Combate a fogos pela F.A.P.

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #360 em: Agosto 12, 2016, 02:21:11 pm »
Citação de: miguelbud
Em relaçao ao sistema MAFFS, um amigo meu que esteve na FAP na altura em que estes existiram colocou isto no FB.

Citar
Quando o sistema MAFFS foi abandonado há mais de 20 anos, além das negociatas de agora, houve dois factores decisivos: A calda retardante era altamente corrosiva e estava a fazer mossa nos C-130 que a largavam e os aparelhos (conjuntos de skid, depósitos, válvulas, tubagens e controlos) estavam velhos e no fim da vida útil. O custo de substituição era, na altura, muito elevado. O custo de manutenção acrescido aos C-130 - além da óbvia ameaça à integridade estrutural a médio prazo - era também importante.
Dos estados unidos ao Brasil vejo os MAFFS tanto a serem empregues com calda retardante como com água.


Não entendo esta panca da FAP se desfazer dos Kamov, mais valia dizer a verdade: não temos pessoal especializado para os pilotar e não cremos material não-nato.

A FAP já percebeu que um "bom esquema" para financiar o heli ligeiro substituto do Alouette III é convencer o governo a vender os Kamov e depois "dizer" que os substitutos vão servir para o combate às chamas...A Marinha também conseguiu convencer aqui muito gente no FD que os submarinos são bons para combate ao contrabando e vigilância marítima  :o
E os submarinos não são bons para combate ao contrabando e vigilância marítima porque, já agora?
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Dois Beriev russos chegam na próxima madrugada a Monte Real para combaterem incêndios.

Os aparelhos são disponibilizados ao abrigo de um protocolo de proteção civil assinado entre os dois países em 1998.

O primeiro avião chega às 4:00 da madrugada e o seguinte uma hora depois. Ambos aterram em Monte Real e estarão operacionais amanhã.

O Be-200 Altair é um avião anfíbio que abastece em rio e barragens em pleno voo. Tem capacidade para 12 mil litros de água, mais do dobro do Canadair.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-08-12-Avioes-russos-a-caminho-de-Portugal
Aparentemente o Beriev que para cá não servia por uma carradas de razões apontada pelos "experts" agora já serve. Vêm dois a Caminho de Portugal... ::)



Saudações
« Última modificação: Agosto 12, 2016, 02:24:30 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #361 em: Agosto 12, 2016, 06:56:00 pm »
Em relaçao ao sistema MAFFS, um amigo meu que esteve na FAP na altura em que estes existiram colocou isto no FB.

Citar
Quando o sistema MAFFS foi abandonado há mais de 20 anos, além das negociatas de agora, houve dois factores decisivos: A calda retardante era altamente corrosiva e estava a fazer mossa nos C-130 que a largavam e os aparelhos (conjuntos de skid, depósitos, válvulas, tubagens e controlos) estavam velhos e no fim da vida útil. O custo de substituição era, na altura, muito elevado. O custo de manutenção acrescido aos C-130 - além da óbvia ameaça à integridade estrutural a médio prazo - era também importante.

Estão a ver?! Se a FAP tivesse continuado no combate aos incêndios florestais, a esta hora já tínhamos C-130J ou A400M!

Cumprimentos,
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #362 em: Agosto 12, 2016, 07:32:06 pm »
Citação de: miguelbud
Em relaçao ao sistema MAFFS, um amigo meu que esteve na FAP na altura em que estes existiram colocou isto no
Citar
Dois Beriev russos chegam na próxima madrugada a Monte Real para combaterem incêndios.

Os aparelhos são disponibilizados ao abrigo de um protocolo de proteção civil assinado entre os dois países em 1998.

O primeiro avião chega às 4:00 da madrugada e o seguinte uma hora depois. Ambos aterram em Monte Real e estarão operacionais amanhã.

O Be-200 Altair é um avião anfíbio que abastece em rio e barragens em pleno voo. Tem capacidade para 12 mil litros de água, mais do dobro do Canadair.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2016-08-12-Avioes-russos-a-caminho-de-Portugal
Aparentemente o Beriev que para cá não servia por uma carradas de razões apontada pelos "experts" agora já serve. Vêm dois a Caminho de Portugal... ::)



Saudações

Bem abastecer em rios e barragens em pleno voo essa para mim é nova........ se a aeronave não amarar não enche os tanques de agua, isso é certo, é mais uma dos nossos especialistas em aeronáutica, a não ser que tenham sistemas para reabastecimento aéreo, mas só o possam efectuar sobre rios ou barragens, pois podem sofrer algum incidente/acidente.....estas infos só mesmo lidas porque contadas ninguém acredita. :conf: :conf: :conf: :conf: :rir: :rir: :rir: :rir:

http://www.harpiadefense.com.br/beriev-200_38.html



http://wildfiretoday.com/tag/be-200/page/2/




Abraços e cuidado com os rios e barragens nos próximos dias....... ;)
« Última modificação: Agosto 12, 2016, 07:56:20 pm por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #363 em: Agosto 12, 2016, 09:22:51 pm »
Citar
Aparentemente o Beriev que para cá não servia por uma carradas de razões apontada pelos "experts" agora já serve. Vêm dois a Caminho de Portugal...

E os "experts" têm toda a razão, e digo mais, não serve por razões económicas....

... do bolso dos "experts"

E digo mais, haverão alguns pilotos da força aérea para os quais não será muito interessante se o governo adquirir meios para a FAP.
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #364 em: Agosto 12, 2016, 11:16:26 pm »
Houve uma entrevista muito interessante no Jornal da noite na RTP2 onde o MD fala de praticamente todos os assuntos que mais se discutem aqui no fórum.

Substituição dos C-130
Substituição da esquadrilha de helicópteros
Combate aos incêndios pela Fap
Limitações do exército devido aos poucos efectivos (8000..)

Se alguém encontrar online pff coloque aqui. Eu infelizmente onde estou não o consigo fazer
 

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Alvalade

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #365 em: Agosto 12, 2016, 11:53:48 pm »
Houve uma entrevista muito interessante no Jornal da noite na RTP2 onde o MD fala de praticamente todos os assuntos que mais se discutem aqui no fórum.

Substituição dos C-130
Substituição da esquadrilha de helicópteros
Combate aos incêndios pela Fap
Limitações do exército devido aos poucos efectivos (8000..)

Se alguém encontrar online pff coloque aqui. Eu infelizmente onde estou não o consigo fazer

http://www.rtp.pt/play/p2243/e246669/jornal-2

Para variar o entrevistador não faz a mínima ideia do que está a falar.
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 12:12:18 am por Alvalade »
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #366 em: Agosto 13, 2016, 12:00:26 am »
http://www.rtp.pt/play/p2243/e246669/jornal-2

Para variar o entrevistador não faz a mínima ideia do que é está a falar.
(Ainda não acabei de ver totalmente a reportagem/entrevista.) É o problema deste país. O Zé Povinho está completamente desactualizado e desinformado em relação às forças armadas.

EDIT: LOL. O entrevistador a falar no 390... O mafets que envie ao homem as fotos e os vídeos do sistema MAFFS para os C-295.

Cumprimentos,
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 12:12:10 am por Get_It »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #367 em: Agosto 13, 2016, 12:38:12 am »
Só aqui uma questão, o sistema maffs para os C-295 já está no "mercado" ou apenas ainda em testes? Caso esteja operacional seria muito bom se se comprassem 4 sistemas desses, melhor ainda se cada um desses sistemas trouxesse um avião novo à volta.

Quanto ao KC-390 para combate de incêndios, infelizmente não o vejo a ter grande sucesso em Portugal com o tipo de orografia que temos, qualquer critica que se aponte ao Beriev pode também ser apontada ao KC-390.

Não seria muito mais interessante investir de vez (como até já esteve planeado) em Canadairs como fazem todos ou outros países?
2 Canadairs e 4 C-295 com maffs resolviam muitos dos nossos problemas.
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 12:45:37 am por Edu »
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #368 em: Agosto 13, 2016, 06:28:51 am »
Só aqui uma questão, o sistema maffs para os C-295 já está no "mercado" ou apenas ainda em testes? Caso esteja operacional seria muito bom se se comprassem 4 sistemas desses, melhor ainda se cada um desses sistemas trouxesse um avião novo à volta.

Quanto ao KC-390 para combate de incêndios, infelizmente não o vejo a ter grande sucesso em Portugal com o tipo de orografia que temos, qualquer critica que se aponte ao Beriev pode também ser apontada ao KC-390.

Não seria muito mais interessante investir de vez (como até já esteve planeado) em Canadairs como fazem todos ou outros países?
2 Canadairs e 4 C-295 com maffs resolviam muitos dos nossos problemas.

Eu gostaria de saber qual é o problema da orografia em Portugal que impede que aeronaves como o C390 de utilizar um sistema de combate aos FF.







É que se um DC10-30 Avião pesado Bombardeiro com trinta e mais anos, com um payload de 45 tons, sim 45 Tons, e com um PMD de 260 tons, consegue executar estas missões com a orografia e aos niveis de voo que vemos nos Estados Unidos, como é que um C390, acft médio, de 70 Tons, com um quarto do peso do DC10-30, aeronave nova, desenhada e construida, com a última tecnologia, está limitada pela nossa orografia ???
Tenham dó e não digam asneiras, como não devem ter amigos para concretizar os negócios com essses modelos de aeronaves o mais fácil é dizer burrices como essas, a ignorância, a aldrabice e a chico-espertice, no seu melhor !!!

« Última modificação: Agosto 13, 2016, 10:37:28 am por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #369 em: Agosto 13, 2016, 06:53:13 am »
Houve uma entrevista muito interessante no Jornal da noite na RTP2 onde o MD fala de praticamente todos os assuntos que mais se discutem aqui no fórum.

Substituição dos C-130
Substituição da esquadrilha de helicópteros
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Se alguém encontrar online pff coloque aqui. Eu infelizmente onde estou não o consigo fazer

Pois, pois, é mais do mesmo a que já estamos habituados faz muitos anos !!!!!
Deve ser do calor que os FF provocam, anda tudo muito quente, daqui a umas semanas já nada desse equipamento é necessário ou importante, a ver vamos como diz o ceguinho !!!!

Abraços
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #370 em: Agosto 13, 2016, 10:00:29 am »
Só aqui uma questão, o sistema maffs para os C-295 já está no "mercado" ou apenas ainda em testes? Caso esteja operacional seria muito bom se se comprassem 4 sistemas desses, melhor ainda se cada um desses sistemas trouxesse um avião novo à volta.
Em Dezembro do ano passado ainda andava em testes. Talvez já esteja a ser certificado.



Os romenos nos últimos anos têm andado a trabalhar com a Caylum para equipar os C-27J deles com um MAFFS.

Quanto ao KC-390 para combate de incêndios, infelizmente não o vejo a ter grande sucesso em Portugal com o tipo de orografia que temos, qualquer critica que se aponte ao Beriev pode também ser apontada ao KC-390.
C-130J, 390, A400M... qualquer destas aeronaves consegue utilizar um sistema MAFFS. Mas entretanto o C-130J é o único que tem vários sistemas no mercado há muitos anos.

Não seria muito mais interessante investir de vez (como até já esteve planeado) em Canadairs como fazem todos ou outros países?
2 Canadairs e 4 C-295 com maffs resolviam muitos dos nossos problemas.
Como o tenente escreveu, terminando a época dos incêndios florestais volta tudo ao normal e já não é preciso nada de meios aéreos. Este é um problema que muito facilmente se resolvia, bastava andar para aí a gastar dinheiro em contratos com amigalhaços para haver dinheiro para isto tudo.

Existindo capacidade de combate aos incêndios na FAP (fosse apenas helicópteros ligeiros ou também aviões) acaba-se com o monopólio das empresas privadas.

Cumprimentos,
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 10:04:27 am por Get_It »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #371 em: Agosto 13, 2016, 10:58:07 am »
Só aqui uma questão, o sistema maffs para os C-295 já está no "mercado" ou apenas ainda em testes? Caso esteja operacional seria muito bom se se comprassem 4 sistemas desses, melhor ainda se cada um desses sistemas trouxesse um avião novo à volta.

Quanto ao KC-390 para combate de incêndios, infelizmente não o vejo a ter grande sucesso em Portugal com o tipo de orografia que temos, qualquer critica que se aponte ao Beriev pode também ser apontada ao KC-390.

Não seria muito mais interessante investir de vez (como até já esteve planeado) em Canadairs como fazem todos ou outros países?
2 Canadairs e 4 C-295 com maffs resolviam muitos dos nossos problemas.

É que se um DC10-30 Avião pesado Bombardeiro com trinta e mais anos, com um payload de 45 tons, sim 45 Tons, e com um PMD de 260 tons, consegue executar estas missões com a orografia e aos niveis de voo que vemos nos Estados Unidos, como é que um C390, acft médio, de 70 Tons, com um quarto do peso do DC10-30, aeronave nova, desenhada e construida, com a última tecnologia, está limitada pela nossa orografia ???
Tenham dó e não digam asneiras, como não devem ter amigos para concretizar os negócios com essses modelos de aeronaves o mais fácil é dizer burrices como essas, a ignorância, a aldrabice e a chico-espertice, no seu melhor !!!

Mas se juntar a essa orografia que diz ser igual (e eu não sei se é) umas aldeolas lá pelo meio se calhar o caso muda um pouco de figura. Depois talvez ainda não se tenha dado conta que a filosofia de emprego de meios aéreos em Portugal é diferente daquela que se vê nas fotografias que postou.

Nas fotografias que postou faz-se um combate de contenção com calda retardante, o objectivo é deitar calda nas zonas circundantes do incêndio por forma a atrasar a sua progressão.
Em Portugal maioritariamente faz-se um ataque directo com água ao foco das chamas.

Em que é que isto influência no tipo de utilização da aeronave? Bem enquanto no primeiro caso a aeronave segue um trajecto em linha recta e altitude relativamente mais elevada, visto que a calda retardante mais dificilmente se dissipa no ar. No segundo caso o ataque com água tem de ser muito mais localizado, e a menor altitude para a água não se dissipar (evaporar) até chegar ao foco do incêndio. Assim requer-se uma superior manobrabilidade das aeronaves que fazem ataque directo.

Compara-se um pouco com bombardeamento táctico de precisão ou bombardeamentos estratégicos (carpet bomb) como faz um B-52.

A pergunta que se coloca é se o primeiro tipo de combate a incêndio se poderia utilizar em Portugal. Talvez pudesse, mas daquilo que me recordo no passado chegou-se a utilizar calda retardante e havia à posteriori muitas queixas de agricultores e população.

A outra pergunta que se coloca é se há a necessidade de me classificar as minha opiniões como "burrices como essas, a ignorância, a aldrabice e a chico-espertice, no seu melhor !!!" ?. Eu diria que não, mas se o senhor acha que isto eleva a discussão, esteja à vontade.
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #372 em: Agosto 13, 2016, 11:01:52 am »
Só aqui uma questão, o sistema maffs para os C-295 já está no "mercado" ou apenas ainda em testes? Caso esteja operacional seria muito bom se se comprassem 4 sistemas desses, melhor ainda se cada um desses sistemas trouxesse um avião novo à volta.

Quanto ao KC-390 para combate de incêndios, infelizmente não o vejo a ter grande sucesso em Portugal com o tipo de orografia que temos, qualquer critica que se aponte ao Beriev pode também ser apontada ao KC-390.

Não seria muito mais interessante investir de vez (como até já esteve planeado) em Canadairs como fazem todos ou outros países?
2 Canadairs e 4 C-295 com maffs resolviam muitos dos nossos problemas.

É que se um DC10-30 Avião pesado Bombardeiro com trinta e mais anos, com um payload de 45 tons, sim 45 Tons, e com um PMD de 260 tons, consegue executar estas missões com a orografia e aos niveis de voo que vemos nos Estados Unidos, como é que um C390, acft médio, de 70 Tons, com um quarto do peso do DC10-30, aeronave nova, desenhada e construida, com a última tecnologia, está limitada pela nossa orografia ???
Tenham dó e não digam asneiras, como não devem ter amigos para concretizar os negócios com essses modelos de aeronaves o mais fácil é dizer burrices como essas, a ignorância, a aldrabice e a chico-espertice, no seu melhor !!!

Mas se juntar a essa orografia que diz ser igual (e eu não sei se é) umas aldeolas lá pelo meio se calhar o caso muda um pouco de figura. Depois talvez ainda não se tenha dado conta que a filosofia de emprego de meios aéreos em Portugal é diferente daquela que se vê nas fotografias que postou.

Nas fotografias que postou faz-se um combate de contenção com calda retardante, o objectivo é deitar calda nas zonas circundantes do incêndio por forma a atrasar a sua progressão.
Em Portugal maioritariamente faz-se um ataque directo com água ao foco das chamas.

Em que é que isto influência no tipo de utilização da aeronave? Bem enquanto no primeiro caso a aeronave segue um trajecto em linha recta e altitude relativamente mais elevada, visto que a calda retardante mais dificilmente se dissipa no ar. No segundo caso o ataque com água tem de ser muito mais localizado, e a menor altitude para a água não se dissipar (evaporar) até chegar ao foco do incêndio. Assim requer-se uma superior manobrabilidade das aeronaves que fazem ataque directo.

Compara-se um pouco com bombardeamento táctico de precisão ou bombardeamentos estratégicos (carpet bomb) como faz um B-52.

A pergunta que se coloca é se o primeiro tipo de combate a incêndio se poderia utilizar em Portugal. Talvez pudesse, mas daquilo que me recordo no passado chegou-se a utilizar calda retardante e havia à posteriori muitas queixas de agricultores e população.

A outra pergunta que se coloca é se há a necessidade de me classificar as minha opiniões como "burrices como essas, a ignorância, a aldrabice e a chico-espertice, no seu melhor !!!" ?. Eu diria que não, mas se o senhor acha que isto eleva a discussão, esteja à vontade.

Penso, e digo penso que o Sr Edu, não faz parte do lote dos chicos espertos e ignorantes que decidem e assinam os contratos de aquisição de meios aéreos para o combate aos FF, como tal os adjectivos proferidos não lhe são dirigidos.
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 11:16:37 am por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #373 em: Agosto 13, 2016, 11:15:49 am »
Quanto ao KC-390 para combate de incêndios, infelizmente não o vejo a ter grande sucesso em Portugal com o tipo de orografia que temos, qualquer critica que se aponte ao Beriev pode também ser apontada ao KC-390.

Não seria muito mais interessante investir de vez (como até já esteve planeado) em Canadairs como fazem todos ou outros países?
2 Canadairs e 4 C-295 com maffs resolviam muitos dos nossos problemas.


É que se um DC10-30 Avião pesado Bombardeiro com trinta e mais anos, com um payload de 45 tons, sim 45 Tons, e com um PMD de 260 tons, consegue executar estas missões com a orografia e aos niveis de voo que vemos nos Estados Unidos, como é que um C390, acft médio, de 70 Tons, com um quarto do peso do DC10-30, aeronave nova, desenhada e construida, com a última tecnologia, está limitada pela nossa orografia ???
Tenham dó e não digam asneiras, como não devem ter amigos para concretizar os negócios com essses modelos de aeronaves o mais fácil é dizer burrices como essas, a ignorância, a aldrabice e a chico-espertice, no seu melhor !!!



Mas se juntar a essa orografia que diz ser igual (e eu não sei se é) umas aldeolas lá pelo meio se calhar o caso muda um pouco de figura. Depois talvez ainda não se tenha dado conta que a filosofia de emprego de meios aéreos em Portugal é diferente daquela que se vê nas fotografias que postou.

Ora bem o que muda onde quer que seja é o método de combate aos incêndios pelos meios aéreos se são de ataque localizado ou á zona caro Edu.

Citar
Nas fotografias que postou faz-se um combate de contenção com calda retardante, o objectivo é deitar calda nas zonas circundantes do incêndio por forma a atrasar a sua progressão.
Em Portugal maioritariamente faz-se um ataque directo com água ao foco das chamas.

Claro em Portugal os meios aéreos já são escassos para o combate reativo quanto mais para acções preventivas !

Citar
Em que é que isto influência no tipo de utilização da aeronave? Bem enquanto no primeiro caso a aeronave segue um trajecto em linha recta e altitude relativamente mais elevada, visto que a calda retardante mais dificilmente se dissipa no ar. No segundo caso o ataque com água tem de ser muito mais localizado, e a menor altitude para a água não se dissipar (evaporar) até chegar ao foco do incêndio. Assim requer-se uma superior manobrabilidade das aeronaves que fazem ataque directo.

O combate á zona, quando os FF são de enormes proporções, e, os seu combate é executado por acfts pesados como este DC10-30, o melhor método é manter a aeronave em voo perpendicularmente ao eixo do FF e efectuar a(s) descarga(s) sobre esse eixo. A maior altitude, nem sempre grande suficiente para deixar de colocar em risco acft/crew, ao comparar-mos com os combates das aeronaves ligeiras, é compensada pela quantidade da descarga, logo este tipo de acft, mais pesado pode ser, não quer dizer que o seja, menos manobravel que os meios médios, já não comparo com os ligeiros por motivos óbvios.
O DC-10-30 das fotos faz algumas passagens a menos de 50/100 ft do solo que para esta classe de acfts é muitíssimo arriscado, daí eu não ter a certeza que as descargas de calda não são para o combate directo ao FF, pois se fosse uma missão preventiva, com retardante a altitude poderia ser um pouco maior na casa dos 200/300 ft logo o risco muito menor.

Citar
Compara-se um pouco com bombardeamento táctico de precisão ou bombardeamentos estratégicos (carpet bomb) como faz um B-52.
A pergunta que se coloca é se o primeiro tipo de combate a incêndio se poderia utilizar em Portugal. Talvez pudesse, mas daquilo que me recordo no passado chegou-se a utilizar calda retardante e havia à posteriori muitas queixas de agricultores e população.


O ataque dos meios pesados pode ser comparado com o " carpetbombing ", mas a altitudes muito mais baixas, claro.
Claro que sim ambos podem e devem ser utilizados em Portugal, haja meios para tal !!!
Usando a calda ou água, sem problema algum mas para o combate ter efeito no FF as descargas tem de ser de alguma toneladas de água/calda nada de baldes com 1400 lts.

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A outra pergunta que se coloca é se há a necessidade de me classificar as minha opiniões como "burrices como essas, a ignorância, a aldrabice e a chico-espertice, no seu melhor !!!" ?. Eu diria que não, mas se o senhor acha que isto eleva a discussão, esteja à vontade.

Tomei a liberdade de já ter respondido á sua quetão, a intenção nunca foi insultá-lo com os adjectivos empregues mas sim um desabafo para os que com poder de decisão fazem merdas atrás de merdas no que concerne ás aquisições/alugueres dos meios aéreos que, neste Páis, anualmente, fazem os combates oas FF, se assim não pensou ou tomou com a si dirigidos as minhas desculpas.

Abraços
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 11:30:03 am por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #374 em: Agosto 13, 2016, 11:17:42 am »
Penso, e digo penso que o Sr Edu, não faz parte do lote dos chicos espertos e ignorantes que decidem e assinam os contratos de aquisição de meios aéreos para o combate aos FF, como tal os adjectivo proferido não lhe são dirigidos.

Mas as opiniões eu proferi não são do governo ou de quem faz os negócios. Na entrevista o ministro até acha que o KC-390 é uma boa hipotese.
As opiniões são mesmo da minha autoria. Eu pessoalmente partilho da opinião de que um KC-390 não vai ser a aeronave mais adaptada ao tipo de combate aéreo que se faz em Portugal.  O que não quer dizer que o tipo de combate não possa ser alterado.

E mais, se estamos à espera de ter o KC-390 a combater incêndios em Portugal bem podemos deixar as florestas arderem por mais 10 anos. Porque até o KC-390 estar operacional, a gente se decidir a comprar, depois ser desenvolvida a capacidade de combate a incêndios, e finalmente nós adquirirmos essa capacidade em particular facilmente passam 10 anos, senão mais...

Para mim falar-se neste momento em KC-390 para combate aos incêndios é continuar a empurrar o problema com a barriga.

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Bem se a aeronave em questão conseguir voar mais baixo do que vemos, que mesmo assim quase toca nas copas das arvores, para mim será uma primeira vez mas como tudo na vida sempre a aprender.

Será que o conceito de perspectiva não terá aqui alguma influência? Acredita mesmo que a aeronave está mesmo ao nível das árvores?


Olhe este acho que vai bater com a asa na palmeira...
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 11:23:42 am por Edu »