C-295 M na FAP

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Get_It

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #600 em: Dezembro 23, 2014, 08:47:19 pm »
Citação de: "night_runner"
Pistas à parte, não quer dizer que não possa haver discussão e dúvidas em torno da utilização do C-295 da FAP neste tipo de cenários, apesar de (também) ter sido com base neles que adquirimos este modelo de aeronave.

Talvez...
será que os sistemas de auto-protecção do aparelho foram adquiridos?
Estão todos certificados e integrados? Até há uns anos não estavam.
Estarão operacionais? As tripulações estão treinadas para os operar? As esquadras SAR têm actualmente poucas horas disponiveis para o "táctico"...
Há registos de aeronaves deste modelo com este tipo de sistemas instalados, como vemos no C-130, EH, F-16 e P-3? Eu não me recordo de ter visto
Ainda esta passada quarta-feira o Nelson colocou aqui no fórum uma notícia do website do Exército sobre um exercício envolvendo a Bateria de Artilharia Anti-aérea (BtrAAA) da Brigada Mecanizada e a Esquadra 502. Também já chegamos a ver aqui no fórum e no 9 Gs fotografias dos C-295 equipados com os pods e com as antenas de contra-medidas electrónicas. Portanto os sistemas foram adquiridos estão integrados e a esquadra deve estar agora a treinar as tripulações.

Citação de: "Exército Português"
Em 10 de Dezembro de 2014 decorreu um treino conjunto entre a Esquadra 502 da Força Aérea Portuguesa (FAP) e a Bateria de Artilharia Anti-aérea (BtrAAA) da Brigada Mecanizada. Visando o treino de Guerra Electrónica por parte da Esquadra 502 com meios de defesa anti-aérea do Exército, bem como a adopção de medidas de reacção à detecção e empenhamento por sistemas de Anti-aérea. Para tal a Esquadra 502 participou com uma aeronave C-295 e a BtrAAA com dois sistemas míssil ligeiro M-48 A3 Chaparral, um Radar de aviso local AN/MPQ 49B Forward Area Alerting Radar (FAAR) e 20 militares dos Pelotões de  Chaparral e Radar. É de Das diversas acções, merecem especial destaque as que simularam o ataque com misseis terra-ar às aeronaves, a fim de treinar as tripulações na  adoção dos perfis de fuga. Este actividade de treino conjunto foi reputada de fundamental para ambas as partes, porquanto, foi proporcionado aos pilotos a observação, in-loco do processo de deteção, aquisição e empenhamento por parte do sistema míssil Chaparral, e às guarnições dos Sistema Míssil a percepção do momento em que a aeronave identifica que está a ser adquirida e realizarem os procedimentos de conduta de tiro com uma aeronave real e visualizarem os procedimentos de fuga que a aeronave adopta nessa situação.

Cumprimentos e até daqui a 24 horas,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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night_runner

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #601 em: Dezembro 23, 2014, 11:21:46 pm »
Citação de: "Get_It"
Ainda esta passada quarta-feira o Nelson colocou aqui no fórum uma notícia do website do Exército sobre um exercício envolvendo a Bateria de Artilharia Anti-aérea (BtrAAA) da Brigada Mecanizada e a Esquadra 502. Também já chegamos a ver aqui no fórum e no 9 Gs fotografias dos C-295 equipados com os pods e com as antenas de contra-medidas electrónicas. Portanto os sistemas foram adquiridos estão integrados e a esquadra deve estar agora a treinar as tripulações.
Citação de: "Exército Português"
Em 10 de Dezembro de 2014 decorreu um treino conjunto entre a Esquadra 502 da Força Aérea Portuguesa (FAP) e a Bateria de Artilharia Anti-aérea (BtrAAA) da Brigada Mecanizada. Visando o treino de Guerra Electrónica por parte da Esquadra 502 com meios de defesa anti-aérea do Exército, bem como a adopção de medidas de reacção à detecção e empenhamento por sistemas de Anti-aérea. Para tal a Esquadra 502 participou com uma aeronave C-295 e a BtrAAA com dois sistemas míssil ligeiro M-48 A3 Chaparral, um Radar de aviso local AN/MPQ 49B Forward Area Alerting Radar (FAAR) e 20 militares dos Pelotões de  Chaparral e Radar. É de Das diversas acções, merecem especial destaque as que simularam o ataque com misseis terra-ar às aeronaves, a fim de treinar as tripulações na  adoção dos perfis de fuga. Este actividade de treino conjunto foi reputada de fundamental para ambas as partes, porquanto, foi proporcionado aos pilotos a observação, in-loco do processo de deteção, aquisição e empenhamento por parte do sistema míssil Chaparral, e às guarnições dos Sistema Míssil a percepção do momento em que a aeronave identifica que está a ser adquirida e realizarem os procedimentos de conduta de tiro com uma aeronave real e visualizarem os procedimentos de fuga que a aeronave adopta nessa situação.
Cumprimentos e até daqui a 24 horas,

Get_it, os ALQ-131 (pods) já ca estavam e foram integrados há alguns anos já. A que outras "antenas de contra-medidas electrónicas" se refere?
De qualquer forma, eu mencionava sistemas do próprio aparelho como RWR, MWS, chaff/flares, software, etc. Volto a referir também que, ao contrário de F-16, EHs, P-3 e até C-130, não me recordo de ver alguma imagem dos C-295 com os ditos sistemas instalados. Há uns anos os checos (ou polacos?) tiveram um desaguisado com a EADS-CASA devidamente por isso, que ainda não haveria certificação para alguns sistemas que, sem os quais, pôe em risco a sobrevivência da aeronave num teatro de operações. Acho que a questão deles foi posteriormente resolvida.
Provavelmente até se terá passado o mesmo com os nossos C-295 e a FAP, talvez por não ter tanta "urgência" na utilização da aeronave em cenários de algum risco (já os checos precisavam deles no Afeganistão), não tenha feito o mesmo tipo de exigências e tenha preferido aguardar que a integração completa dos nossos sistemas fosse assegurada pelo construtor...
Confesso que há uns dias depois de ter visto essa notícia, nomeadamente esta parte:
Citar
e às guarnições dos Sistema Míssil a percepção do momento em que a aeronave identifica que está a ser adquirida
foi isso mesmo que pensei, que as aeronaves já estavam devidamente equipadas e que por isso começaram, finalmente, a treinar a sua operação com base nos novos sistemas.
 

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pchunter

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #602 em: Janeiro 17, 2015, 04:46:34 pm »
C295 MPA test flight at Farnborough Airshow

 

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Crypter

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #603 em: Janeiro 17, 2015, 05:14:39 pm »
DEsculpem a dúvida, mas o MPA não é sobreposição dos C3 Cup +? Não têm os dois sistemas o mesmo tipo de valências?
 

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PereiraMarques

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #604 em: Janeiro 17, 2015, 11:04:57 pm »
O que é que o C-295 M utiliza em termos de armamento?...Pois! Absolutamente nada! Já...
«O P-3C CUP+ tem a capacidade de lançar o seguinte armamento: AGM-84 HARPOON, AGM-65F/G MAVERICK, Torpedo MK-46 A(s), Bombas MK-82/83/84 e Minas MK 36.»

http://www.emfa.pt/www/aeronave-15
 

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Alvalade

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #605 em: Janeiro 18, 2015, 10:44:46 am »
Eu lembro-me de ver um vídeo, onde um C-295 a lança um torpedo .
 

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Menacho

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #606 em: Janeiro 18, 2015, 11:26:54 am »
Citação de: "Pereira Marques"
O que é que o C-295 M utiliza em termos de armamento?...Pois! Absolutamente nada! Já...

Citação de: "Alvalade"
Eu lembro-me de ver um vídeo, onde um C-295 a lança um torpedo .





Con misil Marte:





Luego está la versión cañonero:









Cumprimentos
 

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HSMW

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #607 em: Janeiro 18, 2015, 11:48:39 pm »
Até podia largar armas nucleares! A nossa versão não faz nada disso.

A MPA sim.

https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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PereiraMarques

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #608 em: Janeiro 18, 2015, 11:50:00 pm »
Fotos porreiras...não têm é a Cruz de Cristo na fuselagem... :roll: ...Portanto, os C295 M da FAP não utilizam armamento e suponho que nem sequer estejam preparados para isso...
 

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Lightning

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #609 em: Janeiro 19, 2015, 01:16:30 am »
O nosso C295M não tem nada de capacidades ASW, nem sono-boias, nem antena MAD, nem anda armado com torpedos, por outro lado tem outros equipamentos mais dedicados a "missões de guarda costeira" como o controlo de poluição no mar.

A nível de equipamentos também há várias diferenças entre eles que se pode ler aqui
http://www.emfa.pt/www/po/maisalto/cont ... a_2186.pdf
 
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night_runner

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #610 em: Janeiro 19, 2015, 01:19:44 am »
Há também no C-295, por um lado, a ausência de alguns sistemas presentes no P-3C/CUP+, e por outro, alguns sistemas de menor capacidade (logo menor custo) quando comparado ao Orion. Precisamente porque são aeronaves para fins diferentes. Embora, claro, haja alguma sobreposição de valências nalguns cenários, mas isso também é um pouco o que a FAP pretende.
 

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Crypter

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #611 em: Janeiro 19, 2015, 01:37:00 pm »
Citação de: "HSMW"
Até podia largar armas nucleares! A nossa versão não faz nada disso.

A MPA sim.



Desculpa lá, mas segundo o vídeo que eu comentei a nossa versão é a MPA...

Agora que não estejam preparadas pra isso é outra história, mas que têm capacidade, isso têm.

A minha questão era se até que ponto p.e. Não valia o investimento mais aprofundado nos c295M em vez dos milhões gastos nos C3!

Atencao! Não sou de longe contra os c3cup, pretendia apenas com isso lançar essa possibilidade à discussão entre os membros muito mais experts que eu nesta matéria...
 

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PereiraMarques

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #612 em: Janeiro 19, 2015, 04:20:43 pm »
Existem duas sub-versões do Persuader, a simples MPA que é a utilizada por nós e a ASW que apenas (até ver) é utilizada pela Marinha do Chile.

Será que a sub-versão ASW consegue equiparar-se minimamente a qualquer P3? Nos equipamentos? No raio de alcance? Na autonomia? Porque é que outros países, Espanha e Brasil, operam igualmente P3 e C295 (ainda que estes países apenas operam os 'M" de transporte táctico)? O próprio país fabricante, Espanha, tem interesse em operar Persuader, quer MPA ou ASW?
 

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raphael

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Re: C-295 M na FAP
« Responder #613 em: Janeiro 19, 2015, 04:54:20 pm »
O C-295 é uma boa plataforma mas não é um faz tudo.
Para começar a autonomia, até na ida para o Mali tiveram de parar para reabastecer. O nosso emprego para o C-295 é mais transporte fins gerais, SIFFICAP, evacuações aeromédicas, apoio SAR, plataforma para treino de navegadores, mas tem as suas limitações...não aguenta as 13h de vôo sem reabastecimento do P-3C, além de que os sensores de longo alcance do P-3C têm valências mais vastas que o âmbito de aplicação do C-295.
Um abraço
Raphael
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Re: C-295 M na FAP
« Responder #614 em: Janeiro 19, 2015, 06:07:16 pm »
O PereiraMarques e o raphael já mencionaram o mais importante (alcance e autonomia) mas aproveito para deixar a minha posta de bacalhau. Visto até que não tenho de pagar nada. Tendo em consideração que os P-3 já são aeronaves antigas que foram desenvolvidas há vários anos com sistemas de armamento de raiz (cablagem, asas "reforçadas"/pylons, testes, certificações) e portanto acho que consegue ser mais barato (custo-benefício) modernizar os sistemas e sensores destas aeronaves do que estar a encomendar um C-295 novo com estes sistemas adicionais todos. O P-3 também vem com sistemas de detecção, monitorização e armamento norte-americano (minas, torpedos, mísseis) o que aumento em muito a sua capacidade de combate.

Sem falar que se for para mandar o P-3 andar à bulha o mais provável é que seja numa missão NATO onde irá estar a trabalhar ao lado de outros operadores de P-3, com acesso à logística norte-americana e armamento norte-americano.

Mas o mais importante é o alcance e a autonomia do P-3 comparado ao C-295. Dá-nos um maior aumento de capacidade de combate estar a instalar capacidade de armamento e ASW numa plataforma como o P-3 do que como o C-295. Especialmente com a extensa área marítima que temos.

night_runner: Esqueci-me completamente de responder nessa conversa que estávamos a ter! Tenho de procurar umas fotos (que acho que vi no 9G's) em que vi a tal antena de contra-medidas que vi não era um pod "gordo" mas sim algo bastante fino colocado na asa. Dá-me a impressão que também já vi nos C-130. Pelo aspecto acho que era um RWR.

Cumprimentos,
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