PORTUGAL ANULA A SUA DIVIDA

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scrupulum

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PORTUGAL ANULA A SUA DIVIDA
« em: Outubro 14, 2012, 02:41:32 pm »
Num incrivel golpe de teatro Portugal anula a sua divida considerando ser uma vitima dum verdadeiro banditismo...e o euro deixou de ser a nossa moeda !

Os portugueses podem respirar de alivio : Portugal deixa de estar dominado pelos mercados financeiros que nos dizimam.

O filme :

Portugal foi sistematicamente pressionado pelos atores europeus e pelos mercados financeiros que o instigaram a pedir "ajuda" à Uniao Europeia.

Mas Portugal esta agora consciente que essa "ajuda" não passa de uma farsa pois não se trata de uma "ajuda" mas sim de empréstimos suplementares que têm consequências gravissimas. Estes empréstimos destinam-se unicamente a assegurar que Portugal vai pagar a sua "divida" aos mercados financeiros.

A DIVIDA ? QUE DIVIDA ?

Em principios de 2011, Portugal tinha uma divida que correspondia a cerca de 86% de son PIB, hoje ja ultrapassou alegremente a barreira dos 100%, e vai continuar a subir pois a pilhagem é de uma dimensão insensata. O objetivo dos banksters é que a divida portuguesa atinja os 140% a fim de fazer render o peixe. Novos empréstimos servirao a pagar os precedentes e os juros serão sempre elevadissimos.

Se Portugal nao tivesse entrado na UE e na zona euro, a sua divida publica poderia estimar-se hoje em cerca de 30% do seu PIB, ou seja, num nivel de excelencia que lhe permitiria desenvolver e melhorar o bem-estar dos seus cidadãos e de criar as condições para o desenvolvimento economico.

Se Portugal nao tivesse entrado na UE poderia ter-se financiado nos circuitos internos e junto do nosso Banco Central a juros muito inferiores. Teria o controlo das operações e as armas necessarias para fazer face aos imprevistos. Portugal não estaria tributario dos mercados financeiros exteriores, incapaz de controlar as loucuras destes e  face aos quais, esta de pés e mãos atados.
Portugal teria hoje um nivel da divida bastante mais baixo, ou em qualquer dos casos bem melhor, atendendo às somas colossais que temos sido obrigados a pagar até aqui e que nos colapsaram.
Os portugueses nao teriam sido purgados desta maneira e postos em causa todos os aspetos sociais : segurança social, saude, educação, etc

A COMEDIA ACABOU , PORTUGAL NAO PAGA !

Cansado de tanta pilhagem, Portugal decidiu  pura e simplesmente nao pagar a sua pseudo-divida, pois esta divida é uma falsa divida.
Ela é o resultado do cumulo através dos anos de juros colossais consecutivos a uma armadilha em que caimos.
Para perceber melhor :

Ao entrar na UE em 1986, Portugal nao poderia imaginar que no futuro seria obrigado a financiar-se exclusivamente junto dos bancos externos europeus. Esta regra so se concretizou em1992 com o tratado de Maastricht. Portugal estava longe de supôr que acabaria enredado nas malhas urdidas pelos mercados financeiros.
Cercado de um lado pelas leis europeias que obrigam Portugal a financiar-se exclusivamente junto dos mercados externos (artigo 104 Maastricht) e de outro lado pela coligação formada pelas agencias de notação que baixaram a sua notaçao e pelos mercados que aplicam taxas de juro gigantescos, Portugal estava preso na armadilha !

Portugal estava entregue a um bando de bandidos, de banksters que abusavam da situação e os mercados financeiros entregavam-se a verdadeiras operações de pilhagem organizada.

A entrada de Portugal na europa empobreceu consideravelmente o nosso pais. As pseudo ajudas financeiras sao poeira lançada aos olhos e representaram uma gota de agua comparando com a verdadeira pilhagem financeira que temos sofrido ano apos ano. So no periodo entre 2000/2010 a carnificina representou a modica quantia de 100 mil milhões de euros, pagos pela população aos mercados financeiros em detrimento do desenvolvimento do pais.

UMA HISTORIA INCRIVEL

Não convém tambem esquecer que em 2008 os bancos faliram, gerando uma crise economica e social historica. Os culpados (os bancos) foram ajudados (uma ajuda real) pelas populações que os salvaram. E é a estas mesmas populações que os mercados financeiros acusam (sem rir) de se terem demasiado endividado. A estas mesmas populações é exigido cada vez mais esforços draconianos para pagar o resultado da incompetencia, das fraudes e da corrupção duma oligarquia politico-financeira incontrolavel.


TOMADA DE CONSCIENCIA

Esta pseudo divida é pois o resultado do cumulo de juros elevados que se foram somando ano apos ano e que engendraram eles mesmo mais juros, num circulo infernal.
Portugal tomou consciencia desta gigantesca farsa de mau gosto e decidiu em consequencia de anular a sua divida.

Vendo que as suas élites e partidos politicos ja não podiam fazer mais nada, atascados num sistema ao qual eles foram os primeiros a aderir, a revolta começou a alastrar pelo pais. Tentou-se acalmar a coisa com mais umas eleições, com mais uma nuvem de fumo, mas em vão... pois os portugueses ja se tinham apercebido que os poderes nacionais ja nada podiam fazer, submetidos completamente ao diktat das regras europeias e dos mercados financeiros.

Era necessario parar este movimento destruidor que se tornou economicamente e socialmente insuportavel.
Os portugueses sonharam-no e os portugueses fizeram-no !

A reação de Portugal é justificavel. Portugal anulou a sua divida e recusa  paga-la ! Outros paises caidos na armadilha seguirão o exemplo de Portugal.
Portugal faz um risco sobre os sofrimentos passados e recomeça a partir de bases  novas. Um impeto de alegria e de entusiasmo atravessa todo o pais que voltou a ser ele mesmo.
O sol voltou a brilhar !

extraido de Portugalmania
scrupulum aka legionario
 

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scrupulum

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Re: PORTUGAL ANULA A SUA DIVIDA
« Responder #1 em: Outubro 19, 2012, 03:41:09 pm »
A saida de Portugal da zona euro é uma das soluçoes possiveis para sair da crise. Quais seriam os custos, para os "outros", desta saida ?

A publicação economica suissa "BILAN" responde :

"... se Portugal renunciasse ao euro, a Alemanha teria percas acumuladas de 225 mil milhões de euros até 2020 e uma anulação incontornavel de divida de 100 mil milhões.
Numa escala mundial, as percas de crescimento acumuladas se elevariam a 2400 mil milhões de euros. Os EUA seriam atingidos em 365 mil milhões de euros e a China perderia 275 mil milhoes de euros."

 Não é este um argumento ou um meio de pressão de peso ?

Portugal precisa de dirigentes que não estejam comprometidos com as oligarquias politico-financeiras. Precisamos de um lider que diga : "Vamos renegociar a nossa divida... e so  pagamos os mesmos juros que pagam a Alemanha e a França !"
Porque razao os nossos euros custam 3 vezes mais caro que os euros alemaes ou franceses ?

Não é com estes dirigentes que temos, todos eles saidos das oligarquias, que Portugal se vai safar ! Todos eles fazem aqui, na pequena aldeia portuguesa, o que lhes mandam do exterior, na esperança de serem recompensados no futuro com tachos no universo global : BCE, FMI, ONU ou em Bruxelas.

Ha que começar a procurar por essas universidades fora algum obscuro professor susceptivel de fazer o trabalho bem feito...e quando se encontrar a pérola, que a tropa volte a florir os canos das espingardas  :evil:
scrupulum aka legionario
 

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routechecker

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Re: PORTUGAL ANULA A SUA DIVIDA
« Responder #2 em: Outubro 21, 2012, 02:59:06 pm »
“Os bancos fechavam as portas, as fronteiras seriam controladas. Este seria o primeiro acto da saída do euro. A moeda desvalorizaria, disparava a inflação e o desemprego. E chegaria mais austeridade. As potenciais vantagens só viriam depois. Imagine este cenário. Após extenuantes horas de discussão numa das 27 capitais europeias a reunião do Conselho Europeu chega, finalmente, ao fim. Os jornalistas que resistiram até à conferência de imprensa são surpreendidos pela entrada na sala dos primeiros ministros português e grego. Seguem-nos os presidentes do Eurogrupo, do BCE e da Comissão. São três da manhã de sexta para sábado, a maioria dos portugueses está a dormir. Quando acordarem, o euro já não será a moeda do seu país. Os levantamentos de dinheiro terão de ser feitos já em “novos-escudos” directamente nos balcões dos bancos. As fronteiras estarão temporariamente fechadas e as entradas e saídas de capital proibidas. É decretado o estado de emergência. É o fim do euro para os portugueses.”
When people speak to you about a preventive war, you tell them to go and fight it. After my experience, I have come to hate war. War settles nothing: Dwight David Eisenhower : 34th president of the United States, 1890-1969
 

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scrupulum

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Re: PORTUGAL ANULA A SUA DIVIDA
« Responder #3 em: Outubro 23, 2012, 12:00:49 pm »
Como é cada vez mais reconhecido, Portugal está hoje num completo impasse. Os partidos do arco governamental vincularam o nosso país a um conjunto de obrigações que, como se comprova pelo Orçamento de Estado para 2013, levará o povo português a uma pobreza cada vez maior. Os partidos da oposição, por outro lado, não apresentam real alternativa – se deixasse de, unilateralmente, cumprir o “Memorando de Entendimento com a Troika”, Portugal entraria, de imediato, em colapso financeiro. E as propaladas “renegociações” têm sido promessas sem qualquer fundamento – as instâncias que nos têm emprestado dinheiro já garantiram, por mais do que uma vez, que os termos do Memorando de Entendimento jamais poderão ser alterados de forma substancial. Chega, pois, de ilusões.

Na esteira das múltiplas posições que tem tomado, o MIL propõe que se inicie um grande debate nacional, extensivo a toda a sociedade civil, que deverá ter como corolário um Referendo à nossa Adesão ao Euro. Ao longo desse debate, devem ser equacionados os rumos possíveis do nosso futuro comum – pela parte do MIL, defendemos que deve ser equacionada com os restantes países lusófonos a constituição de um Fundo de Emergência que permita a desvinculação, em parte ou por inteiro, das obrigações assumidas no “Memorando de Entendimento com a Troika”. Isto no âmbito de um acordo mais vasto – no plano económico e político – de convergência estratégica com os restantes países da CPLP.

Perante essa alternativa – que não implica a nossa saída da União Europeia (há países da União Europeia que não aderiram ao Euro) –, o povo português deve pois ser chamado a pronunciar-se em Referendo. Recordamos que, não obstante todas as promessas nesse sentido, a nossa Adesão ao Euro nunca foi referendada – como, de resto, nenhum outro passo da nossa integração europeia. Isto apesar de, ano após ano, as vozes mais lúcidas do nosso país terem alertado para os seus riscos políticos e económicos (hoje, infelizmente, à vista de todos). Cada vez mais, economistas credíveis questionam a nossa permanência no Euro – essa hipótese não constitui pois um tabu; pode e deve ser discutida. Num momento em que há um absoluto divórcio entre o povo português e a nossa classe política, é tempo de ser o próprio povo português a escolher, em Referendo, qual deve ser o nosso futuro.

Para subscrever:
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MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO
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