Medina Carreira aponta o que está a ser feito de errado e justifica o porquê.
E diz, que ele não sabe como resolver.
Prefiro uma pessoa que admita não saber como resolver um problema, do que uma vá desbravando caminho a direito, ás cegas e sem uma estratégia.
Ao menos, o que admite não saber resolver um problema já se debruçou sobre a sua resolução.
uma das soluções preconizadas por M. Carreira é a de um " presidencialismo transitório " , e num quadro em que o PR deveria ter UM MANDATO apenas (neste aspecto tb estou 100% de acordo, veja-se o que está a ser este 1º mandato de Cavaco, com medo de enfrentar o governo e não ser re-eleito. O mesmo se passou com sampaio!)
alguns links de interesse, para reflexão:
sobre O DEVER DA VERDADE:
http://www.alp.pt/Forum/forum_posts.asp?TID=167do final de 2008:
Medina Carreira diz que PR deve parar Orçamento
ANA SÁ LOPES
Crise. O Governo venceu o braço-de-ferro sobre o Estatuto dos Açores. Hoje, termina o prazo de promulgação que a Constituição dá ao Presidente da República. Mas uma nova crise ensombra as relações: o ex-mandatário de Cavaco, Medina Carreira, diz que PR pode recusar a promulgação
Mandatário de Cavaco defende que PR deve intervir para alterar OE
O economista Henrique Medina Carreira, que foi o mandatário de Cavaco Silva por Lisboa nas últimas presidenciais, afirma ao DN que o Orçamento do Estado deveria ser alterado, uma vez que já não corresponde à realidade.
Perante a situação criada, o Presidente da República tem duas soluções, segundo Medina Carreira: "Ou o Presidente não faz coisa nenhuma e aceita um Orçamento do Estado que no dia 1 de Janeiro, quando entrar em vigor, já não tem a ver com a realidade, ou não aceita."
Se é verdade que "nunca aconteceu" um Presidente da República recusar-se a promulgar um Orçamento do Estado, Medina Carreira afirma "não conhecer nada na Constituição que exclua essa hipótese". Para Medina Carreira, "valia a pena" o Governo enfrentar a necessidade de uma alteração no Orçamento, que mais dia menos dia terá de ser rectificado.
"O Orçamento do Estado é sempre uma previsão. Este já está desfasado da realidade e isso já foi assumido pelo Governo", afirma o professor de Economia. Seria, na sua opinião, desejável que o Presidente da República "conversasse com o Governo" para que o documento fosse revisto "em termos realistas".
O obstáculo a que isto se processe dentro da normalidade é, segundo Medina Carreira, a noção perversa relativamente ao que é uma vitória e uma derrota que subjaz ao sistema político (e mediático). "Acho que uma derrota é fazer uma coisa idiota. Saber que uma coisa não está bem e mudá-la é positivo". Para Medina Carreira, "vale mais emendar cedo do que emendar tarde".
"O Orçamento foi feito com base em certos pressupostos. Mudaram. Porque é que não se altera já? Não vejo que isto tenha que ver com qualquer confrontação", afirma o antigo mandatário do Presidente da República. A solução, na opinião de Medina Carreira, é o Governo entregar um orçamento rectificativo no Parlamento. Este orçamento entraria em vigor no dia 1 de Janeiro e no fim do mês já haveria outro documento novo.
A crise entre Presidente da República e Governo por causa do Orçamento, que foi ontem a manchete do semanário Sol, é mais um episódio na relação tensa entre Cavaco Silva e José Sócrates que tem agravado o último ano, depois de uma nunca vista cooperação estratégica inicial. No entanto, fontes da direcção do PSD duvidam que o Presidente chegue ao limite de recusar a promulgação do Orçamento.
Hoje, termina o prazo para o Presidente da República promulgar o Estatuto dos Açores, uma lei que Cavaco vetou por duas vezes e o PS o obrigou a aceitar. Os oito dias que a Constituição dá ao Presidente para promulgar um texto que tenha sido confirmado pelo Parlamento após um veto completam-se nesta segunda-feira e ninguém duvida de que - apesar de não existir uma sanção na Constituição para uma eventual recusa - o Presidente da República irá mandar o Estatuto para publicação em Diário da República. A mensagem de Ano Novo, que estará já a ser preparada pelos "homens do Presidente", deverá servir de barómetro para avaliar a profundidade da crise Belém-São Bento.
http://dn.sapo.pt/2008/12/29/nacional/m ... orcam.htmlhttp://ideias-soltas.net/seccao/persona ... -carreira/11 de Março de 2009
O Estado do nosso país visto por Medina Carreira
Este é homem faz um diagnóstico correcto da situação do nosso país. Porém, convém não esquecer que Medina Carreira já fez parte de um Governo. Concordo totalmente com a sua análise, que não é de hoje, porém, não se ouve, nunca ouvi, e pelos vistos nunca ouviremos uma proposta para mudar este estado de sítios. Mas a análise é sempre catastrofista, muito catastrofista e negativa. O que fazer? Não há soluções? A certa altura, Medina Carreira toca muito ao de leve naquilo que há muito venho temendo: tensão social levada ao extremo. Medina Carreira parece insinuar que esta situação só talvez se altere quando o "povo se rebelar contra o sistema". Mal será que tenhamos que chegar aí mas não vejo grande alternativa, dados os habituais e alternativos personagens desta novela em que se tornou a "gestão da coisa pública".
Atente-se também na última frase de Medina Carreira acerca do programa.
http://geofactualidades.blogspot.com/20 ... edina.htmlhttp://macroscopio.blogspot.com/2006/10 ... 5-por.htmlENTREVISTA em 4 de Julho de 2008
http://educar.wordpress.com/2008/07/04/ ... -noticias/