Com esta conversa convém ressalvar alguns pontos.
No BAP, relembro que é muito mais uma questão de "mostrar presença" do que propriamente enfrentar com 4 caças toda a Força Aérea Russa (isto sim seria um cenário de primeira linha/alta intensidade). É uma missão muito dentro do "politicamente correcto", muito protocolo, combate real, felizmente, zero. Mesmo os destacamentos das nossas fragatas, é muito semelhante, mostrar bandeira, fazer número na força naval e pouco mais, pois a capacidade dos nossos navios, tirando os U-214, é nula.
Falou-se também nos custos dos destacamentos. Então se o Tuga não tem dinheiro para destacar 4 F-16 para missões a sério, as ditas de "primeira linha", vai ter para o fazer com os F-35? Aqui parece-me uma contradição, ou então vamos estar sempre à espera de financiamento da NATO.
Por fim, acho errado olhar para Portugal como membro de segunda-linha na NATO. Temos meio Atlântico para defender/vigiar, como é que somos um aliado de segunda-linha, e uma Bélgica que apenas tem ali um quintalzinho, já é de primeira linha? Devíamos sim ter uma forte componente aero-naval, não só para a NATO, mas para nós próprios.