado telefonicamente o ministro, momento que terá ainda sido testemunhado por dois militares da PJM.

Declarações que o ministro não comenta ao abrigo do segredo da Justiça, tendo apenas respondido à pergunta sobre se teve conhecimento da encenação feita à volta do roubo do arsenal de Tancos: um categórico “não”, tanto antes da operação em outubro como depois dela, no final de 2017.


Recorde-se que, em outubro do ano passado um grupo de cinco militares da PJM e três da GNR de Loulé combinaram com um dos presumíveis autores do furto a entrega das armas, comprometendo-se em contrapartida a não informar a PJ e o Ministério Público daquela operação. Para isso, montaram uma operação de encobrimento, transportando as armas do terreno onde estavam escondidas, na propriedade de familiares do suspeito, para um baldio na Chamusca. A recuperação do arsenal foi divulgada em comunicado a 18 de outubro.
Ministro reconhece “embaraço” pelo envolvimento de militares em Tancos

Azeredo Lopes reconheceu esta quinta-feira que preferiria “mil vezes” que se pudesse olhar para Tancos como “uma questão bem resolvida”, e assumiu o embaraço causado pelo envolvimento de militares numa investigação criminal.

    Se me pergunta se é agradável todo o conjunto de situações que tem vindo a lume, não, não é. Estaria a mentir. Preferia mil vezes que tudo isto não tivesse ocorrido, preferia mil vezes que a investigação já pudesse estar concluída, preferia mil vezes que pudéssemos olhar para Tancos como uma questão bem resolvida”, declarou aos jornalistas em Bruxelas.

Questionado sobre se a detenção do o major Vasco Brazão, que estava na República Centro-Africana em serviço com o contingente português da força das Nações Unidas, foi motivo de embaraço durante o encontro dos ministros da Defesa da NATO, o governante argumentou que esta causou apenas “o embaraço e o lado desagradável de qualquer militar que esteja envolvido numa investigação criminal”.

    É o único embaraço que essa situação causa. Agora, repito, respeito muito duas coisas: primeiro, aquilo que está sob segredo de Justiça, segundo a presunção de inocência. O aspeto que é menos bom é qualquer militar ver-se envolvido em qualquer investigação criminal”, completou.

Na segunda-feira chegou a Portugal e foi detido o major Vasco Brazão, que também foi porta-voz da Polícia Judiciária Militar. Segundo o Ministério Público, em causa estão “factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas”.

A Polícia Judiciária deteve, em 25 de setembro, no âmbito da Operação Húbris, que investiga o caso da recuperação das armas furtadas em Tancos, o diretor e outros três responsáveis da Polícia Judiciária Militar, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé. Na sexta-feira, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou prisão preventiva para o diretor da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, e para o civil. O furto de material militar dos paióis de Tancos – instalação entretanto desativada – foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
 

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NVF

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #220 em: Outubro 04, 2018, 01:30:00 pm »
Pode ser que seja desta que o mister Magoo vá com os porcos...
Talent de ne rien faire
 

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tenente

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #221 em: Outubro 05, 2018, 07:09:15 am »
Pode ser que seja desta que o mister Magoo vá com os porcos...

Se vai o mister 20 milhões aparece um novo mister mas, desta vez, um mister quinze milhões, ou até menos, andamos mesmo na merda com esta gentalha que não tem sentido nenhum de responsabilidade daí eu lhes chamar os IrResponsáveis politicos  :rir:
Até dá vontade de choras estamos mesmo entregues aos " Porcos ", sem ofensa para os ditos !!

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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PereiraMarques

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #222 em: Outubro 05, 2018, 10:09:59 pm »
Não conheço o sr. Major mas dou-lhe um louvor e uma medalha...

https://dre.pt/home/-/dre/108068719/details/maximized?serie=II&dreId=108068708/en
 

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mafets

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #223 em: Outubro 08, 2018, 10:53:45 am »
Coincidências... ::) ::)

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/08-out-2018/interior/general-que-se-demitiu-por-causa-de-tancos-em-reuniao-do-cds-9964806.html

Citar
General que se demitiu por causa de Tancos em reunião do CDS
Os centristas divulgaram ontem o programa da sua próxima Escola de Quadros. A reunião decorrerá nas vésperas da entrega do OE 2019 na Assembleia da República.

Em julho de 2017, o general Faria de Meneses demitiu-se do cargo de comandante das Forças Terrestres por discordar da decisão do chefe do Exército, general Rovisco Duarte, de exonerar cinco comandantes, no caso do assalto a Tancos. No próximo dia 12 de Outubro, o general, desde então na reserva, será o principal orador numa conferência do CDS sobre "os desafios da Defesa Nacional".

A conferência decorrerá num hotel de Peniche, no segundo dia da Escola de Quadros que o CDS ali organizará de 11 a 14 de Outubro. Com cem jovens participantes previstos, a Escola de Quadros dos centristas terá nas questões da Defesa Nacional um dos seus temas principais.

A questão de Tancos tem sido uma das principais bandeiras do CDS - foi o partido que propôs no Parlamento uma comissão parlamentar de inquérito ao caso. Os centristas também há muito que dizem que nem o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, nem o chefe do Exército, general Rovisco Duarte, têm condições para se manterem em funções.

O tema principal será, porém, a questão europeia. "Futuro da Europa", "Portugal na Europa", "Que direita para a Europa". Estes são alguns dos temas dos debates da Escola de Quadros do CDS.

A aproximação das eleições europeias (junho de 2019) e o facto de o CDS ser por ora o único partido parlamentar com um cabeça-de-lista escolhido (o eurodeputado Nuno Melo) ditaram a opção do partido, segundo disse ao DN Diogo Feio, principal organizador da Escola de Quadros.




Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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HSMW

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Re: Furto de Munições em Tancos
« Responder #224 em: Outubro 08, 2018, 08:47:05 pm »
Não conheço o sr. Major mas dou-lhe um louvor e uma medalha...

https://dre.pt/home/-/dre/108068719/details/maximized?serie=II&dreId=108068708/en

Diz que não sabe de nada do que se passa mas no louvor até parece que é ele que faz tudo...

É o normal nas chefias das FA...
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."