Rio de Janeiro – O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil (MB) recebeu, nesta quinta-feira (16), quatro novas viaturas blindadas “Joint Light Tactical Vehicle” (JLTV).Os blindados serão utilizados na missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) – Operação “Lais de Guia” – em curso nas áreas portuárias do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Santos (SP).Após o desembarque no Porto do Rio de Janeiro, os JLTVs foram imediatamente enviados para o Centro de Intendência da Marinha, no bairro de Parada de Lucas, onde passarão por testes e avaliações operacionais.Os blindados também receberão a pintura camuflada, nos moldes dos outros quatro carros de combate, recebidos pela Marinha no primeiro semestre deste ano, que já estão em patrulha no Rio de Janeiro.Até o fim de 2024, chegarão mais quatro JLTVs dos Estados Unidos, já que o contrato da MB com o Governo norte-americano prevê a aquisição de 12 unidades. Todas essas viaturas blindadas ficarão sediadas no Batalhão de Veículos Blindados, organização militar subordinada à Força de Fuzileiros da Esquadra, localizada em Duque de Caxias (RJ).O blindado pode ser equipado com metralhadoras .50 e lançador de granadas. Além da GLO, ele pode ser utilizado em missões de paz, de assistência humanitária e de apoio à Defesa Civil.O JLTV foi desenvolvido a partir de demandas das Forças Armadas dos Estados Unidos para conflitos em cidades do Iraque e do Afeganistão. Foi desenhado para combinar a relativa agilidade de um “Hummer” com a blindagem antiexplosivos de um tanque leve.Fonte: Agência Marinha de Notícias https://www.defesaaereanaval.com.br/defesa-aerea-naval/marinha-recebe-novas-viaturas-blindadas-para-o-corpo-de-fuzileiros-navais
Preparado para tudo e todos: esse é o Oshkosh L-ATV, o mais novo veículo blindado do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. Como sua primeira missão, o grandalhão terá que substituir os famosos Humvee, o veículo militar americano da GM que deu origem ao Hummer.A força para passar por cima de qualquer coisa, o Oshkosh é traz um motor Duramax V8 6.6 turbo diesel, parecido com o que equipa a Chevrolet Silverado 2500 HD. Eles só não são idênticos, pois a versão do caminhão de guerra sofreu diversas alterações pela empresa Banks Power, que deixou componentes mais resistentes e permitiu que o motor funcione também com querosene de aviação ou álcool. A potência e torque chegam a pelo menos 400 cv e 120 kgfm, mas os números máximos não são divulgados.Outra atração principal do Oshkosh é a sua suspensão. Chamada de TAK-4i, ela é independente e de duplo A nas quatro rodas. Seus sistema hidropneumático controlado eletronicamente permite que o veículo de guerra escale rampas de até 60%, ande de lado a uma inclinação de até 40%, supere alagamentos e lamaçais com até 1,50 m sem snorkel e, claro, encare os caminhos rochosos mais difíceis.Fonte: Revista Quatro Rodas
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AgMN – Como surgiram os Fuzileiros Navais do Brasil? Em que momento ocorreu a necessidade de ter esta capacidade especial e por quê?Capitão de Corveta (FN) Esley Rodrigues – Os Fuzileiros Navais (FN) surgiram com o Terço da Armada da Coroa de Portugal durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), quando Felipe III, Rei da Espanha e de Portugal, viu a necessidade de resgatar os domínios portugueses nas Novas Índias, dos quais o Brasil fazia parte, e estavam dominados pelos Holandeses em 1624.Com a invasão napoleônica em Portugal, a Família Real embarcou rumo ao Brasil, sendo escoltada pelos FN, e aqui chegaram em 1808. Eles foram a única tropa profissional terrestre do Brasil até a criação do Exército Imperial, por Dom Pedro I, nas guerras de Independência, e tiveram um papel importante na conquista da Capital Francesa nas Américas, em 1809, hoje conhecida como Guiana Francesa. Esse batismo de fogo ficou conhecido como a Tomada de Caiena.Essa característica anfíbia e expedicionária foi, portanto, essencial para que Portugal tivesse maior poder de barganha no Congresso de Viena em 1815. Desde então, tornou-se condição primária ao Brasil possuir essas capacidades operativas.AgMN – O Brasil foi descoberto pelos portugueses e recebeu influência deles. Quais as diferenças entre os Fuzileiros Navais portugueses daquela época e os brasileiros?Capitão de Corveta (FN) Esley Rodrigues – Os Fuzileiros Navais brasileiros, na verdade, eram os militares portugueses da Brigada Real da Marinha, criada em 1797, pela Rainha Dona Maria I, que permaneceram no Brasil mesmo após o retorno de Dom João VI a Portugal para conter a Revolta Constitucionalista do Porto.Desde então, não sairiam mais daqui. Aliás, o mesmo local em que foram instalados em 1809, na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras no Rio de Janeiro, continua sendo a sede de seu Comando-Geral....A nota completa está em: https://www.naval.com.br/blog/2024/03/06/tropa-anfibia-da-marinha-completa-216-anos/