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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: hellraiser em Fevereiro 11, 2007, 08:13:14 pm

Título: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: hellraiser em Fevereiro 11, 2007, 08:13:14 pm
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Em estado de choque, com equimoses e nódoas negras por todo o corpo, incluindo na cabeça, resultado de pontapés e coronhadas, aparentando estar na iminência de um ataque cardíaco ou um AVC. Foi assim que, no dia 19 de Novembro do ano passado, chegou às urgências do Hospital de Barcelos a aspirante Cláudia Almeida Brito, vítima de uma praxe violenta na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra, onde entrara 12 dias antes como a primeira mulher oficial daquela arma.

“Tinha marcas de violência, muitas equimoses e disse-me que lhe tinham batido em tudo o que era sítio, incluindo na cabeça”, afirmou ao Expresso o médico que a assistiu na altura. O diagnóstico era de tal ordem que ele recomendou a sua transferência imediata para o hospital de Braga, com indicação de acompanhamento psiquiátrico e que lhe fossem feitos exames toxicológicos e ginecológicos. Do ponto de vista clínico, poderia estar à beira do suicídio.

Segundo testemunhas oculares, Cláudia só pedia: “Não me batas”. Não reconhecia ninguém - nem o próprio marido, também ele oficial de Infantaria, que a acompanhou ao hospital. O seu estado físico e psíquico levou os médicos de Braga a apresentar queixa ao Ministério Público, tendo sido ouvida por uma comissária da Polícia, chamada ao hospital.

O calvário da jovem Cláudia Brito começou a 7 de Novembro, dia do exercício de baptismo para os 22 jovens aspirantes de Infantaria, que assim iniciaram o seu ano de tirocínio, o estágio na Escola Prática, depois de quatro anos de Academia Militar. E terá sido logo nesse dia que se produziram os maiores abusos. O exercício, que durou 24 horas e incluiu várias provas na Tapada de Mafra e na Foz do Lisandro, terminou já madrugada alta, com os jovens de olhos vendados e mãos atadas.

“Ela foi enfiada num camião, deitada no chão, apalpada de toda a maneira, pontapeada e batida, sem sequer se poder defender, ao mesmo tempo que a insultavam chamando-lhe ‘puta’ e ameaçando-a de males maiores”, conta uma fonte, a quem ela relatou o que se passara.

Durante os 12 dias que passou no quartel, as praxes e ameaças foram diárias: bichos na cama, comida imprópria, o cabelo empastado com massa consistente. À noite, tinha medo de ficar sozinha no quarto. Aparentemente, tudo aguentou, tal como os outros camaradas, a quem ela sempre se refere como “os irmãos”.

Em casa, onde passou o primeiro fim-de-semana e notaram o seu nervosismo, dizia “que estava bem”, apesar de estar sempre a tremer. “É dos nervos”, afirmava. Sobre o que se passava no quartel, nada dizia: “Está tudo normal”, relata a mesma fonte.

Na terça-feira seguinte, de regresso a Mafra, fere um joelho durante um exercício de salto sobre uma vala, afecção considerada suficientemente grave para um internamento de três dias na enfermaria do quartel. Regressa a casa no fim-de-semana de muletas e é nesse domingo à tarde que quebra, presumivelmente por receio de regressar ao quartel.

A aspirante acaba por ser internada no Hospital Militar do Porto, depois em Lisboa e na própria enfermaria da EPI, com baixa psiquiátrica. Só a 12 de Janeiro é colocada na Academia Militar, depois de ter sido chumbada por faltas no tirocínio.

A mesma Academia, onde, nos primeiros anos do curso, disse uma fonte contactada pelo Expresso, teria sido avisada por colegas mais velhos de que não iria aguentar a Infantaria: “Quebramos-te os queixos”, foi a ameaça.


Exagero jornalístico ou então algo vai de muito mal nas nossas forças armadas...
Título:
Enviado por: lurker em Fevereiro 11, 2007, 08:37:15 pm
Não digo nas forças armadas em geral -- tenho uma prima no exército e não teve problemas destes.
Mas admito que nalgumas instituições, aconteçam exageros com mais ou menos frequência. O mesmo se passa no ensino superior, se bem que ai não costuma envolver violência fisica.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Fevereiro 11, 2007, 08:41:40 pm
Exagero jornalístico.
Existem exajeros, e eu passei por eles :wink:
Título:
Enviado por: Yosy em Fevereiro 12, 2007, 12:27:06 am
Citação de: "ricardonunes"
Exagero jornalístico.
Existem exajeros, e eu passei por eles :wink:


Concordo, mas anda pelas FAs muitos tipos meio malucos. Não me admirava se este fosse o caso.
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Fevereiro 12, 2007, 12:28:27 am
Notepad, condição física não é só resistência ou só força.
É a união de todos esses factores. Ora se ele nem 15 conseguiu fazer claramente em termos de força dos membros superiores é fraco. (Para uma comparação eu tenho 18 anos e sem nunca ter ido ao ginásio nem nada disso, com 80kg de peso encho bem feitas mais de 70 e não conheço ninguém que se tenha alistado sem conseguir fazer pelo menos 35.)
Os testes físicos servem mesmo para isto, separar o trigo do joio e ver quem aguentará a recruta de forma satisfatória...
Sei de gente que teve de correr o teste de Cooper de pé torcido depois do salto do muro, outros com uma ressaca monumental e outro ainda com um corte profundo num joelho depois também de uma queda... tentaram até ao fim e passaram. Por isso "E se um tipo tive com um lesão?... vai logo como inapto." não é bem verdade.

Quanto ao tópico...
Se tal for verdade é sem dúvida vergonhoso para a instituição militar e as Forças Armadas no geral. Contudo, parece-me bastante que se trata de um caso de exagero jornalístico.
Mas como de "lá dentro" nada sei, remeto para quem sabe :P só a minha opinião...

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 12, 2007, 10:16:06 pm
Citar
e tal for verdade é sem dúvida vergonhoso para a instituição militar e as Forças Armadas no geral. Contudo, parece-me bastante que se trata de um caso de exagero jornalístico.
Mas como de "lá dentro" nada sei, remeto para quem sabe  só a minha opinião...


Pelo que ouvi de quem entrou na Academia Militar há uns 3 anos, existem realmente algumas situações a roçar o inadmissível. No entanto o que está acima ultrapassa o que me foi descrito.
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 12, 2007, 11:37:29 pm
Provavelmente, tratou-se de uma reação de algum individuo ou grupo de individuos em Máfra, que por alguma razão não gosta de mulheres... :roll:

As práticas referidas no texto, não indicam nada de realmente fora do que muitas vezes se considera comum.

Creio que para ter havido queixa, a situação deve ter sido bastante mais grave que a que aparece descrita no texto.

Infelizmente o problema continua, nas forças armadas em Portugal e nas forças de outros países (nós não somos caso único).

Isto tem a ver com as fronteiras da resistência humana, e a tradição "Espartana" de treinar os soldados que muitas forças gostam de ter como referência.

Nunca se conseguirá traçar a fronteira entre o que é demasiado e o que é aceitavel por ser necessário.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 19, 2007, 07:47:42 pm
O mais estranho disto tudo é que ainda há pouco tempo tivemos a primeira mulher Sargento QP da Arma de Infantaria, que como tal passou pela EPI e que foi a melhor do curso. Neste momento está a dar instrução na EPI. Então eles deixam mulheres da classe de Sargentos e não de Oficiais?!  :?
Não sei o que aconteceu, mas espero pelo bem do Exército Português que tudo se esclareça!
Título:
Enviado por: [Mumia_] em Fevereiro 21, 2007, 10:24:51 pm
estarei eu errado ou sera que este tema sofreu o uso do "lapis azul"  :wink:
quanto a parte das provas da recruta... infelizmente nao podemos ser so bons numa coisa... se possivel... bons num pouco de tudo... e fazer 15?????? desculpa mas deve ser o minimo... nao digo que no exercito no haja quem nao as faz e esta la.. ha.. mas isso pronto seria entrar por outro assunto... :wink:
Título:
Enviado por: Lightning em Fevereiro 21, 2007, 10:36:01 pm
Citação de: "[Mumia_
"]estarei eu errado ou sera que este tema sofreu o uso do "lapis azul"  :wink:
quanto a parte das provas da recruta... infelizmente nao podemos ser so bons numa coisa... se possivel... bons num pouco de tudo... e fazer 15?????? desculpa mas deve ser o minimo... nao digo que no exercito no haja quem nao as faz e esta la.. ha.. mas isso pronto seria entrar por outro assunto... :wink:


Para a Força Aérea todos os homens (PAs, mecanicos, secretariado, todos) tem k fazer 23 flexões de braços no chão, 35 abdominais, e correr 2.400m em de 12 minutos, é por essa ordem e as provas são todas eliminatorias, não vale a pena fazer 100 flexões se depois só faz 30 abdominais, tem k fazer só esses valores, para as mulheres é diferente não me lembro bem, acho que é 16 flexões, 20 e tal abdominais e tem 13 ou 14 minutos para correr.

Mas o que quero dizer é que as força aérea não quer super corredores, ou super outra coisa qualquer, quer pessoas relativamente normais e essas provas são as que eles acham que uma pessoa normal deve fazer.
Título:
Enviado por: papoila em Maio 02, 2009, 02:34:42 am
Eu estava no serviço de urgência qd a nossa aspirante entrou lá...uma...dois e mais vezes....estava e vi em que condições chegava...e vi outros do tirocinio e do cfs a chegar e nem comparação havia...
E também estava lá qd foi evacuada e à sua espera estava o Director do HMP que sem a deixar ser observada, se fechou num gabinete com ela e a pressionou para desistir....ela mesmo assim não o fez e nesse mesmo dia foi internada no serviço de medicina...contra a indicação dos médicos de serviço, apenas e só pq o director tinha recebido um pedido...daí saiu chumbada do tirocinio..
Título:
Enviado por: Camuflage em Maio 02, 2009, 02:40:05 pm
Citação de: "lurker"
Não digo nas forças armadas em geral -- tenho uma prima no exército e não teve problemas destes.
Mas admito que nalgumas instituições, aconteçam exageros com mais ou menos frequência. O mesmo se passa no ensino superior, se bem que ai não costuma envolver violência fisica.


A comparação é um pouco ingénua, no ensino superior só se submete a praxes quem quer, mesmo quem não vá, acaba por fazer amigos mais tarde ou mais cedo e vai a festas e tudo mais. No caso dos abusos pode facilmente apresentar queixa na policia ou ir ainda mais longe. Não me parece que dentro das FA seja fácil dizer que não ou apresentar queixa, sem que isso acarrete severas consequências.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 02, 2009, 02:53:36 pm
Isto já se passou à algum tempo; alguém sabe o que aconteceu à militar em questão? É que da última vez que li algo sobre ela, estava a tentar ir para outra Arma.
Título: resposta
Enviado por: fabio_lopes em Maio 03, 2009, 06:06:52 pm
boas tudo bem que foi um pouco duro...mas a uns tempos atras li por ai que tiveram de reduzir a intensidade de curso de tropa especial lembro me no tempo do meu pai fazer tropa que ate pessoas morriam na instruçao...pode ser maxismo mas se acontece se a um homem sabem o que dizia? É FRACO
Título:
Enviado por: antoninho em Maio 03, 2009, 09:44:28 pm
Não esquecer o que faz parte da instrução com violência gratuita, quando um grupo tira prazer com tal facto, acabou a instrução e começou algo que deve ser punido sem lamechas, aliás o difícil muitas das vezes não é o esforço físico mas o psicológico, aí é que muitos quebram e o engraçado é que a maior parte das situações não envolve porrada gratuita...mas mental.....
Título:
Enviado por: ZADOK em Maio 03, 2009, 10:30:07 pm
Esperemos que sea un caso aislado..  :?
Título:
Enviado por: Instrutor em Maio 04, 2009, 11:20:14 am
Eu tambem fui praxado violentamente quando cheguei ao 2º Bimec.... os meus camaradas sabiam que nao gostava de cerveja na altura.... e embebedaram-me com cerca de 20 sumois de laranja e ananas alternados.... no fim ja pedia era bejeca tal era o gas a subir-me a cabeça..... uma noite a vomitar 4 anos de alta camaradagem e amizade para a vida :lol:  :lol:  muitas das vezes os media tem tendencia a exagerar no que dizem e muitas vezes erradamente..... qualquer dia voltam-se para as praxes academicas.
Título: Re: resposta
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 05, 2009, 11:02:14 am
Citação de: "fabio_lopes"
boas tudo bem que foi um pouco duro...mas a uns tempos atras li por ai que tiveram de reduzir a intensidade de curso de tropa especial lembro me no tempo do meu pai fazer tropa que ate pessoas morriam na instruçao...pode ser maxismo mas se acontece se a um homem sabem o que dizia? É FRACO


Os Comandos ficaram muito conhecidos por morrerem militares nos cursos. Lembro-me que o Vale Escuro foi proibido nos Pára-quedistas depois de 2 recrutas terem morrido, actualmente a mesma prova já não se faz na recruta mas no Curso de Combate.

As praxes por si não são más, é uma forma de inserir e integrar o militar na vida militar e/ou na sua respectiva unidade. Eu pessoalmente até tive umas praxes porreiras, feitas com cabeça, tronco e membros. Fui praxado várias vezes ao longo da minha "estadia" na vida militar e com algumas excepções não fiquei com grandes mazelas.
Título:
Enviado por: Instrutor em Maio 05, 2009, 11:12:50 am
Em todo o lado existem excessos que quando poe em risco a propria vida da pessoa é necessário punir, existem muitas formas de praxes desde psicologicas a fisicas, é preciso é ser moderado e saber quando existem limites....... estamos a formar camaradas nao estamos a combater o inimigo. Muitas vezes até o inimigo tem mais direitos que certos camaradas, nada de devaneios nem diarreias mentais.... as praxes servem para inserir os camaradas na vida militar, ja os treinos são outras coisas dados por instrutores altamente profissionais se nao o sao deveriam ser, motivadores e acima de tudo respeitadores sobre a dignidade humana. Como sabem eu fui instrutor de M113 para alem de operacional em CATMEC e PELREC, mas nomeadamente quanto a instrução dos militares condutores de VBTP M113 eu nao precisava de humilhar os meus homens o respeito mutuo e a confiança é fundamental nestas situaçoes, muitos camaradas meus instrutores observam o meu método de trabalha e vinham-me perguntar como é que eu conseguia o respeito e ao mesmo tempo a amizade dos meus "subordinados" eu dizia-lhe que a tropa serve para formar seres humanos não para formar maquinas assassinas, com isto quero dizer que nao são necessários berros, nomes como filhos da p..... nalguma GAM, a que saber diferenciar as coisas...... não é por acaso e nao me quero gabar longe de mim que durante o tempo que fui instrutor de M113 no 2º BIMEC a minha escolinha assim designada as secçoes dos pelotoes de instruçlão em 5 cursos que participei em 4 consegui de forma geral os melhores resultados dessa companhia.... nao foi por acaso que quando era 2º Furriel estive nesse posto 1 ano por falta do 12º Ano mais tarde e na tropa acabei como aqui tb ja disse ja tinha dois louvores dados pelo meu Comandante de Batalhao.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 05, 2009, 11:43:05 am
Li há muitos anos um artigo no Jornal do Exército de um Tenente (?), que foi aos EUA fazer o "Tirocinio" que eles fazem. Havia muitas diferenças no Tirocinio feito na EPI:
- Havia mais meios à disposição dos instruendos;
- Os Instruendos não davam instrução (algo que é parte integrante da formação feita na EPI);
- Instrução dada de uma forma positiva em vez de negativa.

Ou seja, se um militar em questão não estava a dar o rendimento requerido, eles não começavam com o velho: - Ó sua amélia, mas que $%%& estás a fazer?...

Era mais na base do diálogo, ou seja, mantendo a pressão (até porque eles fazem exercicios com fogo real como nós não fazemos em Portugal), tentavam criar uma empatia com os instruendos. O mais próximo possível que eu tive a isso foi durante o Curso de Pára-quedismo, onde a pressão psicológica exercida pelos nossos instrutores diminui significativamente.

Esse mesmo oficial defendia o mesmo sistema em Portugal, com um reparo, que o Tirocinio tirado na EPI era mais completo e que qualquer Oficial QP de Infantaria Português tem obrigação de tirar bons resultados nesse curso.
Título:
Enviado por: Instrutor em Maio 05, 2009, 11:55:38 am
Cabeça de Martelo, mas é mesmo isso que se pertender, crianar empatia com os subordinados, claro mantendo a distancia ate que pelo posto que se tem, mas as coisas podem ser feitas e pode-se tirar o maximo de rendimento sem humilhar...... alias uma pessoa quando é humilhada o que nos podemos tirar dessa pessoa não é o aumento de rendimento, mas sim revolta, amargura e desanimo......... Sei que é uma hipotese remota mas mais real em missoes de paz...... Eu preferia um milhao de vezes ir para a guerra ou missoes de manutenção de paz com "subordinados" amigos que confie e que saiba que poderiamos estar protegidos, do que com "subordinados" que nao nos gramam, rovoltosos pelo que lhes fizemos na recruta/especialização, estando-se a marimbar se a missao corre bem ou nao, sem a mínima preocupaçao se levamos algum balazio ou nao. Com isto nao quero dizer que apartir de agora os instrutores devam passar a mao pelo pelo dos instruendos ou recrutas nada disso, com isto quero alertar que existem muitas formas de levar os instruendos ao máximo das suas capacidades, mas sem humilhar nem maltratar.
O incentivo e a coragem são palavras de ordem hoje em dia.......... as palavras obscenas em nada dignificam o instrutor nem o próprio Exercito.
Título:
Enviado por: leny em Julho 27, 2009, 12:01:33 am
Tenho conhecimeto pessoal deste caso, e em nada a impressa exagerou, infelismente...mais não adianto
Título:
Enviado por: voador em Julho 27, 2009, 05:16:09 pm
A praxe é saudavel se for feita entre militares da mesma classe.

Não confundir instrução dura com violencia ou praxe nos cursos,

E também não confundir acção psicológica com praxe.

Do que li parece me que há mta gente com conceitos errados.

Não há mal nenhum em um instruendo (agora diz-se formando - é mais humano e moderno lol) comer um gafanhoto vivo numa instrução de sobrevivencia

Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol

Já agora, eu sou graduado e orgulho me dos meus subordinados e farei tudo por eles (dever de tutela). Mas a instrução deve ser o mais possivel dura. Claro que não se pode matar o militar na instrução e treino, mas há que saber resistir a dor, fome, frio, cansaço, sono e mesmo assim cumprir a missão.
Título:
Enviado por: Ranger Rebelde em Julho 27, 2009, 07:36:08 pm
Citação de: "voador"
Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol

E essa é que é a verdade da questão... c34x
Título:
Enviado por: Linkxx em Julho 30, 2009, 03:28:42 pm
Bem , não compreendo ao ler os comentários deste tópico fico com ideia de que as forças armadas tem "politicas" pouco coerentes , sempre pensei que nas instruções não poderiam usar "violência" , claro que tinha conhecimento de que levar umas porradas de vez em quando faria parte , mas ao que parece é com muita frequência e abusiva .. Não era suposto sermos todos " camaradas" e lutar lado a lado pelas mesmas causas ? Pela pátria , pela nação ? Qual é o intuito dessas praxes violentas ?
Título:
Enviado por: Jimy em Julho 30, 2009, 10:34:10 pm
Citação de: "Linkxx"
Bem , não compreendo ao ler os comentários deste tópico fico com ideia de que as forças armadas tem "politicas" pouco coerentes , sempre pensei que nas instruções não poderiam usar "violência" , claro que tinha conhecimento de que levar umas porradas de vez em quando faria parte , mas ao que parece é com muita frequência e abusiva .. Não era suposto sermos todos " camaradas" e lutar lado a lado pelas mesmas causas ? Pela pátria , pela nação ? Qual é o intuito dessas praxes violentas ?


Sim normalmente a violencia é algo a evitar, mas ha sempre os que fogem á regra como tudo na vida, no que diz respeito ás praxes penso que normalmente o pessoal nao tem vontade de magoar ninguem por vezes os que lá chegam é que dizem respostas menos proprias para com os mais velhos!
Lembro-me que muita gente veem fresquinhos da recruta e nao tem a noçao da "antiguidade" no exercito que é algo a respeitar.
Título:
Enviado por: lazaro em Julho 31, 2009, 01:00:05 pm
Citação de: "Ranger Rebelde"
Citação de: "voador"
Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol
E essa é que é a verdade da questão... c34x


Se as aulas forem todas em power point até pode ser bastante duro. Já viram a resistência que é necessária para passar os dias inteiros sentado a ver passar slides? ... é duro ...  :D
Título:
Enviado por: Linkxx em Julho 31, 2009, 04:32:09 pm
Citação de: "voador"
A praxe é saudavel se for feita entre militares da mesma classe.

Não confundir instrução dura com violencia ou praxe nos cursos,

E também não confundir acção psicológica com praxe.

Do que li parece me que há mta gente com conceitos errados.

Não há mal nenhum em um instruendo (agora diz-se formando - é mais humano e moderno lol) comer um gafanhoto vivo numa instrução de sobrevivencia

Actualmente a juventude já tem muito menos rusticidade e com os pruridos que eu li, parece que o melhor é dar as aulas todas em power point.

lol

Já agora, eu sou graduado e orgulho me dos meus subordinados e farei tudo por eles (dever de tutela). Mas a instrução deve ser o mais possivel dura. Claro que não se pode matar o militar na instrução e treino, mas há que saber resistir a dor, fome, frio, cansaço, sono e mesmo assim cumprir a missão.


Isso de comer o gafanhoto .. Não pode levar molho de tomate por cima ? :P Agora asério , não é um "menu" muito sugestivo , mas se tiver de ser , que seja , tal como numa situação de sobrevivência , não podemos estar a escolher os alimentos , temos de nos alimentar do que a terra tiver para nos oferecer.Cumprimentos
Título:
Enviado por: Portucale em Julho 31, 2009, 06:25:13 pm
As praxes são um erro, não têm utilidade nenhuma.
Só servem para humilhar os mais novos e para marcar posição dos mais velhos.
O que para alguns tem piada para muitos outros é um momento de puro desprezo e de mau gosto.
Já para não falar nas consequências que daí vêm, mau relacionamento e falta de confiança com receio das reacções futuras.
Toda e qualquer praxe deve ser proibida e devidamente punida, não fomenta a verdadeira essência militar, ou seja, a camaradagem.

A energia dedicada a esses momentos deve ser investida no conhecimento dos novos camaradas, em saber se eles estão bem preparados e treinados, perceber se podemos contar com eles para o futuro.
Não confundir testar as capacidades dos novos elementos com praxes que não servem para nada.
Título:
Enviado por: lazaro em Julho 31, 2009, 06:39:42 pm
Citação de: "Portucale"
As praxes são um erro, não têm utilidade nenhuma.
Só servem para humilhar os mais novos e para marcar posição dos mais velhos.
O que para alguns tem piada para muitos outros é um momento de puro desprezo e de mau gosto.
Já para não falar nas consequências que daí vêm, mau relacionamento e falta de confiança com receio das reacções futuras.
Toda e qualquer praxe deve ser proibida e devidamente punida, não fomenta a verdadeira essência militar, ou seja, a camaradagem.

A energia dedicada a esses momentos deve ser investida no conhecimento dos novos camaradas, em saber se eles estão bem preparados e treinados, perceber se podemos contar com eles para o futuro.
Não confundir testar as capacidades dos novos elementos com praxes que não servem para nada.


Subscrevo tudo.

A Praxe para resultar devia ser feita por alguns indivíduos escolhidos pelo seu extraordinário carácter e personalidade, algo a que geralmente pessoas deste nível não se dedicam.
... eu já me dediquei a estas actividades  :lol:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Lightning em Outubro 11, 2010, 03:48:00 pm
Nova mulher em Infantaria

http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/viewer.aspx (http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/viewer.aspx)
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 11, 2010, 04:15:54 pm
Onde está o artigo?
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Lightning em Outubro 11, 2010, 09:32:03 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Onde está o artigo?

Pois é o link não leva ao artigo, só há uma coisa a fazer, é ir ao google e escrever "nova mulher em infantaria", é logo o primeiro link.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Outubro 11, 2010, 09:39:09 pm
Mas quê Oficial? É que das duas do meu CFS ambas acabaram o curso.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: sergio21699 em Outubro 11, 2010, 09:40:10 pm
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Nova mulher em Infantaria
Três anos depois da primeira mulher oficial de Infantaria ter sido constrangida a abandonar o Exército na sequência de praxes violentas na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra, foi admitida uma nova aspirante. Andreia Freitas é uma entre os 21 aspirantes, que iniciarão o estágio na EPI, depois de quatro anos na Academia Militar. No caso da anterior aspirante, terá havido abusos que correram mal, mas nada foi dado como provado em tribunal. Infantaria é considerada a “mais masculina” das armas do Exército.

http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/viewer.aspx
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Lightning em Outubro 11, 2010, 09:46:55 pm
Citação de: "sergio21699"
Citar
Nova mulher em Infantaria
Três anos depois da primeira mulher oficial de Infantaria ter sido constrangida a abandonar o Exército na sequência de praxes violentas na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra, foi admitida uma nova aspirante. Andreia Freitas é uma entre os 21 aspirantes, que iniciarão o estágio na EPI, depois de quatro anos na Academia Militar. No caso da anterior aspirante, terá havido abusos que correram mal, mas nada foi dado como provado em tribunal. Infantaria é considerada a “mais masculina” das armas do Exército.

http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/viewer.aspx

Bem feito Sérgio :mrgreen: .
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 12, 2010, 01:07:21 am
"Nada foi dado como provado em Tribunal"
Acho que vou vomitar!!!!
Uma pessoa chega a um hospital cheia de sinais de violência gratuita, completamente desfeita, e com problemas psicológicos, e não se prova nada em Tribunal. Maravilha. Devem ter sido fantasmas a abusar da mulher, só pode!

Espero que esta apanhe pessoas mais civilizadas durante o seu final de curso, pessoas normais de preferência.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: sergio21699 em Outubro 12, 2010, 02:02:02 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "sergio21699"
Citar
Nova mulher em Infantaria
Três anos depois da primeira mulher oficial de Infantaria ter sido constrangida a abandonar o Exército na sequência de praxes violentas na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra, foi admitida uma nova aspirante. Andreia Freitas é uma entre os 21 aspirantes, que iniciarão o estágio na EPI, depois de quatro anos na Academia Militar. No caso da anterior aspirante, terá havido abusos que correram mal, mas nada foi dado como provado em tribunal. Infantaria é considerada a “mais masculina” das armas do Exército.

http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/viewer.aspx

Bem feito Sérgio :mrgreen: .

Ás vezes acontece  :G-beer2:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 12, 2010, 08:44:46 pm
Pelo que sabia das limitações fisiologicas (das quais o pessoal que não quer mulheres na infanaria se aproveita) das mulheres (todos os meses têm um periodo em que estão especialmente vulneraveis a esforços fisicos pesados e a pressões psicologicas (a não ser que tomem a pilula)), pensaria que nenhuma conseguiria passar o crivo.
So a dizer, granda mulher. E espero que se torne uma boa oficial deste exercito.
Agora só falta uma aguentar 3 a 6 meses a controlar a menstruação e a ser tratada e avaliada igualzinha aos homens num curso tipo Comandos ou OE (coisa que não acredito que seja possivel (exepto em holywood)), e que não se preocupe com maselas futuras quer na sua fertilidade, quer no risco de cancro da mama (a razão dada para as mulheres no exercito regular não executarem barras).
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 12, 2010, 10:32:45 pm
tyr

Você é mulher?
Alguma vez teve menstruação?
Já que é assim tão especialista em mulheres, diga-me no que é que a menstruação impede a mulher de fazer o que quer que seja, porque eu sou mulher há muitos anos e nunca descobri uma única coisa que a menstruação me impedisse de fazer. Talvez você me possa elucidar. Também deve achar que as mulheres são todas iguais e que os homens também não têm ciclos hormonais. Se não sabe, passa a saber que têm, a diferença é que você não sangra, logo não tem como dizer em que fase do ciclo está a menos que atente aos sintomas ao longo de vários anos.

Vai também ter que me dizer onde é que barras causa cancro da mama e quem foi a esperteza que lhe disse isso. Durante a minha vida de desportista fiz barras e até agora estou saudável, bem como aposto outras milhares de mulheres pelo mundo fora. Então coitados também dos homens, já que a maioria das pessoas que fazem muitas barras são homens, estariam todos por aí a morrer de cancro da mama (para quem não sabe, homem também pode ter cancro da mama).
E que mazelas temos nós na nossa fertilidade que as Forças Armadas possam causar, juro que não conheço nenhuma. No entanto os homens caírem e andarem com os testículos a roçar em obstáculos decorrentes de provas físicas e outras e a levarem pontapés é capaz de ser bem mais perigoso para a sua fertilidade que para a de uma mulher.

Se você não sabe, passa também a saber que em muitos países há mulheres em tropas especiais e fazem tudo IGUAL, sim, caso isso não caiba na sua cabecinha, IGUAL aos homens e são avaliadas da mesma maneira, eu já o vi e conheço quem as conheça. Desde os Fuzileiros, aos Para-quedistas, aos Comandos, há lá mulheres e nunca ouvi queixas delas. É Hollywood por acaso? Hollywood é este país e vê-se cada vez mais para onde se encaminha.

Por essa mentalidade mesquinha é que Portugal continua a ser um país atrasado da vida e é por essa mentalidade mesquinha que aquela primeira mulher quase a ser Oficial foi espancada como os seus camaradas não foram. Devem achar que as mulheres portugueses são piores que as mulheres dos outros países.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: corapa em Outubro 12, 2010, 11:00:14 pm
Em relação há existência de mulheres em infantaria, nos 28º, 32º, 34º,36º e 37º Cursos de Formação de Sargentos de Infantaria do QP há mulheres.
Está actualmente uma a frequentar o 38º CFS

Citar
Se você não sabe, passa também a saber que em muitos países há mulheres em tropas especiais e fazem tudo IGUAL, sim, caso isso não caiba na sua cabecinha, IGUAL aos homens e são avaliadas da mesma maneira, eu já o vi e conheço quem as conheça. Desde os Fuzileiros, aos Para-quedistas, aos Comandos, há lá mulheres e nunca ouvi queixas delas. É Hollywood por acaso? Hollywood é este país e vê-se cada vez mais para onde se encaminha.

Cara Malina,
Não estando em causa o que conseguem ou não fazer, que há mulheres nos paraquedistas, não há duvidas, mas desconheço que haja mullheres em unidades de comandos ou fuzileiros, por isso esclareça-me e diga em que pais é que isso acontece.

Cumps
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Outubro 12, 2010, 11:02:08 pm
Citação de: "Malina"
diga-me no que é que a menstruação impede a mulher de fazer o que quer que seja,

Eu conheço o caso de uma militar que no mato desmaiava sem razão, pensávamos que fosse do cansaço ou do calor sei  lá... Uma vez desmaiou a dar a ordem de operações. Era do período.

Citar
Vai também ter que me dizer onde é que barras causa cancro da mama e quem foi a esperteza que lhe disse isso.

Tal como o Tyr disse, a razão dada para as mulheres no exercito regular não executarem barras , essa para mim também é nova, mas não sei a razão pela qual não é recomendável elas fazerem barras.

Citar
Se você não sabe, passa também a saber que em muitos países há mulheres em tropas especiais e fazem tudo IGUAL, sim, caso isso não caiba na sua cabecinha, IGUAL aos homens e são avaliadas da mesma maneira, eu já o vi e conheço quem as conheça.
Onde?
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Por essa mentalidade mesquinha é que Portugal continua a ser um país atrasado da vida

Atrasado e onde mulheres continuam a ser avaliadas de forma diferente dos homens acabando estes por ser prejudicados.

Citar
e é por essa mentalidade mesquinha que aquela primeira mulher quase a ser Oficial foi espancada como os seus camaradas não foram.

Foi também por causa de whisky e vinho a mais. E será preciso lembrar o meu camarada que faleceu no CFS de Infantaria?
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 12, 2010, 11:45:38 pm
corapa no 28 não houve nenhuma mulher infante, mas no 27 houve[ram] duas (e não vou explicar detalhes, pois isto é lido por qualquer pessoa).
Eu pessoalmente conheço uma militar que foi levada a desistir da Academia Militar, em grande parte derivada à menstruação e ao aperto a nivel de instrução que levavam na altura da mesma (não esquecer que o curso da AM são 4 anos mais 1), e a psicologia tambem entra aqui.
A nivel das barras, eu nunca acreditei muito (sempre achei que fosse uma desculpa), mas ja varias mulheres (de varias armas e serviços e quer da classe de oficiais, quer da classe de sargentos) mo disseram (disseram me que pode provocar nodulos  entre a mama e o musculo, se é verdade ou não, não sei). eu não sou medico, nem enfermeiro para o refutar.
Não existe nenhuma mulher numa tropa especial com avaliação igual, condições iguais e com o nivel de existencia dos comandos em qualquer pais que eu conheça.
Sei que muitas forças de elite de muitos paises têm mulheres (inclusive os nossos paras), mas nunca são tratadas da mesma forma que os homens (as provas fisicas são sempre mais faceis).

No meu curso houveram em algumas avaliações fisicas varias mulheres a tirar 20, que pela tabela masculina tiravam era uma grande negativa, e nessas mesmas avaliações poucos ou nenhuns homens tiravam 20, um 16 regra geral ja era uma grande nota.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 13, 2010, 12:56:06 am
OLá...já fazia algum tempo que por aqui não passava mas...aqui vai a minha participação...
A meu ver, estamos e como é uso e costume....a confundir o barulho com a velocidade...ou seja...estamos a falar de coisas, que neste caso são periféricas a meu entender....neste caso, não está em causa a capacidade da dita aspirante em aguentar, porque não acredito que nos primeiros 4 anos não tenha sido sujeita a pressões para desistir....o que está em causa são os abusos direccionados, intencionais, repetidos, descriminatórios que esta Aspirante a oficial sofreu....Eu, como já disse anteriormente, estava lá...via a chegar, vi como chegava, vi em que condições...se os homens que entravam pelas urgências do HMP entravam mal-tratados ela entrava mil vezes pior...olhos negros, lábios rachados todos eles tinham....marcas de bota...sola completa nas costas, barriga só ela apresentava...foi só uma "brincadeira"....eles deitados e uns "senhores" oficiais passavam a correr sobre eles...nela paravam e ficavam a saltar...conseguem ver a diferença? eu consigo....
Colocar alguém dentro de um cacifo e atirar por uma escadas abaixo, acho que não contribui em nada para a instrução de alguém mas se contribui então que todos tenham essa oportunidade de aprendizagem...mas apenas a dita aspirante é que teve essa oportunidade...caricato não?
Por isso podem dizer o que disserem, o respeito que eu tinha pela arma de Infantaria morreu ali....a todos os que compactuaram com aquele infâme tratamento espero que a vida lhes dê o troco....não acredito que consigam viver bem com a sua consciência se é que a possuem...tenho dito assim não vamos lá....são a unica arma sem mulheres oficiais do QP grande coisa se tem que recorrer ao que recorreram....em relação a esta aspirante...vai passar nem que esteja sentada numa cadeira...e sabem porquê?...porque ainda existem pessoas que não se deixam enganar...e seria muita coincidência...pensem nisso...obrigada pela disponibilidade demonstrada ao lerem esta minha mensagem
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 13, 2010, 09:48:11 am
Citação de: "Malina"
tyr

Você é mulher?
Alguma vez teve menstruação?
Já que é assim tão especialista em mulheres, diga-me no que é que a menstruação impede a mulher de fazer o que quer que seja, porque eu sou mulher há muitos anos e nunca descobri uma única coisa que a menstruação me impedisse de fazer. Talvez você me possa elucidar. Também deve achar que as mulheres são todas iguais e que os homens também não têm ciclos hormonais. Se não sabe, passa a saber que têm, a diferença é que você não sangra, logo não tem como dizer em que fase do ciclo está a menos que atente aos sintomas ao longo de vários anos.

Malina não é para ser mauzinho, mas recordo na marcha de volta à ETAT a única recruta que não fez essa mesma marcha foi a galinha da companhia e porque, segundo ela, estava com o período.

Em relação às mulheres nas Tropas Especiais um pouco por todo o mundo, bem a verdade é que elas na maior parte das unidades não entram e quando entram são em unidades de apoio (na maior parte das vezes).
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 13, 2010, 06:01:51 pm
Citação de: "HSMW"
Eu conheço o caso de uma militar que no mato desmaiava sem razão, pensávamos que fosse do cansaço ou do calor sei  lá... Uma vez desmaiou a dar a ordem de operações. Era do período.

Eu pessoalmente já estive três dias no mato com o período e não desmaiei nem morri. Não senti absolutamente nada. Pelo contrário, já vi homens a desmaiar nesses mesmo casos. Por causa do período por si só duvido que tenha sido. Pode ser uma ajuda, mas por si só, não vejo a razão. Podemos sentir efeitos indesejáveis, mas como disse, isso acontece em várias pessoas e não é igual para todas e os próprios homens têm momentos de forma e momentos de fraqueza devido aos ciclos naturais (e hormonais) do corpo, no entanto não se associam facilmente como nós, porque nós sangramos e sabemos exactamente quando é, os homens não sabem ou raramente sabem.
Eu nunca conheci mulher que tivesse desmaiado em esforço físico, mesmo prolongado, por causa do período. Mesmo atletas de alta competição não se queixam, há picos de forma e picos de fraqueza. Os militares não são excepções.
Na realidade muitos homens desmaiam em situações idênticas.

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Tal como o Tyr disse, a razão dada para as mulheres no exercito regular não executarem barras , essa para mim também é nova, mas não sei a razão pela qual não é recomendável elas fazerem barras.

Não sei quem é que incutiu essa ideia, mas okay. Estou para saber onde é que barras vai afectar os ovários ou qualquer coisa que seja. E porque é que afecta a nossa e não a vossa. Normalmente as mulheres não fazem barras porque é mais difícil.

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Onde?

O caso onde conheço mais pessoalmente a situação, é em França. Há mulheres nos Chasseurs Parachutistes e nos Dragons Parachutistes (a primeira unidade está preparada para fazer o mesmo que os nossos Paraquedistas e Commandos e a segunda é mais especializada como os nossos OE's, na realidade todos têm que ter o curso de Paraquedismo), nos Fusiliers Commando de Marine (equivalente aos nossos fuzileiros), nos Chasseurs Alpins (tropa especial de montanha, sei que há mulheres desde pelo menos 1980).

As mulheres têm de fazer o mesmo que os homens durante o curso, incluindo fazer o transporte de camaradas às costas. As caminhadas de 100 ou mais km é para toda a gente, o peso do equipamento é igual para toda a gente e têm que fazer o mesmo tempo que os outros.

Lá é algo tão banal haver mulheres que nem se faz grandes filmes por causa disso. Há poucas, mas há, desde que façam o curso.


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Atrasado e onde mulheres continuam a ser avaliadas de forma diferente dos homens acabando estes por ser prejudicados.

O nosso problema aqui é que damos demasiada importância a coisas que sinceramente... "Ohhh eu levanto 50kg e ela levanta só 45kg com o mesmo treino que eu....", "Ahhh eu corri 2000m em 8 minutos e ela correu em 8min30", e pronto começam a fazer fita... Vale mesmo a pena estar-se a chatear por causa de coisas tão insignificantes? É preciso começar a chorar por causa disso? Vocês com o mesmo treino têm mais força que nós, E ENTÃO? Faz-vos mais inteligentes? Mais capazes? O peso da mochila é igual para todos, e as balas furam de maneira igual toda a gente. Ainda que elas tenham um handicap só para termos de igual oportunidade para duas pessoas com o mesmo treino, achas que é isso que faz ela ser pior camarada que tu? São coisas tão insignificantes que não compreendo o porquê de tanto barulho.

Deixem-se de choramingar por pequenas coisinhas... isto só me faz pensar que afinal os mariquinhas são os homens. O Exército agora estipulou provas físicas iguais para homens e mulheres e ainda não vi nenhuma mulher choramingar por causa disso! Pelo que dizem, em relação às provas passadas, diminuíram a dificuldade das provas físicas para os homens e aumentaram a dificuldade das provas físicas para as mulheres, metendo tudo ao mesmo patamar.

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Foi também por causa de whisky e vinho a mais. E será preciso lembrar o meu camarada que faleceu no CFS de Infantaria?

É por causa de tudo.
É preciso relembrar o que certos Fuzileiros disseram quando foi estipulado que teriam que aceitar mulheres?
Eu até lhe digo, disseram que iam fazer DE TUDO para que elas desistissem, mesmo que isso incluísse uns "tratamentos de força" adicionais. Alguns deles nem vergonha têm e vieram dizer isso em público.
É preciso sequer dizer mais?

Quanto ao resto, a papoila estava lá e testemunhou. Nem preciso adicionar mais.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Outubro 13, 2010, 06:50:31 pm
Citação de: "Malina"
O nosso problema aqui é que damos demasiada importância a coisas que sinceramente...
Acha mesmo que coisas como, carreira, antiguidade, colocações perto da zona de residência, promoções ou missões no estrangeiro são coisas sem importância??! E isto em cursos, porque no dia a dia outras situações acontecem dependendo da área. Numas mais que outras.

Citar
"Ohhh eu levanto 50kg e ela levanta só 45kg com o mesmo treino que eu....", "Ahhh eu corri 2000m em 8 minutos e ela correu em 8min30",
É mais: " Eu faço 50 flexões e tenho 16 valores e ela faz 30 e tem 20 valores". Ou "Ahhh eu corri 2000m em 8 minutos ( e tive 10 val.) e ela correu em 8min30" (e teve 18val ) Percebe o que eu quero dizer??? E não é só por ser uma avaliação de desempenho físico! É que a componente física tem um coeficiente mais elevado que tudo o resto!
Já dizia um Ajudante  "O mais inteligente do curso é aquele que corre mais"
Ela tem melhor nota, é mais antiga, é colocada perto de casa, faz os cursos e as missões, é promovida mais cedo.
Não por ser melhor ou mais competente mas por facilitismo e discriminação!
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 13, 2010, 07:42:21 pm
HSMW

Em termos científicos é encarado como justiça porque a mulher para fazer o mesmo que um homem tem que treinar muito mais. Se tu puseres um homem e uma mulher a fazer exactamente o mesmo treino físico, o homem irá ser superior à mulher, irá evoluir muito mais. É isso que vocês não querem ver. A mulher teve 20 valores por fazer 30 flexões e se calhar suou muito mais que tu e sofreu muito mais que tu para chegares às 50. Por isso é que as classificações são diferentes. Não sou contra, nem sou a favor. É-me de certa forma indiferente mas até consigo compreender a lógica deles. Para eles não é só relevante a quantidade que fazes, mas também o empenho que fazes para chegar a uma meta.
Todas as pessoas têm as suas valências e os seus defeitos. Aprendam a complementar-se.
Quanto a ser a parte que mais tem valor (a componente física), acho errado.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Outubro 13, 2010, 09:07:05 pm
Em termos científicos o homem tem uma maior evolução devido ao factor testosterona!

Aquilo que nos faz ser homens, com agressividade, com pêlo, músculo e voz grossa.

Em termos militares ela tem de ser capaz de fazer tudo o que um homem faz!
Em combate não existem muros mais baixos, percursos mais curtos, mochilas e armas mais leves!

E na mecânica será que a culatra da peça de 120 mm do Leo é mais leve para as mulheres? Ou o aperto da cabeça do motor é mais fraco para elas?

E na Artilharia (onde existem mais militares femininas)? Vamos reduzir os calibres utilizados no Exército para que as mulheres aguentem com o peso das munições?
Afinal elas evoluem de forma diferente...

A nossa sorte é o estado de Paz que se vive actualmente, porque se fosse em guerra pensa que as mulheres eram enviadas, para a Infantaria pura e dura de baioneta ao assalto, para a frente de combate tal como os homens??
Iam o ca*****!! Mais depressa levavam era logo com um tiro nos co... cabeça juntamente com os Oficias incompetentes e ninguém sabia quem tinha sido...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 13, 2010, 11:08:19 pm
Malina, pelo que escrevo posso parecer, machista, mas por incrivel que pareça de machista, pouco tenho.
 Acredito na igualdade de oportunidades. E tudo o que escrevo vem de muitos anos ligados a cursos, e à componente operacional do exercito. Mas infelismente constatei que regra geral (existem exepções) as mulheres não tão talhadas para areas operacionais mais puxadas (quer por limitações fisicas, quer pelo perfil psicologico tipico (obviamente existem exepções, mas são isso mesmo, exepções)), mas qualquer uma que o consiga fazer tem todo o meu apoio.
 E um exemplo simples é um camarada ferido com perto de 100kg a ter que ser transportado em situação de combate. Um militar que não o consiga fazer é um elemento que só serve para algumas tarefas (o que numa patrulha de combate pode ser um risco para um ou mais elementos).

No meu curso de entrada para o quadro houveram muitas mulheres que ultrapassaram muitos homens a nivel de escolha de especialidade e de antiguidade pela diferença das tabelas de treino fisico, lembro me da prova de corta mato, em que os homens faziam 6 Km e as mulheres só 4, mas com praticamente os mesmos tempos, ou a pista de 200m em que os tempos para o 20 das mulheres (com obstaculos mais faceis) davam um 8 ou 9 para os homens.
E o que me chateava a mim e a muitos , é a injustiça de ver pessoas, que nos treinos fisicos diarios (MARFOR, MARCOR, etc...), têm que ser ajudadas por mim e por outros, e que quando chegam as avaliações tiram 20 enquanto que eu e os outros que as ajudam têm entre 11 e 16 (e que para agravar ainda mais, o peso da nota de treino fisico é enorme na media final do curso).
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 14, 2010, 01:26:49 am
E mais uma vez se está a tentar justificar o injustificável....houve graves e sérios abusos no tratamento desta aspirante mas...como é mulher não interessa...e volta-se a confundir o barulho com a velocidade...se querem discutir diferenças fisicas ou capacidades diferentes entre homens e mulheres existe um tópico neste fórum que trata isso....
AQui, pelo menos atendendo ao nome do tópico é sobre a aspirante que foi sujeita a praxe violentas...e basicamente e infelizmente...Existiram abusos, abusos esses que foram encobertos pelos vários escalões da cadeia hierarquica...isso não podem mudar....mais na reunião de coordenação desse mesmo tpo, e estando presentes elementos de saúde foi deixado bem claro quais eram as intenções e essas intenções eram....nenhuma mulher oficial no quadro, manutenção da única arma sem mulheres oficiais do QP...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 14, 2010, 10:59:34 am
Papoila, tens razão em a conversa estar a virar para outro assunto e nisso tenho culpa.

Relativamente a defender o sucedido, nem eu nem ninguem que eu conheça o defende (pelo menos que eu saiba) o abuso verificado.
E mais acrescento, que eu ajudei a descambar a converça, por ainda estar chateado de uma militar a quem eu dei formação e que considero amiga, ter sido pressionada a desistir com pressão fisica e psicologica, sobretudo durante aquele periodo do mes (e ela fez as contas à vida e decidiu que aguentar aquilo mais uns anitos não era para ela), e a pressão nela foi só executada por ter escolhido infantaria.

Volto a dizer acredito na igualdade de oportunidades, tratamento e de direitos, mas tambem de deveres e exigencia do nivel de execução. E por mais maquina que uma mulher seja, enquanto houver dualidade de criterios em algumas areas da avaliação e tratamento, nunca terão a credibilidade que merecem (mas isto e um oftopic).
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 14, 2010, 11:14:21 am
Este texto é dirigido a todas as Mulheres que postam neste tópico.

Eu quando dei-me como voluntário para os Pára-quedistas era um verdadeiro inocente, pensei que ia encontrar rapaziada como eu, patriota (a roçar o nacionalista), ansioso para ser Boina Verde, cheios de vontade e com muito espírito de sacrifício. Infelizmente como todos/as sabemos não é bem assim, a maior parte ia porque não tinha nada a perder, porque o pai/irmão/primo/etc tinha sido Pára, porque já que tinha que ir para a tropa então que fosse nas Tropas especiais, etc. Muitos não tinham a mínima capacidade para lá estar, até podiam ser muito forte fisicamente, mas tinham personalidades de caca (para não dizer merda) e homens de m...., castigos e m....! Arranhei muito por causa desses desgraçados e posso dizer que apesar de não ser nem de perto nem de longe o mais robusto, com a excepção de uma vez, os meus camaradas nunca arranharam por minha culpa.

Dito isto, tenho que dizer que apesar de tudo o que escrevi uma das coisas que percebi em pouco tempo é que há diferenças de tratamento de homens para mulheres, há situações que nunca seriam permitidas a um homem e é a uma mulher. Posso dizer-te que só houve uma marcha em que não foi preciso que a galinha da companhia fosse ajudada. Em todas as outras marchas/crosses ela tinha sempre 2 camaradas a puxá-la. Para além disso na semana de campo sempre que ela ia fazer as suas necessidades havia sempre 2 camaradas responsáveis pela sua segurança. Em relação às PAF não vou pronunciar porque vi e soube de casos bastante graves. Na minha opinião essas PAF eram feitos para inglês ver, porque na prática vi um camarada a ser chumbado numas, quando fez mais repetições que qualquer mulher (e elas passaram).

São estas injustiças que me deixam com o pé atrás em relação às mulheres nos Pára-quedistas e até na Arma de Infantaria. É verdade, estou também a ser injusto e relação a uma minoria que realmente tem capacidade para lá estar (se calhar até mais do que eu), reconheço-o, mas neste caso será que vale a pena por meia dúzia de militares estarmos a aguentar toda uma série de militares que são de todo incapazes para estarem onde estão? Eu acho que não!

Mas será que por causa disso as mulheres deveriam ser recusadas nos Pára-quedistas e na Arma de infantaria no seu geral? Aí eu teria que dizer...NÃO!

Ao acabarem de ler este texto qualquer um fica confuso, afinal com tanta contradição, em que ficamos?

Fico com uma ideia muito minha, que é, militar não tem sexo, é militar e pronto, como tal tem que TODOS serem puxados por igual, deve-se exigir o mesmo de TODOS, com os mesmos parâmetros e da mesma forma.

Será que é impossível? Neste país e neste Exército...acho que o é.

É pena, porque tenho uma irmã mais nova que eu acho que tem mais capacidades que grande parte da rapaziada que anda por aí de Boina Verde, eu teria muito orgulho em que também ela pertence-se a essa grande família que são os Pára-quedistas, os Boinas Verdes de Portugal!

Mas sabem, ela apesar de já ter tido muita vontade em ser Pára-quedista neste momento tem cada menos essa ambição, é que o que eu sei, ela também sabe e ouve de pessoas ligadas à tropa. Como é uma jovem mulher muito ciente dos seus direitos e deveres, não quer ter nada de mão beijada e acima de tudo não quer ter "reputação" de coisas que não tem nada a ver com ela.

Tudo isto é triste, mau e envergonha-me como Português e militar na disponibilidade saber que é esta a nossa realidade. Acho que os Pára-quedistas merecem mais, as/os militares Portugueses merecem mais, o país merece mais.

Tenho horror pelo que fizeram à pobre cadete à uns anos atrás e espero que não aconteça o mesmo com esta nova cadete. Mas todos sabemos que se ela acabar o Tirocínio, vai acabar à frente de muito camarada com mais capacidades do que ela.

Não acho que se faça justiça em nenhum dos casos.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 14, 2010, 11:25:21 am
:)
(mas que tem mais jeito para se esplicar :P )
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 14, 2010, 12:10:17 pm
Eu não tenho jeito nenhum para escrever, simplesmente escrevo o que sinto e penso. :G-beer2:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: nelson38899 em Outubro 14, 2010, 02:14:52 pm
Citação de: "tyr"
:Palmas:
Mais um que pensa como eu :P )

[offtopic]

Sô sargento, não se arranjam fotos do Líbano aqui para o pessoal do fórum??

[/offtopic]
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 15, 2010, 08:23:07 pm
Desculpe lá, Sr. Cabeça de Martelo, mas se as mulheres que viu não têm capacidade para lá estar, porque é que lá estão?!?!
Afinal dá-nos razão, a culpa, o problema, não são as mulheres, mas sim esses homens que permitem que isso aconteça. A culpa é desses senhores que tanto permitem que uma mulher seja espancada e torturada para desistir, como permitem que mulheres sem capacidade lá continuem, e mulheres digo homens também, pois também ouvi pessoas a queixarem-se do mesmo dos homens, e você próprio também diz que o que não faltava lá eram homens sem capacidade nenhuma!

E sim, vale a pena aceitar mulheres só para essa "meia dúzia" que tem capacidade.



HSMW

Desculpe lá, mas é preciso ser-se machona para percorrer muitos quilómetros de mochila ao lombo? A dualidade de critérios, como eu disse, não tem nada a ver com a mochila que leva às costas, nem com a arma que carrega nem que se dispara, nem com o que quer que seja em combate. Porque que eu saiba em combate você também não vai estar a pesar a sua mochila, nem vai estar a dizer que faz mais flexões que ela, nem a competir com a sua camarada para ver quem é melhor ou pior, e quem faz mais ou menos.
As classificações são para colocações, etc, logo em termos científicos faz sentido para se tornar uma igualdade de oportunidades, porque acho que uma mulher levantar 50kg não é o mesmo que um homem levantar 50kg, ou uma mulher fazer 50 flexões não é o mesmo que um homem fazer 50 flexões, o homem com o mesmo treino tem é que fazer mais. Isto é a teoria. A prática não sei. Sei é que pelo menos no Exército as provas de admissão agora são iguais para homens e mulheres e não vi ninguém queixar-se e isso implicou baixarem os critérios dos homens e aumentarem os das mulheres.

E não me venha com essa tanga das mulheres não serem enviadas em frente de batalha na guerra. Os russos fizeram, e tiveram franco-atiradores mulheres reconhecidas, e vai-me dizer que nós não podemos porquê? Se não sabe, pesquise por Nina Lobkovskaya e Lyudmila Pavlichenko. E aposto que elas não faziam tantas flexões como você  :lol: Na Polónia também puseram mulheres na frente da batalha, sobretudo como batedoras e também como sabotadoras



tyr

Não se preocupe que eu também não conheço muitos homens que consigam carregar 100kg. Mas se o seu problema é mulheres carregarem camaradas feridos, de peso normal (70kg mais ou menos), conheço e já vi. Até porque em caso de ferimento a primeira coisa que se faz é deixar equipamento para trás, é prejudicial ao transporte e ao próprio camarada ferido.

Quanto a essas diferenças de classificações, acredito que na altura fosse assim, mas hoje em dia as diferenças vão sendo cada vez menos... Existem, mas pelo que me têm dito, têm sido relativamente poucas.

Quanto a uma camarada sua ter 20 e não aguentar uma MARCOR ou uma MARFOR e você só 16, custa a crer que uma mulher que não aguente uma MARCOR vá ter 20 em provas físicas... Aliás, eu pergunto-me como uma pessoa que não aguenta a MARCOR ou a MARFOR permitem que sequer continue no curso. Se não aguenta, rua com essa pessoa, está lá a fazer o quê? A mesma coisa para aqueles que estão na Enfermaria, que pior é ainda, passam semanas a fio sem fazer nada mas juram bandeira como os outros e depois ainda vão para a semana de campo e não fazem nada, só para acabarem o curso, mas que palhaçada é aquela? Se não estão capazes, não vão! Mandem-nos para casa e que voltem noutra incorporação quando estiverem tratados para acabar o curso.


Ainda assim o que estamos a retratar neste tópico é uma outra dualidade de critérios que vocês parecem querer ignorar e aí já não se queixam, que foi o de esta mulher em fase final de curso ser PIOR tratada que os camaradas, e pagou caríssimo por isso. É muito mais vergonhoso o que fizeram com ela do que aceitar que mulheres façam menos flexões que um homem.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Outubro 15, 2010, 08:54:11 pm
Citação de: "Malina"
Ainda assim o que estamos a retratar neste tópico é uma outra dualidade de critérios que vocês parecem querer ignorar e aí já não se queixam, que foi o de esta mulher em fase final de curso ser PIOR tratada que os camaradas, e pagou caríssimo por isso.

Mas isso não é ignorado, só não há discussão porque as opiniões são consensuais! Eu sou anti-praxe! Só participei nisso uma vez e ao curso logo depois do meu.

Sobre as "machas", verdade que há mulheres que são excepções mas são tão poucas e as que conheço são autênticos homens!
 Malham 3 "mines" enquanto ainda vou na 1ª. E ainda arrotam no fim.  E que curiosamente também gostam de mulheres... :?


E se eu lhe disser que tinha EXACTAMENTE a mesma opinião que você sobre as mulheres na tropa?
Até ter ido para lá...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: andrefx em Outubro 16, 2010, 12:12:34 am
Eu sinseramente faz-me confusao como é possivel alguem querer ir para a tropa nos dias de hoje!!!
A tropa tá boa é para as mulheres... Sempre dão alguma beleza ao estado das Forças Armadas. Tem de existir uma revoluçao na tropa aquilo tá um antro de  :G-beer2:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: corapa em Outubro 16, 2010, 10:08:07 am
Voltando a este tópico,  mais uma vez começo por dizer que opiniões todos nós temos direito e independentemente de concordarmos ou não com as dos outros, devemos primeiro respeita-las.

Começando pelo assunto do tópico, a praxe da aspirante TPO:
eu sou a favor da praxe, já praxei e se já não o faço hoje em dia é porque no posto que tenho isso não tem cabimento lógico.
Agora há que distinguir a praxe saudavel, que é feita como "ritual" de integração, utilizado em vários meios e culturas e como tal tambem no meio militar, sem recurso a violência fisica ou psicologica, com a brutalidade e o total desrespeito pela condição humana e neste campo, sou completamente contra o que se passou.
Há muitas maneiras para fazer chumbar um aluno, porque afinal era disso que se tratava.

Em relação ao "velho tema" das mulheres nas FFAA,(e neste caso particular do Exército porque é o que eu conheço, pois nele sirvo desde 1987) quem esta dentro da instituição tem lógicamente uma visão realista do assunto, porque lida diariamente com ele, muitos desde a sua própria formação, até ao normal serviço orgânico.
Quem nunca esteve dentro da instituição terá tambem a sua própria visão, mais idealista, de como deverá ser a realidade, o que não quer dizer que esteja errada, mas que provavelmente não corresponde há realidade.
E neste caso pelo que tenho lido, tenho a ideia ( e corriga-me s eestiver errado) que a Malina não é nem nunca foi militar, daí ter a sua visão das coisas, que como referi, não quer dizer que esteja errada, mas sim desenquadrada do que se passa dentro do Exército.
E não é por ouvir contar por um amigo/a que lá esta ou esteve que fica a perceber, pois há coisas que só vendo e vivendo no dia-a-dia se percebem e, mas uma vez digo, quem esta na instituição, percebe o que eu estou a dizer, quem não está ficará sempre com uma ideia diferente, mesmo que ligeira.
Dou desde 1996 formação a homens e mulheres, em diferentes áreas e tenho lógicamente a minha própria visão do assunto, fruto da minha experiência como formador, mas tambem como parte que trabalha diarimente com elas, tanto cá como em outros TOs em FND que participei.
E sabendo que há e haverá sempre excepções à regra, elas são poucas e não tem expressão numérica num contexto de cerca de 20000 militares que tem o Exército.
Posso acrescentar, sem qualquer machismo, mas como referi fruto da minha experiência, que se dependesse de mim, não haveria mulheres em Infantaria, sejam oficiais, sargentos ou praças.
Por várias razões fisicas, psicologicas, fisiologicas ou outras quaisqueres que se queiram enunciar.
E isto não quer dizer que não haja mulheres que não consigam, não sejam competentes, ou não sejam melhores do que muitos homens, porque felizmente as há.
Apenas que junto com estas muito poucas excepções, vão outras, que o sistema permite e por vezes obriaga, que não conseguem atingir esses mesmos patamares e que levam a que se tenha depois que trabalhar com elementos que não tem a minima capacidade para cumprir a missão principal para o qual foram preparadas - comandar e/ou integrar unidades de infantaria desde a esquadra ao pelotão.

Cumps
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 16, 2010, 10:27:05 am
Citação de: "Malina"
Desculpe lá, Sr. Cabeça de Martelo, mas se as mulheres que viu não têm capacidade para lá estar, porque é que lá estão?!?!
Afinal dá-nos razão, a culpa, o problema, não são as mulheres, mas sim esses homens que permitem que isso aconteça. A culpa é desses senhores que tanto permitem que uma mulher seja espancada e torturada para desistir, como permitem que mulheres sem capacidade lá continuem, e mulheres digo homens também, pois também ouvi pessoas a queixarem-se do mesmo dos homens, e você próprio também diz que o que não faltava lá eram homens sem capacidade nenhuma!

E sim, vale a pena aceitar mulheres só para essa "meia dúzia" que tem capacidade.

Malina eu trabalho para viver, não sou politico, nem advogado, nem "ingenheiro", por isso não me chames por senhor, ok?! :shock:

Isto para formar 2 BIParas, o BOAT, o Esquadrão de Reconhecimento, etc.

Se me perguntares se as mulheres têm lugar nos Pára-quedistas eu respondo-te imediatamente que sim. O que não falta é lugares que podem ser perfeitamente desempenhados por mulheres, na verdade até acho que seriam melhor desempenhados pelas mulheres pelas mesmas diferenças que as tornam (normalmente) piores em especialidades com Atiradores, Morteiros, etc.

Dou-te exemplos claros:

-Socorrista;
-secretariado;
-dobrador;
-etc.

Tudo coisas que podem ser desempenhados por mulheres nos Pára-quedistas.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: FoxTroop em Outubro 16, 2010, 12:53:47 pm
O raio do politicamente correcto  :evil:   :evil:

Se querem ser militares, têm de cumprir de modo igual. A minha antiga casa não existe, nem acredito que venha a existir, mulheres nas fileiras. Porque a questão é bem simples, uma mulher nas fileiras é um homem a menos.

Podem vir com a conversa da "igualdade" e de que "existem mulheres tão boas ou melhores que homens", que eu mando para um sitio. Isso são excepções e não a regra, porque se tornarem a instrução igual para todos a quase totalidade das "meninas" dá meia volta ao cavalo e voltam para casa.

Enquanto isto for SFOR's, KFOR's, UNTAET's e "passeatas" do genero a coisa até funciona, mas quero ver isso no dia em que a situação for chapada da séria. Como muito bem aprendi (muito à conta do cabedal) a força de um grupo é a do seu elemento mais fraco. De que vale eu ter um grupo em que os homens fazem 15 kms em 1 hora e depois tenho lá "uma" no meio, que demora 1H30, isto se fizer os 15kms? Como é que eu vou gerir isto? Como vou distribuir o material organico pelo grupo se tenho no meio alguém que só pode levar metade? Já não basta as condicionantes operacionais e tenho de me lembrar que anda ali um "carro vassoura" no meio.

De qualquer modo, concordo com o Corapa. Existiam outras maneira de "chumbar" a aluna.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Camuflage em Outubro 16, 2010, 02:12:33 pm
Para mim a questão é simples: nas forças armadas não pode haver distinção de géneros sexuais, devem todos ser vistos como parte integrante da máquina. Como tal o grau de exigência DEVE ser igual para todos, sem meiguices para uns e exigências para outros. Ou estão todos à altura de cumprir as exigências da unidade em que se encontraram inseridos ou para a qual se candidatam ou então devem ser excluídos.
Mas enquanto a exigência das provas continuar a baixar em prol da busca de carne para canhão, nem vai adiantar ter lá homens pois só vão fazer número, no dia em que a guerra a sério despoletar, cairão todos que nem tordos.

Estar a minar a ascenção de alguém a uma unidade é errado e ilegal ainda para mais só pelo facto de o fazerem por ser mulher torna-se ainda mais ridículo. Essa mentalidade deve ser erradicada, só tenho é pena que a PJM esteja de mãos atadas e não os tenha no sitio para começar a fazer uma limpeza.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 16, 2010, 04:49:35 pm
Malina, as provas não são iguais, por exemplo nas PAF as mulheres têm que fazer menos extensões de braços no solo, executar menos abdominais e correr menos no Cooper.

relativamente aos 100kg, digo te que te enganas, pois nas GAM tento sempre que possivel meter numa ocasião de transporte de feridos um levezinho com um pesado e geralmente (com algum queixume) o lingrinhas consegue fazer o transporte do camarada, mas as raparigas muitas vezes nem conseguem transportar alguem com o mesmo peso que elas.

e volto a repetir, o que fizeram à rapariga está errado e revela uma coisa contra a qual eu me oponho, que é dualidade de critérios.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 16, 2010, 05:02:51 pm
Citação de: "tyr"
Malina, as provas não são iguais, por exemplo nas PAF as mulheres têm que fazer menos extensões de braços no solo, executar menos abdominais e correr menos no Cooper.

relativamente aos 100kg, digo te que te enganas, pois nas GAM tento sempre que possivel meter numa ocasião de transporte de feridos um levezinho com um pesado e geralmente (com algum queixume) o lingrinhas consegue fazer o transporte do camarada, mas as raparigas muitas vezes nem conseguem transportar alguem com o mesmo peso que elas.

e volto a repetir, o que fizeram à rapariga está errado e revela uma coisa contra a qual eu me oponho, que é dualidade de critérios.

Pois...é tudo muito bonito, o pior é que o lingrinhas era eu...e por norma andava com um camarada com 80 e tais quilos, quando eu só tinha 62kg. Era bonito de se ver, eu corria que nem um perdido e era lento (lentidão paga-se com completas) e ele quase que parecia que não levava nada às costas. :oops:

O engraçado é que sai da tropa com 10 kg a mais... c34x

Por acaso não sei se a galinha da minha companhia fazia isso ou não...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 16, 2010, 06:45:37 pm
tyr

Menos flexões?! Menos abdominais?! Correr menos no Cooper?? Ou é você que está desactualizado, ou sou eu que não sei as provas que tenho que fazer, agora estou-me a sentir perdida...!
As PAF no Exército são iguais, para todos, faz uns poucos anos.
15 flexões para todos
25 abdominais em 1 minuto para todos
2000m em 12 minutos para todos
Saltar muro para todos (é o mesmo tamanho, acho que 60cm, agora de cabeça não tenho a certeza)
Pórtico 5m para todos (mas dizem que pelo menos para Praças estão a cortar o pórtico)
Pode ir confirmar ao Diário da República e ao site  :wink:

Quanto a isso da GAM, bom na tropa normal é normal encontrar-se disso. Mas eu acredito que é mais por estarem mais habituadas a pintar unhas e arranjar o cabelo que se esforçar nalguma coisa... a maioria vai para Serviços e nem vai para lá com grande preparação física. Mas acredito que uma mulher com boa preparação física (sem ser necessário ser rambo) consiga fazê-lo (e é o que se espera de alguém que vá para por exemplo Atirador ou para Tropas Especiais, correcto?).
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 16, 2010, 06:57:10 pm
Citar
Há muitas maneiras para fazer chumbar um aluno, porque afinal era disso que se tratava.
...NEM MAIS....
Eu também passei por praxes, praxes no sentido integração e ainda hoje me rio até não conseguir mais dessas mesmas situações...
Mas esta aspirante estava no 5º ano....4º em termos de Infantaria, certo?....Passou estes anos todos e depois é que cobardemente lhe fazem isto?...Não tinha capacidade?...ou foram as conjunturas que ficaram favoráveis à sua perseguição...sim perseguição!...aquilo esteve muito para lá da praxe...foi intencional, propositado e acima de tudo COBARDE!!!...As "coisas" que participaram no vil tratamento não me merecem o mínimo respeito e muito menos o tratamento por militares....e os "irmãos" como ela chamava aos camaradas de curso foram cobardes também porque quando em sede própria, e no momento em que foram chamados a se pronunciar...não viram nada, não souberam de nada....cobardes sim!!!
Este é um assunto que mexe comigo, eu estava lá, eu vi...ninguém me contou...eu vi....esta aspirante quando chegou lá na 2ª vez foi de imediato sujeita a testes de stress e ela alcançou o choque traumático...ao ponto de ser picada com agulhas de grande calibre sem variação do ritmo cardíaco...e se não sabem, ficam a saber...só é possivel a pessoas que estão em choque tão grande que a parte física à muito passou a ser periférica, uma pessoa em que o  organismo para pura sobrevivência entra em mutismo....
Desde quando é que, na 3ª vez que ela lá chegou, toda a gente já sabia que ela vinha a caminho, a "coisa" que comandava a EPI entrou em contacto com o General director do HMP...e pediu-lhe um favor entre "coisas"...pedido aceite..aspirante internada até ao momento que chumbou por faltas...
A estas "coisas" e as "coisas" que compacturam com toda a situação,aos que a praticaram...espero sinceramente que tenham alguém que lhes seja próximo, tipo filha...que ingresse na vida militar, que tenha mérito para lá estar e seja sujeita ao mesmo tipo de perseguição...pode ser que assim se lembrem, pode ser que tenham consciência...um dia....
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 16, 2010, 08:45:24 pm
Cabeça de Martelo

Só uma coisa, infelizmente na Tropa Normal pelo menos sei que também não chumbam ninguém... se não desistir, não chumba... seja homem ou mulher... Nas tropas especiais não sei como é, se chumbam ou não, pelo menos nos PQ que é onde há homens e mulheres. Na tropa normal, até pessoas lesionadas vão à semana de campo mesmo se passaram as últimas semanas na enfermaria...

Aqui acho que ninguém pode falar em simples praxes. Eu até na Universidade passei por praxes, algumas humilhantes, algumas com algum teor físico para quem não tem treino nenhum, e ainda hoje me rio daquilo... não é essa a questão e ninguém pode negar, a papoila é testemunha e viu com os seus próprios olhos.

Volto a relembrar que até hoje a grande maioria das guerras foram feitas por homens, e a História está cheia de episódios de covardias, traições, incompetências, violações de regras internacionais e convenções, de traumas, de incapacidades, de uma infinidade de coisas. Não foi preciso até hoje mulheres para haver fracassos e coisas ridículas em confrontos, missões, guerras.


Ó FoxTroop vai-me dizer que todos os seus homens são iguais, são todos máquinas, que aguentam todos com o mesmo peso e aguentam todos a mesma marcha?!  :roll: Só se não estivermos a viver no mesmo mundo...
Já pertencer a algumas unidades de elite sempre foi a excepção e não a regra, portanto haver mulheres que sejam excepções e não regras não faz disso extraordinário! E não, não existiam outras maneiras de "chumbar" a aluna, que provavelmente até era melhor que você.

Também ninguém daqui tem culpa que aceitem pessoas como aceitam a chuva. Muitos nem conseguem fazer os mínimos para entrar no Exército, homens ou mulheres, e mesmo assim ainda os empurram para lá. Depois, claro está, a culpa é das mulheres. Qualquer idiota entra no Exército para Praça, desculpem que o diga, ainda que empurrem a maioria para Campanha e Serviços, querem é números, quantidade e não qualidade.

O facto de não ser militar não me impede de conviver e conhecer um bom número deles, em vários países, e conhecer várias realidades.

corapa
Aquela mulher estava no fim do curso... no fim! Não me diga que precisarem de 4 ou 5 anos para verem que era incompetente... Eu não quero saber se há boas e más, ou bons e maus, isso bons e maus profissionais existem em todo o lado e nem me vou pôr aqui a divagar sobre isso, porque toda a gente sabe, agora aquela mulher, pessoas que a conhecem e sabem como era, sabiam que era competente, era apreciada por todos os camaradas e superiores. Não era uma qualquer, estava lá e tinha capacidade para isso, merecia lá estar, e viu-se o que aconteceu... Devem ter medo que uma mulher os ponha a fazer xixi sentados!

Ainda que as mulheres ainda estejam numa fase de adaptação e mudança, porque estamos e isto do direito das mulheres é MUITO recente e mentalidades tanto de nós, mulheres, como de homens, leva muito tempo a mudar, ninguém tem o direito de pisar ninguém, senão estamos a voltar atrás. E por mais verdade que a maioria das mulheres não tenha capacidade de comandar ou ser de infantaria, isto até porque a vossa mulher ideal muito provavelmente passa os dias a pintar as unhas, a arranjar o cabelo e a ter conversas fúteis e fofas, há umas que não são assim (sem serem umas autênticas machonas!) e têm capacidade e têm todo o direito de lá estar, e se chegam ao fim do curso, deve ser porque passaram pelo mesmo que os outros e têm a mesma capacidade para os outros para desempenhar uma função.
Também dessa forma muitos homens que hoje em dia são cabeleireiros, ou secretários, ou andam na moda, ou coisas do género, são encarados como gays e meninas, o contrário também acontece. Mas ninguém anda a pisar esses homens! Não façam o mesmo connosco!
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Camuflage em Outubro 16, 2010, 10:04:20 pm
A realidade é a seguinte: desde que se tornou obrigatório a lei da paridade, as coisas mudaram para pior. Obrigar órgãos a ter mulheres mesmo que elas não sejam competentes ou só estejam lá para fazer número é puramente ridículo. E o pior é que vocês mulheres aproveitam-se disso, não lutam em prol dos vossos direitos, não colocam as mamas em cima da mesa para dizer "Basta! Queremos estar aqui sob as mesmas condições que os homens, queremos estar aqui por mérito e não por manhices ou facilitismos". Simplesmente se aproveitam de serem levadas ao colo, porque se a lei não vos for favorável aparece logo alguma associação feminista ou de apoio às mulheres a tagarelar, já se a lei vos levar ao colo nunca há problemas. O mesmo se passa um pouco na sociedade civil: dia da mulher, noite da mulher em bares e discos, descontos para mulheres aqui e ali, idas ao estádio de graça etc. Andam a ser tratadas como se fossem deficientes, mas não se importam e não são capazes de apelar a um senso de justiça. Assim é claro que vão ter sempre que levar com "machismos" em cima.

No caso militar é evidente que elas são tratadas de forma diferente deles, há cuidados a ter para não se ser logo acusado de abusos e ninguém quer pisar o risco, ou pelo menos a maioria não está para se chatear em arranjar problemas. Por outro lado vê-se nas provas, os requisitos baixam logo para suas excelências, quase como se fossem umas coitadinhas e precisassem duma ajudinha.

Eu recuso a imagem da mulher coitadinha seja no que for! Se está a exercer determinado cargo é porque o pode fazer e chegou lá passando pelas mesmas provas que os seus camaradas ou colegas e nunca por facilitismos por determinação do género sexual. Se chegou ao posto em que está passando por provas mais fáceis então é porque algo está errado! Há que acabar com isso e criar um senso de justiça e de moral seja dentro e fora das forças armadas, chega de tratar as mulheres como deficientes e chega de serem hipócritas e comportarem-se como deficientes.

Mas como é óbvio oponho-me a qualquer forma de minar o percurso seja de homens ou de mulheres, incluindo essas "praxes" da treta, só tenho pena que a PJM não possa agir de forma eficaz e não responda perante o MJ em vez do MD.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 16, 2010, 10:37:43 pm
A PJM....conhecem a expressão...é para inglês ver?
Existe um militar dos PALOP que ficou sem os dedos das mãos num curso dos OE por amputação devido a gangrena e a PJM, contra todas as informações clínicas....e um inquérito "exaustivo"...teve como conclusões...talvez possa existir cabimento para um processo disciplinar por incúria...talvez...
Factos provados:
1. militar foi amputado;
2. amputações derivaram de gangrena;
3. a gangrena foi originada pelo não cumprimento dos STANAG'S e regras fundamentais em ambientes frios.
4. Outro militares sofreram também lesões pelo frio.
Factos dado como não provados:
1. A gangrena poderá ter "vindo" de angola...ou seja o militar já a possuia...(deve ser deve)...
2. Não se deu como provado que a gangrena foi originada pelo não cumprimento das regras e das disposições médicas;
3. Não se deu como provado que a evacuação foi efectuada contra a indicação do cmdt da unidade;
4. Testemunhas do local nada viram....(deve ser deve)...
Depois disto tudo...as conclusões que retiro é que a gangrena que originou as amputações decorreu de geração espontânea...esta é a PJM....
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Outubro 16, 2010, 10:42:19 pm
Esse não foi o que morreu pois não?
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 16, 2010, 11:48:13 pm
Que eu tenha conhecimento, e neste curso em causa não morreu ninguém mas...os relatórios médicos semanais que eram efectuados e enviados para o CTOE para enviam com o resto da evolução processual só chegaram a Lisboa quase 3 meses depois...ficaram nos pendentes em Lamego...até que existiu conhecimento na embaixada e a embaixada angolana perguntou....triste, não é?
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 17, 2010, 10:27:05 am
Malina só para saberes, as PAF para homens são 28 extenções de braços no solo, 40 abdominais em 1 minuto e o cooper é de 2400m em 12 minutos (o muro (mais baixo para mulheres), o portico e a vala (mais pequena para mulheres) não se executam nas PAF, só são executados nos testes de admissão a algo).

E acrescento que eu sou contra estas PAF, pois um pessoa quase sem treino consegue os cumprir. deveria voltar a ser 5 elevações na barra, 2500 metros em 12 minutos e os abdominais dou de barato, pois os antigos não eram lá muito saudaveis.

Existe dualidade de criterios e mesmo assim as mulheres têm problemas, como por exemplo em fazer varios obstaculos da pista de 200m enquanto que nos  homens os que têm problemas costumam ser os cromos do pelotão.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: corapa em Outubro 17, 2010, 10:43:29 am
Citar
corapa
Aquela mulher estava no fim do curso... no fim! Não me diga que precisarem de 4 ou 5 anos para verem que era incompetente... Eu não quero saber se há boas e más, ou bons e maus, isso bons e maus profissionais existem em todo o lado e nem me vou pôr aqui a divagar sobre isso, porque toda a gente sabe, agora aquela mulher, pessoas que a conhecem e sabem como era, sabiam que era competente, era apreciada por todos os camaradas e superiores. Não era uma qualquer, estava lá e tinha capacidade para isso, merecia lá estar, e viu-se o que aconteceu... Devem ter medo que uma mulher os ponha a fazer xixi sentados!

Ainda que as mulheres ainda estejam numa fase de adaptação e mudança, porque estamos e isto do direito das mulheres é MUITO recente e mentalidades tanto de nós, mulheres, como de homens, leva muito tempo a mudar, ninguém tem o direito de pisar ninguém, senão estamos a voltar atrás. E por mais verdade que a maioria das mulheres não tenha capacidade de comandar ou ser de infantaria, isto até porque a vossa mulher ideal muito provavelmente passa os dias a pintar as unhas, a arranjar o cabelo e a ter conversas fúteis e fofas, há umas que não são assim (sem serem umas autênticas machonas!) e têm capacidade e têm todo o direito de lá estar, e se chegam ao fim do curso, deve ser porque passaram pelo mesmo que os outros e têm a mesma capacidade para os outros para desempenhar uma função.
Também dessa forma muitos homens que hoje em dia são cabeleireiros, ou secretários, ou andam na moda, ou coisas do género, são encarados como gays e meninas, o contrário também acontece. Mas ninguém anda a pisar esses homens! Não façam o mesmo connosco!

Cara Malina
Continuamos a confundir o fundamental .
Mais uma vez lhe digo, ou melhor pergunto - qual é o seu conhecimento do funcionamento do Exército?
Leu com atenção o que eu escrevi?

Sim , há muitas maneiras de fazer desistir e ou chumbar um aluno  e quem esta por dentro da formação sabe-o, quem não esta ou nunca esteve não faz a minima ideia do que eu estou a falar - eu já o fiz a alguns formandos e hei-de o continuar a fazer sempre que achar que não tem condições para serem militares.
Ninguem passa e entra para o QP ( neste caso dos oficiais) ao fim do 1º ano, ou 2º ... mas sim ao fim do curso de 4 anos mais o TPO que é feito num contexto diferente, como tal, sim pode ter sido um aluno muito bom e competente durante 4 anos e chegar ao TPO e não cumprir as exigências.
Mas não é disso que se trata aqui, pois se leu com  atenção o meu post anterior eu não faço nenhuma referencia a isso até porque não conheço a militar em questão para poder opinar.
E volto a frisar para que não fiquem duvidas, sou completamente contra o que se passou
Quanto ao divagar, isso é o que a Malina esta a fazer vindo com essa conversa da "mulher ideal".
Se leu com atenção o meu post eu não falo em mulheres ideais, mas sim em mulheres com capacidade ou sem capacidade para serem competentes e cumprirem a missão.
Eu não distingo os miliares pelo sexo, mas sim pela competencia.
Para terminar, posso acrescentar ainda que o seu discurso não me surpreennde, pois é lógico, para quem vê as FFAA como um normal emprego que concorre no mercado de trabalho, com os médicos, enfermeiros, professores, etc. que tenha que haver igualdade de oportunidades como nesses ou noutros casos.
Nas FFAA há igualdade de oportunidades, fruto das obrigações legais, mas sem sombra de duvidas não há é igualdade de capacidades em todas as areas.
E antes de acabar, dou como exemplo as tropas especias - eu acompanhei e controlei as provas de 2 candidatas femininas ao curso de Comandos em 2002 e logicamente tiveram que fazer as mesmas provas que os homens, pois não há cursode Cmds para homens e curso de Cmds para mulheres e não o fizeram; como tal foram excluidas.

Cumps
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: sergio21699 em Outubro 17, 2010, 01:06:22 pm
Citação de: "tyr"
E acrescento que eu sou contra estas PAF, pois um pessoa quase sem treino consegue os cumprir. deveria voltar a ser 5 elevações na barra, 2500 metros em 12 minutos e os abdominais dou de barato, pois os antigos não eram lá muito saudaveis.

Qual a diferença dos que se faziam antes para os actuais?
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 17, 2010, 11:16:14 pm
As abdominais antigamente eram feitas elevando completamente o tronco do solo e tocando alternadamente com os cotovelos nos joelhos (os pés encontram-se no chão).  as actuais são crunches tocando com ambos os cotovelos em simultameo nos joelhos (as pernas estão a noventa graus com os pés nos espaldares).

As antigas forçavam a coluna (e a coluna juntamente com os joelhos são as partes do corpo que são normalmente mais massacradas na vida militar), as novas não.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: PILAO251 em Outubro 18, 2010, 12:10:12 am
Dona Malina
Afinal tambem há na EPI legionários. Ou metodos legionarios.
Ou sera que alguem que fugiu do museu.
Afinal...... tão certinhos que eles eram
Pela boca morre o peixe, ma chere.
Se puxar pela cabeça sabe do que estou a falar
Saude e desporto
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 18, 2010, 07:28:57 pm
PILAO251

Bem que puxei pela cabeça e fiquei na mesma. Eu nunca defendi gente sádica de lado nenhum, nem nunca disse que em Portugal só havia santos. Se você viu isso em algum lugar, demonstre-me. Quando se tem alguma coisa a dizer, ou diz-se logo ou fica-se calado.


corapa

Se elas não cumpriram, só tinham que ser mandadas embora...
E ser militar não deixa de ser um emprego comum, como muitos outros, cada um com as suas exigências. Até parece que ser militar é mais extraordinário do que se ser médico, engenheiro, arquitecto, canalizador, bombeiro, polícia ou o que quer que seja. Essa mania de tentar demonstrar que os militares são uma elite para mim passa-me ao lado. São tão cidadãos deste país como outro qualquer. Cada um tem as suas exigências e responsabilidades. Posso ter apreço mais por uns que por outros, mas como trabalhadores deste país, são iguais pois são todos necessários. Ser militar é um emprego comum com direitos e deveres especialmente atribuídos, é assinado um contrato como em qualquer trabalho, e o militar está ao abrigo do Código do Trabalho, como qualquer trabalhador, excepto algumas excepções, mas isso não é o único a ter excepções, os médicos, os polícias, os bombeiros, também têm, bem como muitos outros. O militar não é o único que dá a vida pelo país, não é o único que tem que fazer escalas ou turnos, não é o único responsável por vidas (se for o caso!),  não é o único que tem que estar alerta e sempre disponível...

Quanto ao resto, não tenho mais nada a acrescentar...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: corapa em Outubro 18, 2010, 11:04:46 pm
Citar
Até parece que ser militar é mais extraordinário do que se ser médico, engenheiro, arquitecto, canalizador, bombeiro, polícia ou o que quer que seja. Essa mania de tentar demonstrar que os militares são uma elite para mim passa-me ao lado

Cara Malina,

Continuamos a ler algo que não esta escrito!
Por acaso leu em algum dos meus textos, alguma vez isso que acabou de frisar?
Não com toda a certeza.
Então não tente utilizar esses argumentos que para mim, não servem.
Se há coisa que nunca ninguem me ouviu dizer ou escrever é que o A é melhor do que o B, ou extraordinário ou elite.
Mas continuo a dizer-lhe que por um lado, o seu completo desconhecimento do que é a vida dentro da instituição militar, lógicamente a leva a pensar assim - e aqui volto a frisar que, ouvir o que os outros contam, não conta, pois não é a mesma coisa.
Por outro lado, nos dias de hoje, a mentalidade é mesmo essa de que isto é um emprego e quem vem para as FFAA, inclusivé para o QP, vem exactamente à procura de um emprego, com um ordenado certo ao fim do mês, bastantes direitos e preferencialmente, poucos deveres - atenção que não estou a dizer que é o seu caso, apenas estou a generalizar o tipo de voluntario para as FFAA seja RV,RC ou QP.
È a geração dos direitos - eu felizmente ainda sou da geração dos deveres.

Cumps
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Lightning em Outubro 18, 2010, 11:07:02 pm
Citação de: "Malina"
São tão cidadãos deste país como outro qualquer. Cada um tem as suas exigências e responsabilidades. Posso ter apreço mais por uns que por outros, mas como trabalhadores deste país, são iguais pois são todos necessários.

Você tem direito à sua opinião, e eu também concordo que são todos necessáriuos, mas eu não posso concordar com a parte que são como um outro cidadão qualquer, um militar não é um cidadão como outro qualquer porque não tem os mesmos direitos e obrigações que um cidadão qualquer, é verdade que após o SMO só vai para militar quem quer mas o que está aqui em causa não é a vida da pessoa antes de ser militar, ou qual o método utilizado no recrutamento (SMO, RV, RC, etc), mas sim após serem militares, e estas pessoas, os militares não podem por exemplo fazer greve, não se podem negar a efectuar o seu trabalho em qualquer parte do mundo se a tal for ordenado (as missões internacionais normalmente o pessoal gosta, mas as missões nunca se deixam de cumprir, caso não haja voluntários pode haver imposições), não se pode negar a ser transferido de unidade (se forem enviados para os Açores ou Madeira ou para a outra ponta do pais de onde querem estar 2 ou 3 anos são capazes de não axar muita piada, pelo menos se for uma pessoa já de meia idade), o militar pode ser chamado em qualquer hora do dia ou da noite em qualquer dia do ano e ganha 0 euros de horas extra. Há o caso das punições/prisões militares, o que não acontece em qulquer outro trabalho, o director/patrão não pode prender o pessoal da sua empresa :lol: e talvez outras situações que são diferentes de outros empregos mas que agora não me recordo.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 19, 2010, 01:51:53 am
Lightning....concordo plenamente...

Não sei se é o caso dos outros participantes mas este tópico para mim já está fechado...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: PILAO251 em Outubro 19, 2010, 09:21:04 am
CORAPA
È a geração dos direitos - eu felizmente ainda sou da geração dos deveres.

Permita meu caro , que me junte ao clube.
Saúde e desporto

PS: Esta situação é de todo desagradável.
Todos falharam, ou deixaram chegar as coisas a um tal ponto em que perderam o dominio da situação.
Eles deveriam ser punidos exemplarmente, por terem excedido a sua competência - a Praxe, é uma farra académica, com os seus limites, em principio reconhecidos por ambas as partes.
O Cmd. da EPI por ter tentado camuflar uma situação passível de porrada, perdeu uma soberana oportunidade de incutir "xisplina".
A cadete por eventualmente não ter posto no papel o que se estava a passar.
Passei pelo COM da EPI nos princípios de 70 e estive na outra banda, tanto em França como em Angola, vi monumentais arraiais de porrada, mas não vi violência gratuita.
Esta cambada precisava duma lição á antiga portuguesa, eles para terem consciência dos seus deveres e direitos.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 19, 2010, 05:14:50 pm
Caro PILAO251...a cadete escreveu....a cadete relatou...a cadete tem processo em tribunal...os "coisas" e os "irmãos" não sabem de nada, não virão nada...oficialmente deve ter sido ela, que n aguentando se meteu dentro de um cacifo e com poderes mágicos consegui que ele fosse ao rebolo pelas escadas a baixo....irónico, não?
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 21, 2010, 02:21:50 pm
Lightning

Como não quero prolongar o off-topic, digo apenas: pense lá bem. Pense lá bem se não há profissões com deveres iguais ou muito semelhantes. Eu consigo.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Dffsilva em Outubro 21, 2010, 04:40:50 pm
Citação de: "tyr"
Malina só para saberes, as PAF para homens são 28 extenções de braços no solo, 40 abdominais em 1 minuto e o cooper é de 2400m em 12 minutos (o muro (mais baixo para mulheres), o portico e a vala (mais pequena para mulheres) não se executam nas PAF, só são executados nos testes de admissão a algo).

E acrescento que eu sou contra estas PAF, pois um pessoa quase sem treino consegue os cumprir. deveria voltar a ser 5 elevações na barra, 2500 metros em 12 minutos e os abdominais dou de barato, pois os antigos não eram lá muito saudaveis.

Existe dualidade de criterios e mesmo assim as mulheres têm problemas, como por exemplo em fazer varios obstaculos da pista de 200m enquanto que nos  homens os que têm problemas costumam ser os cromos do pelotão.

Tyr o senhor esta enganado, ou então o escrito em Diario da Republica está errado e passo a citar o DR:
"b) Prova de Aptidão Física (PAF):
Tem por finalidade verificar as capacidades motoras e a robustez
necessárias para a frequência do curso e é composta pelos seguintes
exercícios:
i) Extensões de braços no solo (número mínimo de 15 repetições);
ii) Abdominais em 1 minuto (número mínimo de 25 repetições);
iii) Corrida de 12 minutos (Teste Cooper — distância mínima de
2000 m);
iv) Transposição de Muro (60 cm de altura);
v) Passagem de Pórtico (4 metros altura).
Consideram -se excluídos os candidatos que não cumpram os mínimos
exigidos em cada um dos exercícios.

Como pode ler, não há diferença no género sexual, homens e mulheres são sujeitos as mesmas provas.

Quanto a praxe violenta que foi sujeita esta militar, é condenável...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 21, 2010, 06:58:38 pm
caro Dffsilva, eu faço as PAF de 6 em 6 meses, não venhas ensinar a missa ao padre  :P ) com as PAF.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Lightning em Outubro 21, 2010, 08:09:04 pm
Citação de: "Malina"
Lightning

Como não quero prolongar o off-topic, digo apenas: pense lá bem. Pense lá bem se não há profissões com deveres iguais ou muito semelhantes. Eu consigo.

Eu também não quero prolongar o off-topic, pode haver parecidas mas não há iguais.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Dffsilva em Outubro 21, 2010, 08:11:54 pm
Citação de: "tyr"
caro Dffsilva, eu faço as PAF de 6 em 6 meses, não venhas ensinar a missa ao padre  :P ) com as PAF.

Caro tyr, longe de mim querer ensinar-lhe algo em matérias de Exército, noutras matérias até podia  :P

Quanto aquilo que diz dos rapazes de hoje em dia, é a sua opinião, e vale o que vale.

Cumps
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: PILAO251 em Outubro 22, 2010, 01:17:45 am
Há um marinheiro Norte-americano que escreveu acerca das Campanhas do Ultramar.
Diz claramente que só mantivemos a logística, manutenção de material e rotação de pessoal, nas 3 frentes durante 13 anos, a uma distancia de milhares de Km, contra os ventos da historia e hipocrisias dos pretensos amigos, devido a uma e só uma qualidade.
Qualidade que ele próprio reconhecia que muitos povos do dito 1º mundo perderam devido á natural evolução da moderna sociedade.
Portugal á distancia de 30 anos também a perdeu. Se por um lado essa perda se insere na evolução e melhoria de qualidade de vida, leva a que se levantem este tipo de questões.
-Conversa entre uns velhinhos do Ultramar e rapaziada do Afeganistão na Carregueira.
E pá quantos é que começaram o curso, ...prá aí uns 100. Quantos acabaram.... Não deu prá formar um pelotão.
 Mas porque?....Sei lá.... Queixam-se por tudo e por nada...Se levam um empurrão mais forte desistem logo dizem que não estão prá aturar isto...Mas então por se ofereceram?? Acho que nem eles sabem...
Esta conversa não é textual mas, é verídica.
Tenho um sobrinho que passou por Timor e Afeganistão, e contou-me que, das duas, uma.
Ou se baixavam os parâmetros de dureza do curso, ou então pra formar 1 regimento, nem daqui a 5 anos.
Claro que ele dizia que se baixassem a qualidade, mais valia ir comprar a boina á feira da ladra.
Não pretendo ser drástico, nem sarcástico, mas há uma enorme diferença entre o pastor próprio da sociedade agrícola dos anos 60,70 e 80 e o puto da play station dos anos 2000, 2010.
Se por um lado nesse tempo a xisplina era incutida sem ser questionada( o que estava mal, e deu origem á natural revolta), hoje a xisplina nem é aceite, quanto mais questionada.
Esta qualidade tiem um nome, mas vou deixar pra depois.
Saude e desporto
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 22, 2010, 02:31:29 am
Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 22, 2010, 09:53:32 am
Citação de: "PILAO251"
Há um marinheiro Norte-americano que escreveu acerca das Campanhas do Ultramar.
Diz claramente que só mantivemos a logística, manutenção de material e rotação de pessoal, nas 3 frentes durante 13 anos, a uma distancia de milhares de Km, contra os ventos da historia e hipocrisias dos pretensos amigos, devido a uma e só uma qualidade.
Qualidade que ele próprio reconhecia que muitos povos do dito 1º mundo perderam devido á natural evolução da moderna sociedade.
Portugal á distancia de 30 anos também a perdeu. Se por um lado essa perda se insere na evolução e melhoria de qualidade de vida, leva a que se levantem este tipo de questões.
-Conversa entre uns velhinhos do Ultramar e rapaziada do Afeganistão na Carregueira.
E pá quantos é que começaram o curso, ...prá aí uns 100. Quantos acabaram.... Não deu prá formar um pelotão.
 Mas porque?....Sei lá.... Queixam-se por tudo e por nada...Se levam um empurrão mais forte desistem logo dizem que não estão prá aturar isto...Mas então por se ofereceram?? Acho que nem eles sabem...
Esta conversa não é textual mas, é verídica.
Tenho um sobrinho que passou por Timor e Afeganistão, e contou-me que, das duas, uma.
Ou se baixavam os parâmetros de dureza do curso, ou então pra formar 1 regimento, nem daqui a 5 anos.
Claro que ele dizia que se baixassem a qualidade, mais valia ir comprar a boina á feira da ladra.
Não pretendo ser drástico, nem sarcástico, mas há uma enorme diferença entre o pastor próprio da sociedade agrícola dos anos 60,70 e 80 e o puto da play station dos anos 2000, 2010.
Se por um lado nesse tempo a xisplina era incutida sem ser questionada( o que estava mal, e deu origem á natural revolta), hoje a xisplina nem é aceite, quanto mais questionada.
Esta qualidade tiem um nome, mas vou deixar pra depois.
Saude e desporto

O mal é geral e em todas as Tropas.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: FoxTroop em Outubro 22, 2010, 12:00:12 pm
Citação de: "Malina"
Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...

Acho que deveria ir divulgar isso aos Talibãs no Afeganistão e aos resistentes iraquianos. Pena não ter visto isso antes porque assim os "amaricados" poderiam ter ganho no Vietman, assim como os "Popov's", quando no auge do seu poder foram enterrar-se no Afeganistão.

As guerras ganham-se com vontade. Pode por a inteligencia, a força, a tecnologia, o dinheiro, etc,etc, onde quiser, mas sem a vontade...... Ardeu
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 22, 2010, 12:29:30 pm
Citação de: "FoxTroop"
Citação de: "Malina"
Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...

Acho que deveria ir divulgar isso aos Talibãs no Afeganistão e aos resistentes iraquianos. Pena não ter visto isso antes porque assim os "amaricados" poderiam ter ganho no Vietman, assim como os "Popov's", quando no auge do seu poder foram enterrar-se no Afeganistão.

As guerras ganham-se com vontade. Pode por a inteligencia, a força, a tecnologia, o dinheiro, etc,etc, onde quiser, mas sem a vontade...... Ardeu

Ah fadista!

Basicamente é isso mesmo, sem tirar nem pôr.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: corapa em Outubro 22, 2010, 05:12:19 pm
Citar
por Malina » Sexta 22 Out, 2010 2:31 am

Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...

Esta deixou-me sem palavras....
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: PILAO251 em Outubro 22, 2010, 11:04:16 pm
Dona Malina
Seja patriota
Nunca va prá tropa.
Pense no futuro do pais, se houver guerra.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 23, 2010, 01:22:21 am
Ultimamente as guerras não se perdem devido ao poder logístico....sempre a injectar material, dinheiro e meios humanos...e as guerras perpectuam-se... :wink:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 23, 2010, 10:08:02 am
Papoila concordo contigo em parte. Uma guerra quando se perpetua por norma não é bom sinal, mas há excepções. Israel ainda não era um pais reconhecido e já havia guerra e desde aí não parou. Se fores ver há inúmeros conflitos que se têm arrastado e que talvez pela aniquilação de umadas partes vá acabar em breve (os Tigres Tamil devem estar nas últimas).

Se estiveres a falar do Iraque e do Afeganistão, os EUA chegaram viram e venceram?! Não, mas na verdade fizeram uma coisa muito inteligente, passaram a batata quente para os Iraquianos na questão da guerra. Eles msnatém 50.000 militares no Iraque e treinam os Iraquianos. Em caso de haver alguma coisa que o governo não consiga lidar, há sempre o "amigo" americano. Afeganistão...vamos ver o que vai acontecer.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 23, 2010, 12:59:02 pm
PILAO251

O que você pensa não me interessa nem nunca interessou para nada.



Cabeça de Martelo

Mais espertos são eles (americanos), que metem lá o Governo que querem e as tropas são treinadas à maneira deles, como eles querem, e ainda lhes ficam agradecidos... Ou seja... têm controlo no país, mesmo que indirectamente...




FoxTroop

Desculpe lá, mas para mim força de vontade é algo que é muito mais inerente à inteligência e mentalidade de cada um do que à força bruta! E não me diga o contrário...! Força de vontade é uma capacidade mental, tal como a inteligência. Você interprete a minha frase como quiser. Aposto que muita gente percebeu a analogia.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: FoxTroop em Outubro 23, 2010, 02:23:54 pm
Citar
Desculpe lá, mas para mim força de vontade é algo que é muito mais inerente à inteligência e mentalidade de cada um do que à força bruta! E não me diga o contrário...! Força de vontade é uma capacidade mental, tal como a inteligência. Você interprete a minha frase como quiser. Aposto que muita gente percebeu a analogia

Habemus Papam  :twisted:  :twisted:  O argumento "tipo fisga", como costumava dizer um sr. intrutor muito conhecido pelo seu sentido de humor e ainda mais pela dureza com que nos castigava. Como já entendi que o seu conhecimento sobre as particularidades da vida militar é pouco passivel de mais esclarecimentos, penso que pouco mais poderia acrescentar.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 23, 2010, 08:02:54 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Papoila concordo contigo em parte. Uma guerra quando se perpetua por norma não é bom sinal, mas há excepções. Israel ainda não era um pais reconhecido e já havia guerra e desde aí não parou. Se fores ver há inúmeros conflitos que se têm arrastado e que talvez pela aniquilação de umadas partes vá acabar em breve (os Tigres Tamil devem estar nas últimas).

Se estiveres a falar do Iraque e do Afeganistão, os EUA chegaram viram e venceram?! Não, mas na verdade fizeram uma coisa muito inteligente, passaram a batata quente para os Iraquianos na questão da guerra. Eles msnatém 50.000 militares no Iraque e treinam os Iraquianos. Em caso de haver alguma coisa que o governo não consiga lidar, há sempre o "amigo" americano. Afeganistão...vamos ver o que vai acontecer.

Mas se formos a analisar..quer dseja de modo directo ou de modo indirecto..quem tem o poder logístico pelo menos não perde a guerra, isto é, tem sempre capital material e humano para lá coocar...por isso é que os Americanos vierem embora do Vietname...ainda esta hora lá estavam...não ganhavam mas também não perdiam...mas concordo com a análise.. :lol:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: PILAO251 em Outubro 23, 2010, 09:29:36 pm
Tenho que agradecer a quem me tem feito rir com algumas saidas profundas, não propriamente intelegentes.
Mas que estamos a fugir ao tema, estamos.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Malina em Outubro 24, 2010, 01:26:11 am
Foxtroop

Estamos a falar de psicologia e eventualmente anatomia humana, não de militares. Ou será que só os militares têm inteligência, força física e força de vontade?
Mais logo vai-me dizer que força de vontade é inerente à força física e não do foro psicológico e mental  :lol:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: PILAO251 em Outubro 24, 2010, 12:08:17 pm
A nossa cadete depois do que se passou não merece isto, mas...
A logistica, a força bruta ajudam imenso, mas se não houver vontade, força animica, não há guerra que se vença.
O exemplo classico do Vietname, é tipico da superior vontade dum grupo sobre outro.Os norte-americanos, não a perderam no terreno, ela foi perdida na retaguarda, por falta de vontade, de apoio, o soldado Norte-americano sentia-se traido e não apoiado, no fundo andava a fazer um frete e a deixar correr o marfim ( obviamente que não todas as unidades, as especificidades de treino de algumas faziam a diferença).
Em contra partida o combatente vietnamita, tinha toda uma cultura de resistencia atras de si. Em tempos mais recuados contra os Chineses e nos mais proximos tinha feito frente aos Japoneses, Franceses e os Camones vieram por arrasto.
Alias rechaçaram uma tentativa de invasão da tropa chinesa, na altura daquela historia do Cambodja.
B-52, desfolhantes, toneladas e toneladas de material, ( Não era o Sr.Jean Laterguy, que dizia; 1 milhão de dolares cada viet? ), nada disto serviu contra a vontade inabalavel de vencer.
O Ultramar perdeu-se, aparte remarmos contra a maré, porque a partir dum certo ponto a vontade se foi, porque?; É outra história, da mesma maneira que o 25 Abril, se venceu na Rua do Arsenal devido á falta de vontade da tripulação dos carros de lutar.
Uma guerra conduzida com inteligencia e material com fartura, abrevia de sobremaneira, mas se não houver vontade, a mesma perpetua-se ate á solução barata de passar o testemunho( o que passa no Iraque, não é mais do que a saida airosa dos camones, se bem que hoje em dia eles estão sempre lixados devido as condicionantes regras de engajamento, ou postura em combate, não sei bem qual o termo em portugues).
Não percebo nada de psicologia, mas sempre ouvi dizer em:
FAZER DAS TRIPAS CORAÇÃO    
Se isto não é psicologia aplicada, desculpem qualquer coisinha.
Não se deve confundir coragem fisica com coragem moral, são coisas distintas, pode haver muita força mas se a cabeça não acompanhar, pouco serve.
Enfiar-se num buraco, esperar que a morteirada acabe, ou carregar á baioneta sabendo que os proximos 30,40 metros poderão ser fatais, é muito diferente dum altamente condecorado oficial alemão que perante a debacle dos ultimos dias dá um tiro nos miolos, ou um empresário que se mata por causa das dividas.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 24, 2010, 12:37:27 pm
Malina, estas a confundir velocidade com andamento, estamos a confundir a estrada da Beira com a beira da estrada.
Um militar não precisa de ser nenhum Einstein (mas não ser burro como uma porta, ajuda muito).
Um militar não tem que ser nenhum mister universo (mas ter força a força e resistência física para cumprir a sua missão é fulcral).
Relativamente à força de vontade concordo, mas esquecestes te de algumas coisas importantíssimas, que são:
    Submissão (cumprir qualquer ordem legitima, por mais repugnante que ela nos seja);
    Espírito de grupo (coisa que por experiência já vi que 90% das mulheres não têm, mas que a grande maioria dos homens tem);
    Espírito de auto preservação que não ponha em causa o espírito de grupo (regra geral as mulheres têm muito do primeiro, mas o 2º é só para a sua família e amigos próximos);

PS: não confundir espírito de grupo, com vida social, pois este espírito só se vê verdadeiramente em situações em que a pessoa tem que por os seus interesses para trás em prol do grupo (e nesses interesses incluo a integridade física e a vida).
PPS: As mulheres nas forças armadas, pela minha experiência pessoal são, regra geral, melhores que os homens em: funções administrativas (isto é, se não houverem muitas mulheres na mesma secretaria); em trabalhos monótonos (não têm tanta tendência a terem brincadeiras estúpidas); a manter as instalações limpas; etc...  Mas em funções que implique força física, trabalho de grupo e violência, as mulheres regra geral não se dão muito bem (excepto em artigos de revistas politicamente correctas).
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 24, 2010, 03:55:26 pm
Caro tyr eu até pensava que dizia uns coisas acertadas...mas essas percentagens são como se custuma dizer...."ao Deus  me livre"....se não quer que seja acusado de ser, digamos injusto...não generalize, porque se cai no erro...nao considero que só quem está na parte operacional seja o "bom militar" e os que estão no apoio sejam um parente pobre....se o rancho geral não cozinhar bem, se as instalações não estiverem em bom estado de conservação, se não existir uma boa politica de saúde, se os militares não considerarem que as suas dificuldades são atendidas...isso tudo é resolvido pelos militares dos serviços de apoio....Por isso eu custumo dizer que todos somos importantes dentro das nossas funções e missões....e não me venha dizer que os homens é que são isto e aquilo e as mulheres o contrário...as pessoas são únicas e como únicas tem caracteristicas que as evidênciam...para o bem e para o mal..
Já agora...o meu melhor faxina...era homem... c34x
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 24, 2010, 06:22:25 pm
Cara papoila, o que queria dizer não era que os homens são melhores que as mulheres, quis foi dizer que uns são melhores numas coisas e outros noutras.
E existem sempre excepções, quer pela positiva, quer pela negativa.
Mas tenho que dar a mão à palmatoria, pois em vez de dizer a grande maioria, mandei um numero para o ar. Sendo que esse numero pode estar aproximado ou afastado da realidade, mas quando digo que regra geral (o que implica que existem excepções) as mulheres não têm grande espírito de grupo, digo o infelizmente por já o ter verificado inúmeras vezes.

Depois, o quem esta na parte operacional por vezes tem menos trabalho e mais louros, enquanto que os que os apoiam, são geralmente esquecidos (por exemplo o pessoal dos ranchos gerais e messes). Mas isso não implica que tenham menos valor. Implica sim que têm funções menos glamourosas. E que quando alguém quer entrar para o exercito regra geral quer coisas mais operacionais (obviamente existem excepções).
E para mim o "bom militar" é aquele que pode desempenhar na plenitude a função que lhe estiver atribuída, que cumpre as ordens que lhe são dadas sem hesitar e que dá sempre o seu máximo para cumprir a missão que lhe tiver sido atribuída. Quer  essa missão seja executar um golpe de mão, quer seja limpar umas latrinas, quer seja tratar dos espaços verdes da unidade, quer seja...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papoila em Outubro 24, 2010, 10:31:02 pm
Citação de: "tyr"
Cara papoila, o que queria dizer não era que os homens são melhores que as mulheres, quis foi dizer que uns são melhores numas coisas e outros noutras.
E existem sempre excepções, quer pela positiva, quer pela negativa.
Mas tenho que dar a mão à palmatoria, pois em vez de dizer a grande maioria, mandei um numero para o ar. Sendo que esse numero pode estar aproximado ou afastado da realidade, mas quando digo que regra geral (o que implica que existem excepções) as mulheres não têm grande espírito de grupo, digo o infelizmente por já o ter verificado inúmeras vezes.

Depois, o quem esta na parte operacional por vezes tem menos trabalho e mais louros, enquanto que os que os apoiam, são geralmente esquecidos (por exemplo o pessoal dos ranchos gerais e messes). Mas isso não implica que tenham menos valor. Implica sim que têm funções menos glamourosas. E que quando alguém quer entrar para o exercito regra geral quer coisas mais operacionais (obviamente existem excepções).
E para mim o "bom militar" é aquele que pode desempenhar na plenitude a função que lhe estiver atribuída, que cumpre as ordens que lhe são dadas sem hesitar e que dá sempre o seu máximo para cumprir a missão que lhe tiver sido atribuída. Quer  essa missão seja executar um golpe de mão, quer seja limpar umas latrinas, quer seja tratar dos espaços verdes da unidade, quer seja...

Nem mais...falou numa função que na minha opnião é muito menosprezada ou diminuida digamos..o pessoal dos ranchos gerais...os outros militares ainda estão a lavar a cara e já eles trabalham à cerca de uma hora...os outros militares já estão a dormir, passear ou no café...e eles ainda trabalham...é na minha opinião das funções mais pesadas em termos de carga de trabalho...
Tyr penso que sejas militardo activo..esse espírito de de profissionalismo, pq é disso que se trata, neste momento nas FA não existe ou é muito diminuído...espírito de profissionalismo é cumprir atenpadamente e com o máximo rigor e impenho...eu sou Enfermeira Militar, e seria mentira que gosto ou tenho empatia com todos os meus doentes ou que todas as minhas funções me agradam de igual modo...mas são as minhas funções e dou o meu melhor, o meu máximo, o meu limite...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: papatango em Outubro 25, 2010, 10:44:17 pm
Citação de: "tyr"
PPS: As mulheres nas forças armadas, pela minha experiência pessoal são, regra geral, melhores que os homens em: funções administrativas (isto é, se não houverem muitas mulheres na mesma secretaria); em trabalhos monótonos (não têm tanta tendência a terem brincadeiras estúpidas); a manter as instalações limpas; etc... Mas em funções que implique força física, trabalho de grupo e violência, as mulheres regra geral não se dão muito bem (excepto em artigos de revistas politicamente correctas).
Por estranho que pareça, já ouvi várias teses que afirmam, que as mulheres são emocionalmente muito mais resistentes que os homens. Ou seja: Estão dispostas a lutar durante mais tempo. Estará relacionado com instinto maternal, uma característica da natureza que parece dar às femeas forças adicionais para lutar pelas crias.
As mulheres normalmente serão mais coerentes e ponderadas ao tomar decisões, sendo por isso melhores estrategas.

Curiosamente há uma lenda portuguesa sobre a defesa da praça de Monção durante as guerras fernandinas no século XIV, que afirma que a mulher do alcaide defendeu a cidade de um cerco, utilizando a «manha» para levar os castelhanos a desistir. Reza a lenda que estando Monção cercada e quase sem víveres, Deuladeu Martins mandou fazer pão com o resto do trigo que havia, deitando-o muralha fora e oferecendo o pão aos castelhanos com a frase «Se esperais render-nos pela fome, aqui tendes para vossa ajuda.»

Temos também a curiosidade de a mais memoravel vitória militar portuguesa sobre os castelhanos, também estar directamente ligada com a lenda da padeira de Aljubarrota.
Ou seja: As nossas lendas dão às mulheres na guerra, um papel e uma importância que merece ser estudado.
Nenhum país cria heroínas, sem que haja razões muito fortes e objectivas para o fazer.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: tyr em Outubro 25, 2010, 11:38:37 pm
Citação de: "papatango"
Por estranho que pareça, já ouvi várias teses que afirmam, que as mulheres são emocionalmente muito mais resistentes que os homens. Ou seja: Estão dispostas a lutar durante mais tempo. Estará relacionado com instinto maternal, uma característica da natureza que parece dar às femeas forças adicionais para lutar pelas crias.
As mulheres normalmente serão mais coerentes e ponderadas ao tomar decisões, sendo por isso melhores estrategas.

Tambem ja ouvi essas teses, mas pelo que esperienciei (sobretudo nas situações em que existe muita pressão fisica e/ou psicologica), deduzo que o instinto feminino é principalmente de autopreservação e preservação da prol, enquanto o homem tem o instinto de se necessario sacrificar-se pelo bem do grupo.
E o ser mais ponderado a tomar decisões, por vezes implica que em situações que precepcionam como de risco para a sua integridade fisica, ponderam em autoprezervar-se e fazer chantagem emocional (tantas vezes que tive que ir tirar meninas em modo lapa de cima do portico (mas com os rapazes, mesmo os cromos do pelotão costuma ser suficiente mandar dois ou três berros e se isso não funcionar meter o resto do pelotão à cambalhota)).

A lenda de Monção revela inteligencia de uma portuguesa (que foi de uma mulher, mas poderia ter sido um homem).
Relativamente à padeira de aljubarrota, conheço pelo menos duas militares de que me lembre, que mandariam uma real malha de porrada na maiorira dos homens.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Trafaria em Outubro 26, 2010, 12:13:39 am
Nao será por acaso que ainda está para aparecer a primeira que consiga concluir o curso do OE da PSP.
Creio que o de OP também nao, mas neste nao tenho a certeza.

Não sao lendas, está documentado.
A Brites era forte que nem um touro, meia amalucada e toda a vida fora violenta.
Gosto muito mais da Deladeu Martins, feminina, dura e muito inteligente...  :wink:
Hustórias lindas... que todos os miúdos deveriam saber de cor para com elas aprenderem...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 26, 2010, 10:47:11 am
Ainda no último curso para o Corpo de Intervenção a única que se apresentou nem passou nos fisicos. É pena, aposto que havia muito menino das claques que não se importava de apanhar de uma destas... :lol:

A única mulher que eu vi que se aguentava à bombaca era a 1ª Rosa, as outras mal saiam do Pinhal do BI...toca acartar com elas. :cry:

PS: não sei para quê tanta polémica, hoje em dia são todos uns bandos de frouxos, tanto eles como elas (é claro que eu também ouvia isso dos Cabos que ainda eram do tempo da FAP. :oops:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Junho 02, 2011, 04:20:53 pm
Aquando da noticia da violência nos fuzileiros, a primeira página deste tópico apareceu hoje no jornal da tarde da RTP1.  :mrgreen:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: nelson38899 em Junho 02, 2011, 06:17:58 pm
Citação de: "HSMW"
Aquando da noticia da violência nos fuzileiros, a primeira página deste tópico apareceu hoje no jornal da tarde da RTP1.  :mrgreen:

o video que vi, não mostra nada

http://tv2.rtp.pt/noticias/?t=Marinha-condena-agressao-a-antigo-recruta.rtp&headline=20&visual=9&article=448024&tm=8

aqui está o video

http://tv2.rtp.pt/noticias/?t=Casos-graves-de-violencia-entre-militares-sucedem-se-em-todo-o-mundo.rtp&headline=20&visual=9&article=448026&tm=8
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: HSMW em Junho 03, 2011, 01:48:35 am
Ao minuto 1:14. Somos melhores que a agência Lusa.  :mrgreen:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: PereiraMarques em Junho 03, 2011, 02:23:28 am
Citação de: "HSMW"
Ao minuto 1:14. Somos melhores que a agência Lusa.  :mrgreen:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg29.imageshack.us%2Fimg29%2F5509%2Fsemttuloclf.jpg&hash=20a5cb3bdec3b0daf77e6b9053395ee5)
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 03, 2011, 11:05:55 am
Se é verdade o que eu ouvi, que o individuo em questão foi "incentivado" a aplicar-se mais, porque estavam fartos de serem praxados pelos graduados porque ele não fazia a sua parte...bendita esfrogona! :twisted:  :roll:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
Enviado por: Lusitanian em Junho 15, 2011, 01:45:52 pm
Epá é assim: sempre foi assim na vida militar. O meu pai e tios disseram mesmo isso. Isso sempre aconteceu, e é normal. Sim é normalissimo. Ele proprio diz que já participou nessa "praxe" quando andava na Marinha. Lá o espirito é de criar união, confiança, camaradagem, honra, dever. E isso funciona como? Uma unidade inteira trabalhando como equipa. Se todos são castigados por causa de um aluno que recusa fazer certas coisas, ou que não esforça, então os outros encarregam-se de o "incentivar". Sempre foi assim e sempre será. Os médias gostam imenso de dramatizar tudo e qualquer coisa, e depois como não é obrigatório o Recrutamento, logo boa parte da população não participa nisso, o que faz com que alguma situações presenciadas ou vistas sejam "chocantes". Deviam pensar que aquilo era muito amor, amigaços do peito, conversinhas de confiança e "acreditar em ti mesmo"  :? ...epá é vida militar, aquilo é duro, pesado, e impedioso (não tanto credo). Aquilo acontece de vez em quando, e só porque meteram um video, já é polémico? Para mim a culpa é de não haver obrigatoriedade de servir nas Forças Armadas, por um X de meses, e outra é largamente dos médias, que são uns palhaços que gostam e adoram dramatizar, e escrevem "Agressão, Polémica, Praxe Violenta" e tudo mais alguma coisa só para captar audências.
Uns são mais violentos, outros são mais "chatos" como o do video do recruta, mas tudo vai dar ao mesmo, "incentivo á militar". Atenção que não falo de praxes ou castigos, como levar um poderoso pontapé na boca, pegar no gajo e atirá-lo contra a parede, dar golpadas na cabeça. Pois isso não são praxes ou castigos, são mesmo gajos em que são espancados violentamente. Falo apenas de pancadas que todos nós alguma vez na vida apanhamos.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: PereiraMarques em Outubro 25, 2011, 09:28:23 am
Citar
Portaria n.º 767/2011

Por portaria de 03 de Outubro de 2011 de S. Ex.ª o Chefe do Estado-
-Maior do Exército, após Despacho de 03 de Outubro de 2011 de S. Ex.ª o
Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional exarado sobre Oficio
da DGPRM, ingressaram no Quadro Permanente da Arma de infantaria
no posto de alferes, nos termos do artigo 213.º e da alínea c) do n.º 1 do
artigo 68.º ambos do EMFAR, os seguintes militares:

Aspirante, 06491905, Luís Augusto Ferreira Calado, 15,13
Aspirante, 05541206, Pedro Daniel de Barros Gonçalves Meneses,
14,35
Aspirante, 09807804, Gonçalo Amaro Bernardo Pereira, 14,18
Aspirante, 08676306, Miguel Alexandre das Neves Nunes Gameiro,
14,03
Aspirante, 05084403, Luís Miguel da Cunha Medeiros, 13,72
Aspirante, 11577805, José Afonso Fontinha André, 13,72
Aspirante, 10861604, Marco André Oliveira Lopes, 13,49
Aspirante, 12807602, Gabriel António de Sousa Batista, 13,41
Aspirante, 15066900, João Salvador das Neves Correia, 13,40
Aspirante, 12984805, Cláudio Daniel Torres da Cruz, 13,30
Aspirante, 11719805, Cláudio Miguel Henriques Pires, 13,26
Aspirante, 11744906, Marco António Ribeiro Caldas Domingues,
13,25
Aspirante, 10747105, Amadeu Jorge de Figueiredo Lopes, 13,09
Aspirante, 15471605, André Árias Miranda Novais, 13,06
Aspirante, 13436705, Joaquim José Correia da Silva Tavares, 12,92
Aspirante, 03786205, Tiago de Vilarigues Baião, 12,85
Aspirante, 16358404, Mauro André da Fonseca Ferreira, 12,78
Aspirante, 02441104, Márcio Filipe dos Santos Pinto, 12,53
Aspirante, 05551000, Michael Rodrigues Cabral, 12,24
Aspirante, 11803004, Andreia Verónica Martins Freitas, 12,03

Entretanto já existe uma mulher nos Quadros Permanentes da Arma de Infantaria.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 25, 2011, 02:01:16 pm
Aposto que foi para Infantaria porque não tinha média para mais nada... :roll:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: Trafaria em Outubro 25, 2011, 02:27:55 pm
Like!   :wink:
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: papoila em Outubro 25, 2011, 06:46:54 pm
E acabou pq ficava altamente suspeito fazerem o mesmo que fizeram à anterior....
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: quimbolas em Outubro 25, 2011, 09:34:15 pm
Citação de: "PereiraMarques"
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Portaria n.º 767/2011


Aspirante, 11803004, Andreia Verónica Martins Freitas, 12,03

Entretanto já existe uma mulher nos Quadros Permanentes da Arma de Infantaria.

Já existiam várias, oficial é que é a primeira.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: PereiraMarques em Outubro 26, 2011, 12:54:32 pm
Citação de: "quimbolas"
Citação de: "PereiraMarques"
Citar
Portaria n.º 767/2011


Aspirante, 11803004, Andreia Verónica Martins Freitas, 12,03

Entretanto já existe uma mulher nos Quadros Permanentes da Arma de Infantaria.

Já existiam várias, oficial é que é a primeira.

Exacto, expliquei-me mal.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: Trafaria em Outubro 26, 2011, 08:59:48 pm
Em que ano é que eles têm de escolher a arma?
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: HSMW em Outubro 26, 2011, 09:06:07 pm
No fim do 1º. Se não tiver mudado.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: Trafaria em Outubro 26, 2011, 09:31:33 pm
Portanto isso de certa forma deita por terra aquela de que só vai para infantaria quem não pôde escolher outra arma.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 27, 2011, 10:32:28 am
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23 - Pode concorrer-se a mais de um curso da Academia Militar?


O candidato pode inscrever-se num ou mais cursos de acordo com as disciplinas específicas que possui; Os candidatos considerados APTOS em todas os pré-requisitos ficam na situação de aprovados no Concurso de Admissão; os candidatos são ordenados por nota de candidatura dentro de cada curso e escolhem numa reunião final na presença de todos os candidatos qual o curso que pretende ingressar no 1º ano na AM.

Aposto que a Arma com médias mais baixas é Infantaria.
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: AlphaMike em Novembro 05, 2011, 11:04:59 pm
Só falta saber a data desta notícia...
Título: Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violent
Enviado por: PereiraMarques em Dezembro 31, 2011, 05:23:25 pm
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A primeira Oficial de infantaria do sexo feminino.
A vitória sobre um dogma

Alf Inf Andreia Freitas

Dedico este artigo aos camaradas do meu curso
que sempre acreditaram em mim e à minha parelha.
Não é pretendido com este artigo elogiar ou até
mesmo, pelo contrário, criticar alguém. O que se pretende
é fazer passar o conhecimento do que é o TPOI
para uma mulher e, com isto, explicar o porquê de
uma mulher ser diferente. Contudo, não quer dizer que
tenha de ser tratada de forma diferente. Esta é, sem
dúvida, a parte mais difícil de explicar, dado que as
mulheres querem ser tratadas com igualdade.
É esperado alterar opiniões, quem sabe!

Artigo completo em: http://www.exercito.pt/sites/EPI/Public ... 192DEC.pdf (http://www.exercito.pt/sites/EPI/Publicacoes/Documents/AZ%20192DEC.pdf)