As missões que foram levadas a cabo por NPO's desarmados, não necessitaram de qualquer armamento e provavelmente decorreramna paz dos deuses.
É absolutamente verdade que, na maior parte das operações de vigilância, armas mais pesadas que uma metralhadora 12.7mm não são necessárias, ainda mais que não se pode utilizar um canhão contra alguém que pode constituir uma ameaça, mas armado de Ak-47.
O problema nem é esse.
Todas as marinhas devem possuir navios para missões de baixo risco, onde não vai ser utilizada força letal, e/ou onde apenas uma metralhadora pesada faz o serviço.
O problema é que, considerando o atual estado da marinha, os quatro NPO são (fora a fragata operacional) praticamente a única coisa que a marinha de guerra portuguesa possui à superficie.
E chegar ao ponto em que os seus principais navios não estão armados, é realmente uma demonstração de absoluta decadência.
É normal, enviar navios fracamente armados para operações onde armas mais potentes não são previsivelmente necessárias. Isto pode ser feito se, e quando, a marinha que os envia, tem alternativas para os substituir em caso de necessidade, o que no caso português não acontece.
Quanto a achar que as armas com miras de ferro não servem de nada, já vimos navios russos a defenderem-se de drones ucranianos à base de metralhadoras pesadas de 14.5mm e com sucesso...
Em contrapartida, vimos ainda recentemente o LST Kurnikov da marinha da Russia, armado um canhão de 76mm, dois canhões de 57mm, rockets, mísseis anti-aéreos e dois sistemas CIWS de 30mm (Ak-630), onde a única coisa que conseguia atingir os drones eram metralhadoras portáteis, com a nefanda mira de ferro.
A tecnologia, os canhões bonitinhos, a esbanjar estilo por todo o lado, desenhados por designers italianos, nem sempre ultrapassam a capacidade de uma metralhadora pesada, bem fixa e com munição em quantidade...
Ah ... e uma mira de ferro, operada por quem sabe para que servem as marcações ...