Caro @mafets, não vale a pena continuar esta discussão, visto que responde simplesmente baseado nas suas teorias e naquilo que quer ver, sem sequer tentar perceber o contexto do que tenho vindo a dizer.
Julgava que estávamos a debater, mas se para v.exma é uma discussão, assim seja. Talvez se v.exma explicasse quanto acha que leva em termos de tempo a colocar uma LFC ao serviço da Marinha, cruzando com a idade das unidades costeiras da Marinha Portuguesa, o número de unidades retiradas de serviço a cada ano (em média duas), e os cinco Tejo que têm com possibilidade de entrarem até 2018 em serviço, fosse mais lógico do que "refutar as minhas teorias" e engrandecia o debate. Mas isto digo eu
Para além do mais, propõe ideias com base em suposições (do género, o dinheiro dos Tejo afinal foi para o reabastecedor). Num dia diz que o dinheiro está ainda nos cofres do estado, no dia anterior vem dizer que já foi gasto noutra coisa qualquer (no próprio Arsenal do Alfeite, como disse há uns dias). Contradiz-se metade das vezes, exemplo disso é ter levado a peito quando eu disse que não havia necessidade de inventar muito e colocar armamentos mais sofisticados nos Tejo, justificando-se que você não pedia armamentos para os Tejo, apenas os módulos de missão que referiu, no entanto, linhas abaixo, vem propôr armamentos e a consequente discussão ser em parte focada nisso mesmo.
E já agora a sua teoria para onde está o dinheiro? V.exma também não diz que não vê o dinheiro aplicado no Tejo? Qualquer pessoa tem o direito de teorizar, se v.exma não entende o conceito, não gosta de somar e subtrair restrinja-se a informações e coloque os links (um bom é onde estão os contratos dos Tejo que não chegam aos 2 milhões
). E nem tão pouco tenho de levar algo a peito, já que não sou da marinha e que saiba v.exma também não é. Além disso, a verba para o LPD vinha de onde? O que seria sacrificado para adquirir o LPD. Até parece que desvios de dinheiro é a primeira vez. E quanto aos módulos, uma imagem vale por mil palavras...
A questão das LFCs já foi mais que discutida, e a própria Marinha sempre referiu que os Tejo eram uma solução de emergência dada a lentidão de processos em torno das LFC, já foi investido dinheiro nas LFC (se não me engano de umas contrapartidas de uma aquisição qualquer). A questão do tempo que demoram a desenvolver as LFC não devia sequer ser para aqui chamada, visto que nunca propus que se devia ignorar os Tejo e saltar imediatamente para as LFC, mas sim encorajar o seu desenvolvimento visto que seria algo que beneficiaria a Marinha. Mas mesmo tendo trazido a questão do tempo de desenvolvimento, fique a saber que contra-argumentou contra si mesmo: Se demoram tempo a desenvolver, não faria sentido começar a desenvolver o projecto o quanto antes, enquanto há algum tipo de margem? Ou só damos importância às LFC, quando também os Tejo tiverem com 15 ou 20 anos de serviço na MP, como tem sido o caso com todas as outras embarcações? Lá se foi o seu argumento.
Meu caro, por mim amanha já poderia existir uma LFC em testes de mar, que desde que fosse boa, eu perguntava:"onde estão as restantes?" O problema é que as LFC não estão a andar devagar. Estão paradas. Até porque eram para ser feitas nos ENVC e já não existem esses estaleiros. Teria de se estabelecer com a actual empresa um contrato como se fez com os NPO, mas de concreto sobre as LFC não existe que eu saiba nada. Se V.exma sabe de algo a propósito das LFC partilhe aqui com o forum, pois da minha parte o que conheço é um processo parado e infelizmente. Com certeza são necessárias, mas entre actualizar o projecto, contratualizar e surgirem as primeiras embarcações levaria tempo que a marinha não tem (nos últimos 2 anos sairam de serviço 4 navios entre lanchas, patrulhas e corvetas. Para entrarem em serviço existem mais 4 Tejo, e não sabe quantos navios serão desactivados em 2017) . Se tivesse nem tinha ido buscar os Tejo, que são a contrapartida ao facto das LFC estarem paradas. Seria óptimo que em alguns anos as LFC surgissem mas duvido. Aliás, após os 2 próximos NPO dificilmente haverá nova construção de navios para a Marinha de guerra Portuguesa em Portugal (não existe dinheiro e sai mais barato estas compras de ocasião). E oxalá que esteja enganado quanto a isso...
Eu quero exemplos de navios que foram adquiridos como alternativa temporária até se arranjar melhor, não de navios que foram adquiridos com um propósito e que, após elevados gastos que uma guerra acarreta, tiveram que ser adaptados a funções mais civis, precisamente por não haver capacidade de comprar navios em tão grande número para executar as missões diárias a que nos habituámos a que a Marinha desempenha.
O balizador participou em que guerra, já agora? Acha que um navio balizador que à uma década faz SAR e chega a estar destacado por exemplo nas regiões autónomas nessa e noutras funções que nada tem a ver com a Balizagem e combate à poluição, pois não existem mais navios, não é um bom exemplo? Pelo contrário, acho que o S. Xavier é um exelente exemplo do estado a que chegou as unidades SAR/Fiscalização da Marinha e como o tempo urge até essa capacidade desaparecer, pois afectada já está
No texto a seguir, diz que o projecto das LFC precisa de ser revisto, no entanto, aqui usa o argumento do armamento planeado em 2004 para esta classe de navios? Como ficamos? Projecto original, ou remodelado? Dou-lhe uma pista, os NPO também só tinham originalmente as velhas Bofors de 40 mm, mais tarde surgiu a ideia de colocar armamento mais moderno. Resumindo, nem sempre o que está no projecto original é a opção definitiva.
E? Teve que adaptar alguma coisa para retirar a bofors de 40mm e substitui-la pela Marlin? Quanto tempo foi preciso o navio estar em estaleiro? Veja por exemplo em quantos tipos de navios desde LFCs a LPDs as peças Bushmaster de 25 mm estão presentes. Actualizar um projecto pode nem tão pouco passar pelo armamento, ou v.exma acha que as motorizações e o software desde 2004 são os mesmo e que em mais de uma década não sofreram evolução? Cabe à marinha como detentora do projecto actualizar o que tem de ser, bem como questões que sejam melhores, quer em termos económicos ou de gestão. Até poderia tirar o armamento das LFC que uma torre remota de 12,7mm ou uma peça de 25 mm seria sempre possível de colocar desde uma fragata aos NPO.
Quando à uniformização do equipamento, em parte tem razão, mas nem todas as torres que levem uma browning, podem mais tarde acomodar um canhão de 30 mm. Será que havia interesse em adquirir uma torre qualquer ao desbarato, para depois, mesmo com a possibilidade de adaptação de outro calibre, não fosse adequada para outro tipo de navio ou mesmo para os padrões de qualidade exigidos (nem todas as torres remotas são "boas", sensores mais avançados contam muito, logo ter uma torre barata com sensores made in china, de pouco vale)? Uma pista, e se a Marinha pretendesse nos futuros LFC (que à partida ainda estarão em cima da mesa), uniformizar os armamentos com os dos NPO?
Meu caro dc, trata-se de um debate e não de uma discussão. Debatendo ideias é que as pessoas chegam a algum lado, mas v.exma continua a achar que aqui se trata de uma cruzada pela razão em detrimento das ideias dos restantes, e pelo contrario pessoalmente interessa-me é debater e não é necessário que para isso estejamos em sintonia ou defendamos as mesmas coisas. Se v.exma reparar e dando o exemplo da browning, este tipo de armas está por todos os navios, seja em torre remota ou manual. Se a Marinha achasse que por alguma razão queria uma peça de 30 mm numa LFC eu diria que faria mal. Mas seria só retirar essa torre das LFC para as Fragatas por exemplo e até dispensava o artilheiro. E nunca falei em torres "made in china", já que americanos e brasileiros têm muito experiência neste tipo de armas.
Bem, esta discussão resume-se à sua falta de capacidade de interpretação do que foi dito, basta ver a questão das LFC, que eu já mencionei várias vezes que seria um investimento a longo prazo, num projecto a longo prazo, para a construção dos navios com perspectivas a longo prazo. De alguma forma você consegue ir buscar a ideia de que exijo LFCs agora, mesmo tendo dito completamente o oposto nos últimos 2 posts.
Com isto, ponho fim à discussão, não há necessidade de discutir com quem não quer perceber, ainda para mais no tópico errado.
Cumprimentos
Dou-lhe uma novidade. Para discutir ou debater algo são precisos duas ou mais pessoas. Portanto a problemática é sempre dos debantentes no plural e não no singular, até porque é evidente se nenhuma das partes responder o debate não tem continuidade). Na realidade e se v.exma se der ao trabalho de reflectir um pouco existe todo um conjunto de ideias que apenas divergimos na forma como as executar, seja no tempo ou na conceptualização E daqui não vêm mal nenhum ao mundo, pois cada um é livre de dar importância ao que lhe apraz mais e não é por isso que deixa de querer uma marinha maior e melhor, quer nas funções combatentes como não combatentes. Resumindo, a maior parte dos foristas deseja as LFC e outros dispensariam com agrado os Tejo, com mais ou menos equipamento. Infelizmente os desejos não são realidade, que saiba as LFC estão paradas e não existe planos para andar com as mesmas para a frente. Possivelmente ficarão os Tejo e mais algumas unidades adquiridas em compra de ocasião. É pena mas tudo indica que seja assim. E quanto ao dinheiro? Não é pelo que A ou B acha que a marinha e o governo vão fazer diferente do que fizeram até agora: Colocar os Tejo em serviço a conta-gotas, procurar o abastecedor por 20 milhões mais Iva, fazer umas compras de ocasião e só talvez um dia quando o pais estiver muito melhor (resta saber quando e se até lá existira marinha), avançar com as LFC ( ou no Alfeite ou em Viana) e com o malogrado LPD que já custou 17 milhões ao contribuinte (ora cá está ele novamente
).
Saudações
P.S. E LPD é para meninas pá. Na marinha portuguesa homens de "barba rija" fazem assim:
A corveta João Roby participou no exercício FOCA, nos Açores.
Este exercício conjunto envolveu meios da Marinha e do Exército e contou também com a colaboração da Autoridade Marítima Nacional.
O exercício FOCA permitiu ainda treinar a prontidão dos militares do 2º Batalhão de Infantaria das Forças da Zona Militar dos Açores.
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