Programa Espacial Brasileiro

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Programa Espacial Brasileiro
« em: Julho 20, 2016, 08:41:01 pm »
Especialistas discutem projetos da área espacial brasileira



O Grupo Interfaces de Lançamento (GIL 1/2016), organizado pela Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 60-1, reuniu-se no primeiro encontro do ano, no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), para discutir detalhes da Operação Rio Verde e o orçamento da Agência Espacial Brasileira (AEB) para o biênio 2016 e 2017. Também foram apresentadas as principais atividades e projetos do setor espacial brasileiro em andamento.

No encontro ainda aconteceu a Reunião de Acompanhamento de Interfaces (RAI), que abordou os requisitos necessários para o sucesso do lançamento do foguete brasileiro VSB-30, que levará a bordo quatros experimentos científicos e tecnológicos selecionados pelo Programa Microgravidade da AEB.

O VSB-30 é um veículo suborbital com dois estágios de propulsão sólida com capacidade de transportar cargas úteis de 400 Kg, para experimentos na faixa de 270 Km de altitude. Para experimentos em ambiente de microgravidade, o VSB-30 permite que a carga útil permaneça cerca de seis minutos acima da altitude de 110 Km.

A execução da Operação Rio Verde foi apresentada pelo engenheiro do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Eduardo Dore Roda. O engenheiro do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Mauro Melo Dolinsky ressaltou a importância de o CLA utilizar uma nova antena de telemetria e a necessidade do retorno da operação do radar meteorológico. O cronograma e a possibilidade de realizar a operação no próximo mês de outubro foram discutidos pelo grupo.

Experimentos

Os experimentos selecionados pela Comissão de Coordenação do Programa Microgravidade foram apresentados aos participantes pelo tecnologista do IAE, José Bezerra Pessoa Filho. Os experimentos escolhidos para serem observados em ambiente de microgravidade são de pesquisadores e docentes de universidades brasileiras.

O foguete suborbital VSB-30 levará quatro experimentos em seu voo, como a Solidificação de Ligas Eutéticas em Microgravidade, do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Chen Ying Na. Ao longo do mesmo voo, também serão observados os Efeitos da Microgravidade Real no Sistema Vegetal de Cana-de-Açúcar, da professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Katia Castanho Scortecci.

Os outros dois experimentos correspondem  à Plataforma de Aquisição para Análise de Dados de Aceleração II (PAANDA II), do professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Marcelo Carvalho Tosin, e as Novas Tecnologias de Meios Porosos para Dispositivos com Mudança de Fase, da professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marcia Barbosa Henriques Mantelli.

Os serviços básicos desses experimentos, como suporte mecânico, energia, comunicação, estabilização e sistema de recuperação serão fornecidos pela plataforma suborbital que será transportada ao espaço na parte superior do veículo VSB-30.

O diretor da área de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, Marco Antônio Vieira de Rezende, apresentou a situação orçamentária da Agência para 2016 e 2017, e destacou as medidas tomadas para diminuir os prazos de liberação de crédito e os obstáculos enfrentados para captar recursos a serem empregados no Programa Espacial Brasileiro (PEB).

As dificuldades do planejamento orçamentário devido às incertezas políticas e financeiras que envolvem todo o país, também foram destacadas pelo diretor.

O programa de lançamentos previsto para 2016, a previsão de futuros lançamentos, como por exemplo, a Operação Mutiti, com o VS-30/Orion, para 2017, as missões dos veículos lançadores, como o VLA-1, VS-43, VS-50 e o VLM-1 e projetos afins, além das obras, revitalização e operacionalidade nos Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN) e do CLA foram pautas de discussão deste primeiro encontro.

Participaram da primeira reunião do GIL 2016 cerca de 50 especialistas do setor espacial brasileiro, entre militares e servidores civis pertencentes Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), DCTA, AEB, IAE, e dos centros de lançamento do CLA e do CLBI. A próxima reunião do grupo está prevista para acontecer no segundo semestre deste ano.

Ivan Plavetz
Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB) -Coordenação de Comunicação Social (CCS)

FONTE: http://tecnodefesa.com.br/especialistas-discutem-projetos-da-area-espacial-brasileira-em-alcantara/
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #1 em: Julho 20, 2016, 09:20:20 pm »
Programa Espacial Brasileiro - VEÍCULOS LANÇADORES

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Os veículos lançadores ou foguetes espaciais são peças fundamentais para o desenvolvimento da astronáutica, sendo capazes de lançar ao espaço instrumentos como sondas interplanetárias que revelam segredos de planetas distantes e satélites com variadas funções. O desenvolvimento desses veículos, orbitais e sub-orbitais, é de importância estratégica, pois garante a necessária autonomia para o acesso ao espaço.

O Brasil, por meio do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA) e da indústria aeroespacial, concebeu e produziu um bem-sucedido conjunto de veículos de sondagem. Esses foguetes proporcionaram a realização de inúmeros experimentos científicos e tecnológicos.

O domínio da tecnologia dos foguetes de sondagem serviu de base para o desenvolvimento de um Veículo Lançador de Satélites (VLS), um artefato de quatro estágios, com cerca de 50 toneladas na decolagem, capaz de lançar satélites de 100 Kg a 350 Kg, em altitudes de 200 Km a 1000 Km.

Foguetes de Sondagem

Os foguetes de sondagem são utilizados para missões suborbitais de exploração do espaço, capazes de lançar cargas-úteis compostas por experimentos científicos e tecnológicos. O Brasil possui veículos operacionais dessa classe, que suprem boa parte de suas necessidades, com uma história bem-sucedida de lançamentos.

O projeto iniciou-se em 1965, quando o foguete Sonda I fez o voo inaugural, primeiro lançamento de um foguete nacional. Esse lançamento foi realizado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI). Durante um período de 12 anos, foram realizados mais de 200 experimentos com foguetes desse tipo.

A política de envolvimento crescente das universidades e centros de pesquisa no programa espacial vem acarretando uma demanda maior desses veículos, o que tem levado à continuação de sua produção.

SONDA I



O Sonda I foi projetado para ser aplicado em estudos da alta atmosfera e se destinava a transportar cargas-úteis meteorológicas de 4,5 kg a 70 km de altitude. Esse foguete serviu, principalmente, como escola no campo de propelentes sólidos e outras tecnologias e para o desenvolvimento de foguetes de curto alcance.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 3,1 m
Diâmetro máximo: 0,127 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 59 kg
Massa da Carga-Útil: 4,5 kg
Apogeu: 70 km

SONDA II



A partir de 1966, o Sonda I evoluiu para o foguete monoestágio Sonda II, desenvolvido para transporte de cargas-úteis científicas e tecnológicas, de 20 Kg a 70 Kg, para experimentos na faixa de 50 Km a 100 Km de altitude, com inovações tecnológicas em relação ao Sonda I, como novas proteções térmicas, novos propelentes e eletrônica modernizada.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 4,534 m
Diâmetro máximo: 0,300 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 368 kg
Massa da Carga-Útil: 70 kg
Apogeu: 100 km

SONDA III



Em 1969, o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) iniciou o desenvolvimento do foguete biestágio Sonda III. Ele utiliza propelente sólido e é capaz de transportar cargas-úteis científicas e tecnológicas de 50 Kg a 150 Kg para experimentos na faixa de 200 Km a 650 Km de altitude.

Esse veículo recebeu, pela primeira vez, sistemas de instrumentação completo, de separação de estágios, de ignição para o segundo estágio, de teledestruição, de controle de altitude dos três eixos da carga-útil, de recuperação da carga no mar, além de muitos dispositivos eletrônicos. O primeiro protótipo voou em 26 de fevereiro de 1976.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 6,985 m
Diâmetro máximo: 0,557 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 1.548 kg
Massa da Carga-Útil: 150 kg
Apogeu: 650 km

SONDA IV



A partir de 1974, foram desenvolvidos foguetes equipados com sistemas de pilotagem automática, que levou ao projeto do foguete biestágio Sonda IV. Este utiliza propulsores carregados com propelente sólido, visando obter o domínio das tecnologias imprescindíveis para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). O Sonda IV foi utilizado para o transporte de cargas-úteis científicas e tecnológicas de 300 Kg a 500 Kg para experimentos na faixa de 700 Km a 1000 Km de altitude.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 9,185 m
Diâmetro máximo: 1,000 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 6.917 kg
Massa da Carga-Útil: 500 kg
Apogeu: 1000 km

 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #2 em: Julho 20, 2016, 09:23:44 pm »
VSB 30



Em 2004, tiveram início os lançamentos do VSB-30 , versão do foguete VS-30 acrescido de um estágio para aumentar a capacidade de carga-útil e tempo de microgravidade. O desenvolvimento do veículo começou em meados de 2000, fruto de uma cooperação entre as agências espaciais Brasileira (AEB) e Alemã (DLR).

O VSB-30 é um veículo de 12 metros de comprimento e mais de duas toneladas, criado para contribuir com o avanço da ciência ao permitir a execução de experimentos, sejam científicos, sejam tecnológicos. Sua letras significam Veículo de Sondagem Booster – 30.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 12,6 m
Diâmetro máximo: 0,57 m
Nº de estágios: 2
Massa Total: 2.570 kg
Massa da Carga-Útil: 400 kg
Apogeu: 270 km

VS 30



Nos meados da década de 1980, começou o desenvolvimento, no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do foguete de sondagem monoestágio, o VS-30. Ele corresponde ao primeiro estágio do Sonda III. Este foguete pode efetuar missões com cargas-úteis científicas e tecnológicas de até 260 kg em trajetórias de 160 km de apogeu.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 7,428 m
Diâmetro máximo: 0,557 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 1.460 kg
Massa da Carga-Útil: 260 kg
Apogeu: 160 km

VS 40



Em 2 de abril de 1993, foi lançado, com sucesso, o foguete VS-40, com o objetivo de realizar teste do quarto estágio do Veículo Lançador de Satélites (VLS), em ambiente de vácuo. O veículo atingiu o apogeu com 950 km altitude, e um alcançou 2.680 km. Este foguete pode efetuar missões com cargas-úteis científicas e tecnológicas de até 500 kg em trajetórias de 650 km de apogeu.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 6,725 m
Diâmetro máximo: 1,000 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 6.235 kg
Massa da Carga-Útil: 500 kg
Apogeu: 650 km

VLS



Em 2 de abril de 1993, foi lançado, com sucesso, o foguete VS-40, com o objetivo de realizar teste do quarto estágio do Veículo Lançador de Satélites (VLS), em ambiente de vácuo. O veículo atingiu o apogeu com 950 km altitude, e um alcançou 2.680 km. Este foguete pode efetuar missões com cargas-úteis científicas e tecnológicas de até 500 kg em trajetórias de 650 km de apogeu.

Ficha Técnica:
Comprimento total: 6,725 m
Diâmetro máximo: 1,000 m
Nº de estágios: 1
Massa Total: 6.235 kg
Massa da Carga-Útil: 500 kg
Apogeu: 650 km

FONTE: http://www.aeb.gov.br/programa-espacial/veiculos-lancadores/


 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #3 em: Julho 20, 2016, 10:03:55 pm »




VLS


Antenas do BDA I


Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI 11)


Lançamento do VS 40 com carga útil


Mock up do VLS


Base de Lançamento de Foguetes de Alcântara, no Estado do Maranhão


Câmara de Testes


VLS


VSB 30


VSB 30


VSB 30 - Lançamento na Suécia
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #4 em: Julho 20, 2016, 10:06:47 pm »
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #5 em: Julho 20, 2016, 10:09:53 pm »
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #6 em: Julho 20, 2016, 10:19:40 pm »

Lançamento do Cubesat Brasileiro AESP 14 da Estação Espacial
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #7 em: Julho 20, 2016, 10:24:06 pm »

Centro de Lançamento de Alcântara
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #8 em: Setembro 19, 2016, 07:26:58 pm »
Primeiros resultados do demonstrador de propulsão hipersônica



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Os primeiros resultados experimentais do demonstrador tecnológico de propulsão hipersônica aspirada 14-X com ocorrência de combustão supersônica foram apresentados pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAV) durante o IX Congresso Nacional de Engenharia Mecânica (CONEM), realizado em Fortaleza (CE).

Os dados são resultado de observação da combustão supersônica em um modelo de testes obtidos no Túnel de Vento Hipersônico Pulsado T3 do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV e após múltiplas interações entre estudos teóricos e experimentais. Além disso, foram publicadas algumas das primeiras análises teóricas do 14-X com ênfase em parâmetros de desempenho, bem como diversos resultados experimentais voltados à investigação aerodinâmica do demonstrador e estudos para a seleção de materiais e configuração estrutural do veículo para ensaio em voo.

A observação experimental da combustão supersônica foi obtida como parte do trabalho de mestrado em andamento do aluno Ronaldo de Lima Cardoso, orientado pelo pesquisador doutor do IEAV, Paulo Gilberto de Paula Toro, chefe da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica.

“Estes resultados representam um marco na pesquisa em scramjet no Brasil, pois comprovam maturidade do desenvolvimento para avançar à próxima etapa, os ensaios em voo planejados para os próximos anos”, analisou o capitão-engenheiro Giannino Ponchio Camillo, da Subdivisão de Hipersônica Experimental da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV.

O demonstrador tecnológico 14-X é produto do grupo de Pesquisa de Propulsão Hipersônica 14-X (PROPHIPER), um projeto estratégico do Comando da Aeronáutica (COMAER) conduzido no IEAV. De acordo com o oficial, a tecnologia de propulsão hipersônica aspirada, chamada de scramjet (Supersonic Combustion Ramjet), é tida como promissora para o desenvolvimento de sistemas eficientes e seguros de acesso ao espaço, no futuro.

“O diferencial é ser capaz de fornecer aceleração à carga útil em regimes de voo de elevadas velocidades, a partir de três vezes a velocidade do som, utilizando, para isso, ar da própria atmosfera, em oposição ao que fazem os motores-foguetes atuais, que precisam levar o oxidante a bordo”, disse. FONTE: http://tecnodefesa.com.br/primeiros-resultados-do-demonstrador-de-propulsao-hipersonica/

 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #9 em: Setembro 19, 2016, 07:31:30 pm »
Brasil e Portugal discutem perspectivas de cooperação na área espacial



Citar
Nesta semana, a Agência Espacial Brasileira (AEB) recebeu a visita do ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior de Portugal, Manuel Heitor. No encontro com os diretores de Orçamento e Administração, Iram Mota, de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Petrônio de Souza, e o assessor internacional, André Rypl, o ministro português apresentou as perspectivas de cooperação com o Brasil em ciência e tecnologia, na área espacial e sua interação com os oceanos.

O ministro levantou a possibilidade de cooperação com enfoque no Atlântico, utilizando os Açores como centro de coleta de dados. “A iniciativa reflete o esforço do país em melhor utilizar o posicionamento estratégico de Portugal e suas ilhas no oceano Atlântico”, afirmou Manuel Heitor, que ainda citou como exemplo a possibilidade de cooperação na área de dados e observação da Terra por meio do uso de antena de comunicação satelital localizada nos Açores.

O desejo é estreitar os laços com o Brasil em nova agenda científica, que poderia ter no Atlântico um campo de ensaio e estudo. A ideia, segundo o ministro, é abrir novos horizontes na cooperação científica e tecnológica com ampliação da colaboração bilateral no espaço.

Portugal já se aproximou de outros países no hemisfério sul como Argentina, Colômbia e África do Sul.

Workshop

A realização de um workshop no Brasil em novembro para estruturar as iniciativas de cooperação na área espacial e de oceanos, também foi uma das propostas do ministro português.

O encontro deverá possibilitar o fomento de diálogo entre governo, academia e empresa, além de promover o intercâmbio de pessoas e empresas da área tecnológica do Brasil e Portugal. A AEB propôs que o workshop seja realizado em São José dos Campos (SP), pela proximidade do Parque Tecnológico, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de universidades e indústrias.

O objetivo da proposta portuguesa é desenvolver um conjunto de projetos na área de ciência e tecnologia espacial. Já o Brasil teria interesse em compor iniciativas com Portugal em aplicações espaciais, nanossatélites, coleta de dados, estudos de oceanos, clima e mudanças climáticas, clima espacial, comando e controle para missões espaciais, navegação, educação e formação de recursos humanos.



Na área de cooperação educacional, o Brasil identificou o programa Sistema Espacial para Realização de Pesquisas e Experimentos com Nanossatélites (SERPENS) e o Centro Vocacional Tecnológico Espacial (CVT), voltado para o conhecimento científico e tecnológico na área espacial, a ser inaugurado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), na cidade de Parnamirim (RN).

O ministro Manuel Heitor mostrou o desejo de formular plano de longo prazo (10 a 15 anos) para organizar as atividades de cooperação, com foco na área espacial. Ele explicou que Portugal, não possui, ainda, agência espacial, embora o país participe ha 15 anos da Agência Espacial Europeia (ESA). “Portugal tem apenas o chamado “Grupo do Espaço”, o que reforça a necessidade de criação de uma agência própria”, afirmou o ministro.

Manuel Heitor informou que iria propor ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, a realização da Semana de Ciência e Tecnologia Brasil-Portugal, prevista para ser realizada em março ou abril de 2017 no Brasil.

Ele também propôs o estabelecimento de um evento anual, com alternância de sede entre os dois países.

FONTE: http://tecnodefesa.com.br/brasil-e-portugal-discutem-perspectivas-de-cooperacao-na-area-espacial/
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #10 em: Dezembro 14, 2016, 02:25:41 pm »
Operação Rio Verde: Foguete VSB-30 é lançado no CLA



O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), base localizada no Maranhão, realizou na última semana o lançamento do quarto foguete suborbital VSB-30. O veículo levou a bordo a carga útil MICROG2, contendo oito experimentos científicos e tecnológicos, atendendo à primeira chamada do 4º Anúncio de Oportunidades do Programa Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB).

O lançamento faz parte da Operação Rio Verde, iniciada no último dia 20 de novembro no CLA. A campanha, coordenada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), teve por objetivo principal realizar o lançamento do veículo VSB-30 V11 e rastrear a carga útil MICROG2 com posterior resgate em alto mar. O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), atuou como estação remota de rastreio.

O veículo foi lançado às 11horas e 10 minutos, pelo horário local, com duração total de voo de 11min e 04seg. A carga útil com experimentos de instituições de ensino e pesquisa nacionais foi recuperada no litoral maranhense por helicópteros H-60 Black Hawk da FAB.



“Pode-se afirmar que vários objetivos da Operação Rio Verde foram plenamente atingidos. Entretanto, o veículo não proporcionou aos experimentos os esperados seis minutos de voo em ambiente de microgravidade. A recuperação da carga útil no mar foi bem sucedida e, analisando os dados recebidos por telemedidas, poderemos avaliar o desempenho do veículo, que deverá constar do relatório final da operação, a ser elaborado nos próximos 30 dias”, explicou o coronel Avandelino Santana Junior, coordenador geral da Operação Rio Verde.

Durante o voo, os experimentos embarcados transmitiram dados via telemetria que possibilitarão aos pesquisadores responsáveis aprimorarem estudos como controle térmico de equipamentos eletrônicos tanto no espaço como em terra, utilização de sensores para determinação de atitude de sistemas espaciais, acompanhamento das mudanças de fase de amostras distintas de materiais no espaço, desenvolvimento de um GPS de aplicação espacial capaz de determinar a latitude, longitude e altitude da carga-útil durante todas as fases do voo de um foguete, qualificação de sistema de segurança que impede a ignição não programada de veículos espaciais e desenvolvimento de um sequenciador de eventos pirotécnicos e comutação de energia.

RESGATE

Os Esquadrões Harpia (7º/8º GAv), Netuno (3º/7º GAv) e Aeroterrestre de Salvamento (EAS) participaram do resgate da carga útil do foguete lançado pelo CLA. Os esquadrões tiveram o apoio do 1º/1º Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC) da FAB. A carga pesava cerca de 500 Kg e caiu a cerca de 30 Km da costa do CLA.

O tenente Diogo Surigue Uzeda Ferreira estava no helicóptero que transportou os militares do EAS até o local e foi o responsável por localizar a carga. “O ambiente de recuperação da carga útil é o mar aberto onde as referências são escassas e a visualização de um objeto se torna extremamente difícil. A preparação envolveu mais de dez dias de planejamento, treinamentos diários, padronizações e testes com simulacro da carga útil”, explicou.

Quatro militares do EAS desceram por meio de guincho para amarrar a carga que depois foi içada por outro helicóptero. O voo com as duas aeronaves H-60L Black Hawk e um P-95 Bandeirulha durou cerca de 02 horas e 30 minutos.


FONTE:  http://tecnodefesa.com.br/operacao-rio-verde-foguete-vsb-30-e-lancado-no-cla/
 

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Lusitano89

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« Última modificação: Janeiro 07, 2017, 05:40:58 pm por Lusitano89 »
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #12 em: Janeiro 24, 2017, 01:27:17 pm »
Avibras firma contrato com Aeronáutica para produção dos motores S50 do Veículo Lançador de Microssatélite – VLM-1



A Avibras encerra o ano com um importante marco para a história do setor Aeroespacial Brasileiro, reafirmando a sua posição de destaque nesta área como uma das pioneiras na participação em programas de pesquisa espacial.

Na quinta-feira, dia 22, o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) sediou a assinatura do contrato de produção dos motores S50 para os projetos VS-50 e VLM-1, representando um momento especial para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites.

O evento teve a participação do presidente da Avibras João Brasil Carvalho Leite, do vice-presidente Comercial Brasil e Américas e Relações Institucionais José de Sá Carvalho Júnior e demais representantes da empresa, do diretor geral do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), Ten Brig do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral, do diretor do IAE, Brig Eng Augusto Luiz de Castro Otero e do Diretor de Projetos da FUNCATE (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais), Dr. Donizeti Andrade.

Este contrato encerra um extenso trabalho iniciado em setembro de 2015 com a elaboração do Termo de Referência nº 024/2015, no qual o IAE solicitou à FUNCATE a elaboração do Pedido de Oferta para o fornecimento de oito motores S-50, necessários para todas as fases dos projetos VS-50 e VLM-1, até o primeiro voo dos protótipos de cada projeto.

Após mais de um ano de análise dos volumes gerencial, técnico e comercial, onde os profissionais do IAE e do GAC-EMBRAER aprofundaram as discussões nas três áreas, chegou-se à Oferta Final Revisão C, de novembro de 2016, da única ofertante, a Avibras Divisão Aérea e Naval S.A.

Ao longo dos próximos vinte e seis meses a empresa deverá industrializar o projeto do motor S50 e produzir seis motores e seus acessórios, e será acompanhada por técnicos do IAE e do IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial) para o bom desempenho do contrato do ponto de vista técnico e de qualidade, e pela FUNCATE do ponto de vista gerencial, financeiro e administrativo. Os dois motores restantes serão objeto de Termo Aditivo ao contrato, após a revisão, submissão e aprovação de Termo Aditivo ao Convênio 001/2015, entre o IAE e a FUNCATE, para o desenvolvimento do VLM-1.

FONTE:  https://www.avibras.com.br/site/midia/noticias/212-avibras-firma-contrato-com-aeronautica-para-producao-dos-motores-s50-do-veiculo-lancador-de-microssatelite-vlm-1.html
 

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Lusitano89

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #13 em: Janeiro 24, 2017, 05:40:31 pm »
 

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Re: Programa Espacial Brasileiro
« Responder #14 em: Fevereiro 04, 2017, 08:49:49 pm »
Satélite brasileiro SGDC será lançado pelo foguete Ariane 5 no próximo mês de março



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São Paulo, 3 de fevereiro de 2016 – O Satélite Geoestacionário para Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), de duplo emprego (civil e militar), construído pela Thales Alenia Space para o Brasil, está pronto para embarque para a plataforma de lançamento Kourou, na Guiana Francesa, de onde será lançado pelo foguete Ariane 5 no próximo mês de março.

A Thales Alenia Space assinou o contrato do SGDC com a Visiona (uma joint venture entre a Embraer e a Telebrás) no fim de 2013. Esse programa desempenha papel-chave no plano de desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), ao mesmo tempo em que atende os requisitos estratégicos do Ministério da Defesa. O satélite foi projetado para satisfazer dois objetivos principais: a implementação de um sistema seguro de comunicações via satélite para as Forças Armadas e o governo brasileiro, e para o suporte à instalação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), coordenado pela Telebrás, que visa reduzir o fosso digital existente no país. O SGDC é parte integrante da estratégia brasileira de reforço da sua independência e soberania.

A AEB e a Thales Alenia Space também assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) referente a um ambicioso plano de transferência de tecnologia, concebido para dar apoio ao desenvolvimento do programa espacial brasileiro.

A parceria ganha-ganha entre a Thales Alenia Space e o Brasil já rendeu muitos frutos:

A empresa estabeleceu uma unidade no parque tecnológico de São José dos Campos, no Brasil, para trabalhar de perto com seus clientes e parceiros.

Cumpriu seu compromisso de transferência de competências, uma vez que mais de 30 engenheiros brasileiros foram treinados para todas as técnicas de engenharia espacial, supervisionados pela equipe do programa da Thales Alenia Space.
Um painel de apoio com bateria de alumínio, produzido pela companhia brasileira CENIC, já foi integrado ao satélite SGDC..
O fechamento de contratos de transferência de tecnologia com indústrias brasileiras está em andamento, a fim de permitir seu envolvimento com futuros projetos espaciais.

Sobre a Thales Alenia Space

A Thales Alenia Space possui 40 anos de experiência em projetos, integração, testes e operação de sistemas espaciais inovadores para telecomunicação, navegação, observação da Terra, gerenciamento ambiental, exploração, ciência e infraestruturas orbitais. Em uma joint venture realizada entre a Thales (67%) e Leonardo (33%), a Thales Alenia Space junta-se à Telespazio para formar as companhias controladoras “Space Alliance” (Aliança Espacial), oferecendo uma completa gama de serviços e soluções. A Thales Alenia Space construiu uma inigualável experiência em missões duplas (civil e militar), constelações, cargas úteis flexíveis de alto rendimento, altímetro, meteorologia e radares de alta resolução e observação óptica, assim como exploração espacial. A companhia capitaliza-se em forte legado enquanto faz da inovação a chave de sua estratégia. Oferecendo fluxo contínuo de novos produtos e expandindo sua pegada global, a Thales Alenia Space estabeleceu liderança no setor espacial hoje, evoluindo rapidamente. A Thales Alenia Space apresentou receitas consolidadas excedendo 2,1 bilhões de Euros em 2015 e possui 7.500 funcionários em nove países. Visite a companhia no site: www.thalesaleniaspace.com

DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação

FONTE: http://www.aereo.jor.br/2017/02/03/satelite-brasileiro-sgdc-sera-lancado-pelo-foguete-ariane-5-no-proximo-mes-de-marco/