Eu votei sim, se for clinicamente provado que a pessoa se encontra em estado de dor permanente, sem hipotese de melhoria e que a medicação apenas serve para aumentar alguns meses o tempo de vida da pessoa.
Quando a pessoa fica em condições de vida vegetal, isto é, o coração bate e a pessoa respira mas o cerebro está "desligado".
Em relação há dor da familia não sou dessa opinião, vou dar dois exemplos na minha familia, um tio meu de meia-idade, pelos 50 anos, de um dia para o outro teve um ataque cardiaco e faleceu, toda a familia foi apanhada de supresa, era um homem relativamente novo, ai sim foi um grande choque principalmente para a mulher e as filhas.
Um outro caso foi um avô meu, cerca de 80 anos, ficou doente de algo que não sei o nome, mas o resultado foi que ficou acamado, com o passar dos meses foi perdendo todas as capacidades, tinha grandes dores, e era frequentemente "entupido" de medicamentos para as dores, para dormir, e outros talvez para se aguentar mais um tempo, é claro que fiquei triste, ficamos todos, mas ver o meu avô em tal estado de degradação permanente, cada dia que passava ficava pior, e sofria muito com certeza. Chegou a uma altura que queria era que o sofimento dele acabasse, e quando ele faleceu, passado cerca de um ano, fiquei aliviado e pessoalmente penso que acabou também o sofrimento da familia toda.
Além de que foi um encargo financeiro consideravel, é claro que em caso de doença de um ente querido o dinheiro torna-se completamente futil, e no caso da minha familia como são 5 irmãos, dividido por todos não custou muito, mas já ouvi falar de casos de familias que praticamente vão à falencia devido a doenças terminais de longa duração.
A eutanásia a ser implementada não seria só por se ter algo incurável, enquanto a pessoa pudesse ter um nivel de vida aceitavel devia-se fazer todos os possiveis por o manter, mas quando já se está "mais para lá do que para cá" practicamente sem consciencia de nada nem do que se passa à sua volta, a partir daí sou a favor.
Tudo isto teria que ser comprovado por medicos e com autorização do tribunal, da familia e se possivel da propria pessoa enquanto tivesse consciente do que lhe estava a acontecer.