Alegadamente Portugal pretendia comprar quase sessenta carros, mas restrições orçamentais não o permitiram.
A não aquisição de munições é secundária porque em principio elas poderiam ser fornecidas em caso de necessidade (era essa a ideia pelo menos)
De resto, muitos ou poucos, foram os únicos tanques modernos alguma vez comprados por Portugal, e contra fatos não há argumentos.
Hoje os carros existem e até permitiram ceder três à Ucrânia. Se não tivessem sido comprados ... népia.
Na altura, com o estado em que estavam os M-60A3, a probabilidade mais apontada para a sua substituição eram os Leopard-1A5, e havia vários disponíveis.
A compra do Leopard-2 e na versão A6, foi por isso uma muito boa compra.
Já que provavelmente nem no exército, existisse uma ideia concreta sobre a incrivel diferença nos custos de manutenção dos carros de combate, isso são outros 50 centimos...
Podemos até aventar, que pelo custo de manter os Leopard-2A6, poderiamos ter mantido e modernizado os M-60A3, ainda que eu duvide desta tese, já que o M60A3 modernizado também não é exatamente barato.
De qualquer forma, considerando a evolução da situação e das relações entre os países da NATO e da União Europeia, a defesa do território nacional nunca seria o principal objetivo e justificação para possuir tais meios.
Os Leopard-2A6 só se justificam, como comparticipação portuguesa em operações internacionais, nomeadamente de defesa das fronteiras a leste.
O normal, seria Portugal ter capacidade para constituir uma brigada pesada com capacidade para ser projetada na Europa. Caso isso não seja possível, então deveriamos ter capacidade para projetar uma parte de uma brigada pesada.
Mas desgraçadamente, nem viaturas blindadas de combate para a infantaria possuimos e ainda andamos com os M113 a fingir que servem para isso.
Noto no entanto que mesmo os M113 ainda servem para alguma coisa e é melhor um M113 que nada.
Tragicamente os nossos políticos estão a olhar completamente para o lado, de uma forma irresponsável e quase criminosa - TODOS SEM EXCEPÇÃO.