Finalmente: Leopard II para Portugal

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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1455 em: Fevereiro 05, 2023, 09:59:48 am »
Não sei ao certo o preço de uma munição APFSDS de 120mm mas se for 10000$ não me admirava nada.

No entanto, as munições mais usadas serão sempre as de alto-explosivo (HE), na Ucrânia, por exemplo, é raro existir combates entre tanques.  Normalmente, só 5-7% do complemento das munições são específicas anti-tanque (APDS ou APFSDS, etc).  Outra boa solução são munições de duplo emprego; como as HEAT-MP.  Nesse sentido, as munições mais usadas, as HE, são uma fracção do custo das APFSDS (mas vou tentar descobrir o preço).

Outro "pormenor"; se bem me lembro, a vida útil de um canhão de 120mm são 1000 disparos, mas a partir dos 400 já se nota decréscimo da precisão.
E esses 1000 disparos incluem uma determinada percentagem de munições APFSDS (que desgastam muito mais o cano).

Esta deve ser uma das fotos mais publicadas do Leopard 2.  È um dos primeiros veículos de pré-serie quando foi entregue á escola em Munster.

Pelo que me disseram o custo de uma munição 120 APFSDS, a mais dispendiosa, ronda os 8500€, portanto cerca de 15% inferior ao valor apresentado.

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 05, 2023, 10:46:29 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1456 em: Fevereiro 05, 2023, 10:16:12 am »
A simulação no modelo de avaliação português



Segundo a PTE 245-01 (EME, 2020b), o modelo de avaliação de guarnições é constituído por sete fases distintas, sendo que cada uma prevê a utilização de determinados meios para a execução das avaliações previstas.
Na primeira fase, cujo principal objetivo é dar ao instruendo os conhecimentos teóricos necessários para a operação do CC, é utilizada principalmente a sala de aula. No entanto, como complemento da instrução teórica são utilizados a torre de instrução, o buggy e o próprio CC. A avaliação, ao fim das duas semanas de duração desta fase, é feita através de um teste escrito.

Na fase nº2, o foco incide sobre a execução das tarefas da guarnição, mas a nível individual, isto é, de acordo com cada posto de combate da guarnição. Para tal são utilizados os mesmos meios da fase um, isto é, a sala de aulas, a torre de instrução, o buggy e o CC real. No entanto estes sistemas têm um papel diferente nesta fase, uma vez que vão contribuir diretamente para a consecução das avaliações previstas doutrinariamente. São estas um novo teste teórico, um circuito de avaliação prático e uma sessão avaliativa na torre de instrução. Esta fase tem uma duração de duas semanas e de forma ideal em Espanha, de modo a tirar partido da sua torre de instrução com sistema de simulação integrado. A torre de simulação portuguesa apenas permite o treino de procedimentos no compartimento de combate. O funcionamento e operação da torre espanhola será explicado com mais detalhe no capítulo V.

Na fase nº3, são avaliados os conhecimentos e procedimentos apreendidos anteriormente pela guarnição, mas nesta fase já como um organismo uno, isto é, como guarnição completa e operacional. Para tal, são utilizados o já referido VTE (aqui empregue para avaliar os postos de combate de chefe de carro e apontador) e a torre de instrução, tendo uma duração total de quatro semanas.

Na fase seguinte (fase quatro), são avaliados apenas os procedimentos de controlo de tiro ao nível do pelotão, recorrendo ao sistema VTE e a tabelas de instrução e avaliação que, relembre-se, ainda não existem para o sistema avaliativo português. Nesta fase não existe tiro propriamente dito, apenas são avaliados procedimentos, tendo a duração total de duas semanas.

Na fase nº5 do modelo de avaliação encontra-se contemplada a realização de um exercício de Situational Training Exercise (STX), através de um tema tático de pelotão. No referencial português encontra-se prevista a realização desta fase em Espanha, no campo Militar de San Gregorio, em Saragoça, de modo a utilizar os seus sistemas para o efeito, neste caso o Steel Beasts, com uma duração de duas semanas.

A fase nº6 consiste na conduta de tiro de nível pelotão, para a qual têm vindo a ser desenvolvidos treinos e avaliações em fases anteriores (na fase nº4 foram avaliados os procedimentos de controlo de tiro de nível pelotão), sendo que para tal será utilizado o VTE.

Numa fase posterior, e após uma sessão com recurso ao sistema anteriormente referido executa-se um LFX (Live Fire Exercise), segundo tabelas de avaliação próprias. A conduta de tiro real dura um total de duas semanas e é realizada na carreira de tiro A7 do Campo Militar de Santa Margarida, onde se encontra a BrigMec.

Na última fase (correspondente à fase nº7), é desenvolvido, durante uma semana, um tema tático de nível pelotão recorrendo ao simulador TacOps.

No quadro seguinte encontra-se exposto, de forma simplificada, os sistemas de simulação empregues em cada fase do processo de avaliação das guarnições de CC portuguesas.



- Pirâmide da Instrução Espanhola



A nível de consumo de munições, verificamos que para avaliar uma guarnição de CC portuguesa no nível básico são necessárias 4 munições de CC. Considerando que o custo de uma munição MZ-UB custa em torno de 1.540€ o custo de avaliação de um esquadrão de CC a 14 CC totaliza 64.690€. Sendo que o preço do simulador não deverá ultrapassar algumas centenas de milhares de euros, concluímos rapidamente que obteríamos retorno do investimento ao avaliar guarnições a médio prazo recorrendo à torre de simulação, exclusivamente. É evidente que esta aquisição não dispensa a realização de tiro real, porém aumenta a letalidade das guarnições e consequentemente o aproveitamento das mesmas na execução de tiro real, bastante mais dispendioso.
Ao custo avultado da execução de tiro real de modo a avaliar as guarnições, ainda que no nível básico, junta-se o custo das deslocações e da estadia em Espanha para a execução de uma sessão de avaliação com recurso a simulação, totalizando aproximadamente 3.000€ por pelotão, o que perfaz cerca de 9.000€ para uma deslocação a espanha de um esquadrão de CC como um todo, para fins de simulação. Isto evidencia ainda mais a necessidade da aquisição dos próprios meios de simulação por parte do EP.

https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/42202

En Espanha hay 4 carros-escuela. Son carros mas o menos normales, pero con una torre de grandes dimensiones. No se en que fase del aprendizaje se utilizaran, en la gráfica no los cita.

 https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/4155386/simuladores-carros-escuela-videojuegos-ofrece-espana-ensenar-ucrania-utilizar-leopard
« Última modificação: Fevereiro 05, 2023, 10:17:56 am por Barlovento »
 

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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1457 em: Fevereiro 05, 2023, 11:10:29 am »
Carros para paradas e para uma voltas de treino.

Mas não é assim quase tudo por cá?
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1458 em: Fevereiro 05, 2023, 06:07:26 pm »
Carros para paradas e para uma voltas de treino.

Mas não é assim quase tudo por cá?
Fragatas para umas voltas e uns exercícios, pois têm pouca capacidade de combate.
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1459 em: Fevereiro 05, 2023, 06:22:15 pm »
Carros para paradas e para uma voltas de treino.

Mas não é assim quase tudo por cá?
Fragatas para umas voltas e uns exercícios, pois têm pouca capacidade de combate.
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Heli táxis.
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A opinião pública, começa-se a questionar, de porque estar a pagar FA se nada está operacional.

Por isso nunca compreendi, como muitas vezes leio aqui no FD (em diferentes tópicos), que o orçamento de defesa deveria ser aumentado.
Não, com este tipo de mentalidade, doutrina e chefias militares, é pior que deitar dinheiro ao lixo.

Não é uma opinião popular aqui no Fórum mas os factos, cada vez mais, demonstram a triste realidade.
 

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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1460 em: Fevereiro 05, 2023, 06:55:47 pm »
Carros para paradas e para uma voltas de treino.

Mas não é assim quase tudo por cá?
Fragatas para umas voltas e uns exercícios, pois têm pouca capacidade de combate.
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Heli táxis.
Valem os pandur e vantac para a ONU em África.
Devem estar muito orgulhosos os bonecos que gerem isto tudo

A opinião pública, começa-se a questionar, de porque estar a pagar FA se nada está operacional.

Por isso nunca compreendi, como muitas vezes leio aqui no FD (em diferentes tópicos), que o orçamento de defesa deveria ser aumentado.
Não, com este tipo de mentalidade, doutrina e chefias militares, é pior que deitar dinheiro ao lixo.

Não é uma opinião popular aqui no Fórum mas os factos, cada vez mais, demonstram a triste realidade.

O problema é que o orçamento paga mais tretas que meios
 
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1461 em: Fevereiro 05, 2023, 06:58:21 pm »
Por isso nunca compreendi, como muitas vezes leio aqui no FD (em diferentes tópicos), que o orçamento de defesa deveria ser aumentado.
Não, com este tipo de mentalidade, doutrina e chefias militares, é pior que deitar dinheiro ao lixo.

Não é uma opinião popular aqui no Fórum mas os factos, cada vez mais, demonstram a triste realidade.

O problema é que o orçamento paga mais tretas que meios

Exacto.  Por outras palavras; injectar mais dinheiro nas mãos desta malta...  mais tretas ainda.
 
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1462 em: Fevereiro 05, 2023, 06:59:12 pm »
Isto só se levassem com um míssil russo no meio dos cornos, e mesmo assim não tenho a certeza.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1463 em: Fevereiro 05, 2023, 08:23:06 pm »
Cuidado, cabeças duras mais os acessórios, provoca de certeza absoluta ricochetes, aconselho a compra daquelas proteções utilizadas pelos jornalistas na Ucrânia.... :snipersmile:
 

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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1464 em: Fevereiro 05, 2023, 08:31:28 pm »
Está gentalha, faz lembrar aqueles merdaças que passeavam nos Paços do Rei, com boas tenças e de barriga cheia a falar mal dos que defendiam a pátria o Afonso de Albuquerque que o diga... não hesitam em comprar aqueles que por alguma razão se evidenciam, olha o vacinas com o ramo a cair de podre e calado e bem calado. Como subiu ao cargo???
 
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1465 em: Fevereiro 05, 2023, 08:51:28 pm »
Carros para paradas e para uma voltas de treino.

Mas não é assim quase tudo por cá?
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Por isso nunca compreendi, como muitas vezes leio aqui no FD (em diferentes tópicos), que o orçamento de defesa deveria ser aumentado.
Não, com este tipo de mentalidade, doutrina e chefias militares, é pior que deitar dinheiro ao lixo.

Não é uma opinião popular aqui no Fórum mas os factos, cada vez mais, demonstram a triste realidade.

O orçamento da Defesa não necessita de ser aumentado o que tem de acontecer é aplicá-lo na totalidade e não sujeitar grande parte dele a cativacões  sucessivas, e, farsas de pagamentos de rendas de instalações ao MDN.

Basta/bastaria que os montantes que são cativados, referentes aos 1,5% alocados à defesa, o que daria cerca de 1000M/anuais, fossem investidos nas compras de armamentos, manutenções dos existentes e até execução de exercícios, para os tres Ramos que, teriamos umas FFAA mais numerosas e muito melhor equipadas !

APENAS os 1,5% do PIB, que são cerca de 3500€ milhões/Ano chegariam para a DN, mas que, como todos nós sabemos que é mentira do sr António, jogo de cintura, Costa, e que quanto muito a Defesa apenas tem disponivel 1% do PIB.

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 05, 2023, 08:55:40 pm por tenente »
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1466 em: Fevereiro 05, 2023, 09:04:10 pm »
Para além das cativações e do facto do Governo só disponibilizar 1% do PIB para Defesa, uma medida muito importante seria o orçamento de base zero!

Ou seja, esqueciam tudo o que está para trás e faziam um orçamento do zero, com tudo o que é necessário. Esta medida tinha ainda a vantagem de cortar com o histórico....... de cativações  :mrgreen:

Apesar de que um orçamento de base zero vai expor euro por euro, onde é que o dinheiro é gasto!
 
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1467 em: Fevereiro 05, 2023, 09:09:50 pm »
Está gentalha, faz lembrar aqueles merdaças que passeavam nos Paços do Rei, com boas tenças e de barriga cheia a falar mal dos que defendiam a pátria o Afonso de Albuquerque que o diga... não hesitam em comprar aqueles que por alguma razão se evidenciam, olha o vacinas com o ramo a cair de podre e calado e bem calado. Como subiu ao cargo???

Então está mais que visto, compraram o silêncio com a promoção

Enfim, mais uma desilusão. Já devia estar habituado....
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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1468 em: Fevereiro 05, 2023, 09:31:05 pm »
Quando o 🇵🇹 @defesa_pt
 adquiriu em Janeiro de 2008 através da NSPA_NATO por EUR77.7 milhões, os 37 carros de combate KMW Leopard 2A6 para o @Exercito_pt, foram também incluídas no contrato um total de 450 munições de 120mm do tipo HEAT-T e 444 granadas de fumo de 76mm.


https://twitter.com/Defence360/status/1622288985786654720?s=20&t=PAUPvxD4YM2El0PejSl6Nw
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Finalmente: Leopard II para Portugal
« Responder #1469 em: Fevereiro 05, 2023, 09:58:37 pm »
Atenção que, o estado das FA, também é causado pela falta de orçamento.

Por mais que descortinemos várias situações inadmissíveis e caricatas, desperdícios e má gestão, o dinheiro continua a ser pouco.

São cerca de 2.3 mil milhões por ano, dos quais uns 60% (ou mais) vão para despesa com pessoal, que inclui a GNR. Por muito bem gerido que este dinheiro fosse, talvez sobrasse margem para manter o equipamento todo activo, mas continuaria a faltar modernidade em quase todo o lado. Também não ajuda que, durante pelo menos duas décadas, uma grande percentagem dos programas tenha sido cancelado ou interminavelmente adiado.

Se estivesse tudo em dia, ou seja, os programas tivessem avançado quando era suposto, talvez a situação estivesse melhor, pois não seria necessário gastar tanto dinheiro num tão curto espaço de tempo (como vai ser de agora até ~2040) em equipamento novo.
Mas, o curto orçamento para manter este equipamento todo que deveria ter sido adquirido nos últimos 20 anos (e que chegou a estar ou em LPM ou em cogitação), seria na mesma curto, já que estaríamos a falar de:
-uma MGP com 5 fragatas modernizadas, 1 AOR, 1 LPD, 3 submarinos, 12 NPO/NPC, 10 LFC, 7 Lynx;
-um EP com 55 Leopard e uns 100/150 blindados novos de lagartas, sistemas SHORAD, sistemas AA de médio alcance, quase 300 Pandur (240 do Exército, 20 dos Fuzos e 33 da versão 105mm), mais os 10 NH-90, os 9 EC-635, artilharia AP na BrigInt;
-e uma FAP com 40 F-16MLU e respectivo armamento em quantidades significativas, incluindo armas que nunca vieram, 5 P-3C totalmente operacionais, 12 Merlin, 12 C-295, nº incerto de EC-635 em vez dos Koala, substituto do TB-30, substituto do Chipmunk, substituto do Alpha Jet.

E isto assim por alto e de memória. Nem sequer contei com outros meios de menor "visibilidade" e programas mais pequenos. Agora peguem nisto tudo, e tentem manter com o actual orçamento de 1% do PIB. Tudo bem gerido, e mesmo assim havia muito meio deste encostado a servir de peças para os outros. E agora na década de 20, iam começar os grandes programa (substituição dos F-16 e das fragatas logo assim à cabeça).

Não há milagres.
 
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