Fazendo um pouco de história a BA3 nos fim dos anos 80chegou a ter três esquadras operacionais, além de ser a casa dos pára-quedistas, mas os C-130 acho que nunca lá estiveram baseados.
A unidade BA3 nunca foi a casa dos pára-quedistas, a casa destes (que também teve muitos nomes) ficava do outro lado da estrada, eram vizinhos. Sim a esquadra 501 com os C-130 nunca esteve sediada em Tancos, foi criada logo de origem no Montijo, foi em certa medida, também o substituto dos quadrimotores que a FAP teve no tempo do ultramar a operar de Lisboa.
Pelo que li numa revista da altura quem lá estava eram as esquadras de transporte 502, 551e 552 e a esquadra 101 que fazia a conversão para os AVIOCAR e os Alouette.
A esquadra 551 era na BA6 - Montijo.
Por caso no SITE da FAP diz-se que a esquadra 552 absorveu a 551 em 30 de Setembro de 1986 , mas pelo visto esqueceram-se de informar quem escreveu a reportagem na revista mencionada acima em 1987, pois nesta escreveram que a 552 dispunha de 25 Alouette e a 551 tinha 21. Nada mau para quem actualmente só consegue comprar 5 helicópteros por 20 milhões.
Foi quando os Alouettes sairam do Montijo e foram-se juntar aos de Tancos.
PS: Stalker79 a BA1 já chegou a ter lá os Elefantes (502) e também a 401, mas foi no tempo dos AVIOCAR. Provavelmente devido à (talvez pouca) quantidade de pessoal técnico que têm devem pretender manter todos os C-295 a receberem o apoio/manutenção no mesmo local e evitar gastar dinheiro a fazer muitas obras em infra-estruturas adicionais sem necessidade.
Tancos fica só a 70km da costa e isso para o C-295 é um salto.
A esquadra 401 eram "os cientistas", além dos Aviocar terem sido mais de 20, o dobro dos C-295M, também os seus equipamentos não eram de tão fácil remoção/instalação como no C-295M, este usa um sistema "palete" com todas as consolas integradas, os Aviocars as consolas eram fixas no estrado do avião e todos os equipamentos electrónicos instalados individualmente, além dos aviões de vigilância marítima, fotografia aérea, instrução de navegadores, ainda existiam a versão de Geofísica. Os C-295M para capacidade de guerra electrónica pode ser equipado com dois pods ALQ-131.
A esquadra 502 tinha os aviões de transporte, ainda existiam 2 aviões de guerra electrónica, acho que estavam na 502, mas já não tenho a certeza.
Com isto quero dizer que não tem lógica estar a separar os C-295M em dois locais diferentes, pois em relativamente pouco tempo muda-se um avião de transporte para vigilância marítima ou instrução de navegadores, quando o C-295M ViMar avariar ou for fazer uma inspecção tem que se andar a pedir um avião a outra esquadra para lá meter a palete? Ou a esquadra VIMAR vai ter mais aviões para fazer essa gestão? Mas assim vai ter aviões a mais que se estivessem a voar podiam ser aproveitados em missões de transporte. Além disso o C-295M de transporte de alerta SAR/MEDEVAC vai estar em Tancos ou em Sintra? Os C-295M tem que estar todos juntos num sítio, seja Tancos, Sintra, ou outro.