Ainda esta passada quarta-feira o Nelson colocou aqui no fórum uma notícia do website do Exército sobre um exercício envolvendo a Bateria de Artilharia Anti-aérea (BtrAAA) da Brigada Mecanizada e a Esquadra 502. Também já chegamos a ver aqui no fórum e no 9 Gs fotografias dos C-295 equipados com os pods e com as antenas de contra-medidas electrónicas. Portanto os sistemas foram adquiridos estão integrados e a esquadra deve estar agora a treinar as tripulações.
Em 10 de Dezembro de 2014 decorreu um treino conjunto entre a Esquadra 502 da Força Aérea Portuguesa (FAP) e a Bateria de Artilharia Anti-aérea (BtrAAA) da Brigada Mecanizada. Visando o treino de Guerra Electrónica por parte da Esquadra 502 com meios de defesa anti-aérea do Exército, bem como a adopção de medidas de reacção à detecção e empenhamento por sistemas de Anti-aérea. Para tal a Esquadra 502 participou com uma aeronave C-295 e a BtrAAA com dois sistemas míssil ligeiro M-48 A3 Chaparral, um Radar de aviso local AN/MPQ 49B Forward Area Alerting Radar (FAAR) e 20 militares dos Pelotões de Chaparral e Radar. É de Das diversas acções, merecem especial destaque as que simularam o ataque com misseis terra-ar às aeronaves, a fim de treinar as tripulações na adoção dos perfis de fuga. Este actividade de treino conjunto foi reputada de fundamental para ambas as partes, porquanto, foi proporcionado aos pilotos a observação, in-loco do processo de deteção, aquisição e empenhamento por parte do sistema míssil Chaparral, e às guarnições dos Sistema Míssil a percepção do momento em que a aeronave identifica que está a ser adquirida e realizarem os procedimentos de conduta de tiro com uma aeronave real e visualizarem os procedimentos de fuga que a aeronave adopta nessa situação.
Cumprimentos e até daqui a 24 horas,
Get_it, os ALQ-131 (pods) já ca estavam e foram integrados há alguns anos já. A que outras "antenas de contra-medidas electrónicas" se refere?
De qualquer forma, eu mencionava sistemas do próprio aparelho como RWR, MWS, chaff/flares, software, etc. Volto a referir também que, ao contrário de F-16, EHs, P-3 e até C-130, não me recordo de ver alguma imagem dos C-295 com os ditos sistemas instalados. Há uns anos os checos (ou polacos?) tiveram um desaguisado com a EADS-CASA devidamente por isso, que ainda não haveria certificação para alguns sistemas que, sem os quais, pôe em risco a sobrevivência da aeronave num teatro de operações. Acho que a questão deles foi posteriormente resolvida.
Provavelmente até se terá passado o mesmo com os nossos C-295 e a FAP, talvez por não ter tanta "urgência" na utilização da aeronave em cenários de algum risco (já os checos precisavam deles no Afeganistão), não tenha feito o mesmo tipo de exigências e tenha preferido aguardar que a integração completa dos nossos sistemas fosse assegurada pelo construtor...
Confesso que há uns dias depois de ter visto essa notícia, nomeadamente esta parte:
e às guarnições dos Sistema Míssil a percepção do momento em que a aeronave identifica que está a ser adquirida
foi isso mesmo que pensei, que as aeronaves já estavam devidamente equipadas e que por isso começaram, finalmente, a treinar a sua operação com base nos novos sistemas.