Declarações à SIC Notícias
Fernando Nobre assume-se maçon e diz que todos devem fazer o mesmo07.01.2012 - 08:49 Por PÚBLICO
O antigo candidato à Presidência da República, Fernando Nobre, assumiu-se como maçon e defendeu que os membros dessa organização devem fazer o mesmo.
Fernando Nobre, ex-candidato à Presidência da República e ex-cabeça-de-lista por Lisboa do PSD, reconheceu, no entanto, em declarações na última noite na SIC Notícias, que nesta altura não tem uma participação activa nas actividades da maçonaria.
“Sou [maçon] embora adormecido, não vou à loja do Grande Oriente Lusitano há mais de dois anos e faço minhas inteiramente as palavras de António Arnaut. As pessoas que se assumam porque os maçons durante todo um percurso histórico foram violentamente perseguidos por todas as ditaduras”, referiu.
“Os maçons criaram certas reservas de protecção sempre com medo que uma ditadura se pudesse instalar e que eles pudessem ir, como foram na Alemanha, para os campos de concentração. Agora, penso que o mundo mudou. Se nós demonstrarmos que estamos num movimento por valores e não por carreirismos, nem por ambições, não temos que ter vergonha do que somos”, defendeu aquele que foi também deputado do PSD por um período de tempo muito curto.
As declarações de Fernando Nobre surgem numa semana em que as ligações da classe política à Maçonaria têm sido um tema em destaque depois de ter sido avançado que o líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pertence à mesma loja maçónica do antigo director do SIED Jorge Silva Carvalho, cuja alegada passagem de informações a empresas privadas e o acesso ao registo telefónico de um antigo jornalista PÚBLICO foram discutidas e alvo de audições na comissão de Assuntos Constitucionais.
Também o PÚBLICO avançou em primeira mão que o líder parlamentar do PSD e quadros da Ongoing estiveram juntos num encontro maçónico. Montenegro não desmentiu nem confirmou pertencer à mesma loja maçónica de Jorge Silva Carvalho. Já o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, cujo nome também surgiu em alguns documentos, afirmou na quinta-feira que a sua vida é “absolutamente pautada pela transparência”, depois de interrogado se pertence a alguma das obediências maçónicas portuguesas.
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