Os 30 F16A/B MLU da FAP

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Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1980 em: Abril 01, 2020, 12:58:11 pm »
Eu acho que é um erro não ter interesse nessa capacidade. Qualquer grupo terrorista com acesso a baterias AA russas, consegue interditar por completo o espaço aéreo a aeronaves portuguesas. Se tivermos que evacuar cidadãos nacionais num país por via aérea, mas um grupo opositor possuir baterias AA decentes, como fazes? Rezas que nenhum míssil atinja um KC, C130, Merlin ou o que seja? Ou envias forças especiais para território hostil para destruir as ditas baterias? Quanto muito funciona como dissuasor, e neste aspecto nada como ficar em pé de igualdade com os aliados e outros países vizinhos.

Dc, para além da diplomacia portuguesa ser reconhecida pela sua excelência (e é sempre a primeira "arma" a entrar em acção), o nosso país é considerado quase globalmente como pacífico, amigável e respeitador das convenções internacionais, daí que poucos estejam a ver uma situação dessas acontecer, por muito que em teoria seja obviamente possível. Fazendo parte da NATO, UE, UEO e ONU, muito dificilmente numa circunstância dessas verias Portugal a tomar a atitude de um ataque unilateral; seria sempre algo em coordenação com organizações, aliados e parceiros - tipo a NRF -, e nesse caso outros mais bem equipados e treinados se chegariam à frente já que, a bem da verdade, se agora nem sequer o Bérrio temos para transportar Fuzileiros e Zebros, a nossa capacidade expedicionária é extremamente diminuta. Normalmente é mais "boots on the ground" apoiados por meios de terceiros como se vê na RCA, por exemplo.

A Força Aérea, e por conseguinte as nossas Forças Armadas, estão cientes das suas capacidades, possibilidades e limitações; para empregar meios e homens em situações e cenários como aquele que promoveste, tudo teria de ser muito bem pensado. C-130H e C-295M podem operar com meios passivos e activos de autodefesa (RWR, LWR, CMDS e pod ECM), e o futuro KC-390 em princípio ainda mais bem preparado para um cenário desses virá; Merlin não os meto ao barulho pois infelizmente os 4 CSAR não estão preparados para cenários exigentes de alta intensidade por falta da totalidade de equipamento, de actualização do mesmo e de treino e qualificação das suas tripulações (daí esta novela toda do heli de evacuação). Quanto aos F-16 MLU, estando atribuídos à NRF têm obrigatoriamente de estar preparados para entrar em combate a qualquer momento, seja ar-ar ou ar-solo, e para isso a FAP tem o essencial, nem mais, nem menos.

Quando disse que a FAP não tem interesse na missão SEAD é apenas pelo simples facto de ter consciência que não está devidamente equipada, treinada e qualificada para uma missão tão exigente e perigosa como essa, e tem conhecimento e noção que há outros no seio da Aliança Atlântica que se especializaram nisso há várias décadas e por conseguinte são mais indicados para cumpri-la. Em guerra, num conflito, tudo será válido, mas não é esse o caso. Expores um F-16AM com 2 JDAM de 2000lbs face a um sistema AA de última geração, mesmo com o ALQ-131, RWR digital, chaff & flare e lições (e destreza) de um instrutor graduado no FWIT a trabalharem, pode muito bem não ser o suficiente quando ainda por cima o piloto não pode contar com sistemas como o PIDS ou MILDS, e armas como a JSOW ou JASSM.

Só para finalizar em relação ao HARM quero corrigir algo que ontem aqui escrevi: os F-16AM/BM MLU Block 20 conseguem integrar o AGM-88 desde a OFP M2, e o HTS (HARM Targeting System) AN/ASQ-213 a partir da M4.2 (Tape esta que vem permitir igualmente o uso em simultâneo do HTS na estação 5L e do Sniper na 5R).

Citar
M1 tape

Development of the M1-tape went through four phases of Flight Test Tapes (FTT). In each of these test tapes, other performances where met, including:

FTT-1 tape

Radar performance evaluation
FTT-2 tape

Weapon modes Air-Air and Air-Ground testing
Navigation (INS and GPS)
Basic MMC core functions integration
FTT-3 tape

Datalink
IFF interrogation
Horizontal Situation Display
DTS integration
Cockpit color screen implementation
FTT-4 tape

"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)
After the M1 tape, the M2 tape followed in 2000, M3 tape in 2003, M4 tape in 2005, M5 tape in 2008 and M6 tape in 2011. All these tapes incorporate other features, including:

M2 tape

Automatic Target Hand-off System (ATHS)
Integration of anti radiation (AGM-88) missile capability
Integration of target designator system
Further implementation of the Digital Terrain System

M3 tape

Integration of the Link-16 system
Integration of capability for GPS controlled weapons (GBU30/32)
Introduction of Helmet Mounted/Cueing Sight
Introduction of NVG compatible helmets

M4 tape

From this tape onwards the first release was already a subrelease starting at MX.1

M4.1 tape

Introduction of advanced short-range missile, as a replacement for the current Sidewinder (AIM-9X, IRIS-T)
Integration of advanced Link-16 functions
Integration of SNIPER targeting pods

M4.2 tape

Integration of the latest HARM Targeting System (HTS) and its R7 software
Integration of SNIPER targeting pod and its S3 software (capable of cataloguing, storing and relaying target images using the Link 16 data-link. M4.2 gives the capability to use the HTS and Sniper ATP on the same aircraft)
This tape was the first common software for USAF CCIP upgraded block 40/50 airframes.

M4.3 tape

"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)

M5 tape

M5.1 tape

Integration of capability for stand-off weapons (AGM-154)
Introduction of more advanced A/G weapons (EGBU-12)
Introduction of advanced Stores Management System and Joint Mission Planning System
Introduction of an improved GPS/INS system (more accurate and jamming proof)
Introduction of new Link-16 message standards to improve interoperability between different aircraft types
Installation of AN/ARC-210 VHF radios to enable radio contact with FAC’s on the ground

M5.2 tape

"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)

M6 tape

M6.1 tape

Improved IFF system (Mode 5 waveform with better distinction between friendly and enemy aircraft)
Introduction of AIM-120D missile (two-way datalink, improved navigation and High-Angle Off-Boresight capabilities, a doubled range)
Introduction of more advanced A/G weapons (GBU-39 SDB, GBU-54 LJDAM)
Integration of improved Link-16 functions with net-centric capability
Integration of a new Universal Armament Interface to standardize communication between the aircraft and the weapons, illuminating the need for new OPF tapes with every new weapon system

M6.2 tape

"Clean-up" tape (intended as correction to imperfections found in earlier phases)
Included minor updates like Auto GCAS capability nearly eliminating Controlled Flight Into Terrain (CFIT) accidents, a leading cause of F-16 loss of pilot and aircraft accidents.

M6.5 tape

From this tape onwards there will be a difference between the European numbering sequence and the US. Funding for the M-tapes was extended through the years up untill number M6. The normal succession would mean an M7 would be next. This will be the case for the US (with their F-16s lasting untill well into the 2030s). Since the European F-16s are much older and reaching the end of their lifespan (2020-2030) it was difficult to convince them to extend funding for more updates to the F-16s. Specifically the Netherlands and Norway weren't eager since they already opted to replace the F-16 with the F-35 with fleet introduction starting in 2019 and F-16 phase out around 2024). Much of the updates found in tape M6.5 will be the same as tape M7.

Rectification of some earlier weapon integration shortcomings
Integration of new weapons (JASSM, JDAM, EGBU-12, SDB, AIM-120D and AIM-9X)
Integration of advanced racks (BRU-69), pylons, adapters and the UAI (ensuring nuclear surety and compatibility)
Update of the Link-16 protocol
Upgrade of the AN/AAQ-14 interface software
Update of the AN/ALR-56M system
Update of the GPS system



Quanto ao resto, os Penguin são antiquados apesar de ser sempre uma mais valia e os Harpoon podem ser usados nos nossos Fs? Tenho ideia de ler algures que só os Block 20 de Taiwan os usam.

Qualquer míssil anti-navio seria uma arma válida para os F-16 dada a nossa posição geográfica, fosse ele o Penguin, o Harpoon ou o futuro JSM. O AGM-84 pode ser empregue no Fighting Falcon a partir do Block 20, que é como quem diz a partir do MLU.

Para além da falta óbvia de um míssil ar-ar HOBS, seja ele o X-Ray ou IRIS-T, a não existência pelo menos da JSOW, SDB e sistemas avançados de alerta e sobrevivência da aeronave como o PIDS/PIDS+, relegam cada vez mais os F-16 nacionais para operações de rectaguarda no futuro. Por exemplo em relação ao PIDS+ da companhia dinamarquesa Terma, Portugal foi o único membro da EPAF que não o adoptou, porquê? Porque somos mais inteligentes que todos os outros ou para poupar umas massas como infelizmente é costume? ::)

https://www.terma.com/press/news-2017/missile-warning-and-3d-audioanr-for-belgian-defence-f-16/
« Última modificação: Abril 01, 2020, 03:39:50 pm por Charlie Jaguar »
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1981 em: Abril 01, 2020, 05:11:40 pm »
CJ em alternativa ao HARM ou ao mais recente AARGM, sempre se poderia (deveria) optar pela aquisição de mísseis de cruzeiro e outras armas stand-off, como a JSOW, SLAM ER, e até à mais recente JDAM ER. Isto no que respeita a ataque ao solo e destruição de alvos de elevada importância, incluindo baterias AA.
Podiam também olhar para as armas israelitas, como o míssil de cruzeiro Delilah, que deve ser mais barato que o JASSM.
Não sei se o F-16 pode usar o SLAM ER, mas tenho quase a certeza que o P-3 pode, dando-lhe uma bela capacidade como plataforma de mísseis de cruzeiro.

Misseis ar-ar é óbvia a falta que faz um míssil mais recente, qual deles não sei, mas que viesse o melhor e de preferência que pudesse ser usado no futuro caça da FAP. Relativamente aos AMRAAM, nem sei se face à demora deste tipo de aquisições, e compensava mais esperar pelo novo míssil que o vem substituir, saltando-se da versão 120 C5 para o futuro AIM-260.

Quanto aos mísseis anti-navio, sempre me pareceu absurdo a opção estar limitada a bombas guiadas. Mas portuguesices.

Não tinha conhecimento desse sistema PIDS, e aposto que foi mais uma opção idêntica ao mastro oco da BD. Ou então acharam que a sigla era demasiado parecida com PIDE, e pensaram logo que era suicídio político ter um sistema desse nome. Raios partam os dinamarqueses, não podiam ter dado um nome melhor?

Falaste no RCA, e do apoio (aéreo) ser dado por terceiros, o que é verdade, mas também só se sucede pela falta de meios adequados para o fazer. Não se pode usar o que não se tem.
E a nossa capacidade expedicionária é diminuta por uma constante tomada de más decisões dos últimos 20 anos. Porque para um país com dois arquipélagos, meio oceano e interesses e fortes ligações em África, não se percebe como a capacidade de operação no estrangeiro é tão relegada para segundo plano.
 

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goldfinger

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1982 em: Abril 01, 2020, 06:19:51 pm »
El IRIS-T es una bestia parda sobre todo si está integrado en modo digital 100 × 100 con capacidades de detección casi de 270° y unas prestaciones de vuelo y antijamming brutales.
Es un auténtico Killer en la fuerza aérea española están más que contentos con él y los pilotos que lo usan en simulaciones dicen que es espectacular ,  Y más si como en los tifones  españoles y en los F 18 se integra con el casco como el escorpión que allí donde mires mira el misil y tal y como sale del ala va directo hacia su objetivo Sin tener que ponerse a las seis del objetivo como antiguamente

Já existe novidade sobre a substituição do F18 pela Espanha?

Aún no, pero todo apunta a un lote de 20 Tifón trinche 3 con radar AESA para los F 18 de Canarias, que son los que se tienen que reemplazar ya, los otros 69 aguantan casi una década mas

Pero eso era antes del coronavirus.....

Então a ideia de F-35A para o EdA a fim de substituir os EF-18M Hornet já foi descartada? E os F-35B para a Armada após o phase-out dos AV-8B+ Harrier II ainda está em cima da mesa?

No, a día de hoy no hay nada descartado, solo hay 1 certeza, los Harrier se reemplazarán por F35B.....por que no hay otra opción.

Opciones barajadas:

-F18 CX, ( los basados en Canarias, 24 comprados de 2ª mano a la Navy):

-20 Tifon tranche 3 con AESA, o 20 Tifon Tranche 1 de Morón, pasando esos 20 nuevos T3 a Morón (Ala 11)
-24 F18 de Torrejón reemplazándo estos por F35 o mas Tifón T3 AESA

La opción 1 al 90%... ;)

-Los F18 FACA, los 72 comprados nuevos:

-60 Tifón T3 AESA + UAVS avanzados......40%
-60 F35....................20%
-MIX 30 Tifçon T3 AESA, mas 30 F35 para " acompañar los B de la Armada y no tener toda la FA en manos de Airbus...40%

El problema es que 80 aviones sean F35, Tifones o el que sea...es una factura de mas de 8000 millones de euros solo la adquisición de los aviones, mas simuladores, armas, mantenimiento...... :-\

A España servir hasta morir
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1983 em: Abril 01, 2020, 07:34:55 pm »
Estava a ver o twitter da Força Aérea Portuguesa e era tão isto:






É só o Centeno assinar o cheque.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1984 em: Abril 01, 2020, 07:59:33 pm »
CJ em alternativa ao HARM ou ao mais recente AARGM, sempre se poderia (deveria) optar pela aquisição de mísseis de cruzeiro e outras armas stand-off, como a JSOW, SLAM ER, e até à mais recente JDAM ER. Isto no que respeita a ataque ao solo e destruição de alvos de elevada importância, incluindo baterias AA.
Podiam também olhar para as armas israelitas, como o míssil de cruzeiro Delilah, que deve ser mais barato que o JASSM.
Não sei se o F-16 pode usar o SLAM ER, mas tenho quase a certeza que o P-3 pode, dando-lhe uma bela capacidade como plataforma de mísseis de cruzeiro.

O SLAM-ER foi integrado nos F-16C/D Block 40 e 50 da Turquia. Na prática todos os clientes de F-16 que operem o Harpoon pode empregar o SLAM/SLAM-ER, casos de Grécia, Turquia, Marrocos, Egipto, etc, etc.



A FAP na área da aviação de combate tem uma orientação muito pró-americana, logo armas standoff israelitas ou europeias parecem estar fora de questão. E mesmo a AGM-154 JSOW e AGM-158 JASSM estão a ser um sonho difícil de concretizar.  ::)


Misseis ar-ar é óbvia a falta que faz um míssil mais recente, qual deles não sei, mas que viesse o melhor e de preferência que pudesse ser usado no futuro caça da FAP. Relativamente aos AMRAAM, nem sei se face à demora deste tipo de aquisições, e compensava mais esperar pelo novo míssil que o vem substituir, saltando-se da versão 120 C5 para o futuro AIM-260.

A última vez que li qualquer coisa sobre o AIM-260 JATM (Joint Air Tactical Missile) não era dito que seria integrado nos F-16, mas sim no F-22, F-35 e Super Hornet. Todavia havia a possibilidade de uma versão "downgraded" poder chegar mais tarde também ao F-16V. No nosso caso se optássemos pelo binómio AIM-120D + AIM-9X Block II/II+ ficávamos em pé de igualdade com os mais recentes equipamentos dos nossos aliados e depois estas armas podiam transitar sem problemas para F-35A, F-16V, F/A-18E/F, F-15CX/EX, Saab Gripen E e mesmo Eurofighter Typhoon.


Não tinha conhecimento desse sistema PIDS, e aposto que foi mais uma opção idêntica ao mastro oco da BD. Ou então acharam que a sigla era demasiado parecida com PIDE, e pensaram logo que era suicídio político ter um sistema desse nome. Raios partam os dinamarqueses, não podiam ter dado um nome melhor?

É um sistema considerado cada vez mais vital. A Elbit Systems, a quem a FAP encomendou a actualização dos sistemas RWR para os F-16, venceu recentemente o concurso para o fornecimento à USAF de pilones/estações (a 3 e a 7) equipados com sistemas de aviso anti-míssil, lançadores de chaff e flares e empasteladores. Não se sabe ainda qual será, se eventualmente o PAWS ou PAWS-2, e se é uma firma com quem trabalhamos desde que o Elisra SPS-1000 foi instalado nos A-7P/TA-7P no início da década de 1990, porque razão não optamos por seguir a mesma via?

https://www.thedrive.com/the-war-zone/32521/air-force-f-16s-are-getting-pylons-with-built-in-missile-warning-sensors-and-countermeasures
https://elbitsystems.com/media/PAWS-1.pdf

É por isso que existe a sensação que o F-16 por cá não é explorado até ao limite das suas capacidades, o que a bem da franqueza corresponde completamente à verdade. As sucessivas restrições orçamentais levam a que se integre somente parte daquilo que é possível integrar, levando a que se opere o caça talvez a uns 60% daquilo que ele é capaz, digo eu.
« Última modificação: Abril 01, 2020, 09:27:00 pm por Charlie Jaguar »
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1985 em: Abril 01, 2020, 10:15:39 pm »


A FAP na área da aviação de combate tem uma orientação muito pró-americana, logo armas standoff israelitas ou europeias parecem estar fora de questão. E mesmo a AGM-154 JSOW e AGM-158 JASSM estão a ser um sonho difícil de concretizar.  ::)



Sou um profundo ignorante neste tema e o que vou aprendendo é aqui com as "migalhas" que pessoas como o CJ e o Tenente, entre outras, vão deixando. No entanto, custa-me a ler coisas deste tipo. O Estado Português gasta dezenas de milhares de € com a formação dos nossos oficiais. O mínimo que podíamos exigir em troca era alguma abertura mental e alguma capacidade critica. Ora estas duas não se compadecem com "tendências" nem "orientações", a única "tendência" que podia aceitar é se forem borlas dos americanos. Mas tendo em conta que já decidiram que é F35 e nem concurso houve, acho que estamos conversados...

"Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma."
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1986 em: Abril 01, 2020, 10:25:01 pm »
Estava a ver o twitter da Força Aérea Portuguesa e era tão isto:






É só o Centeno assinar o cheque.

As fotos são de onde e quando? Só esse KC na ultima foto já dava um jeito!
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1987 em: Abril 01, 2020, 10:27:10 pm »
Foi hoje em Monte Real.
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1988 em: Abril 01, 2020, 10:43:44 pm »


A FAP na área da aviação de combate tem uma orientação muito pró-americana, logo armas standoff israelitas ou europeias parecem estar fora de questão. E mesmo a AGM-154 JSOW e AGM-158 JASSM estão a ser um sonho difícil de concretizar.  ::)



Sou um profundo ignorante neste tema e o que vou aprendendo é aqui com as "migalhas" que pessoas como o CJ e o Tenente, entre outras, vão deixando. No entanto, custa-me a ler coisas deste tipo. O Estado Português gasta dezenas de milhares de € com a formação dos nossos oficiais. O mínimo que podíamos exigir em troca era alguma abertura mental e alguma capacidade critica. Ora estas duas não se compadecem com "tendências" nem "orientações", a única "tendência" que podia aceitar é se forem borlas dos americanos. Mas tendo em conta que já decidiram que é F35 e nem concurso houve, acho que estamos conversados...

Decidiram pelo F-35 porque não há outra opção de 5a geração ocidental, e os restantes caças de 4.5 em 2030 já começam a ser aeronaves de segunda linha. Mas ainda não se comprou nada, e como já disseram aqui, a crise pós-covid ainda leva a FAP a manter os F-16 até 2040.

CJ, é a primeira vez que vejo um F-16 com o dito míssil, assim sendo, melhor ainda, vinham Harpoons e SLAM-ERs!

Também não há muitas armas europeias que o F-16 possa usar, caso do míssil Taurus ou os Brimstone ou os Meteor. Por outro lado, mesmo do armamento americano, o interesse tem sido nulo. Nas LPM pré-crise de 2008 ainda falavam no JSOW e nos AIM-9X, agora nem com a venda de Fs para a Roménia conseguiram verba para isso.

Porquê uma versão downgraded? As capacidades do Viper assemelham-se em tudo às do Super Hornet, não vejo razão para ter uma versão inferior o AIM-260. Acredito mais numa versão inferior para exportação. E com a quantidade de F-16 em uso por países perto da fronteira russa, assumo que estes mísseis vendiam que nem chocolates na Páscoa.

E não optamos pela solução da Elbit nem pela dinamarquesa, porque gostamos é de gastar pouco com a defesa. É tão simples assim, infelizmente. Um dia que uma aeronave da FAP seja abatida por um Igla num país qualquer numa missão de paz ou de evacuação de cidadãos nacionais, é que se vão lembrar de equipar todas as aeronaves com meios de auto-protecção. Basta ver os Lynx, para se perceber que por cá é o mínimo dos mínimos e é a tendência com todos os meios aéreos nacionais.
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1989 em: Abril 02, 2020, 12:21:16 am »
Foi hoje em Monte Real.

Acho que querias dizer BA4 Lajes, não?  ;)
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1990 em: Abril 02, 2020, 12:22:39 am »
Era para o dia das mentiras! :mrgreen:
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« Responder #1991 em: Abril 02, 2020, 12:48:02 pm »
Sou um profundo ignorante neste tema e o que vou aprendendo é aqui com as "migalhas" que pessoas como o CJ e o Tenente, entre outras, vão deixando. No entanto, custa-me a ler coisas deste tipo. O Estado Português gasta dezenas de milhares de € com a formação dos nossos oficiais. O mínimo que podíamos exigir em troca era alguma abertura mental e alguma capacidade critica. Ora estas duas não se compadecem com "tendências" nem "orientações", a única "tendência" que podia aceitar é se forem borlas dos americanos. Mas tendo em conta que já decidiram que é F35 e nem concurso houve, acho que estamos conversados...

Com a "promessa" cada vez mais reiterada que após nos conseguirmos livrar da pandemia do coronavírus o mundo novo que encontraremos estará em escombros a nível económico, o F-35A ser a escolha certa e/ou único possível sucessor do F-16 MLU não será assim tão certa. E é por isso que o Viper Block 70/72 seria a escolha consciente e adequada, não só porque operamos a aeronave há mais de 25 anos (dispondo assim de know-how e uma cadeia logística que será parcialmente comum à do F-16V), como ainda pelo facto de aumentar a vida útil das células de 8000 para mais de 12 mil horas de voo, ser a versão mais capaz de sempre do F-16, e incorporar sistemas e equipamentos derivados do F-35 e F-22, novos sensores e armamento, mantendo na mesma o custo da hora de voo a metade da do Lightning II, ou seja, USD 20.000$/h.

https://euro-sd.com/2019/12/news/15626/we-both-will-not-live-to-see-the-last-flight-of-an-f-16/

Upgrade ou novos? Eis a questão.
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1992 em: Abril 02, 2020, 01:02:25 pm »
Sou um profundo ignorante neste tema e o que vou aprendendo é aqui com as "migalhas" que pessoas como o CJ e o Tenente, entre outras, vão deixando. No entanto, custa-me a ler coisas deste tipo. O Estado Português gasta dezenas de milhares de € com a formação dos nossos oficiais. O mínimo que podíamos exigir em troca era alguma abertura mental e alguma capacidade critica. Ora estas duas não se compadecem com "tendências" nem "orientações", a única "tendência" que podia aceitar é se forem borlas dos americanos. Mas tendo em conta que já decidiram que é F35 e nem concurso houve, acho que estamos conversados...

Com a "promessa" cada vez mais reiterada que após nos conseguirmos livrar da pandemia do coronavírus o mundo novo que encontraremos estará em escombros a nível económico, o F-35A ser a escolha certa e/ou único possível sucessor do F-16 MLU não será assim tão certa. E é por isso que o Viper Block 70/72 seria a escolha consciente e adequada, não só porque operamos a aeronave há mais de 25 anos (dispondo assim de know-how e uma cadeia logística que será parcialmente comum à do F-16V), como ainda pelo facto de aumentar a vida útil das células de 8000 para mais de 12 mil horas de voo, ser a versão mais capaz de sempre do F-16, e incorporar sistemas e equipamentos derivados do F-35 e F-22, novos sensores e armamento, mantendo na mesma o custo da hora de voo a metade da do Lightning II, ou seja, USD 20.000$/h.

https://euro-sd.com/2019/12/news/15626/we-both-will-not-live-to-see-the-last-flight-of-an-f-16/

Upgrade ou novos? Eis a questão.

para mim era o upgrade dos F's.

Abraços e protege-te
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Red Baron

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1993 em: Abril 02, 2020, 01:03:37 pm »
Sou um profundo ignorante neste tema e o que vou aprendendo é aqui com as "migalhas" que pessoas como o CJ e o Tenente, entre outras, vão deixando. No entanto, custa-me a ler coisas deste tipo. O Estado Português gasta dezenas de milhares de € com a formação dos nossos oficiais. O mínimo que podíamos exigir em troca era alguma abertura mental e alguma capacidade critica. Ora estas duas não se compadecem com "tendências" nem "orientações", a única "tendência" que podia aceitar é se forem borlas dos americanos. Mas tendo em conta que já decidiram que é F35 e nem concurso houve, acho que estamos conversados...

Com a "promessa" cada vez mais reiterada que após nos conseguirmos livrar da pandemia do coronavírus o mundo novo que encontraremos estará em escombros a nível económico, o F-35A ser a escolha certa e/ou único possível sucessor do F-16 MLU não será assim tão certa. E é por isso que o Viper Block 70/72 seria a escolha consciente e adequada, não só porque operamos a aeronave há mais de 25 anos (dispondo assim de know-how e uma cadeia logística que será parcialmente comum à do F-16V), como ainda pelo facto de aumentar a vida útil das células de 8000 para mais de 12 mil horas de voo, ser a versão mais capaz de sempre do F-16, e incorporar sistemas e equipamentos derivados do F-35 e F-22, novos sensores e armamento, mantendo na mesma o custo da hora de voo a metade da do Lightning II, ou seja, USD 20.000$/h.

https://euro-sd.com/2019/12/news/15626/we-both-will-not-live-to-see-the-last-flight-of-an-f-16/

Upgrade ou novos? Eis a questão.

Mas comprados novos significa que os íamos operar nos próximos 20 ou 30 anos.  Achas que o F-16 ainda tem margem de melhoramento para aguentar até 2045 ou 2055?
 

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dc

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1994 em: Abril 02, 2020, 01:15:20 pm »
Nenhum caça de geração 4.5 tem margem para tanto, se formos a ver que em 2040 já deverão começar a aparecer os caças de 6a geração.

Novos também não me parece ser uma opção economicamente válida, porque pelo dinheiro que a LM está a pedir, é mais fácil para o poder político justificar um caça de última geração, ao invés de um caça que, para os leigos, é igual ao F-16 actual.

Fico com a questão das horas de voo/estado das células dos MLU vs F-16 do AMARG. E a solução passará por aqui, qual destes tem mais margem e manobra.