As caricaturas de Maomet

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Benny

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« Responder #45 em: Fevereiro 09, 2006, 05:49:11 pm »
Este assunto foi bem debatido neste fórum e foi interessante ver os diversos pontos de vista dos participantes.

Creio que pouco mais há a acrescentar, em termos de argumentação.

Deixo, assim, uma simples questão, que, apesar de assumir uma forma obviamente redutora, pode ser respondida com SIM ou NÃO.

A resposta pode resumir, ao fim e ao cabo, o essencial do ponto de vista de cada um sobre este assunto. Sei que a fórmula é simples, mas vamos lá tentar responder. Peço desculpa se estou a abusar da paciência dos participantes.

QUESTÃO: Deve a Dinamarca, a Noruega e outros países pedirem desculpa pela publicação dos desenhos?


Para começar, eis a minha resposta:



NÃO!
 

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TOMKAT

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« Responder #46 em: Fevereiro 09, 2006, 06:33:50 pm »
A Dinamarca já pediu desculpas ao mundo islâmico pelas caricaturas.

A minha opinião...
Os países em si não têm nada que pedir desculpas,... os autores das caricaturas sim.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Paulo

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« Responder #47 em: Fevereiro 09, 2006, 07:01:54 pm »
O país pode não pedir desculpa, mas sim manifestar o seu desacordo para com os cartoons.
O mais antigo Estado-Nação da Europa, o 1º a desbravar o mundo!
 

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emarques

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« Responder #48 em: Fevereiro 09, 2006, 10:34:18 pm »
A Dinamarca não pediu desculpa, se bem me lembro o primeiro-ministro disse que estava em desacordo e lamentava que muitas pessoas tivessem ficado ofendidas, mas que não tinha culpa nenhuma nem nada que fazer quanto ao assunto.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Luso

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« Responder #49 em: Fevereiro 09, 2006, 10:52:23 pm »
Não!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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TOMKAT

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« Responder #50 em: Fevereiro 10, 2006, 12:25:15 am »
Citação de: "emarques"
A Dinamarca não pediu desculpa, ...

 :roll:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Leonidas

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« Responder #51 em: Fevereiro 10, 2006, 02:18:37 am »
Saudações guerreiras.

Para quem só ouviu ou viu na TV, deixo aqui mais umas noticias como complemento.

Citação de: "Diário Digital"
Caricaturas: reacção terá sido planeada numa reunião em Meca
A reacção às caricaturas do profeta Maomé, publicadas pela primeira vez por um jornal dinamarquês em Setembro de 2004, terá sido planeada numa reunião da Organização da Conferência Islâmica em que participaram líderes das 57 nações muçulmanas em Meca em Dezembro, noticiou hoje o jornal The New York Times.

O encontro de Meca não foi muito noticiado pela imprensa internacional pelo facto de os não-muçulmanos serem impedidos de entrar na cidade.
Segundo o jornal, os líderes religiosos teriam discutido a questão do extremismo religioso, mas sobretudo as caricaturas publicadas no Ocidente.

O New York Times adianta que o documento final da reunião afirmava a «preocupação com o crescente ódio contra o Islão e contra os muçulmanos» e citava o caso das caricaturas, criticando «o recente incidente de profanação da imagem do profeta sagrado Maomé na imprensa de certos países» e «o uso da liberdade de expressão como um pretexto para difamar religiões».

A reunião de Meca ajudaria a explicar como os protestos, que em Setembro estavam limitados a uma pequena comunidade muçulmana do Norte da Europa, se espalharam por várias países com um intervalo de quatro meses entre uns e outros.
Segundo o The New York Times, a reunião da Organização da Conferência Islâmica teria retomado a questão das caricaturas, já então parcialmente esquecida, e «incendiado» os ânimos dos muçulmanos.
09-02-2006[/size]

Outras que eventualmente possam ter passados despercebidas:

Citação de: "Diário Digital"
Intelectuais e religiosos europeus e islâmicos pedem moderação
Mais de uma centena de intelectuais e religiosos europeus e árabes, de diferentes confissões religiosas, assinaram hoje um manifesto que pede «moderação e sabedoria» na polémica das caricaturas de Maomé.

O documento considera que, «numa situação mundial caracterizada pelo confronto entre o mundo árabe e o Ocidente», a publicação daquelas caricaturas «não faz mais que deitar mais lenha para a fogueira».

A ex-ministra socialista francesa Martine Aubry é a primeira signatária do manifesto, assinado também pelo presidente da Federação de Muçulmanos da França, o vice-presidente do Conselho Francês do Culto Muçulmano e o caricaturista francês René Petillon, bem como por intelectuais dinamarqueses e noruegueses.

O documento, apoiado ainda pela organização Repórteres Sem Fronteiras, pede aos meios de comunicação, aos dirigentes políticos e religiosos e aos cidadãos ocidentais e árabes que, «face à gravidade desta crise», se comportem com «moderação e sabedoria».
O texto rejeita qualquer paralelismo entre o Islão e o terrorismo.

09-02-2006

Luso, foi isto que leu?

Citação de: "Diário Digital"
Caricaturas: Muçulmanos moderados lançam campanha pró-Dinamarca
Muçulmanos «moderados» residentes na Dinamarca anunciaram hoje a intenção de lançar uma campanha nos países árabes a favor do reino escandinavo, de forma a apaziguar as tensões criadas pela publicação das caricaturas de Maomé.

A nova Comissão dos Muçulmanos Moderados prevê difundir anúncios nos jornais de todo o mundo árabe «dando uma imagem positiva da Dinamarca e contando de forma correcta» a história por trás dos desenhos satíricos, adiantou Fathi el-Abed, co-fundador do grupo.
«Os anúncios falarão sobre a situação na Dinamarca e sobre o facto que o Governo neste assunto não pode decidir sobre o encerramento de um jornal e que a rainha nada tem a ver com o que é publicado» no país, acrescentou.
 
El-Abed referia-se aos apelos de numerosos muçulmanos para que o diário Jyllands-Posten (que originalmente publicou as 12 caricaturas de Maomé) fosse punido.
«É algo que pode ser difícil de explicar», disse este muçulmano moderado, pois, lembrou, nos países árabes, os reis e Presidentes controlam habitualmente a imprensa.

O Islão interdita a representação do profeta e os desenhos provocaram a cólera dos muçulmanos que atacaram representações diplomáticas da Dinamarca - e de outros países europeus -, queimaram bandeiras do reino e lançaram uma campanha de boicote aos produtos dinamarqueses.
A Comissão prevê também lançar uma campanha de mensagens de telemóvel para contrapor a uma recente ofensiva de informações falsas sobre edições do Alcorão a serem queimadas na Dinamarca.

«Há tantas coisas que não são verdadeiras», desabafou El-Abed, acrescentando que os anúncios nos jornais árabes e as mensagens telefónicas não são mais do que «um dos passos» a tomar pela Comissão que não pretende «parar por aqui».

O custo da publicação dos anúncios correrá inteiramente a cargo da Comissão que passou de algumas centenas de membros no sábado para mais de 1.000 na terça-feira.
«Temos de pôr um ponto final nesta loucura», concluiu Fathi el- Abed.
08-02-2006

Benny, é um bocado dificil de responder diretamente á questão que colocou, mas mesmo assim eu arrisco:

NÃO

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Citação de: "Miguel"
Eu ODEIO esses malucos

Eu QUERO limpar essa escumalha

ISLAMISMO é NAZISMO

ISLAMISM is NAZISM



Miguel, o que quer dizer é isto:

FANATICISM is NAZISM

Cumprimentos
 

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fgomes

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« Responder #52 em: Fevereiro 10, 2006, 01:39:07 pm »
Já não bastavam as infelizes declarações de Freitas do Amaral, mas as do deputado Vitalino Canas são inacreditáveis:

Citar
«As agressões simbólicas e materiais a Estados e cidadãos europeus merecem certamente a nossa repulsa, nada legitima esse actos hediondos, estão bem uns para os outros, os caricaturistas irresponsáveis e os fundamentalistas violentos, ambos só podem ser alvo da nossa condenação»


Fazer caricaturas e incendiar, ameaçar de morte, incitar ao ódio, matar, são moralmente equivalentes!
 

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Luso

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« Responder #53 em: Fevereiro 10, 2006, 03:17:46 pm »
Assim ficam bem com deus e com o diabo. A marca do cobarde e do vigarista. Mas esse já demonstrou o que vale há muito tempo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Miguel

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« Responder #54 em: Fevereiro 10, 2006, 07:15:13 pm »
O poder de dizer NAO !!!!

Em breve vai ser interdito? :roll:

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Porque em 1936 as democracias foram incapazes de dizer NAO, tivemos o pior conflito da historia da humanidade.

Quem estuda historia sabe que existe "ciclos", hoje estamos perante um novo ciclo de fanatismo.E deviamos ter a coragem de impedir o alastramento islamista.

Ha pouco foi no Irão, ha dias o Hamas, amanha outro lugar vai cair, e em breve as democracias estarão perante a IV Guerra Mundial, por estupidez de seus politicos e governantes.

Enfim isto é apenas as minhas impressões de um homen, simples e que deseja o melhor para a humanidade.
« Última modificação: Fevereiro 10, 2006, 07:24:13 pm por Miguel »
 

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Yosy

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« Responder #55 em: Fevereiro 10, 2006, 07:23:29 pm »
Citação de: "Luso"
Assim ficam bem com deus e com o diabo. A marca do cobarde e do vigarista. Mas esse já demonstrou o que vale há muito tempo.


Ou a marca do inteligente.

Por outro lado ADOREI quando aquele jornal francês publicou todas as caricaturas do Maomé e ainda lhes juntou mais umas.  :twisted:

Para aqules otários aprenderem: não gostam, comam menos.
 

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Miguel

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« Responder #56 em: Fevereiro 10, 2006, 07:35:16 pm »
Citar
Liberdade de expressão é "princípio sagrado", diz Durão Barroso
10.02.2006 - 08h54 Lusa


A "defesa da liberdade de expressão" é um "principio sagrado" da democracia europeia e "nada" pode pôr isso em causa, disse ontem à noite, em Washington, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Na sua primeira reacção pública à violência causada pela publicação na Dinamarca de "cartoons" do Profeta Maomé, Durão Barroso disse que a Comissão Europeia "compreende" que a publicação das caricaturas "tenha ferido as sensibilidades de muitos islâmicos por todo o Mundo".

Mas, acrescentou Durão Barroso, "queremos dizer com clareza absoluta que nada, mas nada, justifica a violência que houve e que nada pode pôr em causa o princípio para nós sagrado que é a defesa da liberdade de expressão".

"A liberdade de expressão é um elemento essencial da nossa democracia", disse o presidente da Comissão Europeia.

"É precisamente esse princípio que permite que algumas vezes haja aquilo que alguns consideram excessos mas que permite também que se possa contestar essa situação por meios pacíficos, pelo debate e pelo diálogo", acrescentou.

Durão Barroso falou aos jornalistas ontem à noite, após uma cerimónia na Universidade de Georgetown, na capital norte-americana, onde recebeu um doutoramento "Honoris Causa".



 :jaja:
 

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Miguel Sá

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« Responder #57 em: Fevereiro 11, 2006, 05:47:27 pm »
Isto preocupa-me

Estamos quase numa guerra fria, não entre 2 estados mas entre 2 civilizações. Parece-me inevitável o desembocar num conflito. Os Estados Árabes e os líderes mais moderados parecem incapazes de suster esta vaga. As caricaturas foram mais um pretexto, assim como a invasão do Iraque, a invasão do Afeganistão, a permanência no poder em certos países árabes de governos democráticos musculados (Egipto, Argélia, Indonésia, Marrocos) ou regimes totalitários (Arábia, as monarquias do Golfo, Paquistão, Síria, Líbia), a questão palestiniana, a existência de Israel. Todos estes são os ingredientes muito apetecíveis pelos fundamentalistas.

E se agora é o terrorismo o grande problema, já que não ocupa um espaço físico (País) e esta dissimulado por comunidades árabes e islâmicas (não há só islâmicos árabes, existem asiáticos, africanos e europeus), este cenário tornar-se-á num terrível pesadelo quando estes fundamentalistas conseguirem tomar o poder num país. È certo que já estiveram no Afeganistão, mas hoje as suas ideias estão muito mais difundidas. O meu temor é sobre um cenário de queda dos actuais regimes numa Líbia, Síria ou Arábia. São países que aparentemente têm uma estrutura de poder consolidado mas que começa a dar sinais de enfraquecimento e onde os fundamentalistas conseguem aparentemente criar raízes. Nunca imaginei que a Síria, o mais Soviético/Socialista dos países árabes fosse palco das manifestações das últimas semanas. Bastará a queda do regime de um desses países para termos um efeito dominó. Podemos argumentar que se isso acontecesse e prevendo este efeito dominó, as outras nações árabes poderiam através de uma intervenção militar neutralizar essa situação (serem os países ocidentais a fazer isso, mesmo com mandato da ONU, era deitar petróleo para a fogueira). Mas e a opinião pública islâmica? E a ordem interna desses países?

Isto preocupa-me.
 

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fgomes

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« Responder #58 em: Fevereiro 12, 2006, 03:12:53 pm »
No nosso parlamento, com as excepções de Manuel Alegre e Teresa Caeiro,  a reacção ou não existiu ou foi de "compreensão" em relação aos radicais muçulmanos. Deve ser a aliança entre Marx e Maomet!

Também a  cobertura dos media americanos tem sido criticável, CNN é um caso exemplar! Daí que haja propostas para o que quer dizer CNN:

- Cartoonless News Network
- Cowards News Network

Entre a liberdade de expressão e o dinheiro, não há dúvidas sobre a escolha!
 

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Leonidas

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« Responder #59 em: Fevereiro 12, 2006, 05:36:32 pm »
Saudações guerreiras.

Bem-vindo, caro Miguel Sá.

Citação de: "Miguel Sã´"
Estamos quase numa guerra fria, não entre 2 estados mas entre 2 civilizações. Parece-me inevitável o desembocar num conflito. Os Estados Árabes e os líderes mais moderados parecem incapazes de suster esta vaga.

Isto nunca apode ser interpretado como uma guerra civilizacional. Não são as civilizações que estão em causa, mas sim o terrorismo que é feito por elementos oriundos de uma etnia (o Islamismo) dentro de uma civilização.

Marrocos não será problema, caso seja um partido de inspiração islâmica, mas moderada. Isso mais tarde ou mais cedo vai acontecer, é inevitável, segundo as palavras de um reconhecido diplomata marroquino. Não me lembro do nome. Quando encontrar a revista dou mais pormenores.  

No caso da Argélia, se não fossem os militares há uns anos tomarem o poder, num golpe de estado, neste momento toda a Europa já teria sido arrasada e eles também. Na Indonésia julgo que as coisas estão mais ou menos controladas, apesar dos atentados á bomba dos extremistas.
Nos outros, das duas uma ou são os EUA a manterem no poder alguns, com as devidas contrapartidas em termos de armamento$, ou serão os russos a fazerem o mesmo. “Penso eu de que”.

Citação de: "Miguel Sá"
O meu temor é sobre um cenário de queda dos actuais regimes numa Líbia, Síria ou Arábia. São países que aparentemente têm uma estrutura de poder consolidado mas que começa a dar sinais de enfraquecimento e onde os fundamentalistas conseguem aparentemente criar raízes. Nunca imaginei que a Síria, o mais Soviético/Socialista dos países árabes fosse palco das manifestações das últimas semanas


Muito mais temor tenho eu do Irão. Ao que parece, o tipo não está mesmo a brincar !!

Cumprimentos