O que fica patente nesta cagada toda é que, no meio de todas as insuficiências que caracterizam as nossas FFAA, a maior falha de todas em termos materiais é o número irrisório de aeronaves de asa rotativa. Como já aqui foi muitas vezes debatido, ter um único heli naval disponível é digno de ópera bufa. A falta de manutenção e de tripulações qualificadas da frota Merlin, que afecta seriamente a sua disponibilidade, é outra desgraça. Por isso, aqui deixo a questão: se tivéssemos um NPL, ou um AOR moderno, que aeronaves iriam estes navios embarcar, sem por em causa missões fundamentais como o SAR oceânico?
não modifiquem os próximos NPO para embarcar um heli ligeiro ou médio que não vale a pena.
O NPL só deve ser comprado para as calendas e o substituto do Bérrio deve estar ainda para nascer, enquanto aparecem por cá, se uma calamidade destas acontecer nos Açores ou na Madeira e os Portos ficarem INOPS como se faz o transporte de pessoas e cargas dos Navios para terra ??
Lanchas de desembarque não possuímos, o abate do NRP Bacamarte foi uma medida muito acertada.
As Fragatas se embarcam o heli ficam sem capacidade de transportar os bens necessários, e cá para nós empenhar uma fragata com 180 elementos para operar um heli para ajuda humanitária, como recentemente aconteceu, revela bem a escassez de meios que a MdG tem !
Desse modo a modificação dos futuros NPO's torna-se fundamental, pois em vez de se utilizar uma fragata que tem 180 elementos de guarnição e um heli se poderiam utilizar dois NPO's,
conseguindo ajudar o pessoal afectado em duas zonas distintas, que tem como guarnições cerca de 90 elementos,
metade da Fragata, e operar em simultâneo dois Helis !
Quanto aos helis, que não temos, tenho de voltar ao tema Kuala, pois a sua aquisição ir-se-á provar daqui a uns anos ter sido um erro.
A aeronave é monomotor, limitação enorme em termos operacionais/segurança, mas além dessa limitação, também deveria ter sido equacionada a compra de um modelo que fosse operado conjuntamente com a Marinha,
que pudesse ser operado, nos NPO, nas fragatas, no substituto do Bérrio e no D. Sebastião quando nascer o dia certo para tal.Se tal tivesse acontecido talvez, e digo talvez, se tivesse optado por uma aeronave de 4 a 6 tons com maior capacidade de transporte e possibilidades de modificação, caso necessário para o tal apoio terrestre !
Quanto á frota 101, é a desgraça total, sem meios humanos para operar o máximo de aeronaves possivel, com pelo menos um heli encostado por falta de verbas para a sua MNT, os quatro CSAR continuam sem ter os equipamentos/armamentos que deveriam ter para desempenhar a sua missão primária, e isto sem referir o que foi e é mais grave o plano de MNT destas 12 aeronaves para os próximos anos, que me parece ainda não ter sido aprovado/autorizado.
Abraços