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RTP

Exército chinês disposto a esmagar actos independentistas de Taiwan
 
O exército chinês tem capacidade e está disposto a esmagar qualquer intenção independentista de Taiwan, de acordo com declarações do ministro da Defesa chinês, Cao Gangchuan, citadas este domingo pela imprensa local.
 


Durante um discurso feito no Grande Palácio do Povo para assinalar os 77 anos do Exército de Libertação Popular Chinês, Cao declarou que não poderá haver paz nem estabilidade se Taiwan continuar empenhada em conseguir a independência.

"Se as forças separatistas de Taiwan teimam em manter os seus intentos, o Exército de Libertação Popular chinês tem a determinação e capacidade para esmagar a sua conspiração independentista", disse Cao, segundo a televisão estatal chinesa.

Estas declarações surgem apenas um dia depois do chefe de Estado chinês, Hu Jintao, manifestar ao seu homólogo norte-americano, George W. Bush, a oposição à assinatura de um contrato no valor de 18,2 milhões de dólares (15,1 milhões de euros) para venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan.

"A China reafirma a sua oposição à venda de armamentos sofisticado a Taiwan e à independência da ilha", disse o presidente Hu em conversa telefónica com Bush, referindo-se aos sistemas anti- míssil Patriot, submarinos e caças que Washington prevê vender a Taiwan.

Pequim exigiu nas últimas semanas aos Estados Unidos que interrompa o relacionamento militar com a "rebelde" Taiwan, dada a actual escalada de tensão na zona provocada pela forte presença de tropas dos dois países no Estreito da Formosa.

O regime de Pequim está preocupado com o projecto do presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, de alterar a constituição da ilha e submetê-la a referendo em 2006, antes de entrar em vigor dois anos depois.

Os planos de Chen constituem a maior ameaça actual à estabilidade no Estreito da Formosa, e Pequim não permitirá o avanço da ilha para a independência, advertiu esta semana o vice-ministro chinês para os assuntos de Taiwan, Wang Zaixi.

Alguns analistas consideram que Chen poderia encostar a China à parede em 2006, já que apenas a dois anos de realizar os Jogos Olímpicos Pequim não se atreveria a atacar Taiwan.

O Governo chinês considera que Taiwan é uma província da China, o último reduto das tropas nacionalistas depois da derrota que sofreram contra o exército comunista, em 1949.