Não a pureza racial fazia parte do projecto eugénico do III Reich.
Há vários tipos de Eugenia, que foram concretizados em diversas regiões do globo.
Eugenia é um termo cunhado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), significando "bem nascido".
Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.
A pureza racial fazia parte do projecto eugénico do III Reich, que foi praticamente importado e baseado nas leis anglo-saxonicas postas em prática pelo Império Britânico e também pelos Estados Unidos durante as primeiras décadas do século. Nos Estados Unidos foram proibidos os casamentos entre brancos e mulatos ou orientais, ainda Hitler não tinha chegado ao poder.
Hitler era um anglófilo assumido e aquilo que Hitler mais respeitava na Inglaterra era a sua política racista. Hitler considerava que era o facto de terem mantido a raça pura que justificava e explicava o sucesso do Império Britânico.
Nazism and the British Empire
Hitler admired the British Empire. Racist theories were developed by British intellectuals
in the 19th century to control the Indian people and other "savages." These methods were often copied by the Nazis.
Similarly, in his early years Hitler also greatly admired the United States of America.
In Mein Kampf, he praised the United States for its anti-immigration laws. According to Hitler, America was a successful nation because it kept itself "pure" of "lesser races."
However as war approached, his view of the United States became more negative and he believed that Germany would have an easy victory over the United States precisely because the United States in his later estimation had become a mongrel nation.
Diga-me um outro povo europeu que tenha feito o mesmo.
Um exemplo.
Burgher people
The Burghers are an Eurasian ethnic group, historically from Sri Lanka, consisting for the most part of male-line descendants of European colonists from the 16th to 20th centuries (Portuguese, Dutch, German and British) and local women, with some minorities of Swedish, Norwegian, French and Irish.
Meu caro 123go…
O termo «Desonestidade intelectual diz-lhe alguma coisa ? »
A minha experiência, resultado da necessidade, levou-me a contactar com muitas empresas indianas. É comum encontrar pessoas com o nome de Vijay Silva, Robert Susa/Sousa ou Hari Martins (conheço alguns). Garanto-lhe que nunca encontrei nenhum Hassan Vanderwoort nem nenhum Batan Ericsson.
Os nomes de origem portuguesa são incrivelmente comuns na Índia e no Sri-Lanka. Bastaria procurar na Internet por nomes de vítimas do último Tsunami, para se dar de caras com este facto.
Por cada 100 nomes com Silva, Santos ou Martins, você talvez encontre algum holandês. Digo talvez, porque não conheço nenhum. Falha minha concerteza…
Lá porque não conhece não quer dizer que não exista.
In the census of 1981, the Burgher population of Sri Lanka was enumerated at 39,374 persons, about one percent. The highest concentration of Burghers is in Colombo (0.72%) and Gampaha (0.5%). There are also similar, significant communities in Trincomalee and Batticaloa, with an estimated population of 20,000.
Burgher descendants are spread far and wide into many communities throughout the world. Families with surnames such as Furnandes (a variety of Portuguese Fernandes), Mirano and Vandort are of Dutch ancestry.
E já que esta thread começou com um post acerca de anti-espanholismos retardados:
http://en.wikipedia.org/wiki/Filipinos_ ... sh_descenthttp://www.armada15001900.net/THE%20PHI ... IELAGO.htm
Em princípio os Portugueses casariam com mulheres indígenas cristianizadas.
Se era de boa vontade ou não é difícil de dizer cada caso seria um caso, algumas seriam viúvas que perderam o marido na guerra outras não, mas naquela época as mulheres seriam mais humildes e submissas, principalmente as orientais.
Presumo que concorda que a engenharia social dos casamentos arranjados e decretados pela lei não são naturais e criam alguma infelicidade entre os casais, por exemplo se saísse amanhã uma lei a dizer que todos os homens portugueses se tinham que casar com mulheres chinesas haveria muita gente que não iria ficar contente com a ideia.
Para sua informação, os casamentos não tinham necessariamente o objectivo de cruzar a raça. Eles têm uma explicação muito diferente.
Tem a ver com o Dote que os indianos ricos davam quando casavam as filhas.
Os portugueses eram menos exigente que os locais, e o dinheiro do Dote dava para ficar rico.
Mas para os hindus havia um interesse enorme que também se explica com a religião. No século XVI, a navegação era considerada uma actividade impura que só os intocáveis podiam praticar. Por isso, a alta sociedade Hindu não podia navegar e é por isso que os árabes controlavam o comércio no Indico.
Ao estabelecerem laços matrimoniais com os portugueses as famílias hindus, associavam-se pelo casamento a pessoas com estatuto elevado mas que podiam navegar, sem incorrer em qualquer violação ou indignidade.
É por isso que você encontra os nomes portugueses entre as famílias das castas superiores da sociedade indiana.
Cumprimentos
SINOPSE
Durante 450 anos Goa fez parte do império colonial português, de costas voltadas para o resto da Índia.
Os goeses foram forçados a engenhar todos os dias um novo acordo entre resistência e rendição.
A memória da cultura portuguesa sobrevive em Goa e revela-se todos os dias nos detalhes da vida quotidiana. Mas confronta-se à vitalidade da cultura hindu, nunca enfraquecida, presente por toda a parte.
Pátria Incerta olha para um aspecto da colonização de que nunca ninguém fala: o génio que o povo colonizado revela ao produzir uma síntese civilizacional própria.
FICHA TÉCNICA
REALIZAÇÃO Inês Gonçalves e Vasco Pimentel
IMAGEM Inês Gonçalves
SOM Vasco Pimentel
MONTAGEM Vasco Pimentel e Vanessa Pimentel
PRODUÇÃO Filmes do Tejo II — Maria João Mayer e François D’Artemare
LÍNGUAS Português / Inglês
FORMATO 16:9 / 52’ / 2006 / Cor
PÁTRIA INCERTA – DE INÊS GONÇALVES E VASCO PIMENTEL – PRODUÇÃO FILMES DO TEJO II 5
Inês e Vasco, a imagem e o som.
No cruzamento destes dois modos de captar a realidade se constrói uma visão de Goa: só assim poderia construir um documentário tão belo sobre uma realidade tão paradoxal. Onde o cruzamento de culturas se sente sob a pele de Goa, nas ruas, nos mercados, em cada casa. Onde o hinduísmo ou o catolicismo não se distinguem do facto essencial: são todos goeses, fazem parte da Índia, mas a pátria é incerta nas suas almas.
Um filme com tempo para ver e ouvir, que deixa Goa contar a sua versão da história.
Como foram a Goa?
Vasco Pimentel — Partimos sem dinheiro, com uma câmara mini DV, um tripé, um gravador digital e um microfone estereofónico — e partimos para Goa.
Como conseguiram uma qualidade de imagem e som tão grande?
Vasco — Não fizemos o comum numa equipa de documentário: andar a imagem atrás do som e o som atrás da imagem. Chegávamos a uma procissão, a uma festa (e há sempre festas todos os dias) e não nos víamos mais — a Inês ia fazer as imagens dela e eu ia captar os melhores sons. Recolhemos matéria-prima de uma forma muito pessoal, recolhendo o melhor de som e imagem que cada quotidiano dava.
Havia um ponto de partida?
Vasco — No meu caso, que foi o primeiro embate com Goa, qualquer ideia preconcebida foi dinamitada à chegada àquela realidade, novas emoções, novas impressões. A Inês já conhecia Goa, era quem punha um pouco de tempero na minha febre.
Não fomos com um plano estruturado, não fomos provar nada. Pensámos foi aprofundar o que está por baixo desta superfície surpreendente que está à vista em Goa, vamos
filmá-la sem analisar e tão paradoxal, rica e intensa como ela é.
A filmagem é, claro, uma camada da matéria de que são feitos os filmes, o processo de interrogação, de perplexidade e de entendimento daquela realidade continuou até ao último dia da montagem, onde voltámos a pôr em causa tudo o que filmámos. E agora o que é que fazemos com as cinquenta, oitenta, horas que filmámos?
Será que bate certo? Queremos que bata certo?
Quando deixaram Goa tinham ideia que era este filme que iam fazer?
Inês Gonçalves — Sim, em parte, havia umas quantas questões que colocávamos às pessoas e eram sempre as mesmas. O filme não tem uma estrutura muito definida mas havia algumas coisas que sabíamos que estariam lá:
esta síntese de cultura entre o hinduísmo e o catolicismo, como é que foram as conversões, como é que se fala ainda português na Índia, como é que aquela comunidade pequena (são 30% da população de Goa) tem uma influência tão grande, sobretudo a religião católica.
Vasco — Isto que a Inês conta e também o seu contrário: como é que a mais fervorosa comunidade católica que eu já vi, com uma grande influência portuguesa, é ao mesmo tempo intensamente indiana — vivem segundo estruturas ancestrais absolutamente hindus.
A cultura portuguesa foi simplesmente incorporada
na própria cultura indiana?
Inês — Sim, mais na forma do que propriamente em coisas muito profundas. É um Portugal “Júlio Dinis”, já não existe.
Vasco —
O que descobrimos foi que as conversões foram feitas por obrigação e incentivos: na estrutura hindu a posse da terra é o mais importante e pertence à casta brâmane, a casta superior.
Os portugueses, espertos, como na Índia não resultava a política de miscigenação (uma indiana, orgulhosa da sua casta, nunca iria casar com aqueles barbudos comedores de porcos) pegaram na coisa mais sensível: a estratificação e a posse da terra. Só um católico é que pode herdar, isto é, ou os teus filhos se convertem ou não herdam! Ou seja, eles converteram-se para poderem manter exactamente tudo na mesma.Mas como até ao século XVI, Goa estava sempre a ser conquistada e invadida por todos os povos da região, os portugueses eram só mais uns — só com o tempo se aperceberam que os portugueses não iam embora. Os católicos, como é evidente, transformaram-se numa classe dominante e daí vem o sentido de superioridade cultural face aos hindus — mas na origem não foi assim.
Aquele senhor católico diz: como posso admirar os meus antepassados que ficaram e se converteram à nova religião.
Inês — Na Índia não existe a palavra religião como coisa autónoma, a religião é tudo.
É uma forma de vida, o dia-a-dia, a família.
E em Goa falar das conversões é um tema incómodo, mas eu já sabia que era essencial para perceber aquela realidade.
http://www.ciberduvidas.com/articles.php?rid=350http://www.jornalinside.com/noticias.php?nid=5166Para além de conquistar todas as cidades que considerasse com valor estratégico para o domínio português,
Afonso de Albuquerque seguiu, ao mesmo tempo, uma política de miscigenação, estimulando o casamento das indianas com os seus soldados e marinheiros, que depois ficavam a servir na administração do território.Assim, formaria uma nova geração luso-indiana que seria incapaz, no futuro, de expulsar do território a ascendência portuguesa.
http://viajandonotempo.blogs.sapo.pt/7622.htmlhttp://historia-portugal.blogspot.com/2 ... que-o.html