Portugal opta finalmente pelo A400M?

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Sintra

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« Responder #30 em: Maio 31, 2006, 09:26:00 pm »
Citação de: "JQT"
A Jordania recebeu há pouco tempo um pequeno número de Ilyushin 76, do último modelo. Sem dúvida que é um projecto antigo (mas bastante mais recente que o C-130) mas perfeitamente maduro e com provas dadas de serviço em todo o mundo. Existe uma versão ocidentalizada desse avião, com motores CFMi-56. Penso que se devia estudar uma eventual aquisição. Infelizmente, por mais pragmatismo e realismo com que se trate o armamento de origem russa, já se sabe que existe uma oposição fundamentalista na FAP a tudo o que não seja americano ou europeu de primeira linha. Assim vamos falando dos A400M que eu pura e simplesmente não acredito que alguma vez venham. E se vierem serão 3 (ou à última hora reduzem a encomenda para 2, como é hábito) o que não serve para quase nada.

Sejamos realistas: o A400M vale (numa análise grosseira) 1,5 Hércules mas custa cerca de 4 vezes mais. Faz alguma vez sentido fazer uma compra tão pouco lógica. Os próprios franceses já estão a ficar fartos destes "eurodisparates" na indústria de defesa.

JQT

 Um A400 custa quatro vezes mais que um c130j?!!!!!- JQT, de aonde é que vieram esses números?- Tudo o que vi até hoje, aponta para valores, para um A400 "chave na mão", a rondar os 90 a 100 milhões de euros, o valor despendido pela RAF pelos seus 25 Hercules "Julietas" rondou os 60 milhões de euros o avião...
 Nunca vi nada (e já vi muita coisa) a apontar um valor quatro vezes superior, mas sim 30% a 50% mais elevado, o que bate certo com o tipo de avião mencionado. O que custa , mais coisa menos coisa, 4 vezes mais que um Hercules J é o C17...
 Quanto aos "eurodisparates", quando se olha para o desenvolvimento e, principalmente, os valores astronomicos envolvidos nos projectos do C130j, do B2, do V22, do F22, do DDX, do LCS, do Comanche, do Crusader, etc, etc, etc, etc, subitamente as industrias europeia parecem muito comedidas...
link da página da Airbus sobre o A400 :http://www.airbusmilitary.com/effectiveness.html
 

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Marauder

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« Responder #31 em: Maio 31, 2006, 10:08:49 pm »
Hum...se analisarmos a tonelagem máxima que o A400 e compararmos com C-130J, o A400 equivale a 1,77 C-130J.

  Já em termos de max ton take-off e max ton landing já é um valor como o JQT referiu...1,55.

  Mais análises comparem os dados entre:
  http://www.airforce-technology.com/proj ... specs.html
  http://www.airbusmilitary.com/specifications.html
 
  E façam as conversões hehe..
 

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Luso

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« Responder #32 em: Junho 01, 2006, 10:15:22 am »
Tem graça:

Se Portugal e outros países da Nato vão ou já recorrem a um serviço de Transporte Aéreo da NATO, criado recentemente e que recorre a aviões russos ou ucranianos;

Se Portugal utiliza e aluga os serviços de aviões russos ou ucranianos;

Pergunto:

- Porque motivos esses mesmos aviões já não prestam para servir na Força Aérea?


Outra pergunta: Qual a viabilidade teórica da utilização de A-300-600F para fins de transporte?
Não se poderiam lançar uns pózinhos para reforçar / modificar o trem e colocar uma rampa de carga?
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Luso

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« Responder #33 em: Junho 02, 2006, 11:45:37 am »
Já agora, e regresando ao tema dos Airbus...

Será Possível transformar nas Ogma um Airbus de carga com rampa de acesso para veículos blindados ligeiros do tipo Fennek ou URO-VAMTAC mais um contigente armado?
E valo desses blindads por terem uma silhurta mais baixa (para facilitar a concepção da rampa e uso do espaço interior, não por serem os melhores. Se puderem transportar M113 despido, Dingos ou semelhantes óptimo.
Que extensão de pista precisaria tal avião para descolar e aterrisar?

Depois essas aeronaves poderiam ser utilizadas pela TAP de forma a rentabilizar o aparelho, reduzindo custos fixos, fazendo manutenção, etc.
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Sintra

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« Responder #34 em: Junho 02, 2006, 12:33:52 pm »
Citação de: "Luso"
Já agora, e regresando ao tema dos Airbus...

Será Possível transformar nas Ogma um Airbus de carga com rampa de acesso para veículos blindados ligeiros do tipo Fennek ou URO-VAMTAC mais um contigente armado?
E valo desses blindads por terem uma silhurta mais baixa (para facilitar a concepção da rampa e uso do espaço interior, não por serem os melhores. Se puderem transportar M113 despido, Dingos ou semelhantes óptimo.
Que extensão de pista precisaria tal avião para descolar e aterrisar?

Depois essas aeronaves poderiam ser utilizadas pela TAP de forma a rentabilizar o aparelho, reduzindo custos fixos, fazendo manutenção, etc.


Uma ideia engraçada, mas infelizmente, completamente impraticavel, se olharmos para qualquer avião de transporte militar vamos reparar que as rodas do aparelho encontram-se no corpo deste e isto tem um objectivo, colocar a "carlinga" o mais proximo possivel do solo de forma a poder usar uma rampa de acesso. Da forma como um Airbus ou qualquer outro avião civil de transporte de passageiros moderno está construido a unica forma de "rampa de acesso" utlizável é, além do costumeiro monta cargas, uma ... escada magirus  :twisted:
O corpo do avião é demasiado alto em relação ao solo para pensar numa hipotese dessas, vejam o Beluga da Airbus para ver um "transporte estrategico" baseado num avião civil, não é particularmente prático...
 

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Luso

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« Responder #35 em: Junho 02, 2006, 12:39:51 pm »
Também pensei nisso, Sintra.
Mas vou tentar fazer um desenheco só para ver as implicações...
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papatango

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« Responder #36 em: Junho 02, 2006, 02:03:18 pm »
Há certamente gente muito mais habilitada que eu para comentar este assunto, mas pelo que sei, há vários problemas, alguns deles de resolução impossível.

A altura da aeronave, tornaria a existência de uma rampa bastante problemática. A aeronave tinha que ser especialmente reforçada (o que implicava aumento de peso).
Além disso, há o problema da cabine e da resistência do chão da cabine.

O transporte de mercadorias a bordo de aviões comerciais, é feito em palettes, distribuindo de forma equitativa as cargas, e a pressão sobre o solo (que é irmãmente distribuida).

Depois há problemas que tornam as coisas ainda mais complicadas, como o perfil do avião. Uma carga pesada tem que estar tão baixo quanto possível, e para transportar veículos sería necessário uma cabine diferente, mais baixa e porconseguinte com uma superficie menor.

Há um avião da série A-300 que foi alterado para se transformar em aeronave de carga, mas a sua vantagem, tem a ver com o transporte de grandes volumes (pouco pesados) e mesmo assim, saiu uma coisa super esquisita:



Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #37 em: Junho 02, 2006, 02:33:28 pm »
Bem, ao menos o Papatango poupou-me trabalho! :mrgreen:
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Leonidas

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« Responder #38 em: Junho 02, 2006, 08:24:40 pm »
Saudações guerreiras.

Estou tão surpreendido quanto vocês, nesta questão. Há maiis ou menos 15 dias atrás reparei, ao desfolhar uma revista, num gráfico onde aparecia o nome de Portugal associado ao programa e com a 3 unidades que sempre se falaram, desde o inicio. Comentei comigo próprio que só pode ser brincadeira de mau gosto.

O que me preocupou mais não foi a questão do regresso de Portugal ter reedecidido o adquirir do A400M, mas sim as condições em que Portugal iria/irá ter esses aviões. Melhor, qual o estatuto de Portugal nesta situação toda depois de ter dito há 3 ou 4 anos que dispensava a compra dos mesmos, saindo do programa?

Por mais caro que fosse, Portugal tinha vantagens porque estava dentro da equipa fundadora do programa. Mesmo que o avião venha a custar o dobro dos 100 milhões que se fala aqui, eu até considero ainda como razoável. Já não me lembro dos valores que circulavam no princípio. Depois disso ouvi vários valores e todos eles para mais de 250 milhões de euros a unidade. No entanto posso estar  confundido com outra coisa qualquer.

Lembremo-nos de que, a participação no programa NH-90 e as vantagens que traz para Portugal são mais que compensadoras e nem por isso tivemos que deixar de investir a sério. Então porque razão não se teve o mesmo raciocínio em relação ao A400M e a continuidade de Portugal no programa?

 Não sei quais as razões que levaram Paulo Portas, na altura, levar Portugal a desistir do programa e só me posso pronunciar sobre aquilo que veio a público, daí a pergunta: se o argumento da desistência foi de que os aviões seriam demasiado caros, qual o será agora para a sua (eventual) compra?

Para mim estas justificações são acessórias, porque aquilo que Portugal iria/irá buscar com a participação no programa, desde o seu início, não tem preço e esse chama-se CONHECIMENTO. É certo que “temos” as OGMA e que de certa maneira estamos ligados á Airbus, mas será que nos olharão com os mesmos olhos depois da desfeita?

Pessoalmente sou a favor da vinda dos A400M, mas penso que 3 unidades são insuficientes. No mínimo, 5 unidades, provávelmente, seriam o ideal para que substituíssem bem os C-130. As 3 unidades só farão sentido se houverem ainda alguns C-130 a circularem.

Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #39 em: Junho 03, 2006, 02:19:05 am »
Não sei, mas com os atrasos e dependências de outrem começo a pensar que chegariamos lá mais depressa com alguns C47.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Lightning

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« Responder #40 em: Junho 03, 2006, 11:17:52 am »
Citação de: "Luso"
Não sei, mas com os atrasos e dependências de outrem começo a pensar que chegariamos lá mais depressa com alguns C47.


Como actualmente se está a restaurar o Nord Atlas no Museu do Ar talvez de pusesse mais alguns em condição de voar e a complementar os C-130.  :shock:
 

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Sintra

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« Responder #41 em: Junho 03, 2006, 01:42:14 pm »
Citação de: "Luso"
Não sei, mas com os atrasos e dependências de outrem começo a pensar que chegariamos lá mais depressa com alguns C47.


Schiuuuuuuu, olha se o ministro das finanças te ouve?!!!!!! :twisted:
 

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papatango

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« Responder #42 em: Junho 03, 2006, 02:00:30 pm »
Também temos un Junkers JU-52 empacotado.  :twisted:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Marauder

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« Responder #43 em: Junho 04, 2006, 08:24:38 pm »
Citação de: "papatango"
Também temos un Junkers JU-52 empacotado.  :twisted:


Epá..ainda ontem vi um a voar...é um pocoxinho lento..e 3 motores fazem uma barulheira...
 

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Lampuka

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« Responder #44 em: Junho 06, 2006, 11:46:27 pm »
Citação de: "Luso"
Tem graça:

Se Portugal e outros países da Nato vão ou já recorrem a um serviço de Transporte Aéreo da NATO, criado recentemente e que recorre a aviões russos ou ucranianos;

Se Portugal utiliza e aluga os serviços de aviões russos ou ucranianos;

Pergunto:

- Porque motivos esses mesmos aviões já não prestam para servir na Força Aérea?


Grande observação. Ainda agora, para Timor, outra vez um Antonov...

Por mim o C130 está fora de questão por ter várias limitações e o A400 vai pelo mesmo caminho, infelizmente, porque perdemos o comboio. Só teria interesse se estivessemos no projecto inicial. Como já não estamos, restam as opções do leste, mais baratas e com provas dadas de que possivelmente serão "apenas" os melhores aviões de transporte do mundo.
João Pereira