Comando da NATO em Oeiras

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Jorge Pereira

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Comando da NATO em Oeiras
« em: Fevereiro 20, 2009, 02:49:06 pm »
Notícia já algo antiga mas que ajuda a enquadrar a notícia de hoje:

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O processo de reforma interna da NATO deverá atribuir, a partir do próximo ano, "um maior nível de responsabilidades" ao quartel-general conjunto aliado em Portugal, disseram ao DN diversas fontes da organização sedeada em Bruxelas.

Embora sublinhando que na NATO só há certezas depois de os documentos estarem assinados, os trabalhos preparatórios - que serão aprovados, na generalidade, na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Aliança que se realiza no fim deste mês em Riga, (Letónia) - permitem avançar nesse sentido.

A passagem do Quartel-General Conjunto de Lisboa (J-HQ, sigla em inglês) a Comando Conjunto deverá implicar a existência de um oficial- -general a comandar Oeiras em exclusivo, ao contrário da acumulação de chapéus - comandante da Sexta Esquadra dos EUA, comandante das forças navais americanas na Europa - que agora existe. E será natural que passe a ostentar quatro estrelas, em vez das actuais três.

Para já, um dado factual é o da instalação - em Julho - do Directorado para a Preparação de Operações (OPD) no J-HQ, um organismo independente chefiado por um general norueguês que estará definitivamente operacional no Verão de 2007, adiantaram as fontes aliadas. As suas três dezenas de efectivos têm como missão certificar os comandos operacionais das forças de reacção da NATO (NRF), que rodam anualmente entre os três principais comandos operacionais da organização: Nápoles (Itália), Brunssum (Holanda) e o de Oeiras, que só está ao mesmo níveis dos dois anteriores em termos formais.

Isto é visível na respectivas designação e organização, pois Nápoles e Brunssum são Comandos Conjuntos de Forças (JFC-HC) com quartéis-generais de componente (terrestre, aéreo e naval) na sua dependência directa.
Obras de melhoramento nos edifícios do J-HQ de Oeiras e o aumento do seu quadro de pessoal, dos cerca de 335 efectivos actuais para 400, são outros indicadores seguros do acréscimo de responsabilidades a atribuir a um comando que esteve para desaparecer na reforma aprovada na cimeira de Praga (2002).

As resistências de alguns países aliados, com o Reino Unido à cabeça, à manutenção do comando da NATO em Oeiras diminuiu mas não desapareceu. Como lembram algumas fontes, a pretensão de dar ao J-HQ a responsabilidade permanente pelas NRF foi inviabilizada, apesar do apoio expresso do comandante militar aliado na Europa (SACEUR), general James Jones.

Mas a realidade dos últimos anos - mais operações simultâneas, prevalência das de menor dimensão, o sucesso das realizadas após o terramoto no Paquistão ou o furacão Katrina, nos EUA - provaram a necessidade de um efectivo terceiro comando conjunto de forças que o J-HQ de Oeiras deverá ser, mantendo o carácter expedicionário e deixando de estar limitada às operações baseadas no mar.

Por outro lado, os comandos de Itália e Holanda têm a responsabilidade pelas várias operações em curso. Nápoles gere a missão de treino no Iraque, a do Kosovo (KFOR) e a Active Endeavour (Mediterrâneo), enquanto Brunssum conduz as tropas no Afeganistão e tutela a NRF.

Notícia de hoje:
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Portugal reforça poderes de comando na Nato


Na reunião informal de ministros da Defesa da Nato, em Cracóvia, foi decidido que Portugal vai passar a ter um comando da Nato de nível dois, na Europa só existem mais dois comandos desta categoria. O ministro da Defesa, Severiano Teixeira, já manifestou a importância desta decisão.

Portugal reforçou, esta sexta-feira, os seus poderes de comando da Nato, uma decisão que saiu do encontro informal dos ministros da Defesa da Nato, em Carcóvia.

Na Europa já existiam dois países com o nível dois, que Portugal passa a partir de hoje a ter.

O ministro da Defesa português, Severiano Teixeira, sublinhou a importância desta decisão para a organização internacional.

«É muito importante porque está ligado à força de resposta rápida da Nato e é também um sinal importante da importância do flanco Sul para a aliança Atlântica, uma vez que estará virado para as zonas do Mediterrâneo e de Àfrica», sublinhou.

O ministro da Defesa destaca ainda o desempenho das missões portuguesas no estrangeiro como um dos factores que contribuiu para o reforço de poderes na Nato.

«É um objectivo que Portugal perseguia desde o ínicio e naturalmente que politicamente tinha sido sempre um objectivo definido, mas há aqui [a destacar também] a contribuição da diplomacia e das forças armadas portuguesas que no seu desempenho contribuiram para que esse objectivo fosse possível», afirmou o ministro.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Cabecinhas

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« Responder #1 em: Fevereiro 21, 2009, 12:00:53 am »
Agora que venha o material....
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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pedro

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« Responder #2 em: Fevereiro 21, 2009, 12:02:13 am »
que material???
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Cabecinhas

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« Responder #3 em: Fevereiro 21, 2009, 12:03:46 am »
Aquele que deveria-mos ter e não temos, dada a nossa responsabilidade como fronteira da Europa via Oceano, a nossa ZEE, a nossa história, etc etc
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Lightning

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« Responder #4 em: Fevereiro 21, 2009, 10:00:35 am »
Citação de: "Cabecinhas"
Agora que venha o material....


Isso é fácil, é fazer como todos os outros paises, queremos, pagamos...
 

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Lightning

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« Responder #5 em: Fevereiro 21, 2009, 10:05:25 am »
O Comando da NATO em Oeiras não tem nada a ver com as Forças Armadas Portuguesas, é um Comando que realiza várias funções para a NATO, só que se situa fisicamente em Oeiras.
 

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Cabecinhas

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« Responder #6 em: Fevereiro 21, 2009, 10:45:03 am »
Mas para se ter peso na NATO é necessário ter alguma capacidade credível... penso eu de que.
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Lightning

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« Responder #7 em: Fevereiro 21, 2009, 11:30:44 am »
Citação de: "Cabecinhas"
Mas para se ter peso na NATO é necessário ter alguma capacidade credível... penso eu de que.


E acha que se andarmos a pedir aos outros paises para nos comprarem o armamento que passamos a ter algum peso?
 

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Cabecinhas

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« Responder #8 em: Fevereiro 21, 2009, 12:42:45 pm »
O meu ponto de vista nem é nós pedir-mos para nos comprarem, é mesmo nós comprar-mos.
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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pedro

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« Responder #9 em: Fevereiro 21, 2009, 01:25:56 pm »
Nós comprar-mos o que?
Isto é NATO e não Portugal.
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Cabecinhas

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« Responder #10 em: Fevereiro 21, 2009, 01:40:23 pm »
Está aqui qualquer coisa que me está a falhar, apesar de pertencer-mos à NATO é necessário recursos humanos e material. Que eu saiba cada país tem o seu, que pode ser adquirido no âmbito NATO ou não.
Se for no âmbito NATO só pode ser usado para a aliança, certo?!

Alguém que me tire a dúvida.
Obrigado!
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Lightning

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« Responder #11 em: Fevereiro 21, 2009, 02:21:24 pm »
Citação de: "Cabecinhas"
Está aqui qualquer coisa que me está a falhar, apesar de pertencer-mos à NATO é necessário recursos humanos e material. Que eu saiba cada país tem o seu, que pode ser adquirido no âmbito NATO ou não.
Se for no âmbito NATO só pode ser usado para a aliança, certo?!

Alguém que me tire a dúvida.
Obrigado!


Não, as Fragatas Vasco da Gama foram compradas com o apoio da NATO e já participaram em missões reais unilateriais Portuguesas como as evacuações de civis da Guiné, do Zaire e a missão em Timor, o que a NATO pode é não permitir o uso desse equipamento (como foi o caso dos F-86 durante a Guerra Colonial), mas se permitir esse equipamento pode ser usado, normalmente nas missões humanitárias e missões das Nações Unidas nunca ouve recusa.
 

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« Responder #12 em: Fevereiro 21, 2009, 02:32:44 pm »
Então e se fosse no âmbito da CPLP?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #13 em: Fevereiro 21, 2009, 02:46:23 pm »
Desde que a OTAN não fosse contra, presumo que não ouve-se problema.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #14 em: Março 20, 2009, 06:44:15 pm »
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O presidente do Comité Militar da NATO garante que Portugal terá o "lugar adequado" na nova estrutura militar da organização, presumivelmente no Comando da Aliança em Oeiras (Joint Command Lisbon).

A revisão de comandos da NATO está presentemente a ser levada a cabo e a redistribuição dos postos está a ser discutida entre os países membros. Segundo o almirante Giampaolo Di Paola, "este é um processo em curso", pelo qual é responsável, razão por que não quis especificar quais serão os postos atribuídos a Portugal.

O almirante, que chefia o Comité Militar da NATO desde Junho de 2008, efectuou uma deslocação de dois dias a Portugal para conversações com as autoridades militares.

Tanto quanto se sabe, Lisboa terá garantido o terceiro lugar na hierarquia do Comando de Oeiras, o que equivale a chefe de estado-maior. O comando será atribuído à França, cujo regresso à estrutura militar da organização será oficializado na próxima cimeira da Aliança, a 2/4 de Abril, e o lugar de vice - que será rotativo - está a ser discutido entre a Espanha, Turquia e Itália.

O facto leva algumas fontes militares contactadas pelo Expresso a considerar que, neste contexto, o terceiro posto, fixo, é de maior importância no âmbito militar, visto que tem uma competência marcadamente operacional.

Ao Joint Command Lisbon cabe, precisamente, a organização das Forças de Reacção Rápida da NATO, estando no segundo nível dos comandos da organização, a par de Brussum (Holanda) e Nápoles (Itália).

Apelo para o Afeganistão
Na conferência de imprensa conjunta com o chefe de estado-maior general das Forças Armadas, o almirante Di Paola abordou igualmente a situação no Afeganistão, que disse ser melhor do que a que transparece na imprensa ocidental.

Para o almirante, "o Afeganistão não é propriedade da NATO" mas reconhece que a organização fez um apelo a todos os países para reforçarem os seus contingentes.

"Nós pedimos, os países estão a responder de acordo com as suas capacidades. Alguns podem dar mais mais, outros menos, uns dão militares, outros polícias ou dinheiro", sublinha, recusando-se a considerar se essas contribuições são efectivamente as que a NATO necessita.

Quanto à participação portuguesa, que integra actualmente unidades de treino das forças armadas afegãs, considera que ela é "muito boa e sempre foi".


http://aeiou.expresso.pt/portugal_tera_ ... to=f504357
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito