A agências fizeram uma interpretação incorrecta das últimas tentativas do governo, é verdade, mas não podemos deixar-nos levar pela emoção barata.
Talvez uma interpretação intencional.
Não se pode acabar com as agências de Rating.
Não há apenas três há imensas, o que acontece é que as três maiores são americanas.
A solução mais viável, é tentar reestabelecer o equilíbrio. Se as agências avaliam os seus clientes então essa avaliação não deveria ser recíproca?? Pois bem, se os clientes dessas agências as avaliassem reduzia-se o risco de flutuação financeira.
Eu até propunha algo do género:
A--> Avaliação idónea, sem especulação
B--> Avaliação geralmente idónea, com o alguma possibilidade de ser especulativa
C--> Avaliação tendencialmente idónea, com algumas fundamento especulativo
D--> Avaliação tendencialmente especulativa
E--> Avaliação especulativa
E tanto poderia ser Portugal a avaliá-las como a UE ou a CM de Lisboa. No final a avaliação final dessa agência seria traduzida numa média que poderia ser interpretada pelos investidores de forma mais viável.
As agências são necessárias para avaliar o risco e sem elas fica ainda mais dificil fazer qualquer tipo de negócio.
Numa altura em que o crédito é complicado, é essencial haver quem analise o risco, seja a nível de empresas seja a nível de países.
Como já disse, estas empresas analisam o risco, mas serão elas próprias isentas de terceiras intenções?? Foi provado durante esta semana que não.
O que foi declarado lixo, foram os títulos da dívida pública portuguesa, porque se considera que Portugal não vai ter dinheiro para cumprir os compromissos.
Dinheiro que não nos faltaria se os se tivessem mantido estáveis certo?? Eu dou um exemplo...
A empresa X tem um orçamento de 1000€ mensais o que perfaz um orçamento de 12000€ anuais, desse orçamento 80% 9600€ são para salários e os restantes destinados ao pagamento de créditos (um dívida) mas a empresa tinha persuposto uma taxa de juros 3% mas quando chega ao final do ano verifica-se que a taxa se situou nos 4.5%, o que significa que essa empresa entrou em défice... O que se passa com Portugal e Grécia é algo do género, as dotações orçamentais são incapazes de prever factores como a especulação, o que agrava ainda mais a situação.
Portugal andou a vender papéis no mercado internacional, dizendo que esses papeis tinham a garantia do Estado Português, que os converteria em dinheiro e pagaria juros.
O que as agências estão a dizer, é que quem comprar esses papeis, está a comprar algo sem valor, porque nem que a vaca tussa Portugal vai conseguir pagar.
Esses papeis são por isso «junk» que traduzido à letra não é exatamente «lixo», o que seria «garbagge». O correto seria dizer que a divida tem o valor de sucata ou ferro-velho.
Se não fossem as agências de rating a taxa de juro sobre a dívida nacional teria, provavelmente, continuado a oscilar entre os 3% e os 5%, e para o qual havia dotação orçamental... Mas houve alguém que quis ganhar uns trocos, infelizmente.
Temos que nos lembrar que não foi a Moody's nem a S&P que pediram dinheiro emprestado para gastar em Euros 2004 e em auto-estradas que vão de lado nenhum a nenhures.
Talvez seja verdade aí em Alfacinha city... Mas é incrível, roçando o insalubre, o facto de a maioria daqueles que vivem no litoral se esquecem daqueles, como eu, que vivem no interior e beneficiam de muitas dessas infra-estruturas, é quase como se fossemos cidadãos de segunda, aconselho-o a meditar e a por o seu EU egocêntrico e a analisar a afirmação que proferiu.
A culpa não é da Moody´s
A culpa tem um nome: José Sócrates Pinto de Sousa, que vai agora para França estudar filosofia e no qual votaram quase 30% dos portugueses.
E muitos dos que votaram nesse repugnante bandido, estão agora a protestar contra a Moody's. :roll:
Obviamente o anterior governo tem culpas, mas serão só desse governo?? Não me parece, no Japão é considerado falta de respeito apontar o dedo, a vida não se resume a um sim ou a um não, tanta culpa tem o Sócrates, como as agências de rating, como os palhaços que se recusam a pagar impostos... ou aqueles que simplesmente querem mais uns trocos, vulgo, especuladores.