BI Paraquedista - Organização/ Equipamento/ Doutrina

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zecouves

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« Responder #15 em: Novembro 12, 2007, 07:03:14 pm »
Citação de: "LM"
:oops:

E eu a pensar que tinha descoberto a polvora...

Mas... "só" para haver um lança granadas disponivel existe um elemento da secção (?) wue tem uma arma individual diferente e com um calibre diferente...?! Será eficaz?


Não sei se percebi a tua pergunta, de qq maneira aqui vai a minha resposta:
Em cada pelotão de atiradores, teoricamente, cada secção de atiradores tem dois atiradores granadeiros. O problema é que a HK-79 foi comprada para aclopar na G3 e não na Galil. Como solução, os granadeiros Páraquedistas utilizam a G3. Obviamente que esta não é a solução ideal porque tens as espingardas automáticas com dois calibres diferentes logo ao nivel da Secção de Atiradores, o que pode logo ai criar problemas na gestão das munições, especialemente se tiveres debaixo de fogo. Outro problema: se por um motivo qq a G3 avaria, não há a flexibilidade de transferir a HK-79 para a espingarda de um outro atirador, pois só restam Galil, azar!!
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #16 em: Novembro 13, 2007, 10:18:19 am »
Citação de: "LM"
É impressão minha ou esta foto, colocada originalmente neste post responde à questão se os Páras usam o "atirador designado"...


Um deles não tem uma G3 com mira telescópica (óculo)?

Parece assim responder às duvidas: sim, existe este tipo de atirador nas unidades; sim, usa um calibre/arma diferente (7,62mm / G3) dos restantes. Falta saber o seu "lugar" na organização (ao nivel de pelotão ou companhia...?).

Estou a partir do principio que na foto não está um "sniper" (ie, que exige um treino/doutrina/ARMA diferentes).


Para isso já existe as Galil com bipés, as G-3 com a HK-79 estão lá porque provavelmente o Exército não queria gastar mais dinheiro a comprar outro modelo para as Galil quando já tinha as G-3 com as HK-79.

Para o pessoal que acha que o 5.56 mm é para meninas, de certeza que fica satisfeito por saber que a primeira grande unidade equipada com esse calibre nas Forças Armadas Portuguesas têm tb G-3... :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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LM

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« Responder #17 em: Novembro 13, 2007, 10:43:13 am »
zecouves escreveu:

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Não sei se percebi a tua pergunta, de qq maneira aqui vai a minha resposta:


A tua resposta esclareceu totalmente a minha questão, obrigada  :wink:

Parece-me no entanto uma situação estranha a que se vive nas secções dos BatPARA e algo preocupante.

LM
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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« Responder #18 em: Novembro 13, 2007, 12:45:35 pm »
No tempo da Guerra do Ultramar havia uma maior variedade de armas ao nível dos Pelotões de Atiradores do que hoje em dia, por isso não me preocupo com isto (mas sim com outras coisas).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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zecouves

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« Responder #19 em: Novembro 13, 2007, 02:04:20 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"

Para isso já existe as Galil com bipés, as G-3 com a HK-79 estão lá porque provavelmente o Exército não queria gastar mais dinheiro a comprar outro modelo para as Galil quando já tinha as G-3 com as HK-79.

Para o pessoal que acha que o 5.56 mm é para meninas, de certeza que fica satisfeito por saber que a primeira grande unidade equipada com esse calibre nas Forças Armadas Portuguesas têm tb G-3... :?:  Acho que estás a ver o filme ao contrário. Quer concordemos ou não com a forma como o processo ocorreu, não foi o Exército que se integrou nos Páras, mas antes o contrário: os Páras é que se integraram no Exército. E porque não deveriam antes os Páras ter abandonado a Galil quando o Exército tinha algumazinhas G3 a mais do que os Páras tinham Galil?
« Última modificação: Novembro 13, 2007, 02:09:42 pm por zecouves »
 

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« Responder #20 em: Novembro 13, 2007, 02:07:55 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
No tempo da Guerra do Ultramar havia uma maior variedade de armas ao nível dos Pelotões de Atiradores do que hoje em dia, por isso não me preocupo com isto (mas sim com outras coisas).


No Ultramar a variedade de calibres de espingarda automática não era bem assim.

Se para um comandante de Pelotão não for preocupante o facto de as SUAS Secções de Atiradores terem dois calibres de espingarda automática, não sei então com o que se deve preocupar se for para o estalo e pontapé lá para aquela terras do demo ...
 

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« Responder #21 em: Novembro 13, 2007, 02:17:40 pm »
Citação de: "zecouves"
Citação de: "Cabeça de Martelo"

Para isso já existe as Galil com bipés, as G-3 com a HK-79 estão lá porque provavelmente o Exército não queria gastar mais dinheiro a comprar outro modelo para as Galil quando já tinha as G-3 com as HK-79.

Para o pessoal que acha que o 5.56 mm é para meninas, de certeza que fica satisfeito por saber que a primeira grande unidade equipada com esse calibre nas Forças Armadas Portuguesas têm tb G-3... :?:  Acho que estás a ver o filme ao contrário. Quer concordemos ou não com a forma como o processo ocorreu, não foi o Exército que se integrou nos Páras, mas antes o contrário: os Páras é que se integraram no Exército. E porque não deveriam antes os Páras ter abandonado a Galil quando o Exército tinha algumazinhas G3 a mais do que os Páras tinham Galil?


Ou seja, trocar a Galil pela espingarda-automática que tinha substituido?! Não me parece muito lógico... :?

Em relação à variedade, eles tinham G-3, HK-21, MG-42, caçadeiras, morteiros, as bazucas, aquela espécie de lança-roquetes que inventaram à pressão que usava Roquetes da Força Aérea, AK-47, RPK, RPG...
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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LM

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« Responder #22 em: Novembro 13, 2007, 03:42:20 pm »
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Em relação à variedade, eles tinham G-3, HK-21, MG-42, caçadeiras, morteiros, as bazucas, aquela espécie de lança-roquetes que inventaram à pressão que usava Roquetes da Força Aérea, AK-47, RPK, RPG


Atenção que um pelotão / companhia (e talvez batalhão) só tinha uma arma colectiva (MG-42 ou HK-21) e todas as armas individuais eram iguais - aliás todas as AR-10 "Armalite", segundo julgo saber, até foram propositadamente concentradas em um unico batalhão para evitar "problemas".

Armas "arranjadas à pressão", para evitar necessidades especificas e temporárias é outra coisa.

Agora uma unidade NATO, de pequeno escalão (companhia) com 2 armas e calibres (!) diferentes nunca tinha visto - em uma altura em que com a introdução do 5,56mm até as armas colectivas de secção (MG4 por ex) são com esse calibre (ie, calibre diferente só ao nivel da arma colectiva do pelotão, MG-3 por ex.).
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« Responder #23 em: Novembro 13, 2007, 03:51:05 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "zecouves"
Citação de: "Cabeça de Martelo"

Para isso já existe as Galil com bipés, as G-3 com a HK-79 estão lá porque provavelmente o Exército não queria gastar mais dinheiro a comprar outro modelo para as Galil quando já tinha as G-3 com as HK-79.

Para o pessoal que acha que o 5.56 mm é para meninas, de certeza que fica satisfeito por saber que a primeira grande unidade equipada com esse calibre nas Forças Armadas Portuguesas têm tb G-3... :?:  Acho que estás a ver o filme ao contrário. Quer concordemos ou não com a forma como o processo ocorreu, não foi o Exército que se integrou nos Páras, mas antes o contrário: os Páras é que se integraram no Exército. E porque não deveriam antes os Páras ter abandonado a Galil quando o Exército tinha algumazinhas G3 a mais do que os Páras tinham Galil?

Ou seja, trocar a Galil pela espingarda-automática que tinha substituido?! Não me parece muito lógico... :?

Em relação à variedade, eles tinham G-3, HK-21, MG-42, caçadeiras, morteiros, as bazucas, aquela espécie de lança-roquetes que inventaram à pressão que usava Roquetes da Força Aérea, AK-47, RPK, RPG...


Não percebo porque não deviam substituir a Galil por uma G3. Ao nivel táctico, as explicações que dei em post anterior ao LM acho que são suficientes, ao nivel logistico, sempre que uma força Pára rende ou é rendida por outra qq força lá temos que andar a carregar com as espingardas por avião de Portugal para o local da missão e de volta também ... mas enfim a minha experiencia neste forum diz-me que esta discussão não chegará a lado nenhum ...

Em relação à variedade de calibres: a G3, MG-42 e Hk-21 são todas do mesmo calibre. Nota que o assunto com o LM versava a varidedade de calibres de espingardas automáticas no pelotão
 

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« Responder #24 em: Novembro 13, 2007, 04:04:00 pm »
Citação de: "LM"
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Em relação à variedade, eles tinham G-3, HK-21, MG-42, caçadeiras, morteiros, as bazucas, aquela espécie de lança-roquetes que inventaram à pressão que usava Roquetes da Força Aérea, AK-47, RPK, RPG

Atenção que um pelotão / companhia (e talvez batalhão) só tinha uma arma colectiva (MG-42 ou HK-21) e todas as armas individuais eram iguais - aliás todas as AR-10 "Armalite", segundo julgo saber, até foram propositadamente concentradas em um unico batalhão para evitar "problemas".

Armas "arranjadas à pressão", para evitar necessidades especificas e temporárias é outra coisa.

Agora uma unidade NATO, de pequeno escalão (companhia) com 2 armas e calibres (!) diferentes nunca tinha visto - em uma altura em que com a introdução do 5,56mm até as armas colectivas de secção (MG4 por ex) são com esse calibre (ie, calibre diferente só ao nivel da arma colectiva do pelotão, MG-3 por ex.).


Embora no armeiro da minha companhia houvesse uma grande variedade de metralhadoras, a maior parte não estava operacional. Quando saía em operações (quer no mato quer em escolta rodoviária) o meu pelotão só levava a G-3 e a HK-21 e por vezes o lança-granadas foguete, além de alguns dilagramas entregues a homens da minha total confiança. No meu caso, quando levávamos a HK-21 nas escoltas, era uma arma supranumerária e quem a utilizava era normalmente eu, em tiro de reconhecimento (que era proibido fazer, para poupar munições). Aliás, já tive ocasião de contar que tinhamos de justificar todas as munições gastas. Por vezes, quando havia MG-42 operacionais também as levava. As Breda, Madsen e Dreyse não disparavam mas por vezes levava-as só para impressionar. Resta acrescentar que o quartel estava num dos extremos da vila (Moatise) e a picada para o Malawi ficava no outro extremo pelo que tinhamos de atravessar toda a vila até atingirmos as viaturas civis que constituíam a coluna auto que escoltávamos, algumas com mais de 100 viaturas civis, a maioria vinda da Rodésia e indo para o Malawi.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #25 em: Novembro 14, 2007, 09:53:36 am »
Citação de: "zecouves"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "zecouves"
Citação de: "Cabeça de Martelo"

Para isso já existe as Galil com bipés, as G-3 com a HK-79 estão lá porque provavelmente o Exército não queria gastar mais dinheiro a comprar outro modelo para as Galil quando já tinha as G-3 com as HK-79.

Para o pessoal que acha que o 5.56 mm é para meninas, de certeza que fica satisfeito por saber que a primeira grande unidade equipada com esse calibre nas Forças Armadas Portuguesas têm tb G-3... :?:  Acho que estás a ver o filme ao contrário. Quer concordemos ou não com a forma como o processo ocorreu, não foi o Exército que se integrou nos Páras, mas antes o contrário: os Páras é que se integraram no Exército. E porque não deveriam antes os Páras ter abandonado a Galil quando o Exército tinha algumazinhas G3 a mais do que os Páras tinham Galil?

Ou seja, trocar a Galil pela espingarda-automática que tinha substituido?! Não me parece muito lógico... :?

Em relação à variedade, eles tinham G-3, HK-21, MG-42, caçadeiras, morteiros, as bazucas, aquela espécie de lança-roquetes que inventaram à pressão que usava Roquetes da Força Aérea, AK-47, RPK, RPG...

Não percebo porque não deviam substituir a Galil por uma G3. Ao nivel táctico, as explicações que dei em post anterior ao LM acho que são suficientes, ao nivel logistico, sempre que uma força Pára rende ou é rendida por outra qq força lá temos que andar a carregar com as espingardas por avião de Portugal para o local da missão e de volta também ... mas enfim a minha experiencia neste forum diz-me que esta discussão não chegará a lado nenhum ...

Em relação à variedade de calibres: a G3, MG-42 e Hk-21 são todas do mesmo calibre. Nota que o assunto com o LM versava a varidedade de calibres de espingardas automáticas no pelotão


E foi por isso que eu mencionei as amas de origem Alemã vs Soviética, Americana vs "Portuguesa". Armas de origens e munições diferentes.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #26 em: Novembro 14, 2007, 09:59:42 am »
Citação de: "JLRC"
Citação de: "LM"
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Em relação à variedade, eles tinham G-3, HK-21, MG-42, caçadeiras, morteiros, as bazucas, aquela espécie de lança-roquetes que inventaram à pressão que usava Roquetes da Força Aérea, AK-47, RPK, RPG

Atenção que um pelotão / companhia (e talvez batalhão) só tinha uma arma colectiva (MG-42 ou HK-21) e todas as armas individuais eram iguais - aliás todas as AR-10 "Armalite", segundo julgo saber, até foram propositadamente concentradas em um unico batalhão para evitar "problemas".

Armas "arranjadas à pressão", para evitar necessidades especificas e temporárias é outra coisa.

Agora uma unidade NATO, de pequeno escalão (companhia) com 2 armas e calibres (!) diferentes nunca tinha visto - em uma altura em que com a introdução do 5,56mm até as armas colectivas de secção (MG4 por ex) são com esse calibre (ie, calibre diferente só ao nivel da arma colectiva do pelotão, MG-3 por ex.).

Embora no armeiro da minha companhia houvesse uma grande variedade de metralhadoras, a maior parte não estava operacional. Quando saía em operações (quer no mato quer em escolta rodoviária) o meu pelotão só levava a G-3 e a HK-21 e por vezes o lança-granadas foguete, além de alguns dilagramas entregues a homens da minha total confiança. No meu caso, quando levávamos a HK-21 nas escoltas, era uma arma supranumerária e quem a utilizava era normalmente eu, em tiro de reconhecimento (que era proibido fazer, para poupar munições). Aliás, já tive ocasião de contar que tinhamos de justificar todas as munições gastas. Por vezes, quando havia MG-42 operacionais também as levava. As Breda, Madsen e Dreyse não disparavam mas por vezes levava-as só para impressionar. Resta acrescentar que o quartel estava num dos extremos da vila (Moatise) e a picada para o Malawi ficava no outro extremo pelo que tinhamos de atravessar toda a vila até atingirmos as viaturas civis que constituíam a coluna auto que escoltávamos, algumas com mais de 100 viaturas civis, a maioria vinda da Rodésia e indo para o Malawi.


HK-21, Madsen...mas andas-te no BOPE ou quê?! :wink:
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JLRC

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« Responder #27 em: Novembro 14, 2007, 04:41:11 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
 
HK-21, Madsen...mas andas-te no BOPE ou quê?! :wink:


O meu percurso foi:

4º trimestre de 1971 - EPI (Mafra) - (Curso de oficiais milicianos - recruta)

1º trimestre de 1972 - EPA (Vendas Novas) - (Curso de oficiais milicianos - especialidade, atirador de artilharia)

2º trimestre de 1972 - RAP2 (Serra do Pilar, Gaia)

3º trimestre de 1972 - EPE (Entroncamento, curso de minas e armadilhas)

4º trimestre de 1972 - RAP2 (formação do Batalhão), Santa Margarida e RMM - ZOT (Região Militar de Moçambique, Zona Operacional de Tete - Moatize, embarque a 26 de Novembro no Figo Maduro e chegada à Beira a 27 de Novembro, à tarde)

Setembro de 1974 - Mudança da Companhia para os adidos na Beira e embarque para a "Metrópole".

12 de Outubro de 1974 - Passagem à situação de disponibilidade

Quanto às armas, no nosso paiol tinhamos isso tudo embora só houvessem duas granadas para o lança-granadas foguete, por exemplo mas quem nos visse passar não sabia quantas munições tinhamos nem se as armas disparavam ou não e eu punha-as em evidência e garanto-te que era impressionante. Coincidência ou não, as minhas colunas nunca sofreram ataques, só minas. Também tinha outros truques como pedir reforço de viaturas à Companhia de Transportes da ZOT para poder distribuir melhor o meu pessoal, etc., etc., etc.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #28 em: Novembro 14, 2007, 05:51:29 pm »
Muito interessante...o meu pai teve uma que é desse tempo teve uma passagem pela tropa simplesmente espectacular. Teve no Exército e na FAP...outros tempos. :D
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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stilleto150

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A foto que eu não sei como foi aí parar...
« Responder #29 em: Novembro 12, 2008, 06:46:32 pm »
Relativamente à celeuma provocada pela foto em questão, eu sou "aquele que está com  pistola-metralhadora", e já agora na minha tropa não se faz, publicamente, referência a alguém por "gajo" no mínimo "o camarada" ou "o militar", nem se faz comentários jocosos (O que esse gajo faz não sei ... mas que deve ser bom , deve. ) acerca da competência de alguém que não conhecemos e somente pelo que se vê numa foto.
Mas voltando ao assunto da foto, a mesma foi tirada depois de uma sessão de tiro, com o simples intuito de ficar para a posteridade. Como tal tudo o que se vê ali realmente é só para a foto. Mas posso acrescentar que a secção em causa organicamente era a secção independente Anti-carro, mas que devido à baixa, ou mesmo nula, ameaça de carros de combate e afins desempenhou missões de protecção pessoal a entidades (Cmdt da Força TCor Correia, Deputado da Assembleia Geral da OTAN Dr. Miranda Calha, Ministro da Defesa Dr. Severiano Teixeira, CEMGFA TenGen Valença Pinto, Porta voz da ISAF MajGen Branco, etc) e como reforço dos pelotões de atiradores.
Mediante a função a desempenhar seria escolhido o tipo de armamento que constava de:
    -Esp. Galil 5,56. Com fuste com calha picatinny, com lanterna táctica, aimpoint e punho posterior
    -Esp G3 7,62. Com calha picatinny, alça telescópica e bipé
    -Pistola-metralhadora UZI, MP5K e TP9 da Brüger & Thomet (equipada com  aimpoint micro T1 e lanterna /laser M6X da Insight Technologies)
    -Pistola Walther P38

Tendo ainda á sua disposição miras laser, silenciadores, e outros equipamentos de visão e pontaria inclusive para condições de visibilidade reduzida
De realçar que estes "upgrades" ao armamento e equipamento foram também efectuados nos pelotões de atiradores, sendo, que eu tenha conhecimento, a primeira FND a fazer tal coisa e a preocupar-se a sério com armamento e equipamento.
De referir que o militar equipado com G3+Alça telescópica Leupold não tinha funções de "sniper" (tal como estamos habituados a conceber) mas de "sharpshooter" ou "marksman".
Já agora... zecouves... se eu usar uma pistola podes-me chamar "pistoleiro" mas nao confundas com "pistolo".
Para qualquer esclarecimento, ou correcção, os camaradas não hesitem.
Paulo Venâncio
PARAQ