A única coisa de que podemos estar certos, é que o tópico "gerra civil na russia" não vai acabar tão cedo.
A situação é absurda.
O presidente da Russia, de manhã, acusa o grupo Wagner de alta traição, mas à tarde dá-lhes amnistia e proteção ...
Putin estava aflito durante a manhã, mas com alguma confiança. À medida que as horas passavam no entanto, o grupo Wagner avançava e o pouco que foi feito para o deter, não serviu de nada.
Vários helicópteros destruidos e barricadas feitas com carros da construção civil, para deter os militares profissionais do grupo Wagner.
Ainda assim, Prigozhin entendeu que, quando chegasse a Moscovo, a superioridade técnica das suas forças ía deparar-se com demasiados problemas. Moscovo não é Bakhmut.
A Wagner avançou 1000 quilometros desde Rostov até ao sul de Moscovo. Os batedores da Wagner, andaram desde a madrugada, até ao fim da tarde, a uma velocidade média de 50 a 60 km/h e praticamente ninguém os deteve.
Forças da Rosgvardia e do FSO estavam já a controlar as ruas de Moscovo. Prigozhin não conseguiria nada, mas a guerra chegaria à capital russa e se Moscovo pegar fogo, toda a Russia pode pegar fogo.
Putin sai desta trapalhada amolgado, amassado e ferido. Há rumores de que o ministro da defesa e o chefe do Estado-maior russo poderão ser removidos dentro de alguns dias ou semanas e isto seria uma demonstração de fraqueza.
Ninguém sabe para onde vai o Prigozhin e as suas forças. A Bielorussia é uma possibilidade.
Por outro lado, o governo de Putin, coloca na ordem os outros dezassete exércitos privados, todos eles mais pequenos que a Wagner.
Tudo isto confirma a extraordinaria instabilidade que existe na Russia, por detrás da imagem de governo forte. A China, olha para isto com um olhar de espanto. Tudo o que a China não quer, baderna, revoltas, indisciplina, é o que a Russia mostra ter em demasia.
A possibilidade de envio do grupo Wagner para a Bielorussia por seu lado, vai criar ainda mais problemas, não para o Putin, mas para o Lukashenko, que bem precisa de quem o apoie...