Indústria Automóvel

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Lusitano89

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #105 em: Junho 11, 2014, 10:17:57 pm »
Autocarro eléctrico português faz sucesso




Genebra, Viena e Estugarda estão interessadas no eCobus, o autocarro eléctrico da Salvador Caetano pensado exclusivamente para aeroportos. Já há dois em circulação na Alemanha e na Finlândia.

A CaetanoBus tem três aeroportos europeus de média dimensão interessados no eCobus, o primeiro autocarro totalmente eléctrico para uso exclusivo naquele tipo de infra-estruturas. Representantes dos aeroportos de Genebra e Viena já viajaram até Vila Nova de Gaia para avaliar o autocarro "ecológico". Em Estugarda, a empresa do grupo Salvador Caetano aguarda o resultado de um concurso internacional.

Em meados de Março, «potenciais clientes de aeroportos europeus» estiveram nas instalações da empresa para conhecer um conceito em relação ao qual «ainda há uma grande desconfiança», revelou ao SOL o presidente da CaetanoBus, Jorge Pinto.

Segundo o gestor, os aeroportos que se mostraram mais interessados foram os de Genebra e Viena. O interesse foi tal que o eCobus, que resulta da conversão do modelo diesel Cobus e está pronto desde Outubro, «vai agora para Genebra fazer testes», seguindo-se depois demonstrações em aeroportos da Áustria, Espanha e França.

A CaetanoBus espera ainda a qualquer momento o resultado de um concurso para colocar no Aeroporto de Estugarda o eCobus. Na cidade alemã, a empresa tem já «um eléctrico da primeira geração», feito de raiz. Na Finlândia, há mais um em circulação.

A crise na Europa e os cortes nos investimentos por parte das transportadoras levaram a CaetanoBus a apostar nos aeroportos, no que diz respeito à expansão da mobilidade eléctrica.

«Como temos um parque de cerca de 3.000 unidades eCobus um pouco por todo o mundo, a reconversão pareceu-nos uma solução boa para mantermos a fidelidade dos clientes», explica Jorge Pinto, acrescentando que «a lógica é aproveitar a desvalorização do veículo original».

O investimento num autocarro a diesel novo e na conversão de um usado é semelhante – cerca de 300 mil euros –, diz o gestor. A diferença, explica, está nos consumos energéticos, nos custos de manutenção e no impacto sobre o passageiro. O eléctrico permite alargar o tempo de vida de uma viatura em 10 anos.

Numa primeira fase, a CaetanoBus conta fornecer «6 ou 7 unidades» de eCobus aos aeroportos que já se mostraram interessados.

«Podem ser autocarros novos – eléctricos de raiz –, autocarros que tenhamos em stock que reconvertemos ou pode ser a reconversão da própria frota do cliente», concretizou Jorge Pinto.

Para a Caetano Bus, a mobilidade eléctrica é ainda um projecto «start-up». Ou seja, neste momento só representa custos. O presidente da CaetanoBus gostaria de fechar encomendas para as primeiras 6 a 10 conversões ainda este ano.

Dez encomendas representariam uma facturação de três milhões de euros. Para tal, «o resultado do concurso de Estugarda vai ser muito importante», frisa Jorge Pinto.

Internacionalização

Os eCobus não são a única aposta no mercado externo. Este ano, a empresa está a enviar para o mercado marroquino autocarros semi-montados – kits dos autocarros de turismoWinner. E a China vai ter «mais peso nas exportações». Neste país, onde a CaetanoBus opera através da Brilliance Caetano, uma joint venture com a Brilliance Auto, a empresa portuguesa está a enviar kits do modelo Cobus.

A previsão é que o envio destes autocarros semi-montados para a China e Marrocos representem uma facturação de 6 e de 1,5 milhões de euros, respectivamente.

No mercado dos aeroportos, a CaetanoBus vai ter de aumentar a produção de Cobus nas próximas semanas e voltar a ritmos de produção que já não impunha desde 2009, de cinco unidades por semana. Esse aumento de produção «pode vir a resultar na contratação de mais pessoal, até meio do ano ou mesmo antes», revela Jorge Pinto.

De Inglaterra também chegam boas notícias. A empresa, através da Caetano UK , renovou por mais três anos os contratos que tinha naquele país.

Em Junho, a CaetanoBus apresentará um novo autocarro para o segmento de turismo, para o qual já tem encomendas. «É um veículo de 40 lugares, mais estreito do que o normal, com uma capacidade de bagagem muito interessante e que se dirige àquele segmento de turismo que não exige um autocarro grande», explicou o presidente da empresa.

A CaetanoBus está ainda envolvida em vários concursos para fornecer 200 unidades de um outro autocarro parecido, mas para o segmento urbano.

SOL
 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #106 em: Junho 12, 2014, 11:20:58 pm »
Produção automóvel caiu 14,1%


A produção automóvel caiu 14,1% em Maio em termos homólogos, apesar de nos primeiros cinco meses do ano ter aumentado 9,7%, segundo os dados hoje divulgados pela ACAP - Associação Automóvel de Portugal.

A queda da produção automóvel em Maio, para 15.020 veículos, foi comum a todas as categorias. O destaque vai para a queda da produção de automóveis ligeiros de passageiros, que cedeu 11,3% para 10.869, enquanto os veículos comerciais de passageiros recuaram 21,1% para 3.871 e os veículos pesados 13,8% para 280.

Apesar da queda da produção em Maio, no total dos primeiros cinco meses deste ano a produção automóvel aumentou 9,7% face ao mesmo período de 2013, "o que corresponde a 75.837 veículos", diz a ACAP.

Do total de veículos produzidos até Maio, 96,9% foram exportados, mais 8,8% do que há um ano, sendo a União Europeia o principal destino desses automóveis.

Lusa
 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #107 em: Julho 08, 2014, 03:03:36 pm »
Bosch de Braga produz écran inovador para a BMW



A Bosch desenvolveu um novo écran de excelente qualidade e precisão de visualização que o grupo BMW escolheu para instalar numa grande variedade de veículos. O novo produto vai ser produzido em Braga.

Especializada em tecnologias multimédia para automóveis, a subsidiária da Bosch em Braga foi a escolhida para produzir os novos écrans Head-up Display (HUD). Os HUD fornecem informações importantes através de uma imagem projetada no vidro para que o condutor não tenha de desviar a atenção da estrada.

Pormenores como a velocidade de condução, recomendações de navegação e avisos aparecem como se estivessem suspensos no ar em frente ao veículo. Esta tecnologia alivia a visão do condutor, uma vez que tem de reorientar a sua vista com menos frequência.
 
O sistema não projeta a imagem no para-brisa mas numa pequena tela especial de plástico colocada em frente ao vidro. O novo sistema é completamente auto suficiente e pode ser instalado em vários tipos de veículos sem grandes modificações técnicas.
 
O novo HUD, produzido em Braga, faz parte de um módulo independente que pode ser totalmente integrado no painel de instrumentos. A tela de plástico é impulsionada por um motor elétrico de velocidade variável para a fazer sair, se necessário, para fora da caixa. Quando o sistema é desligado, o ecrã recolhe totalmente à caixa.

Boas Notícias
 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #108 em: Julho 17, 2014, 07:25:44 pm »
Mercedes-Benz abre estágios para jovens com o 9º ano


A Mercedes-Benz Portugal acaba de lançar um programa de estágios para alunos que tenham completado o 9º ano e procurem formação e trabalho na indústria automóvel. O programa resulta de uma parceria da Mercedes com a Mitsubishi Fuso e a Dual (empresa de qualificação profissional associada à Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã).

A iniciativa da Mercedes-Benz Pro Emprego irá decorrer nos próximos três anos e visa unicamente jovens entre os 15 e 24 anos que não tenham concluído o ensino secundário. Segundo o site Dinheiro Vivo, a acção vai acolher cerca de 100 estagiários, 30 em cada ano.

O estágio visa uma formação específica, tanto prática como teórica, na área da mecatrónica – um ramo da engenharia. E possibilita ainda uma posterior integração dos estagiários no quadro da empresa.

Até dia 28 de Julho todos os interessados podem realizar as inscrições online (no link disponibilizado no Facebook da marca). Para mais informações devem contactar as concessionárias ou oficinas autorizadas Mercedes-Benz e Smart.

O protocolo foi assinado na terça-feira pelo presidente da Mercedes-Benz Portugal, Joerg Heinermann, e pelo presidente do Instituto do Emprego e Formação profissional, Jorge Gaspar.

SOL
 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #109 em: Agosto 19, 2014, 04:53:13 pm »
Aveiro cria tubos inovadores para indústria automóvel


Isabel Duarte, investigadora da Universidade de Aveiro, está a desenvolver umas sofisticadas estruturas tubulares, preenchidas com espuma de alumínio, que podem revolucionar a indústria automóvel.
 
A espuma metálica é um material resistente, eficaz na absorção dos impactos (e por isso indicada para a segurança dos ocupantes de viaturas em caso de acidente), leve (diminuindo consumos de combustível) e porosa, amortecendo ruídos e vibrações.

Imagine-se uma esponja, com todos os seus poros, mas feita de metal. Assim se assemelham as espumas metálicas. “São materiais sólidos de elevada porosidade, semelhantes a outras espumas sólidas, como é o caso das cerâmicas, mas feitas a partir de um metal ou de uma liga metálica”, explica Isabel Duarte.

Assim, explica a investigadora do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da UA, “podemos ter espumas de aço, de alumínio, de magnésio, de zinco e até mesmo de ouro conforme a aplicação que se pretende”.
 
Este material já está a ser incorporado em componentes de automóveis topo de gama, na Alemanha. Também a construção civil, a arquitetura e biomedicina têm vindo a explorar este material. Isabel Duarte, da Universidade de Aveiro (UA), é um dos poucos cientistas europeus que conhecem os segredos desta espuma.

Os recém-criados tubos de alumínio preenchidos com espuma de alumínio, através de um processo desenvolvido pela investigadora e patenteado na Alemanha, são mais um passo em direção à utilização deste material.
 
A equipa do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da UA, liderada por Isabel, está a criar estruturas tubulares, para veículos automóveis, que são preenchidas com espumas metálicas. “Temos desenvolvido e testado estruturas leves baseadas em espuma de alumínio para serem usados em veículos automóveis, mas que tenham um bom desempenho mecânico fiável e previsível”, explica a investigadora.
 
Em concreto, a equipa de Isabel Duarte desenvolveu uma metodologia experimental onde o preenchimento dos tubos é feito durante a etapa de formação da própria espuma.

“A dificuldade que tivemos de ultrapassar foi garantir que o tubo mantivesse a sua integridade estrutural, que não fundisse durante a formação da espuma no seu interior e que houvesse o preenchimento total deste, uma vez que este processo ocorre a temperaturas próximas da temperatura de fusão do alumínio do tubo e da espuma”, desvenda.

Resultados promissores

Os primeiros resultados alcançados na UA “são bastante promissores” já que deram origem a estruturas resistentes e eficazes. “Este processo garante uma ligação forte entre a espuma e as paredes internas do tubo exterior que se reflete no seu comportamento mecânico”, salienta a investigadora em comunicado de imprensa.

Estas novas estruturas têm duas vantagens: o núcleo em espuma de alumínio proporciona uma elevada taxa de absorção de energia por unidade de peso, enquanto os tubos contribuem para a rigidez e a resistência mecânica do conjunto.

Estes tubos “têm apresentado um bom desempenho mecânico mais fiável e previsível, comparativamente com outras estruturas semelhantes”. Além disso, esta metodologia permite preencher estruturas metálicas ocas com espuma sem recorrer às técnicas secundárias como colagem e soldadura geralmente usadas, reduzindo assim uma etapa na produção de um componente automóvel.

Existem vários métodos de fabrico destes materiais, mas os mais viáveis são os de expansão direta e o de pulverotecnologia. A investigadora explica que “nos métodos de expansão direta injeta-se um gás inerte, ou adiciona-se um composto químico que irá libertar um gás no interior do metal fundido”.

Já o método de pulverotecnologia, usado no DEM, “consiste em aquecer um material precursor denso a temperaturas acima da temperatura de fusão do metal”.

Método da investigadora patenteado na Alemanha

Este material precursor é obtido por compactação de uma mistura de pós de alumínio e de um composto químico. A espuma forma-se devido à fusão do metal e à decomposição térmica dos pós do composto químico libertando um gás”. No final, a espuma sólida é obtida por arrefecimento controlado  da espuma líquida formada no interior do tubo.

Este método, desenvolvido e patenteado pelo Fraunhofer-Institut für Angewandte Materialforschung (IFAM, Bremen, na Alemanha) onde a investigadora fez o seu Doutoramento e se especializou, é o mais versátil de todos pois permite produzir componentes sem limitações de geometria, forma e dimensões.
 
A investigação do DEM está a ser realizada com o apoio da empresa portuguesa MJAmaral e em parceria com grupos de investigação da Universidade Técnica de Berlim (Alemanha), da Universidade de Maribor (Eslovénia) e da Universidade de Split (Croácia).

Boas Notícias
 

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miguelbud

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #110 em: Setembro 22, 2014, 12:02:14 pm »
@ Dinheiro Vivo
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Mercedes e Airbus precisam destes fazedores portugueses
 Quem olha para um Mercedes, Opel ou Renault não imagina que há portugueses envolvidos no processo de produção, criando especificamente ferramentas vitais para construir um motor. E nem os aviões Airbus ou Boeing escapam à influência lusa. A empresa chama-se Palbit, com sede em Albergaria-a-Velha. Tem um volume de negócios de 12 milhões de euros e exporta para 62 países dos cinco continentes.

Durante a feira AMB, evento anual do setor da metalomecânica a decorrer em Estugarda, capital do estado alemão de Baden-Wurttemberg, Jorge Ferreira, sócio e administrador executivo, explica a receita do sucesso deste "campeão escondido" do tecido empresarial português. "A nossa empresa nasceu em 1916, mas só começou a produzir ferramentas em metal duro, logo a seguir à II Guerra Mundial. Exportamos 90% da produção. Tudo aponta que o volume de negócios ascenda a 12 milhões de euros em 2014", afirma Jorge Ferreira.

A empresa produz ferramentas de corte, peças de anti-desgaste e ferramentas para tratamento da pedra. Dito desta forma, pode parecer um negócio pouco interessante para o público em geral, mas bastará dizer que a Renaut de Cacia não dispensa os produtos da Palbit. O mesmo se diga da Volkswagen no Brasil e México ou até da Opel (fábrica na Hungria) e a Continental, mais conhecida pelos pneus mas que também produz travões que contam com o contributo português. A estrutura das hélices e motores da Boeing e Airbus também tem uma mão portuguesa no seu fabrico.

Uma equipa de 195 colaboradores motivados e um departamento de investigação e desenvolvimento, onde são investidos até três milhões de euros anualmente, são fatores que ajudam a explicar um crescimento de 25% ao ano desde 2005. "A nossa fábrica tem 8000 m2, mas admitimos fazê-la crescer, tendo em conta as nossas taxas de crescimento", afirma o administrador executivo.

A deslocalização não está nos planos da Palbit, apesar de reconhecer que a carga fiscal é muito elevada. "Como portugueses, queremos manter a produção no país e só admitimos filiais de comercialização no estrangeiro, como já temos no Brasil e México. "É um país bom e de gente trabalhadora", sublinha Jorge Ferreira, um dos três sócios nortenhos que resolveram assentar mais a estratégia de crescimento no reinvestimento dos lucros e menos no crédito bancário, ao contrário da maioria das PME portuguesas.
 

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Lusitano89

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #111 em: Outubro 13, 2014, 07:32:35 pm »
Produção automóvel volta a crescer em Portugal


A produção de automóveis em Portugal voltou a crescer em Setembro, 5,6%, depois de uma quebra de 15,2% em Agosto, período com paragens habituais devido ao Verão. No mês passado foram construídas 14.055 unidades, o que perfaz um total de 125.352 veículos produzidos em solo nacional nos primeiros nove meses do ano. Até Setembro houve um crescimento de 6,7% face a igual período de 2013. 121.135 unidades, 96,6% do total, seguiram directamente para exportação.

Em termos de marcas e tipos de veículos, o destaque vai para os ligeiros de passageiros da Autoeuropa, que somaram 9.624 unidades em Setembro (68,5% do total mensal e mais 23,1% do que no mesmo mês do ano passado) e 77.762 desde Janeiro (62% do total e um aumento de 12,6% face aos primeiros nove meses de 2013).

Quanto ao destino dos automóveis, carrinhas comerciais, autocarros e camiões saídos das fábricas Autoeuropa, Peugeot-Citroën, Mitsubishi Fuso e Toyota Caetano, a esmagadora maioria destinou-se a exportação (96,6% do total), principalmente a Europa. A União Europeia recebeu 90.538 veículos (74,7%) até ao final de Setembro, com destaque para Alemanha (21,6% do total), França (13,3%) e Reino Unido (10,1%).

Fora da Europa o destaque vai para a China, que permanece como o segundo maior destino dos carros portugueses: 18.384 carros, 15,2% do total da exportação, e todos eles ligeiros de passageiros saídos da fábrica de Palmela do grupo Volkswagen, que produz modelos Seat e Volkswagen.

Apesar dos números reduzidos, as fábricas portuguesas também enviaram veículos para outras regiões com forte peso na construção automóvel como a América (3.129 unidades) ou o Japão (1.053).

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #112 em: Abril 26, 2015, 02:27:30 pm »
Autoeuropa comemora 20 anos com futuro assegurado por novo modelo




O grupo Volkswagen, que no ano passado já anunciou um investimento de 677 milhões de euros na fábrica de Palmela para a nova plataforma de montagem 'inventada' pelo grupo alemão (o MQB), já deu sinais de que pretende continuar por Portugal por mais anos, embora ainda não tenha revelado qual o modelo.

O presidente da Autoeuropa, António Melo Pires, adianta em declarações à agência Lusa que a fábrica de Palmela "não tem prazo de validade", até porque a previsão é de que "a produção vai ser bastante aumentada" quando vier o novo modelo, apontado pela imprensa como sendo um 'crossover' com base no Volkswagen Polo.

O presidente da Autoeuropa, que iniciou a sua carreira na Volkswagen como responsável da manutenção de prensas em Palmela com o número de funcionário 88, revela que o novo modelo estará, em termos de mercado, como um carro "entre o grande consumo e o nicho de mercado".

Após 20 anos de produção, iniciada precisamente no dia 26 de abril de 1995, a fábrica "não tem qualquer risco [de fechar]", pois mesmo que o novo modelo "não viesse haveria outras possibilidades", afirma.

Aliás, Melo Pires frisa que a Autoeuropa sabe "qual é o modelo, mas por razões de secretismos" ainda não o pode divulgar e promete "começar a trabalhar" no novo projeto "muito rapidamente".

Já o presidente da Comissão de Trabalhadores, António Chora, está convencido de que a Volkswagen vai continuar a investir em Portugal, embora a indefinição da data de lançamento do novo modelo crie "alguns problemas de estabilidade emocional nos trabalhadores".

Em declarações à Lusa, António Chora refere que a vinda do novo modelo "tem sido adiada de ano para ano", uma vez que "já esteve prevista para finais de 2015, meados de 2016 e agora já está em 2017".

Para o representante dos trabalhadores, o novo modelo "está atribuído" ou de outra forma não se justificaria um anúncio de investimento de 677 milhões de euros.

"De certeza absoluta que este investimento não é para fazer bicicletas ou sapatos, esta fábrica só faz automóveis. A questão é saber exatamente qual o modelo e antecipar a sua vinda para que se comece a produzir rapidamente", frisa.

É que tanto os trabalhadores como a administração têm noção da importância desta decisão: o novo modelo poderá relançar a Autoeuropa para uma produção anual de 150 mil unidades, quando no ano passado a maior fábrica de automóveis em Portugal atingiu os cerca de 102 mil automóveis.

António Melo Pires promete que, este ano, a produção deverá manter-se enquanto não chega o novo modelo, mas a Autoeuropa informou os seus fornecedores de que a sua previsão será de 95 mil carros anuais.

"Nestes 20 anos muita coisa mudou no mundo, no próprio país e nas próprias pessoas. Vi muita gente entrar com uma média dos 30 anos e agora têm 50. Foi uma geração", adianta o presidente da fábrica portuguesa.

Desde a construção da fábrica em Palmela até à atualidade, foi "o fim da cortina de ferro, a abertura da economia a Leste, a deslocalização que se seguiu e a globalização", diz Melo Pires, adiantando que a Autoeuropa sempre respondeu aos desafios.

"Nunca esperávamos exportar carros para a China, aliás não foi esse o motivo pelo qual a fábrica foi construída em Portugal, mas o mundo mudou e houve necessidade de readaptação às novas condições", acrescenta o presidente da Autoeuropa, sabendo que, dos carros produzidos no ano passado, 11% foram para o país do Oriente, cerca de 24 mil unidades, representando um crescimento de 62% nas exportações.

A Autoeuropa foi construída no âmbito de uma parceria entre a Ford e a Volkswagen para a produção de monovolumes, sendo o maior investimento estrangeiro realizado à época em Portugal, no montante de 1.970 milhões de euros.

Este investimento permitiu desenvolver os três modelos iniciais da fábrica de Palmela, os monovolumes Volkswagen Sharan, Seat Alhambra e Ford Galaxy.

Em 1999, o grupo Volkswagen assumiu os 100% do capital social da Autoeuropa, mas a Ford e a Volkswagen continuaram a cooperar na fábrica de Palmela, mantendo-se a produção dos monovolumes das duas marcas.

A fábrica de Palmela atingiu a produção de um milhão de unidades em 2003, ano em que foi feito um novo investimento de 600 milhões de euros, que permitiu preparar a produção de um novo modelo.

A Autoeuropa passou então a ter duas linhas de montagem em simultâneo - uma dedicada à produção dos monovolumes Volkswagen Sharan e Seat Alhambra e outra ao novo modelo Volkswagen Eos, um 'cabriolet' com capota rígida.

Em 2006 foi anunciada a construção de um outro modelo, o Scirocco, nome que já tinha sido utilizado num anterior modelo da marca alemã.

Em 2007, ano em que atingiu a produção de um milhão e meio de veículos, a Volkswagen anunciou mais um investimento de 541 milhões de euros na fábrica de Palmela para uma reestruturação e melhoria tecnológica, de forma a permitir diferentes produtos numa única linha de produção.

Com 3.600 funcionários - a que se juntam muitos mais que trabalham para dezenas de empresas fornecedoras instaladas no parque industrial anexo -, a Autoeuropa representa quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB), exporta 99% da produção e representa 3,1% das exportações portuguesas.


Lusa
 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #113 em: Julho 16, 2015, 09:54:17 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #114 em: Julho 22, 2015, 09:42:36 pm »
 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #115 em: Julho 22, 2015, 10:02:48 pm »


O automóvel eléctrico do Entroncamento! Já não ouvia falar desse projecto à imenso tempo!
Felizmente ainda está vivo.

Aquele pneu traseiro deve ter um preço absurdo!  :roll:
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Re: Indústria Automóvel
« Responder #116 em: Julho 23, 2015, 12:58:05 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #117 em: Outubro 07, 2015, 01:43:31 pm »
Motores fraudulentos montados em carros da Autoeuropa


Alguns dos milhões de carros da Volkswagen com o software que manipula as emissões de gases poluentes podem ter passado pela Autoeuropa. O coordenador da Comissão de Trabalhadores da empresa, António Chora, admite que a montagem de viaturas com os motores alterados na fábrica de Palmela "é uma forte possibilidade". O Jornal de Negócios descobriu um proprietário de um Scirocco, um carro que só é produzido em Portugal, com o motor fraudulento.

António Chora, que está na Alemanha para acompanhar uma reunião dos trabalhadores, admitiu à TSF que uma vez que na Autoeuropa recebem os motores já completos é possível que estes já viessem "alterados".

Segundo o Jornal de Negócios, a possibilidade é real já que um proprietário de um Volkswagen Scirocco, um carro que só é produzido em Portugal, descobriu através do site da marca que o seu carro era um dos afetados.

"Lamentamos informá-lo de que o motor Tipo EA 189 do seu veículo com o número de chassis (...) que submeteu está afetado pelo 'software' que causa discrepâncias nos valores de óxidos de azoto durante os ensaios no dinamómetro", leu o proprietário ouvido pelo jornal.

A SIVA admite que entre todos os modelos afetados existem Scirocco, Sharan e Eos.

A Volkswagen prepara-se para recolher à oficina de 11 milhões de veículos em todo o mundo. Em Portugal serão mais de 100 mil.

O representante da comissão de trabalhadores da fábrica de Palmela adiantou ao Negócios que os motores instalados nos automóveis produzidos na Autoeuropa vinham da Alemanha, sede do grupo, frisando que "nem ao mais alto nível da Volkswagen se sabia da situação", descartando conhecimentos e responsabilidades dos trabalhadores e administração de Palmela neste caso.

Segundo o responsável pela comissão de trabalhadores, a Autoeuropa é "apenas mais uma" das unidades industriais envolvida, sem querer, no esquema.

Chora previu que "nenhuma fábrica que tenha montado motores EA189 vai ficar à margem".

O grupo Volkswagen detém em Portugal a fábrica da Autoeuropa, onde são produzidos os modelos Volkswagen Eos, Scirocco e Sharan e Seat Alhambra.

Lusa
 

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #118 em: Outubro 11, 2015, 03:45:38 pm »
Autarquia, empresários e trabalhadores esperam que Autoeuropa escape à crise da Volkswagen


O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, admite que existe "alguma apreensão", mas considera que o número de viaturas produzidas na Autoeuropa equipadas com motores dotados de mecanismos capazes de manipular resultados das emissões de gases poluentes não terá sido significativo.

"Por um lado não estamos preocupados com a dimensão do fenómeno de alteração dos motores, porque isso, em bom rigor, não terá acontecido na Autoeuropa num volume significativo de viaturas", afirmou Álvaro Amaro, em declarações à Lusa.

O autarca de Palmela salientou ainda que, apesar da situação atual da Volkswagen, a autarquia continua a trabalhar com a Autoeuropa para resolver questões de planeamento e urbanísticas, com o objetivo de "acomodar os projetos para o novo modelo, para a nova fábrica de cunhos e outras ampliações que estão previstas no parque da Autoeuropa".

"Temos procurado fazer parte da solução. Esses investimentos - o mais significativo na ordem dos 677 milhões de euros - para o novo modelo, esperemos que não venham a ter qualquer travagem, porque a importância da empresa é sobretudo para o País, dado o contributo significativo para o PIB (Produto Interno Bruto). Mas, sem dúvida, que para a região e para o concelho [o desinvestimento na Autoeuropa], seria uma catástrofe. Acreditamos, temos esperança, de que este episódio não vá, para já, fazer parar esta expetativa e esta dinâmica", sublinhou.

Preocupados estão também os empresários do setor do comércio e serviços do distrito de Setúbal, que receiam as consequências de eventuais despedimentos na Autoeuropa provocados pela crise do grupo Volkswagen, como reconhece o Presidente da Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal.

Para Francisco Carriço, neste momento as pequenas e médias empresas da região não teriam capacidade para absorver os trabalhadores da Autoeuropa, ao contrário do que aconteceu com outras indústrias da região que fecharam as portas nos anos 90 do século passado.

"Se [o distrito de Setúbal] tivesse um tecido forte de pequenas e microempresas, esses postos de trabalho [da Autoeuropa] seriam absorvidos pelas micro e pequenas empresas. Mas, devido à ditadura fiscal que o Estado está a colocar sobre estas empresas, não será possível", afirmou.

"Nos anos 90 houve uma crise muito grande na indústria do distrito de Setúbal. Fecharam, entre outras, a Movauto, Aríston, Peugeot, HR, Control Data, todas empresas com mais de 800 postos de trabalho. E nessa altura o tecido empresarial de Setúbal estava forte - foram investidos muitos milhões de euros através do primeiro QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) que começou em 1992 - e todos esses postos de trabalho foram integrados nas micro e pequenas empresas, sem problemas para a região e para a população", frisou.

Os trabalhadores das empresas instaladas no Parque Industrial da Autoeuropa, por seu lado, também manifestam preocupação relativamente ao futuro, mas garantem estar a encarar o problema com muita "serenidade".

"Existe alguma serenidade, até porque o investimento que a Autoeuropa anunciou - os 677 milhões de euros - está a avançar. Fisicamente podemos verificar que na Autoeuropa as coisas estão a acontecer", justificou Daniel Bernardino, da Comissão Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa.

"Os trabalhadores como também sabem que, de todos os investimentos que estão previstos, este representa um por cento daquilo que é o investimento global da Volkswagen, acham que, a serem cortados quaisquer investimentos, poderão ser alguns que ainda estão por decidir, onde ainda não se começou a gastar dinheiro. Este, como já vai num estado avançado, acreditamos - e esperamos que assim seja - que vá continuar e que o novo modelo [a produzir pela Autoeuropa] venha para cá em 2017, como está previsto", acrescentou.

Contactados pela Lusa, os responsáveis da AISET, Associação da Industria da Península de Setúbal, que integra a Autoeuropa e algumas empresas de fornecedores da fábrica de Palmela, limitaram-se a divulgar uma nota de imprensa em que garantem não ter recebido, até agora, qualquer manifestação de preocupação ou sinal de alteração do ritmo da produção quer de clientes quer de fornecedores da fábrica de Palmela.

Económico
 

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Lusitano89

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Re: Indústria Automóvel
« Responder #119 em: Outubro 16, 2015, 07:45:06 pm »
Governo diz ter garantias da Volkswagen que Autoeuropa não será afetada por cortes


"O presidente da marca assegurou que o investimento de 677 milhões de euros em Portugal segue como previsto, não tendo sido minimamente afetado pelo plano de cortes nos investimentos anunciado pela Volkswagen", lê-se no comunicado do Ministério da Economia, divulgado após uma reunião por teleconferência entre representantes do Governo português e da marca alemã.

Nesse encontro à distância participaram Herbert Diess, membro da administração do Volkswagen e responsável da marca para as viaturas ligeiras de passageiros, o responsável da Autoeuropa em Portugal, António Melo Pires, o ministro da Economia, Pires de Lima, e ainda o Secretário de Estado Pedro Gonçalves.

Segundo o Governo, sem cortes no investimento, "a nova unidade de produção entrará em laboração até 2018 com um nível de atividade previsivelmente igual ou superior ao que foi contratualizado com a AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal]".

O grupo Volkswagen detém em Portugal a fábrica da Autoeuropa, em Palmela (junto a Lisboa), onde são produzidos os modelos Volkswagen Eos, Scirocco e Sharan e Seat Alhambra.

Em março de 2014, o grupo anunciou um investimento de mais 670 milhões de euros e a criação de mais de 500 postos de trabalho para o período entre 2014 e 2019, que previa também a vinda de novos modelos para a fábrica após a descontinuação do Volkswagen Eos e permitia dobrar a produção e a capacidade de exportação da empresa.

Havia dúvidas sobre a continuidade na totalidade deste projeto, uma vez que o grupo Volkswagen anunciou que vai reduzir em mil milhões de euros por ano os investimentos previstos para a marca Volkswagen, na sequência do escândalo da manipulação de emissões de gases poluentes.

Em Portugal existem cerca de 117 mil veículos afetados pela fraude e que precisam de ser corrigidos, das marcas Volkswagen, Audi, Sköda e Seat.

Na conferência por telefone, segundo o comunicado, o responsável da construtora alemã disse que as viaturas que estão equipadas com o 'software' que adulterou os resultados serão alvo de modificações.

Os automóveis que precisam de alterações mais simples deverão ter os procedimentos concluídos até final do primeiro trimestre de 2016 e as intervenções mais complexas farão prolongar o processo até dezembro.

Foi ainda "reiterada a garantia de que os proprietários dos veículos não serão chamados a assumir qualquer responsabilidade financeira, ou de outra ordem", estando assim "protegidos de custos resultantes das modificações dos motores ou outros que venham a ser determinados", de acordo com o comunicado.


Lusa