Caiu o governo de Santana Lopes

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papatango

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« Responder #45 em: Dezembro 03, 2004, 10:59:48 pm »
Acho que nos estamos a esquecer de uma coisa bastante importante.
Logo a seguir à saída de Durão Barroso, houve várias hipóteses para um governo com uma personalidade do PSD, como primeiro ministro que fosse reconhecidamente capaz.
Havia várias personalidades, como Manuela Ferreira Leite, por exemplo. Mas parece que Manuela Ferreira Leite não aprecia Paulo Portas e o “não apreço” é mútuo. Portanto a estabilidade estaria comprometida. Essa é a razão da solução “Santana Lopes”.

Parece que nos esquecemos que o presidente, pensando exactamente na estabilidade governativa, aceitou a ideia “Santana Lopes” exactamente porque ele era capaz de coabitar com o PP e com Paulo Portas.

Outra personalidade, não sería aceite e iniciaria uma guerra entre PSD e PP e acabaría com a coligação. Santana Lopes foiu uma forma de garantir a coligação. Mas se por um lado, garantiu a coligação PSD-PP acabou fazendo tanto disparate, que uma parte do próprio PSD deixou de apoiar Santana Lopes.

Portanto, no fim, o problema principal, reside no facto de nós, os cidadãos, não termos sido capazes de produzir uma maioria parlamentar. Há uma maioria, mas é uma maioria de coligação e, essa maioria de coligação, depende dos humores dos políticos de dois partidos que competem um com o outro por votos.

Se hoje, houvesse uma maioria de um só partido, a situação seria diferente. Aliás, há quatro meses, provavelmente Santana Lopes nunca teria sido empossado, porque o PSD, livre para escolher, sem o PP, teria optado por uma equipa diferente, em vez de ter sido encostado à parede por Santana Lopes e a sua “entourage” com a afirmação de  “Ou eu ou o demónio”.

Sinceramente se o PSD apresentar Pedro Santana Lopes, tenho dúvidas de que ultrapasse os 30% dos votos. No entanto, tudo depende de quem ganhar o concurso “Quinta das Celebridades”.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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alfsapt

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« Responder #46 em: Dezembro 04, 2004, 12:50:01 am »
Citação de: "papatango"
No entanto, tudo depende de quem ganhar o concurso “Quinta das Celebridades”.


Ora bem... o "giro" é que a brincar e a brincar quem decide as votações é quem também vota para a quinta... entre animais e celebridades de uns e dos outros as diferenças vão-se atenuando...
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
Padre Antonio Vieira
 

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Miguel

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« Responder #47 em: Dezembro 05, 2004, 04:44:44 pm »
Caros companheiros

Julgo estranho, que ainda não existe nehum partido nacionalista,no nosso pais!
pelo contrario,vejo que partidos extrema esquerda hà muitos!
sera uma doença portuguesa!

PS:se alguem formar um partido lusitano :wink:
 

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P44

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« Responder #48 em: Dezembro 05, 2004, 06:11:52 pm »
existe o PNR (Partido Nacional Renovador)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Miguel

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« Responder #49 em: Dezembro 05, 2004, 06:39:39 pm »
Citação de: "P44"
existe o PNR (Partido Nacional Renovador)

 :roll:
ja agora! qual é o endereço desse partido!

nunca ouvi falar do PNR!
 

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P44

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« Responder #50 em: Dezembro 05, 2004, 06:42:54 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Miguel

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« Responder #51 em: Dezembro 05, 2004, 06:49:45 pm »
:D  :D  :D  :D
obrigado P44
 

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fgomes

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« Responder #52 em: Dezembro 05, 2004, 07:37:55 pm »
Passados estes dias sobre a anunciada dissolução do parlamento, já se podem tirar algumas conclusões:

- Sob o ponto de vista formal é difícil encontrar razões para o presidente da República convocar eleições, pelo que devem ser razões de natureza política, que espero, o presidente venha a explicar.
- O dr. Santana Lopes não tem perfil para 1º ministro. Sendo uma elaborada construção mediática, enquanto secretário de estado ou presidente de câmara não se notava tanto a superficialidade, falta de estudo dos dossiers etc. Antes de tomar posse, a ideia peregrina de espalhar ministérios pelo País foi logo um sinal do que aí vinha, depois desde deixar de se encontrar com um chefe de estado estrangeiro, para ir a um evento de moda, a frequentar discotecas até de madrugada foi o que se viu. Como se isto não bastasse, rodeou-se de uma equipa de trapalhões que deve ter batido o recorde cometer tantos erros crassos, num curto espaço de tempo, terminando com a demissão de um ministro do seu núcleo duro, nas condições que descreve no comunicado em que anunciava a sua demissão.
- Contra todas as minhas expectativas, o dr. Portas revelou-se o melhor ministro da Defesa dos últimos 30 anos. Infelizmente para ele e para nós, isso não dá grandes dividendos eleitorais.
- O PSD com a liderança de Santana Lopes perdeu completamente o rumo. Há 15 dias não queriam coligações pré-eleitorais agora já querem. Tudo isto são sintomas que o PSD já não é um partido reformista, em militavam alguns sectores dos mais dinâmicos da sociedade portuguesa, mas está dominado por carreiristas, vulgo "boys".
- Vamos assistir a uma campanha eleitoral do estilo, quem lava mais branco, evitando discutir tudo o que é realmente importante, como as razões da nossa estagnação económica, a justiça, a defesa e segurança, pois os portugueses não querem ouvir falar em coisas desagradáveis.

Será que estamos condenados a viver numa apagada e vil tristeza ?
 

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fgomes

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« Responder #53 em: Dezembro 05, 2004, 11:05:23 pm »
Com as eleições à vista, começam-se a traçar cenários, vejam só este governo, no caso do PS não conseguir maioria absoluta e ser obrigado a coligar-se com o Bloco de Esquerda e PC:

http://picuinhas.blogspot.com/2004/11/os-nomes-da-rosa.html

Um verdadeiro cenário de terror ! :amazing:
 

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Miguel

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« Responder #54 em: Dezembro 06, 2004, 05:41:27 pm »
:wink:
 

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Luso

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« Responder #55 em: Dezembro 06, 2004, 09:14:15 pm »
Sem querer armar-me em Zandinga, a AD (se for em frente) vai apanhar uma banhada e pêras.
Eu vou votar em branco porque qualquer que seja a camarilha estamos bem tramados.
Em branco ou no BE!  :Cavaleria1:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Lynx

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« Responder #56 em: Dezembro 06, 2004, 09:25:36 pm »
Citação de: "Luso"
Em branco ou no BE!  


No BE não !  :D

Até já estou a ver P.U.F.D (Partido de Utilizadores do Forum Defesa)  :D
 

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Miguel

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« Responder #57 em: Dezembro 06, 2004, 09:31:47 pm »
Citação de: "Lynx"
Citação de: "Luso"
Em branco ou no BE!  

No BE não !  :D

Até já estou a ver P.U.F.D (Partido de Utilizadores do Forum Defesa)  :wink: )
 

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Tiger22

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« Responder #58 em: Dezembro 07, 2004, 12:00:38 am »
DD 2004/12/06

Citar
Santana Lopes tece duras críticas a Sampaio e ataca PS.

Num final de sessão parlamentar que se adivinhava polémico, o primeiro-ministro Santana Lopes criticou a actuação do Presidente da República, Jorge Sampaio, e atacou o líder socialista, José Sócrates, confirmando-se que a pré-campanha eleitoral está instituída.



«Este não é o verdadeiro debate do Orçamento do Estado. Esse será travado no final da próxima legislatura», disse Santana Lopes, abandonando desde cedo a discussão sobre o documento e respondendo – de improviso – às acusações de Sócrates e relembrando a actuação de Jorge Sampaio.
Numa mensagem direccionada a Sampaio, Santana reafirmou que na véspera da dissolução a mesmo não foi nunca colocada como hipótese por Belém, falando do que denominou de «um regime de dois pesos e duas medidas».

«As acções que este governo tomou são as medidas tomadas pelo governo anterior», sublinhando que «as coisas não foram feitas como deve ser» pelo Presidente da República.

Para Santana Lopes, a quebra de confiança no Governo por parte de Sampaio deveu-se à acção de «centrais de intoxicação constantes».

Já respondendo ao ataques inseridos no discurso de José Sócrates, Santana reforçou a ideia de que ele e o seu Executivo estão prontos «para lutar e assumir responsabilidades pelo o que de bem e mal se passou.»

Denunciando o que denominou de «novo-riquismo antecipado do Fórum Novas Fronteiras», acusou ainda certos empresários – «que não querem uma política séria de combate à fraude e evasão fiscal» – de se colarem a certos partidos e fugir as suas responsabilidades. «Fica para a história que quem se diz socialista não se preocupa com a função pública», disse, acrescentando que, por exemplo, a taxa de desemprego no governo PS foi maior do que a actual.

Tecendo elogios a Paulo Portas, Santana manifestou a sua confiança na vitória nas legislativas de 2005. «Quero dizer aos parceiros de coligação que me honro da aliança que foi feita», afirmou, deixando um recado final a Sócrates: «Quem não se sente não é filho de boa gente.»

Antes de Santana Lopes, o social-democrata Guilherme Silva falou no hemiciclo, sendo o autor do discurso mais inflamado versando Jorge Sampaio, a quem acusou de práticas de «manifesto abuso dos poderes presidenciais.»

Guilherme Silva sublinhou que o «PS deixou a economia portuguesa paralisada». «Nós não abandonámos as responsabilidades e estamos a aprovar o orçamento», frisando que no passado os socialistas deixaram as finanças públicas «num estado calamitoso» e «fugiram».

Numa nova indirecta a Sampaio sustentou que «a partir de agora nenhum governo pode estar confiante do final do seu mandato», comparando a acção de Sampaio com a posição de Ramalho Eanes no tempo da AD.

«Não nos conformamos com este espezinhar do parlamento», disse, deixando ainda largos elogios à conduta de Mota Amaral, segunda figura do Estado.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Centurião

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« Responder #59 em: Dezembro 07, 2004, 12:18:22 am »
Citação de: "luso"
Sem querer armar-me em Zandinga, a AD (se for em frente) vai apanhar uma banhada e pêras.


Não tenho tantas certezas. Acho que vamos assistir a uma grande surpresa.
As pessoas, eu e os meus colegas de armas já repararam que isto foi tudo uma manobra do presidente para tentar colocar lá os seus “amiguinhos”.
Desde esse momento deixou de ser para mim e os meus colegas o nosso comandante em chefe. Pôs os interesses do seu partido acima dos do seu país.
Fico-me por aqui para não falar demais…