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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: tenente em Junho 14, 2020, 05:32:47 pm

Título: Sector Bancário
Enviado por: tenente em Junho 14, 2020, 05:32:47 pm
Então se o novo Banco vai ficar limpo nos finais de 2020, porque é que vai precisar de mais uns milhões em 2021 ??

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/antonio-ramalho-objetivo-e-deixar-o-novo-banco-totalmente-limpo-no-final-de-2020-600558

Abraço
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Junho 14, 2020, 08:57:43 pm
Então se o novo Banco vai ficar limpo nos finais de 2020, porque é que vai precisar de mais uns milhões em 2021 ??

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/antonio-ramalho-objetivo-e-deixar-o-novo-banco-totalmente-limpo-no-final-de-2020-600558

Abraço

Infelizmente quer o PS quer o PSD e CDS mentiram-nos desde o início e nunca contaram toda a verdade..... aliás, nem nos mostram o famoso contrato de venda do Novo Banco!!!!!

Nem o PS nem o PSD queriam a liquidação do BES e nunca disseram claramente o porquê, mas dou alguns números para ver a magnitude!!! O BES antes do colapso, chegou a ser o 2º maior Banco Português, com activos que valiam mais de 80 mil milhões de euros!!!!!! (https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Esp%C3%ADrito_Santo).

O PS e o PSD não queriam a liquidação, porque isso provocava um terramoto em Portugal, que ninguém queria que acontecesse consigo a governar. Liquidar o banco, podia provocar perdas de dezenas de milhares de milhões de euros (basta pensar nas centenas de milhares de imóveis que pertenciam a clientes do Banco e eram imediatamente colocados em leilão, ou em toda a dívida obrigacionista e outras que imediatamente venciam com a liquidação). Nunca falaram em valores exactos, mas quase todos os economistas apontam para valores mínimos do buraco gerado pela liquidação de 10 a 20 mil milhões!!!!!

E imagine de um dia para o outro estarem à venda no mercado + 1 milhão de casas que pertenciam ao BES! É quase certo que provocava um colapso do sector imobiliário e sobre-endividamento das famílias (a dívida aos bancos continuava lá, mas os imóveis valiam muito menos!!!!!!).

A venda do BES Bom à Lone Star (Novo Banco), foi um péssimo negócio para quem vendeu e avalizou o negócio (todos os portugueses) e um negócio milionário para quem comprou!!!!!! Só a Apollo ganhou mais de 500 milhões de euros com a Tranquilidade e Açoreana.

Os Hotéis Tivoli do BES foram outro roubo, os tailandeses compraram 14 hotéis por 294 milhões de euros...... 3 anos depois venderam 3 hotéis por 313 milhões de euros e ainda ficaram com 11 e recuperaram todo o dinheiro!!!!!!!

O Banco de Portugal também ajudou à festa quando "rasgou" uma garantia do Estado Angolano para tapar os buracos do BES Angola no valor de 5,7 mil milhões de dólares!!!!!! Assim mesmo, quem é rico faz coisas destas!!!!

Resumindo, não foi só o Salgado que errou, muita gente depois dele fez negócios ruinosos com as jóias da coroa do antigo BES!!!! E pode ter sido propositado!!!!!!

Deixo-lhe alguns links:
https://observador.pt/2017/01/05/vender-nacionalizar-ou-liquidar-o-que-e-melhor-para-o-novo-banco/
https://visao.sapo.pt/atualidade/economia/2019-12-28-patrimonio-ao-desbarato/
https://www.dinheirovivo.pt/banca/novo-banco-ma-gestao-pode-colocar-fim-a-injecoes-de-capital/
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/ma-gestao-no-novo-banco-acaba-com-injecoes-de-capital
https://observador.pt/2020/06/14/novo-banco-admite-precisar-de-mais-capital-este-ano/
https://criticaeconomica.net/2017/01/quanto-custa-o-elefante-que-mora-na-sala/

Em relação ao que afirma...... se o estado português doou o banco e ainda garantiu que podia injectar 3,9mil milhões de euros no Novo Banco se este tivesse prejuízos, o que acha que o novo dono faz? Obviamente vai rapar esse dinheirinho todo!!!!!
E ainda faltam mais de 900 milhões que pode ter a certeza que o Novo Banco vai sacar, faça chuva ou faça sol. Agora até tem a desculpa do COVID-19 para apresentar mais prejuízos!!!!!!!

Dos links que lhe deixei, veja os últimos parágrafos deste artigo:
https://visao.sapo.pt/atualidade/economia/2019-12-28-patrimonio-ao-desbarato/
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Julho 14, 2020, 09:30:23 pm
25 arguidos acusados no caso BES

(https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/12/MB10780-1024x683.jpg)

 Ministério Público acusa 18 pessoas e 7 sociedades no primeiro processo-crime nascido da queda do Banco Espírito Santo. Ricardo Salgado, administradores, diretores e funcionários ligados ao DFME, gestores da sociedade suíça Eurofin e João Alexandre, do BES Madeira, são os visados

Depois de quase seis anos de investigação, e praticamente seis anos depois de Ricardo Salgado ter sido afastado do banco que liderou durante décadas, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) lançou a primeira acusação nascida das investigações à queda do BES e do Grupo Espírito Santo. De acordo com documentos a que a VISÃO teve acesso, este é o resultado: 18 pessoas e sete empresas vão responder em julgamento neste processo-crime.

Ricardo Salgado encabeça a lista. Mas a acusação atinge também outros dois primos: José Manuel Espírito Santo, que liderava o Banque Privée Espírito Santo, na Suíça, e Manuel Fernando Espírito Santo, que era presidente não executivo da RioForte (área não financeira do GES) e administrador da Espírito Santo International (ESI). Francisco Machado da Cruz, o contabilista que assinava as contas da ESI – onde foi encontrado no final de 2013 um passivo oculto de 1300 milhões de euros – mas que disse ter respondido apenas a ordens de Ricardo Salgado, também não escapa a esta acusação.

Quem também terá de responder em julgamento é João Alexandre Silva, o ex-diretor da sucursal do BES na Madeira que fazia a ponte com os negócios do GES na Venezuela, tal como Paulo Nacif Jorge, que também tratava dos negócios com os venezuelanos. Também Alexandre Cadosch e Michel Creton, gestores da sociedade suíça Eurofin Securities, empresa através da qual Ricardo Salgado terá montado um esquema fictício de compra e recompra de obrigações que terá causado enormes prejuízos ao BES, vão a julgamento.

Amílcar Morais Pires, que foi administrador financeiro do BES e foi o escolhido por Ricardo Salgado para a sua sucessão, também é acusado, assim como Isabel Almeida, diretora do Departamento Financeiro de Mercados e Estudos (DFME) e subordinada de Morais Pires, neste departamento onde se fazia precisamente a gestão da emissão das obrigações.

António Soares, Paulo Ferreira, Pedro de Almeida e Costa, Cláudia Boal de Faria, Pedro Cohen Serra, Nuno Escudeiro, Pedro Góis Pinto, João Martins Pereira são os outros acusados.

A Espírito Santo International, a Rioforte Investments, a Eurofin Private Investment Office, a Espírito Santo Irmãos, a ES Tourism Europe, a Espírito Santo Resources Portugal e a Espírito Santo Resources Limited são as empresas acusadas.

https://visao.sapo.pt/atualidade/2020-07-14-25-arguidos-acusados-no-caso-bes/

Bem, passados 6 anos de investigação, já há uma acusação!!!!
Vamos ver quantos anos vai andar o caso em julgamento até haver uma decisão do tribunal, se no fim existirem acusados!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Julho 28, 2020, 09:01:19 pm
Novo Banco vendeu casas a fundo das Caimão e emprestou dinheiro para financiar compra — Fundo de Resolução pagou prejuízo da operação

O Novo Banco vendeu casas abaixo do preço de mercado a um fundo das ilhas Caimão, mas emprestou dinheiro para essa compra, revela investigação do Público. O Fundo de Resolução cobriu o prejuízo.

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/07/28083439/28686054_770x433_acf_cropped-1.jpg)

A história da venda, com prejuízo, de mais de 5 mil imóveis e 8 mil frações do Novo Banco ao fundo Anchorage em 2018 — que obrigou a outro esforço do Fundo de Resolução — tem agora mais capítulos, contados pela investigação do Público. Afinal, foi o próprio banco que emprestou dinheiro ao fundo das ilhas Caimão para que a operação se pudesse realizar. E ainda não está claro se os donos do Novo Banco estão de alguma forma envolvidos na compra.

António Ramalho, presidente do Novo Banco, já tinha dito que a venda — o maior negócio imobiliário dos últimos anos em Portugal, que fez parte da estratégia de libertar o excesso de casas que ainda tinha nas contas — foi feita 32% abaixo do preço do mercado. E a diferença ainda era maior face ao valor contabilístico das casas e dos terrenos — valiam no total 631 milhões de euros, mas foram vendidas por 364 milhões.

Só que não se sabia que foi, afinal, o próprio Novo Banco a financiar a operação, de acordo com o Público. Isto é, o hedge fund das ilhas Caimão não arriscou dinheiro, apesar de gerir mais de mil milhões de dólares de investidores. Se o fundo não vendesse nenhuma casa, o dono das hipotecas continuaria a ser o Novo Banco. A prática é legal. Em resposta ao jornal, o Novo Banco responde que “a concessão de crédito às entidades compradoras é uma prática internacional de mercado”.

Por outro lado, de acordo com o Público, não está ainda claro se a Lone Star, o fundo que detém a maioria do capital do Novo Banco, está envolvida na compra, o que seria uma quebra do contrato de venda do banco pelo Estado em 2017.

As regras de segredo comercial das Ilhas Caimão tornam muito difícil saber quem são os verdadeiros compradores. O Anchorage recusou-se a comentar e o Novo Banco respondeu que tem identificado o beneficiário último da operação, não havendo ”qualquer registo ou evidência de transacção com partes relacionadas”. Só que, lembra o Público, o “beneficiário último” identificado nos registos do regulador norte-americano é a Anchorage, entidade gestora do fundo, e não os verdadeiros donos. E o Banco de Portugal não fiscaliza previamente os eventuais problemas legais deste tipo de operações.

O Público nota que o vice-presidente da Lone Star aquando da operação foi, depois de feito o negócio, contratado pelo fundo das ilhas Caimão — apesar de não haver provas de que o negócio tenha passado por ele.

A operação foi feita através de um veículo da Anchorage no Luxemburgo, que comprou cinco sociedades imobiliárias portuguesas, que tinham sido criadas nesse último ano por um engenheiro/pintor português. As imobiliárias, segundo o Público, não tiveram qualquer outro negócio.

Foi o Fundo de Resolução — financiado em grande medida pelo Estado — que cobriu o prejuízo. Neste caso, 260 milhões de euros.

https://observador.pt/2020/07/28/novo-banco-vendeu-casas-a-fundo-das-caimao-e-emprestou-dinheiro-para-financiar-compra-fundo-de-resolucao-pagou-prejuizo-da-operacao/

A ser verdade, o que estão à espera para a justiça investigar e preventivamente anular o negócio ou pelo menos arrestar todos os imóveis e executar a dívida?!?!?
Este golpe, a ser verdade, é mais um roubo num banco que já tinha sido fechado por negócios ilícitos!!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: tenente em Julho 30, 2020, 01:48:16 pm


https://www.dinheirovivo.pt/banca/tribunal-de-contas-arrasa-papel-de-carlos-costa-no-bes-e-banif/

Abraços
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Julho 30, 2020, 02:50:04 pm


https://www.dinheirovivo.pt/banca/tribunal-de-contas-arrasa-papel-de-carlos-costa-no-bes-e-banif/

Abraços

Esta decisão só vem 6 anos atrasada!!!!!!
O Banco de Portugal tem problemas sérios, seja o governador um antigo banqueiro que vai supervisionar os amigos, quer seja um antigo político, ainda por cima alinhado com o governo.
A única forma que eu vejo do problema ser resolvido, é o escrutínio de todas as decisões ou não decisões do Banco de Portugal e a criação de um grupo de auditoria permanente no Banco de Portugal, que até pode ser composto por peritos nomeados por todos os partidos da Assembleia da República!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 04, 2020, 12:07:10 pm
Comissão Europeia aprova criação do Banco Português de Fomento

André Cabrita-Mendes

O Banco de Fomento obteve luz verde da Comissão Europeia.

Bruxelas aprovou hoje a criação do Banco Português de Fomento (BPF), anunciou a Comissão Europeia esta terça-feira.

Este banco de desenvolvimento tem o objetivo de “promover o crescimento da economia portuguesa”, segundo comunicado da Comissão.

O banco de fomento vai ser detido pelo Estado com um capital de 255 milhões de euros. Entre as suas atividades encontram-se a resolução de “falhas do mercado” na concessão de crédito e o mercado de capitais.

“O BPF vai focar-se em melhorar o acesso a financiamento para projetos em investigação e inovação, infraestruturas sustentáveis investimento social, e formação, assim como projetos que aumentem a competitividade das empresas portuguesas e encorajar investimentos pelo setor público”, segundo Bruxelas.

A Comissão considera a criação do BPF como “adequada” e uma solução proporcional para providenciar financiamento adicional a empresas e projetos que ficariam subfinanciados devido a falhas de mercado”.

O executivo comunitário também esclarece que o banco de fomento “não vai excluir instituições financeiras privadas”.

Desta forma, a Comissão Europeia concluiu que a medida está “em linha” com as ajudas de Estado da União Europeia.

O Banco Português de Fomento vai resultar da fusão entre a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e a PME Investimentos que, por sua vez, se vão fundir na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), que se passa a chamar BPF.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/comissao-europeia-aprova-criacao-do-banco-portugues-de-fomento-621723
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Setembro 01, 2020, 11:18:55 am
Auditoria revela perdas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco e Governo envia relatório para PGR

A auditoria externa ao BES e ao Novo Banco revelou esta terça-feira perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco. Relatório foi enviado para PGR, supervisores e Parlamento.

(https://bordalo.observador.pt/1000x,q85/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/09/01064814/img_4195_770x433_acf_cropped.jpg)

A auditoria externa ao BES e ao Novo Banco revelou esta terça-feira perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco e, segundo o governo, o “relatório descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves” até 2014.

“O relatório descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves de controlo interno no período de atividade até 2014 do Banco Espírito Santo no processo de concessão e acompanhamento do crédito, bem como relativamente ao investimento noutros ativos financeiros e imobiliários”, de acordo com o comunicado, divulgado esta madrugada, pelo Ministério das Finanças.

Devido à grande abrangência temporal, “que incide sobre um período muito alargado da atividade do Banco Espírito Santo até 2014 relativamente ao qual estão em curso processos criminais, e à necessidade de salvaguarda dos interesses financeiros do Estado, o relatório será remetido pelo Governo à Procuradoria-Geral da República considerando as competências constitucionais e legais do Ministério Público”, indicou o Governo português.

O relatório, elaborado pela empresa de auditoria Deloitte e entregue hoje ao Governo, analisou atos de gestão no Banco Espírito Santo e no Novo Banco, desde 01 de janeiro de 2000 até 31 de dezembro de 2018, e incidiu sobre “283 operações que integram o objeto da auditoria, abrangendo, portanto, quer o período de atividade do Banco Espírito Santo, quer o período de atividade do Novo Banco”.

Este conjunto de operações originaram perdas de 4.042 milhões de euros para o Novo Banco entre 4 de agosto de 2014 (um dia após a resolução do BES) e 31 de dezembro de 2018. De acordo com o quadro síntese divulgado pelas Finanças, a maior fatia das perdas resultou de cerca de 200 operações de crédito, no valor de mais de dois mil milhões de euros.

(https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2020/09/01101454/captura-de-ecracc83-2020-09-01-as-10-14-07.jpg)

“O relatório da auditoria especial evidencia que as perdas incorridas pelo Novo Banco decorreram fundamentalmente de exposições a ativos que tiveram origem no período de atividade do Banco Espírito Santo e que foram transferidos para o Novo Banco no âmbito da resolução”, acrescentou.

O comunicado não explicita quando foram geradas estas perdas, nem de que forma as decisões da gestão do banco já pós-resolução e venda a privados potenciaram ou minimizaram estes prejuízos, ainda que indique que o relatório da Deloitte descreve “também os progressos realizados nestas matérias no período de atividade do Novo Banco”.
Compromissos com o Novo Banco. Fundo de Resolução deve avaliar situações

Um dos objetivos desta iniciativa era o apurar de que forma a gestão do Novo Banco tem vindo digerir o legado do antigo BES e se as vendas aceleradas de ativos — imóveis, créditos e participações — estão a aumentar as perdas associadas, resultando em prejuízos que são cobertos pelo Fundo de Resolução. Se fossem identificadas falhas ou irregularidades nessas operações, isso poderia por em causa a atribuição dos recursos ainda disponíveis no mecanismo de capital contingente, como chegou a admitir o primeiro-ministro.

Nesta nota, o Ministério das Finanças assinala que, “não obstante a evolução verificada no período de atividade do Novo Banco, o Governo considera imprescindível que sejam desenvolvidas, por todos os intervenientes, todas as ações necessárias para assegurar a rápida e integral correção das questões identificadas no relatório da auditoria especial. Reitera-se a importância do integral cumprimento dos compromissos contratualmente assumidos, designadamente perante o Fundo de Resolução, o qual deverá avaliar quaisquer situações identificadas à luz das respetivas prerrogativas.

“O relatório da auditoria especial é extenso e exigirá uma análise técnica cuidada, objetiva e responsável por parte de todos aqueles a quem foi enviado”, observou o Governo português, acrescentando ser “imprescindível que sejam desenvolvidas, por todos os intervenientes, todas as ações necessárias para assegurar a rápida e integral correção das questões identificadas no relatório da auditoria especial”.

O Ministério das Finanças indicou ainda ter remetido o relatório à Assembleia da República, bem como ao Banco Central Europeu, ao Banco de Portugal, ao Fundo de Resolução, à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O documento foi remetido ao Presidente da Assembleia da República que o terá encaminhado para a Comissão de Orçamento e Finanças do Parlamento, órgão que deverá discutir os termos da utilização da auditoria para o escrutínio político do que se passou no Novo Banco. Os documentos chegaram selados e e tudo indica que terão acesso reservado, pelo que a sua divulgação será sujeita a regras.

Ainda de acordo com o Ministério das Finanças, o relatório da “auditoria especial vai ao encontro da posição sempre sustentada pelo Governo sobre a solidez do sistema bancário e a prevenção de crises:

    A importância de as instituições de crédito disporem de adequados mecanismos de governo e de controlo interno;
    A necessidade de uma supervisão eficaz e coordenada das instituições de crédito, que assegure a prevenção e mitigação dos riscos financeiros.

O ministério agora liderado por João Leão recebe a auditoria pedida por Mário Centeno, que a irá receber na qualidade já de governador do Banco de Portugal. Na nota que remeteu às redações destaca também a “importância do objetivo da preservação da estabilidade financeira, a qual tem contribuído, entre outros, para a melhoria das condições de financiamento da economia portuguesa desde 2016 até ao presente.”

https://observador.pt/2020/09/01/auditoria-revela-perdas-de-4-042-milhoes-de-euros-no-novo-banco-e-governo-envia-relatorio-para-pgr/

Eu estou admirado pelo Fundo de Resolução que é controlado pelo Banco de Portugal, Ministro das Finanças e por todos os outros bancos e instituições financeiras, deixou o Novo Banco desfazer-se de bens ao desbarato (assim de repente lembro-me da Tranquilidade que o NB desfez-se por 40 milhões e que foi vendida 5 anos depois por 510 milhões de euros, ou os imóveis que foram vendidos a metade do preço a antigos gestores do Fundo dono do NB e ainda por cima com empréstimos dados pelo próprio NB........

Este último negócio, dos imóveis vendidos a um fundo tem vários paralelos na Banca nacional, desde o Champalimaud quando comprou o Banco Pinto & Sotto Mayor com um cheque careca do próprio banco que acabara de comprar...... até aos chineses que passam despercebidos, como o caso da Fosun que comprou a Fidelidade por 1,1 mil milhões de euros à CGD e logo a seguir o dono da Fosun obrigou a Fidelidade a investir mil milhões em dívida da própria Fosun (papel comercial) e mais 300 milhões em imóveis espalhados pelo mundo...... ou seja, a Fosun acabou por não pagar nada!!!!!!!

https://expresso.pt/blogues/blogue_bloco_de_notas/2015-08-03-E-se-nao-vendessem-o-Novo-Banco-

Estes negócios é o que se chama comprar o cão com o dinheiro da hipoteca do pelo do cão!!!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: P44 em Setembro 01, 2020, 11:53:10 am
É para continuarmos a salvar? ::)
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Setembro 01, 2020, 12:01:04 pm
É para continuarmos a salvar? ::)

Só se acontecer algo que a PGR detecte a tempo, ou o Banco de Portugal, ou para o ano, pode ter a certeza que o NB vai inventar um prejuízo superior a 900 milhões de euros (este ano até é fácil com o COVID-19) para ter direito ao último cheque de 900 milhões do Fundo de Resolução!!!!!!

Podemos falhar em muitas previsões, mas esta é garantida que para o ano o NB vai ter + 900 milhões!!!! Cá estaremos para confirmar!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: P44 em Setembro 01, 2020, 02:03:09 pm
Culpados?

Ninguém

 :new_argue: :N-icon-Axe: :G-bigun:
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: tenente em Setembro 01, 2020, 05:30:12 pm
Culpados?

Ninguém

 :new_argue: :N-icon-Axe: :G-bigun:

Culpados os gestores bancários, onde ?????
Isso agora,  entre estes gestorzecos e os politicos nunca há culpados, as situações em que isso aconteceu são mais que muitas e bem conhecidas de todos nós  !!!!

Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: tenente em Setembro 01, 2020, 05:38:00 pm
Até metem nojo estes politicozecos que nos andam a desgovernar já há mais de quarenta anos !!!!
Transparência dizem eles....crápulas.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/governo-avisa-deputados-para-sigilo-na-divulgacao-de-dados-da-auditoria-ao-novo-banco-631577

Abraços
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Setembro 07, 2020, 11:22:15 am
Deixo um spot de A Cor do Dinheiro de Camilo Lourenço, onde desmonta a pouca vergonha dos políticos a discutirem assuntos laterais como o conflito de interesses da Deloitte no caso da Auditoria ao Novo Banco, quando até são as pessoas que criticam quem tem mais conflitos de interesses!

Porque deitam tanta areia para os olhos das pessoas? (Políticos e Comunicação Social), será, como diz o Camilo, porque o Ricardo Salgado sabe de muitos podres dos políticos?

Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Daniel em Setembro 07, 2020, 01:32:24 pm
Bankinter reduz spread de crédito à habitação para novo mínimo de mercado
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/bankinter-reduz-spread-de-credito-a-habitacao-para-novo-minimo-de-mercado-633648
(https://jornaleconomico.sapo.pt/wp-content/uploads/2017/12/Credito-Habitacao-Bankinter-com-spread-mais-baixo-do-mercado-e1513697609454.jpg?w=850&h=531&q=60&compress=auto,format&fit=crop)
Citar
O Bankinter reduziu o seu spread de crédito à habitação para um novo mínimo de mercado. A sucursal do banco espanhol com o objetivo de aumentar a sua quota de mercado, acaba de lançar uma nova campanha de Crédito Habitação, com um novo spread mínimo de 0,95%. Esta campanha inclui ainda o suporte de custos de transferência de Créditos Habitação para o Bankinter.

“O novo spread mínimo de 0,95% está disponível a partir de hoje, dia 7 de setembro (inclusive)”, diz o banco. O Diretor de Produtos, CRM e Marketing e membro da Comissão Executiva do Bankinter Portugal, Vítor Pereira, diz na nota, que “ao baixar o spread do Crédito Habitação para 0,95%, o valor mais competitivo do mercado, reafirmamos o nosso compromisso com os clientes em Portugal, que sabem que podem contar com o Bankinter para os apoiar na realização dos seus projetos neste momento tão importante. Esta é também uma mensagem de confiança na economia portuguesa”.
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Setembro 07, 2020, 03:31:40 pm
Bankinter reduz spread de crédito à habitação para novo mínimo de mercado
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/bankinter-reduz-spread-de-credito-a-habitacao-para-novo-minimo-de-mercado-633648
(https://jornaleconomico.sapo.pt/wp-content/uploads/2017/12/Credito-Habitacao-Bankinter-com-spread-mais-baixo-do-mercado-e1513697609454.jpg?w=850&h=531&q=60&compress=auto,format&fit=crop)
Citar
O Bankinter reduziu o seu spread de crédito à habitação para um novo mínimo de mercado. A sucursal do banco espanhol com o objetivo de aumentar a sua quota de mercado, acaba de lançar uma nova campanha de Crédito Habitação, com um novo spread mínimo de 0,95%. Esta campanha inclui ainda o suporte de custos de transferência de Créditos Habitação para o Bankinter.

“O novo spread mínimo de 0,95% está disponível a partir de hoje, dia 7 de setembro (inclusive)”, diz o banco. O Diretor de Produtos, CRM e Marketing e membro da Comissão Executiva do Bankinter Portugal, Vítor Pereira, diz na nota, que “ao baixar o spread do Crédito Habitação para 0,95%, o valor mais competitivo do mercado, reafirmamos o nosso compromisso com os clientes em Portugal, que sabem que podem contar com o Bankinter para os apoiar na realização dos seus projetos neste momento tão importante. Esta é também uma mensagem de confiança na economia portuguesa”.

Está a fazer publicidade ao banco espanhol?  :mrgreen:
Olhe que o spread até pode ser o mais baixo, mas a mensalidade final está longe de ser a mais baixa!

Entre Janeiro e Março deste ano pesquisei o mercado para um crédito-habitação (construção). Repare bem, apesar de ser financeiro, demorei 3 meses a revolver o mercado e encontrar a melhor proposta, mesmo com a ajuda da comparajá. E posso dizer-lhe que a bankinter não aparece sequer nas 4 melhor propostas!!!!!!!
As melhores propostas que recebi foram do BPI e do BIC. E mesmo assim os seguros fiz à parte (o meu spread foi agravado em 0,1%), mas ganho 35 000€ só pelo facto de escolher seguros fora dos bancos e com mais coberturas!!!!!!  :mrgreen:

Eu também no início estava deslumbrado pelos números da Bankinter, mas depois vamos ver o fato à medida para o nosso caso e afinal não é lá grande proposta!!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: P44 em Setembro 09, 2020, 12:39:16 pm
Carrega orelhas

https://eco.sapo.pt/2020/09/09/grupo-de-luis-filipe-vieira-provoca-perdas-de-225-milhoes-ao-novo-banco/

Cá estaremos todos para pagar
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Daniel em Outubro 04, 2020, 09:02:08 pm
Fusões são o futuro da banca
https://sol.sapo.pt/artigo/710711/fusoes-sao-o-futuro-da-banca
Citar
Tendência não é nova, mas pode ganhar novo fôlego se operação entre BCP e Banco Montepio avançar. O próprio BCE estimula este tipo de negócios: bancos maiores e menos oferta.O sistema financeiro continua a caminhar a passos largos para movimentos de consolidação do setor. Ainda esta semana surgiu o rumor da fusão do BCP com o Banco Montepio, que entretanto foi afastada pelos responsáveis das duas instituições financeiras. Mas não totalmente.

Uma operação que, caso venha a acontecer, não surpreende os analistas contactados pelo SOL. «Já se fala desta fusão há algum tempo e o que se comenta é: ‘Pelo menos só estragam uma casa’. Estamos a falar de uma altura em que o sistema financeiro está a utilizar fusões e aquisições para aumentar as sinergias através da redução de custos, nomeadamente custos com pessoal», garante Pedro Amorim.


O analista da corretora Infinox chama, no entanto, a atenção para os riscos caso o negócio se concretize. «O sistema financeiro ficaria ainda mais unificado, mais monopolizado e sem bancos privados portugueses. Seria o fim da história financeira portuguesa. Iríamos ter uma valorização das ações do BCP a curto prazo, contudo, devido às circunstâncias atuais voltaríamos a falar de novos mínimos». E lembra que o próprio BCP já é uma fusão de vários bancos. «Provavelmente teremos a fusão de dois grandes bancos em Portugal nos próximos anos», vaticina.
 Também Henrique Tomé admite que o setor da banca acaba por ser sempre um dos mais prejudicados em climas de instabilidade e incerteza. No entanto, vê com melhores olhos a fusão entre as duas instituições por considerar que «irá reforçar a sua quota de mercado e poderá trazer vários benefícios num ponto de vista da gestão das operações», lembrando que «após o anúncio da fusão entre BCP e Montepio o mercado acionista, nomeadamente no lado das ações do BCP reagiram logo em alta na abertura da sessão e acabou por influenciar e impulsionar de forma positiva o PSI 20. Estes ganhos acabam por demonstrar um claro otimismo por parte dos investidores após a divulgação de uma possível fusão entre os dois», refere o analista da XTB.

Para já, Miguel Maya garantiu que o BCP não está a negociar uma fusão com o Montepio. Ainda assim admitiu que poderá vir a analisar a operação caso se justifique. «Estamos tranquilos com a nossa estratégia. Agora, se houver operações que justifiquem que o banco as analise com rigor, assim faremos. Não estabelecemos nenhuns contactos com o Ministério das Finanças sobre o tema do Montepio nem estamos a analisar nenhuma operação com o Montepio. Se vier a surgir, de certeza que vamos olhar», disse o CEO do banco.


Mais resistente a este cenário está a dona do Banco Montepio. De acordo com o presidente da Associação Mutualista, a instituição conta com soluções de capital «ajustadas às suas necessidades e encontrará o seu próprio caminho de estabilização. Pela matriz e pelos valores mutualistas que enquadram e suportam a atividade do Banco Montepio, uma fusão desta natureza corresponderia à sua descaracterização, algo que colide com os interesses da Associação Mutualista Montepio e dos seus associados», revelou a instituição liderada por Virgílio Lima.

Cortar custos é a palavra de ordem
 Cortar custos vai sem dúvida ao encontro das necessidades da instituição financeira liderada por Pedro Leitão. Ainda na semana passada, tanto o chairman como o CEO admitiram que «os tempos que vivemos são desafiantes e incertos» e confirmam a saída entre 600 e 900 trabalhadores.

Em causa, tal como o SOL tinha avançado no último sábado, está o programa de reestruturação do Banco Montepio, que já está nas mãos do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Esta é uma das condições exigidas para que a instituição financeira possa ter estatuto de empresa em reestruturação, o que permite a quem aceite a rescisão por mútuo acordo ter direito ao subsídio de desemprego. E com isso avançar com o seu plano de fecho de balcões e redução de número de trabalhadores.

Apesar de considerar que «esta fusão pode vir a dinamizar ainda mais o setor e a aumentar a competitividade do mesmo», Henrique Tomé lembra que a operação destas duas instituições financeiras «acaba por contribuir para haver ainda menos players no mercado, fazendo com que surja um oligopólio neste setor. Este tipo de estrutura do mercado acaba por ser prejudicial aos novos players que tentam afirmar-se neste setor e representa um grande entrave para os mesmos». Também do lado dos clientes, não existem vantagens. E o analista explica porquê: «Historicamente, sempre que assistimos a este tipo de fusões temos vindo a assistir a um aumento de custos para o consumidor».

Tendência não é nova
 O próprio Banco Central Europeu (BCE) tem vindo a apoiar esta tendência, já que sempre defendeu a ideia de que é necessário que o setor bancário diminua, através de operações de fusão e aquisição que acabam por criar mais benefícios para o sistema financeiro do que propriamente para o cliente.
 Esta redução de custos através de fusões de bancos foi visível noutras operações, como lembra ao SOL Pedro Amorim. «A aquisição do Santander ao Popular resultou na redução de pessoal na ordem dos 13% só em Portugal».
Outra curiosidade diz respeito ao facto dos bancos que operam no mercado nacional estarem, na sua maioria, detidos por mãos espanholas. Um cenário que tem ganho maior revelo com as recentes aquisições do Banif, do BPI e do Barclays, que pesam mais 40% do sistema financeiro. É o caso do Santander, com a fusão com o Popular, a concorrer à liderança de mercado com o BCP, que por sua vez se encontra em mãos chinesas. A aquisição do BPI por parte do La Caixa, o ex-BES para o Lone Star, a saída do Barclays para entrar o Bankinter e a saída do Deutsche Bank vieram reforçar a banca espanhola em Portugal.

E a predominância espanhola poderá não ficar por aqui, se o Novo Banco for parar a Espanha. Ao SOL, o economista Avelino de Jesus, autor de dois livros sobre a resolução do BES, já veio garantir que a instituição financeira no futuro irá sair da Lone Star para um banco espanhol, em que o Santander Totta é apontado como o candidato preferencial.
«Desde a queda ‘forçada’ do BES, tivemos um colapso no sistema financeiro nacional. Deve-se à fraca capacidade de agentes nacionais investirem em bancos, deixando para agentes mais ‘poderosos’ que só encontramos no estrangeiro», garante o analista da Infinox.

O que é certo é que Portugal acompanha a tendência que se vive na Europa. E o caso mais recente é vivido em Espanha com o anúncio de compra do Bankoa por parte do Abanca, consolidando assim a posição no país basco. Com esta operação, o banco galego vai aumentar o seu volume de negócios em 4.374 milhões de euros (1.788 milhões de euros em crédito a clientes, 1.575 milhões de euros em depósitos e 1.011 milhões de euros em fundos fora do balanço) para 93 mil milhões de euros. O Abanca vai consolidar, assim, a sua posição como a sexta entidade espanhola por ativos, com mais de 65 mil milhões de euros.

Esta é a quinta transação realizada pelo Abanca desde a sua criação em 2014. A primeira foi a integração do Banco Etcheverría nesse mesmo ano; em 2017, foi realizada a compra da Popular Servicios Financieros; em 2018, o Abanca adquiriu o Deutsche Bank PCB e, também em 2018, comprou à Caixa Geral de Depósitos o seu banco em Espanha, o Banco Caixa Geral.

Mas Pedro Amorim lembra que este cenário não se aplica apenas à vizinha Espanha. «Não é só em Espanha, temos por toda a Europa. É previsível, e o objetivo será reduzir pessoal, tornando sistemas únicos e aumento de sinergias com a partilha de ‘know-how’». E reconhece que estas operações surgem mais quando assistimos a dificuldades no setor, dando como exemplo o que se passou com a indústria farmacêutica há uns poucos anos. E de acordo com o responsável, «poderemos assistir a uma redução de 30% dos balcões e 30% do pessoal em 3-4 anos, e 50% nos próximos 10 anos, sem qualquer exagero. A lógica bancária de ter balcões começa a ter os dias contados, até porque devido ao contexto epidémico os bancos estão a reforçar os sistemas de apoio ao cliente à distância através de melhores aplicações, centros de contacto, entre outros».

Uma opinião partilhada por Henrique Tomé. «Os grandes grupos empresariais tendem a adquirir outras empresas para conseguirem uma maior quota de mercado e porque estas aquisições acabam por trazer vantagens económicas às empresas, uma vez que acabam por ter uma maior facilidade no acesso a crédito, nomeadamente financiamento junto aos bancos a juros perto de zero», refere ao SOL. A tendência já dura há alguns anos e observa-se em toda a Europa e também nos EUA.

O antigo dono disto tudo já foi, agora os novos donos disto tudo, sistema financeiro português, são os espanhóis put… que pariu
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: tenente em Outubro 29, 2020, 09:23:46 pm
Mesmo com o Konaviruz em força o sector bancário continua na maior.

https://observador.pt/2020/10/29/millenniumbcp-com-lucros-de-1463-milhoes-nos-primeiros-nove-meses-do-ano/

Abraços
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Dezembro 12, 2021, 04:08:02 pm
João Rendeiro foi detido na África do Sul, perto de Durban, zona de surf. "Ficou surpreso. Não estava à espera"

Antigo banqueiro refugiava-se mais na zona financeira de Joanesburgo, em hotéis de luxo, mas foi preso perto de Durban. PJ defende que permaneça detido até à extradição, por "enorme risco de fuga".

(https://bordalo.observador.pt/v2/q:85/c:4000:2252:nowe:0:415/rs:fill:1960/f:webp/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2021/10/06120659/doc2014021217302022m9.jpg)

João Rendeiro foi detido esta madrugada, por volta das 7h30, depois de estar em fuga desde setembro. Numa conferência de imprensa esta manhã, o diretor-nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, confirmou que o antigo banqueiro foi detido na África do Sul, onde entrou a 18 de setembro, depois de sair do Reino Unido a 14 de setembro. Rendeiro foi detido na localidade de Umhlanga, perto da cidade de Durban, na costa sul africana, conhecidas pelas suas estâncias balneares e por terem a preferência de surfistas.

Rendeiro reagiu com “surpresa” à detenção. “Não estava à espera”, descreveu Luís Neves, que adiantou que o detido “não usava disfarces, mas tinha muitos cuidados” e estava na posse de uma autorização de residência para aquela país emitida há um mês. O banqueiro estava hospedado num resort de luxo, nesta zona junto à praia, o Forest Manor.

São agora aguardadas as medidas de coação para João Rendeiro, com o diretor nacional da PJ a advertir que se trata de uma “pessoa com grande capacidade económica, o que lhe dá grande mobilidade”, apontando o “enorme perigo de fuga”. Luís Neves disse que a PJ “reforçará a necessidade de aplicação de medida detentiva”, tendo em conta a “personalidade” e o risco de fuga.
“Zona mais rica de Joanesburgo era refúgio habitual, em hotéis de cinco estrelas”, diz PJ

O diretor nacional da PJ não revelou na conferência de imprensa o local da detenção, dizendo apenas que Rendeiro estava detido “muito longe de Pretória e de Joanesburgo”, adiantando que o antigo banqueiro se movimentava antes pela “zona mais rica”, a zona financeira, de Joanesburgo. “Era o seu habitual local de refúgio, em hotéis de cinco estrelas”, detalhou, ao mesmo tempo que afirmou ser “patético” que Rendeiro diga que não estava fugido, já que “tinha muitos cuidados e não circulava livremente nesse país”.

O diretor nacional da PJ explicou, aliás, que a fuga de Rendeiro foi “preparada durante vários meses” e que “não só não houve nenhum deslize, como João Rendeiro usou todos os meios tecnologicamente mais avançados — e que custam uma exorbitância — para poder comunicar de forma não detectável”. Luís Neves adiantou mesmo que “a entrevista que deu à CNN aconteceu através de uma forma encriptada que não permitia que qualquer trabalho fosse feito para o localizar” e reforçou: “Tratam-se de tecnologias de meios que não estão ao dispor de forma fácil e são o grande sinal de que João Rendeiro jamais em tempo algum pretendia apresentar-se às autoridades”.
Autorização de residência na África do Sul tem um mês

A escolha de África do Sul por parte de Rendeiro terá tido em conta o “apoio pessoal” que teria no local. A PJ tem informação que o plano do ex-banqueiro seria “esconder-se ali nos primeiros tempos”, tendo em conta esse apoio e “está convencida que, através de algum investimento, [Rendeiro] podia pensar que tinha a possibilidade de não ser extraditado”.

Luís Neves revelou que tinha, entretanto, sido concedida uma autorização de residência a Rendeiro naquele país, cuja emissão data de 10 de novembro. E garantiu que quando a mulher, Maria de Jesus Rendeiro, disse que o marido estaria na África do Sul a PJ já tinha essa mesma informação. A mulher de João Rendeiro “não deu mais nenhum pormenor”, assegurou Luís Neves.

Extradição “é possível” e permitirá prisão efetiva imediata

A Justiça portuguesa já desencadeou os mecanismos de cooperação judiciária internacional para que os tribunais da África do Sul autorizem a extradição para Portugal de João Rendeiro, o que Luís Neves diz que pode acontecer já. “Há possibilidade de extraditar esta pessoa“, adiantou na conferência de imprensa, dizendo que “há mecanismos legais para o fazer” e ainda que “Rendeiro será apresentado às autoridades [judiciais] nas próximas 48 horas” — a CNN adiantou que isso acontecerá na segunda-feira.

Luís Neves afirmou ainda que a PJ está em condições de “ir buscar” João Rendeiro se o ex-banqueiro “for colocado à disposição das autoridade portugueses”, o que ainda não aconteceu. Rendeiro vai permanecer para já sob custódia das autoridades sul-africanas.

“Se e quando for extraditado será para cumprimento de pena porque há decisões que já transitaram em julgado e o condenam a prisão efetiva”, diz ainda Luís Neves. Recorde-se que Rendeiro estava em fuga desde o final de setembro, após ter sido notificado para estar presente no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para ser ouvido no âmbito da alteração das medidas de coação.

Maria de Jesus Rendeiro afirmou durante o interrogatório como arguida no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa que o seu marido João Rendeiro estava precisamente no principal país da África Austral. Na altura o Ministério Público e a PJ desvalorizaram a informação dada pela mulher de Rendeiro.

João Rendeiro tem uma pena de prisão de cinco anos e oito meses transitada em julgado para cumprir no âmbito de um processo relacionado com a falsificação da contabilidade do BPP.
Luís Neves diz que “PJ não lava a cara a ninguém”

Durante a conferência de imprensa em que adiantou pormenores da detenção de João Rendeiro, o diretor nacional da PJ foi questionado sobre este desfecho contribui para sanar a má imagem da justiça portuguesa tendo em conta que foi permitido que o antigo banqueiro saísse do país e respondeu que “a PJ não lava a face a ninguém, fazemos parte da justiça”. Ainda assim, Neves admite que a fuga de Rendeiro tenha sido nociva para a imagem do sistema.

As suas palavras foram sobretudo para elogiar a ação da PJ, que classificou de “resiliente”, e da “equipa de trabalho em permanência”, constituída por elementos das unidades de Combate à Corrupção, de Informação Criminal e de Cooperação Internacional que “conseguiu encurtar o caminho para encontrar” Rendeiro.

Também detalhou que foi essencial para a detenção de Rendeiro o encontro que teve com o comissário-geral da polícia sul-africana, general Kehla Sithole, na Assembleia Geral da Interpol, no final de novembro em Istambul. Foi aí que foi facilitado o cumprimento do mandado de detenção internacional, segundo explicou o próprio diretor nacional da Polícia Judiciária.

https://observador.pt/2021/12/11/joao-rendeiro-foi-detido/

Como foi notícia desde ontem, apanharam um dos trafulhas que contribuiu para a derrocada da banca nacional, João Rendeiro.
Parabéns a quem conseguiu o feito e em especial à PJ e que este passe o resto dos seus dias entre a prisão e o tribunal a responder por todos os crimes. E não esquecer os bens e dinheiro que desviou, até ao último cêntimo.

Mas ainda há mais criminosos soltos. É importante que a justiça se faça contra eles todos sem excepção!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: HSMW em Fevereiro 05, 2022, 06:33:24 pm
(https://pbs.twimg.com/media/FKwZdeIXIAcX-M-?format=jpg&name=large)

Porque será...  ::)
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: tenente em Maio 04, 2022, 07:45:35 am
Sem comentários !!!!

O Novo Banco duplicou os lucros para 142,7 milhões de euros no primeiro trimestre, que comparam com os lucros de 70,7 milhões de euros do mesmo trimestre do ano passado, foi hoje anunciado.

Ainstituição considerou, na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que o "desempenho da atividade está em linha com as expetativas, apresentando pelo quinto trimestre resultados positivos".

No primeiro trimestre deste ano, a margem financeira totalizou 133,5 milhões de euros (-8,4% vs primeiro trimestre de 2021), "refletindo a estabilidade nas linhas do negócio bancário (empresas e particulares), e o efeito das emissões de dívida sénior em 2021 e das taxas de juro negativas nas aplicações do mercado monetário".

As comissões de serviços a clientes subiram 9,6% para 68,8 milhões de euros.

Refletindo esta evolução, o produto bancário comercial caiu 3% neste período, totalizando 202,3 milhões de euros (-3% vs primeiro trimestre de 2021) e o produto bancário subiu 13,5%, ascendendo a 310,4 milhões de euros, com resultados de operações financeiras de 91,4 milhões de euros.

O resultado operacional core cifrou-se em 98,7 milhões de euros, menos sete milhões de euros, como "resultado da estabilização dos agregados de negócio e da manutenção dos custos operativos" e o Cost to Income situou-se em 51%, enquanto no período homólogo foi de 49%, justificando que beneficiou de custos operativos estáveis (103,6 milhões de euros), "com a implementação de medidas de eficiência e investimento contínuo no modelo de negócio".

O Novo Banco indica que no trimestre um resultado ajustado - antes de impostos - foi de 59,5 milhões de euros, equivalente a um RoTE1 anualizado (antes de impostos) de 10,2%.

O rácio de crédito malparado manteve-se em 5,7%, o mesmo registado em dezembro de 2021, mas abaixo dos 8,9% atingidos em dezembro de 2020. Já o rácio de cobertura situou-se em 70,8%.

Ainda nos primeiros três meses do ano, o banco constituiu 21,8 milhões de euros de imparidades, abaixo dos 61,8 milhões de euros constituídos no mesmo período de 2021.

Destas, 14,3 milhões de euros são para crédito, 11,1 milhões de euros para títulos e -3,6 milhões de euros para outros ativos e contingências.

Os custos operativos mantiveram-se estáveis face ao período homólogo em 103,6 milhões de euros, com um aumento dos gastos gerais de administrativos para 38,2 milhões de euros (face aos 35,9 milhões de euros em igual período de 2021) e uma subida ligeira das amortizações para 9,8 milhões de euros (que compara com os 8,1 milhões de euros).

Já os custos com pessoal totalizaram 55,7 milhões de euros (menos -5,7% face ao trimestre homólogo), com o Novo Banco a explicar que mantém "a tendência de redução que se tem verificado nos últimos anos em resultado das medidas de eficiência implementadas", detalhando que em 31 de março de 2022, o grupo tinha 4.182 colaboradores, menos 375 colaboradores do que em igual período, mas menos 11 do que em dezembro.

Em 31 de março de 2022, o número de balcões ascendia a 311, menos 46 do que nos primeiros três meses de 2021, mas mantiveram-se face a dezembro.

António Ramalho, presidente executivo da instituição, salientou, citado em comunicado, que "pelo quinto trimestre consecutivo o novo banco apresenta resultados positivos, criando valor para todos os seus acionistas, o que demonstra uma clara sustentabilidade da rentabilidade assente num robusto modelo de negócio, permitindo continuar a apoiar as famílias, as empresas e a economia nacional".

O rácio CET 1 atingiu 10,8% (vs 11,1% em 2021) e rácio de solvabilidade total foi de 12,9% (vs 13,1% em 2021), enquanto o rácio de liquidez (LCR) continuou a melhorar, situando-se nos 184% e o NSFR totalizou 115%.

O Novo Banco anunciou, em 09 de março, um pedido de uma injeção de capital de 209 milhões de euros ao Fundo de Resolução bancário relativa a 2021, ano em que o banco lucrou 184,5 milhões de euros.

A instituição financeira justifica hoje em que comunicado que este valor "teve em conta as perdas incorridas nos ativos cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente, bem como as condições mínimas de capital aplicáveis no final do mesmo ano ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente".

Assinala ainda que no que respeita ao valor solicitado ao Fundo de Resolução, relativo ao exercício de 2020 subsistem duas diferenças que resultam de divergências, entre o Novo Banco e o Fundo de Resolução, relativamente à provisão para operações descontinuadas em Espanha e à valorização de unidades de participação, que estão sujeitos a uma decisão arbitral.

"O novobanco considera estes valores (165MEuro) como devidos ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente, estando a despoletar os mecanismos legais e contratuais à sua disposição no sentido de assegurar o recebimento dos mesmos", indica, acrescentando que mantém ainda com o Fundo de Resolução em divergência sujeita a arbitragem a aplicação da opção dinâmica do regime transitório da IFRS.

https://www.noticiasaominuto.com/economia/1988191/novo-banco-duplica-lucros-para-142-7-milhoes-no-primeiro-trimestre

Abraços
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: asalves em Maio 04, 2022, 11:06:33 am
Secalhar vou ser polémico, mas só posso ficar contente quando algum banco/empresa (Galp) tem lucros.

O problema do Novo Banco foi os anjinhos (ou secalhar nem são tão anjinhos) que permitiram no contrato de venda haver estas coisas.

Se voces tivessem uma empresa com um contrato destes não iam tentar sacar o máximo dinheiro possível?
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Julho 15, 2022, 10:10:35 am
Já devem ter ouvido o alvorinho que provocou uma auditoria do Tribunal de Contas que defende que não foram defendidos os interesses nacionais!!! A sério!?  ::)

Mas o regime escondeu mais um rombo de todos os portugueses!!!! Quando refiro o regime, refiro praticamente todos os partidos, porque se a PAF nacionalizou o BES e transformou em Novo Banco (das desgraças), foi a geringonça que vendeu o Novo Banco à Lone Star em 2017 (PS + BE + PCP)!

O que todos nós sabíamos é que o Banco foi "comprado" pela Lone Star em 2017, 75% por mil milhões............. mas o Fundo de Resolução dá uma garantia de 3,9 mil milhões para cobrir potenciais perdas (ou seja, pagamos para ficarem com o banco).

Mas a novidade é que afinal há umas letrinhas pequeninas no contrato de venda, que diz que para além dos 3,9 mil milhões (adiantados pelo Estado e a ser devolvido pelo Fundo de Resolução, ou seja, todos os bancos!!!!!), ainda podemos ter de pagar mais 1,6 mil milhões de euros!!!!!  :o

https://www.dinheirovivo.pt/economia/novo-banco-defende-que-nao-cabe-a-gestao-minimizar-chamadas-de-capital-15013828.html
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 01, 2023, 01:20:56 pm
Bancos colocam entraves à renegociação de créditos


Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Fevereiro 01, 2023, 02:11:06 pm
Bancos colocam entraves à renegociação de créditos



O problema aqui nem é tanto dos Bancos em si, mas dos Bancos Centrais!
O problema dos Bancos com clientes a renegociar créditos são as consequências para os bancos, que são negativas:

Novo regulamento para o sector bancário imposto pela UE a todos os bancos: https://www.sgeconomia.gov.pt/noticias/parlamento-europeu-aprova-regras-para-reduzir-credito-malparado-dos-bancos.aspx

O próprio Centeno já confirmou que todos os clientes podem renegociar os seus créditos com os bancos, mas (e eu deixo um ENORME MAS!!!!!), ficam na lista negra da concessão de crédito e podem entrar também na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal (se tiverem prestações em atraso).

E quando qualquer uma das situações ocorre, por exemplo a renegociação de crédito, o Banco que aceita renegociar, tem de aumentar as provisões e baixar a notação de crédito desse cliente, o que na prática significa um aumento de provisões obrigatórias.
Dou um exemplo, o Manuel faz um empréstimo de 100 000€ para comprar um apartamento e aplica a fórmula de calculo de risco do cliente e tem de colocar uma percentagem de lado para utilizar se o cliente não pagar (vamos imaginar 5% ou 5 000€).
Se o Manuel renegociar o crédito e o banco aceitar, o banco vai ter de colocar de lado mais dinheiro para cobrir o prejuízo (vamos supor 10 ou 15%, são 10 a 15 000€ o que leva a que só nesse ano, o lucro do banco vá ser afectado em 5 ou 10 000€ só por causa desse cliente).

Agora imaginemos milhares de clientes a fazerem isto!!!!!!

E vamos tornar as coisas mais negras, se os clientes deixam de pagar! Então as provisão em percentagem disparam e os resultados do banco podem mergulhar no vermelho rapidamente!!!!!

Os bancos como são muito alavancados (pouco capital próprio para tantos activos), apesar de que agora estão muito mais capitalizados do que à 10 ou 15 anos atrás, se houver uma grave crise na economia (clientes), são rapidamente afectados!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Lusitano89 em Março 07, 2023, 05:57:27 pm
Lucro da CGD subiu 45% para 843 ME em 2022


Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Abril 27, 2023, 09:52:56 am
Ricardo Salgado deve 30 mil euros ao Tribunal Constitucional, mas diz que não tem como pagar

Em causa estão as dezenas de recursos e reclamações que perdeu em tribunal, o que significa que lhe têm sido exigidas sucessivas taxas de justiça. No entanto, o ex-banqueiro diz não ter como pagar.

Ricardo Salgado deve mais de 30 mil euros ao Tribunal Constitucional. Nos últimos três anos, o antigo banqueiro perdeu mais de uma dezena de recursos e reclamações, mas apenas num dos casos pagou a taxa de justiça. O ex-presidente do Grupo Espírito Santo alega que não tem dinheiro.

Ricardo Salgado garante que está de mãos atadas, sem acesso a qualquer património, para poder pagar a dívida que se acumula há três anos no Tribunal Constitucional.

Desde 2020, o Tribunal Constitucional exigiu ao antigo presidente do Grupo Espírito Santo 31.416 euros, mas, até agora, foram pagos apenas 714 euros. Isto significa que salgado deve ao Constitucional mais de 30.700 euros.

Um valor que garante estar impedido de pagar por ter todo o património arrestado à ordem do processo Universo Espírito Santo.

Numa exposição a que a SIC teve acesso, Ricardo Salgado lembra que prestou cauções de três milhões de euros em dois processos, que viu serem arrestadas as contas bancárias na Suíça - onde tinha mais de 8,5 milhões de euros - e que a reforma de 51.862 euros que recebia em 2015 foi penhorada e está agora reduzida a 1.900 euros líquidos.

Tem o usufruto de uma casa em Cascais, mas não tem imóveis, automóveis nem outros bens que possam servir para liquidar as dívidas, alega. Até porque tem de suportar os custos de defesa em todos os processos em que é arguido.

Já Amílcar Morais Pires, ex-braço-direito de Salgado e antigo administrador financeiro do BES, tem estado a pagar as dívidas. Pediu apenas ao Constitucional para as saldar em prestações, como tem vindo a fazer noutros processos. Argumenta que está desempregado desde 2014 e que vive de poupanças e do apoio de familiares.

https://sicnoticias.pt/pais/2023-04-26-Ricardo-Salgado-deve-30-mil-euros-ao-Tribunal-Constitucional-mas-diz-que-nao-tem-como-pagar-d17bc823

Coitado! Vamos lá fazer um peditório para darmos ao DDT  :mrgreen:
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Maio 16, 2023, 12:28:23 pm
Famílias já podem pedir aos bancos bonificação dos juros no crédito à habitação

Apoio começa esta terça-feira, dia 16 de maio, a poder ser solicitado pelas famílias elegíveis e tem efeitos retroativos a 1 de janeiro deste ano. Famílias devem apresentar pedido junto dos bancos e outras entidades credoras. Maioria dos bancos já aderiu ao protocolo de operacionalização da medida.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2022-10/img_900x560$2022_10_10_20_59_13_437939.jpg)

As famílias portuguesas com dificuldades em pagar as prestações da casa, devido à subida da Euribor, já podem pedir acesso à bonificação de juros no crédito à habitação. Os pedidos podem ser submetidos junto dos bancos e outras entidades credoras a partir desta terça-feira, dia 16 de maio, e o apoio terá efeitos retroativos a 1 de janeiro deste ano.

Para aceder a esta bonificação no crédito à habitação de taxa variável, as famílias devem apresentar o seu pedido de adesão "junto das instituições, utilizando para isso os canais que estas disponibilizem para esse efeito", informa o Ministério das Finanças, em comunicado. Após a receção do pedido completo, as instituições têm 10 dias úteis para comunicar aos requerentes se preenchem as condições de acesso a este apoio.

São abrangidos os contratos com crédito até 250 mil euros, celebrados até 15 de março de 2023 e que apresentem uma taxa de esforço igual ou superior a 35% do seu rendimento anual com o valor das prestações anuais do crédito. A bonificação pode ir até aos 75% do valor da prestação da casa, mas está dependente do rendimento anual das famílias.

A bonificação destina-se a apoiar as famílias até ao limite máximo do sexto escalão de rendimentos de IRS (até 38.632 euros). Para as famílias cujo rendimento não supere o quarto escalão de IRS (20.700 euros), a percentagem de bonificação é de 75%. Já as famílias com rendimentos correspondentes ao quinto e sexto escalões de rendimentos (entre 20.700 e 38.632 euros), terão uma bonificação de 50%.

A medida aplica-se a contratos de crédito para "aquisição, construção ou obras em habitação própria e permanente que tenham sido contratados a taxa variável ou que, tendo sido contratos com taxa mista, estejam no período da taxa variável". O apoio anual máximo pode chegar aos 720,65 euros.

O Ministério das Finanças diz que, "não obstante a data do pedido, o primeiro pagamento da bonificação será retroativo aos meses de 2023 em que estejam preenchidos os requisitos de elegibilidade". Caso os bancos determinem que os candidatos não preencham, "devem indicar expressamente os motivos da não elegibilidade".

Até agora, "a generalidade dos bancos a operar em Portugal já aderiu ao protocolo que operacionaliza a medida", dá conta o gabinete de Fernando Medina. As instituições financeiras que ainda não o aderiram, podem ainda fazê-lo, indica.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/familias-ja-podem-pedir-para-aderir-a-bonificacao-dos-juros-no-credito-a-habitacao

Mesmo que haja quem não seja elegível para esta medida, podem sempre tentar encontrar soluções junto do vosso banco. É sempre preferível dizer ao banco que está em dificuldades e precisa que o banco ajude, do que entrar em incumprimento! Um incumprimento fica logo registado no Banco de Portugal e é um cartão vermelho para futuros empréstimos!

Apesar dos bancos não informarem (porque não lhes interessa muito), os bancos podem dar um período de carência de alguns meses, para que se evite o incumprimento. Este período de carência até coincide com a alta das taxas de juro.

Atenção que as taxas de juro só começam a baixar em 2024 e só se a inflação estiver controlada (obviamente que refiro-me à taxa de juro decretada pelo BCE).
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Maio 29, 2023, 10:21:51 am
Caixa reembolsa toda a dívida a privados pela recapitalização

O banco estatal emitiu mil milhões de euros em junho de 2018 oferecendo uma taxa de juro anual de 5,75%. A emissão complementou as ajudas estatais de 2.500 milhões de euros para a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

(https://cdn4.jornaldenegocios.pt/images/2022-11/img_900x560$2022_11_05_01_14_14_439850.jpg)

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reembolsa esta segunda-feira, de forma antecipada, 500 milhões de euros da emissão de fundos próprios de nível 2 (Tier 2), anunciou o banco estatal em comunicado enviado à CMVM.

Desta forma, a CGD paga a totalidade dos mil milhões de euros emitidos em junho de 2018, com uma taxa de juro anual de 5,75%, que haviam sido colocados junto de investidores privados no âmbito do plano de recapitalização.

Em março do ano passado, o banco estatal já tinha reembolsado antecipadamente outros 500 milhões de euros da emissão AT1.

No comunicado, a Caixa indica que recebeu a necessária autorização prévia do Banco Central Europeu (BCE) para o reembolso hoje realizado, sublinhando que "a autorização para o reembolso antecipado evidencia a robusta solvência da CGD que, em março de 2023, apresentava rácios de CET 1 de 19,5% e de capital total de 20,9%".

"Sem consideração da emissão Tier 2, o rácio de CET 1 permanece inalterado em 19,5% e o rácio de capital total fixa-se em 19,8%", conclui.

O plano de recapitalização da Caixa contou com ajudas públicas no montante de 2.500 milhões de euros e com financiamento privado por via destas emissões no valor de mil milhões, para um total de 3.500 milhões de euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/caixa-reembolsa-toda-a-divida-a-privados-pela-recapitalizacao#loadComments

A diferença! Na altura da crise bancária de à 15 anos atrás, os bancos portugueses apresentavam rácios Tier 1 entre 5 e 8%. 15 anos depois passamos do 8 para o oitenta, os bancos apresentam rácios pornográficos a rondar os 20%!!!!!

Está explicado, para quem ainda não tinha percebido, porque é que os bancos não sobem os juros aos depositantes e permanecem em 0% ou quase...... a razão é muito simples, os bancos nacionais não precisam de dinheiro e por esse motivo podem dar-se "ao luxo" de não retribuírem os depósitos a prazo e há outro pormenor que contribui para esta folga, os bancos não precisam de dinheiro fresco..... porque também têem receio do inevitável aumento do crédito incobrável à medida que os juros continuam a subir!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Junho 22, 2023, 09:43:57 am
Para quem tinha dúvidas sobre o motivo do Estado baixar os juros dos certificados de aforro de 3,5 para 2,5% ao ano!!!!!!

Portugal é dos mais atingidos da UE por fuga de depósitos

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/portugal-e-dos-mais-atingidos-da-ue-por-fuga-de-depositos

É que agora os bancos continuam a ganhar muito dinheiro, sem risco nenhum! Basta pegarem nas dezenas de milhares de milhões de euros que têem de depósitos sem nada que lhes fazer (os bancos não estão a emprestar dinheiro a quase ninguém, apesar de terem bastante liquidez), colocam no BCE a render 3,5% e pagam ao dono do dinheiro por volta de 1% ou menos!!!!! Estimativas apontam para que os bancos nacionais emprestem menos de 80% de todo o dinheiro disponível. O recordista é a CGD, com depósitos de cerca de 90 mil milhões de euros....... mas emprestou 50 mil milhões de euros!

https://eco.sapo.pt/2023/06/09/tem-dinheiro-a-render-no-banco-5-graficos-que-nao-trazem-boas-noticias-para-depositantes/
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Julho 27, 2023, 11:21:24 am
CGD avança com processo contra a Orey Antunes

A Caixa opôs-se à aprovação do Processo Especial de Revitalização que levou a uma perda de mais de 4 milhões de euros.

(https://cdn2.jornaldenegocios.pt/images/2022-08/img_900x560$2022_08_09_19_49_13_433960.jpg)

A Caixa Geral de Depósitos avançou com um processo em tribunal contra a Sociedade Comercial Orey Antunes (SCOA), no valor de 4,7 milhões de euros, segundo noticia o Eco esta quinta-feira. A ação visa também o presidente Duarte D’Orey e os ex-administradores Miguel Ribeiro Ferreira e Rui Antunes Pinto, que deixaram a sociedade em 2021.

De acordo com o jornal, em causa estará o Processo Especial de Revitalização (PER) que está em curso na SCOA e que vai levar perdas de 90% aos credores. A Caixa perdeu 4,2 milhões de euros neste processo.

O banco não comentou o caso, mas deu entrada uma ação no Tribunal da Comarca de Lisboa na semana passada que tem o mesmo montante de crédito que o banco público reclama à SCOA no âmbito do PER. A Caixa ter-se-á oposto à homologação do PER, que viria a ser aprovado, e apresentou um recurso para que o processo fosse revisto alegando que a SCOA ocultou a validação atribuída a duas sociedades de um fundo sediado no Luxemburgo no valor global de 27 milhões de euros.

Além da Caixa, o jornal adianta que entre os credores abrangido pelo perdão de dívida de cerca de 52 milhões de euros estarão outros grande bancos nacionais incluindo o Novo Banco, o BCP e o Santander.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/justica/detalhe/cgd-avanca-com-processo-contra-a-orey-antunes#loadComments

Todos nós temos razões de queixas quando somos obrigados a salvar os Bancos, mas a realidade, tirando algumas excepções, os bancos podem tombar quando têem um somatório de situações como esta!
Resumidamente, o Grupo Orey Antunes já estava a definhar à bastantes anos, por fim e numa reunião de credores, aprovaram um perdão de dívida de 90%!!!!!!!!! Quem ficou em maus lençóis....... foram os bancos, como a CGD, Santander e Novo Banco, que contra a vontade são obrigados a perdoar quase toda a dívida......

O problema surge porque a CGD alega que existem pelo menos 2 sociedades sediadas no Luxemburgo, pertencentes aos accionistas da Orey Antunes e que valerão algo como 27 milhões de euros!!!!!! Com toda a razão, os bancos tentam ir buscar todo o dinheiro que emprestaram, esteja ele onde estiver!!!!!!

Porque se um Banco tiver muitos buracos como este e como funcionam com pouco capital próprio para os activos que têem (quer dizer que um banco normalmente tem pouco mais de 10% de todo o dinheiro/activos, o restante pertence aos depositantes. Apesar do BCE exigir rácios TIER 1 mais elevados do que no passado, qualquer banco se tiver muitos créditos incobráveis, vulgarmente conhecidos como calotes, vai ao fundo e com estrondo!!!!!)

Aqui ficam alguns links. A empresa obviamente também lesou muitos investidores, porque era cotada em bolsa...... apesar de não apresentar contas!!!!!!!!!!!

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/orey-antunes-obteve-perdao-de-52-milhoes-mas-continua-sem-prestar-contas

https://expresso.pt/economia/2022-10-24-Banco-de-Portugal-confirma-que-Duarte-dOrey-nao-pode-ser-banqueiro-por-cinco-anos-2e0ebddd

https://www.cmvm.pt/pt/AreadoInvestidor/Faq/Pages/faq_liquidacao_orey_ific.aspx
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Agosto 19, 2023, 12:14:22 pm
Lucros da CGD sobem 25% no semestre para 608 milhões

Resultados desde a recapitalização já superam prejuízos verificados entre 2011 e 2016. Paulo Macedo, CEO do banco, entende, por isso, que é "um resultado histórico".

(https://cdn1.jornaldenegocios.pt/images/2023-05/img_900x560$2023_05_11_17_37_15_452544.jpg)

A Caixa Geral de Depósitos obteve nos primeiros seis meses do ano lucros de 608 milhões de euros, um acréscimo de 122 milhões de euros, ou de 25%, face ao mesmo período do ano passado.

O banco sublinha que com este exercício, "o conjunto de resultados gerados desde a recapitalização de 2017 permitiu saldar os prejuízos acumulados dos exercícios de 2011 a 2016", pelo que Paulo Macedo, CEO do banco entende que este é "um resultado histórico".

Em comunicado à CMVM, o banco informa que os depósitos de clientes alcançaram em junho 79 mil milhões de euros. Deste valor, 69 mil milhões dizem respeito a Portugal em junho, uma subida de 0,6%, invertendo a tendência dos meses anteriores (pelo menos desde março estavam em queda).

Quanto ao crédito, a carteira de crédito teve uma redução de 0,8% face ao primeiro semestre de 2022, para 52,6 mil milhões de euros, uma evolução considerada pela CGD como "estável num cenário de diminuição da procura".

Daquele valor, 45 mil milhões foram concedidos em Portugal. Ao nível das famílias, há uma ligeira descida (-0,3%), para 45,4 mil milhões de euros, mas a queda é maior quando observado apenas o crédito concedido para habitação: uma descida de 2,1% para 24,5 mil milhões de euros. Já no crédito a pequenas e médias empresas, houve um aumento de 1%, para 4,1 mil milhões.

Relativamente ao rácio de crédito malparado (NPL) atingiu os 1,8 mil milhões, descendo 3,8% face ao primeiro semestre de 2022. Corresponde a 2,48% do total do crédito.

Em relação às comissões cobradas, chegaram aos 289 milhões de euros, significando um decréscimo de 5% face ao mesmo período de 2022. A CGD prevê "a continuação da descida até ao final do ano".

Os custos de estrutura recorrentes, incluindo com pessoal, ficaram em 460 milhões de euros, mais 9% do que no período hómologo, dos quais 323 milhões em Portugal (+10%).

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/lucros-da-cgd-sobem-25-no-semestre-para-608-milhoes?ref=DET_Engageya_JNegocios

O que faço referência não é ao lucro, sou da área da gestão e não sou da esquerda, não tenho qualquer problema em ver lucros elevados e cada vez mais robustos. Prefiro isso a ter de colocar na minha de declaração de IRS, para além dos meus dependentes, ainda ter de acrescentar a TAP ou a CGD ou o Novo Banco  :mrgreen:

Mas não, o que salta à vista é este fenómeno que está a acontecer neste momento em Portugal. Os bancos nunca tiveram tanta liquidez como agora, mas mesmo com taxas de juro altas, não estão a emprestar mais dinheiro, porquê?
Neste caso da CGD, em Portugal a CGD tem 69 mil milhões de depósitos de clientes, mas destes, só emprestou 45 mil milhões!!!! Quer dizer que tem 24 mil milhões de euros sem emprestar nem a clientes particulares, nem a empresas e nem ao Estado! Muito provavelmente estão no BCE, a render 3,75%!!!!!

Como a CGD remunera aos seus clientes a baixo de 3% ao ano (e muitas das vezes sem poderem movimentar durante um ano), ganha pelo menos 1% sem risco nenhum! É que se emprestar o dinheiro, vai ter de enfrentar o crédito incobrável!!!!

Pode não parecer muito, mas 1% de 24 mil milhões de euros rende pelo menos 240 milhões de euros por ano para a CGD!!!!!! E sem risco nenhum!!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Novembro 04, 2023, 10:43:54 am
BPN - 15 anos após a nacionalização

Em 2008 a queda de um pequeno banco acabaria por tornar-se o primeiro grande escândalo financeiro do país. O Banco Português de Negócios foi nacionalizado em Novembro, depois de meses de suspeitas sobre dificuldades. No centro da polémica esteve um nome: José Oliveira e Costa, o presidente da instituição que tinha estado no primeiro governo de maioria absoluta de Cavaco Silva enquanto Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Esta é a história do processo que culminou no anúncio de Teixeira dos Santos e que envolve crime, teias de influências, acusações de falhas de supervisão e uma fatura de 6 mil milhões de euros para as contas públicas.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/15-anos-apos-a-nacionalizacao/

Sequência de disparates tomados na altura e que terminaram numa nacionalização que nunca devia ter acontecido. As empresas nascem, crescem e eventualmente morrem!!!!! O BPN devia ter sido liquidado ou então deixarem a equipa que quis salvar o banco actuar!

A supervisão não viu nada, e mesmo assim ainda consegue chegar a Vice do BCE!!!!!!
O Governo de Sócrates em vez de deixar o banco morrer, comete 2 erros gravíssimos: Nacionaliza um banco sem sequer saber quanto é que nos pode custar a todos nós; E depois outro erro, assim que nacionaliza o banco...... entrega a sua gestão a um concorrente, a CGD!!!! O que faz a CGD? Vai buscar os melhores clientes ao BPN (para a CGD) e deixa o BPN afundar-se ainda mais. Depois o Conselho de Administração do BPN ..... também eram Administradores da CGD....... mas recebiam o salário sem sequer lá porem os pés!!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Novembro 05, 2023, 11:15:13 am
Bancos privados já renegociaram 73 mil créditos à habitação

Este é o valor até setembro que resulta dos créditos renegociados pelo Santander, BCP e Novo Banco. O BPI não fornece o número de negociações.

(https://cdn5.jornaldenegocios.pt/images/2023-09/img_900x560$2023_09_11_19_49_14_460224.jpg)

Os principais bancos privados renegociaram mais de 73 mil créditos à habitação até setembro devido à dificuldade das famílias em pagarem as prestações mensais.

O Santander Totta renegociou mais de 36 mil créditos à habitação desde o início do ano, respondeu à Lusa fonte oficial.

Já o Novo Banco fez 17.700 renegociações e o BCP fez mais de 16.000 renegociações.

O BPI não divulga o total de renegociações, referindo apenas que os créditos renegociados têm o valor total de 950 milhões de euros. Apenas ao abrigo do decreto-lei 80-A/2022 foram renegociados créditos no valor de 414 milhões de euros, abrangendo 3.400 clientes, disse.

Milhares de renegociações de empréstimos são feitas ao abrigo de legislação do Governo mas a maioria é por acordo comercial entre cliente e banco (renegociação comercial).

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) só divulgará estes dados quando publicar as contas dos primeiros nove meses do ano, dia 10.

As renegociações de crédito podem ser feitas de várias formas, por baixa do 'spread' (margem de lucro comercial do banco), aumento do prazo de pagamento do crédito ou um período de carência no pagamento de capital (por exemplo, durante um ano o cliente só paga juros, o que baixa a prestação mensal mas capitalizando de futuro o valor em falta).

A subida das taxas de juro tem criado problemas a muitas famílias que pagam crédito à habitação, uma vez que têm efeito nos contratos a taxa variável com subida significativa das prestações mensais.

Para mitigar o impacto imediato, os bancos têm renegociado créditos e o Governo tem tomado medidas, caso da bonificação de créditos à habitação de famílias em dificuldades (tendo em conta algumas condições).

O Santander Totta tem mais de 10 mil créditos bonificados, segundo fonte oficial.

O BPI tem 4.700 clientes com bonificação de juros no valor médio de 10 euros mensais.

O BCP teve 2.400 contratos de crédito com bonificações e, em média, a bonificação foi de 32 euros mensais.

Já no Novo Banco, nos primeiros nove meses do ano, houve 1.360 contratos de crédito à habitação com juros bonificados pelo Estado.

Desde a quinta-feira passada que os clientes bancários com crédito à habitação podem pedir a adesão ao regime que fixa por dois anos a prestação e por um valor inferior ao atual. O valor que os clientes não pagarem durante dois anos será pago de futuro, somando-se ao capital (o que significa que os clientes pagarão mais juros).

Até setembro, os quatro principais bancos privados que operam em Portugal tiveram lucros agregados de 2.301 milhões de euros, quase o dobro dos primeiros nove meses de 2022.

A principal rubrica a explicar a subida significativa dos ganhos é a margem financeira, que é a diferença entre o que os bancos cobram pelos créditos e o que pagam pelos depósitos.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/bancos-privados-ja-renegociaram-73-mil-creditos-a-habitacao

Quem tem dificuldades em pagar a prestação da casa, é a medida que deve recorrer, antes de entrar em incumprimento!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Janeiro 23, 2024, 10:24:41 am
Fosun encaixa 235 milhões com venda de 5,6% do capital do BCP

Preço por ação foi de 0,278 euros, num desconto de 3,3% face à cotação de fecho de hoje. Participação do acionista chinês passa a ser de cerca de 20%. Liquidação acontece dentro de três dias.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2023-08/img_900x560$2023_08_30_20_19_12_459529.jpg)

A Fosun concluiu a venda de 5,6% do capital do BCP, reduzindo a sua posição para pouco mais de 20%.

O desfecho da operação foi comunicado pelo banco em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O valor total da operação atingiu aproximadamente 235 milhões de euros "correspondente a um preço de 0,2780 euros por ação", lê-se no documento, que acrescenta que "a liquidação ocorrerá a 25 de janeiro de 2024", momento a partir do qual a companhia chinesa passará a deter cerca de 3 mil milhões de ações do BCP.

O desconto face à cotação de fecho de hoje é de 3,3%.

A operação foi anunciada poucas horas da sua concretização e não apanhou a administração do banco desprevenida, apurou o Negócios, já que acontece alguns dias depois de a Fosun ter organizado o seu encontro anual de quadros, que este ano decorreu na China. O CEO do banco, Miguel Maya, e o "chairman", Nuno Amado, costumam ser presenças assíduas nessas reuniões.

O acionista garante que a redução da participação "não tem qualquer relação com a situação financeira e de ‘cash flow’".

A decisão, assegurou a Fosun ao Negócios, é "um comportamento de investimento normal. Após esta transação, a Fosun continua a deter 20% do BCP". A empresa assegura que "continuará a apoiar o desenvolvimento do BCP" e afirma que "continua muito otimista em relação aos mercados estrangeiros, incluindo Portugal. Os investimentos da Fosun em Portugal, como a Fidelidade, continuarão a ser componentes muito importantes" e a decisão "não deve ser interpretada como um sinal de que a Fosun deixou de estar otimista em relação ao mercado português sob quaisquer circunstâncias".

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/fosun-encaixa-235-milhoes-com-venda-de-56-do-capital-do-bcp

A frase anedótica que destaco é esta: "O acionista garante que a redução da participação "não tem qualquer relação com a situação financeira e de ‘cash flow’"."
Pois claro que a venda não tem nada a ver com o facto da Fosun ter a corda na garganta e estar excessivamente endividada!!!!!

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/lucro-da-fosun-cai-para-metade-no-primeiro-semestre
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 08, 2024, 06:44:51 pm
Lucros do BPI sobem 42% para 524 M€ em 2023


Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Viajante em Fevereiro 12, 2024, 04:10:26 am
Quando já falta menos de 1 mês para as eleições, somos bombardeados por promessas sem parar, algumas muito perigosas:

Pedro Nuno Santos quer Estado a assumir malparado na habitação

Socialistas querem dar a mão a quem se vê sem conseguir pagar a prestação e ajudar quem vai comprar e não tem dinheiro para a entrada. Mais-valias penalizadas no investimento especulativo.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2024-02/img_900x560$2024_02_11_19_29_53_470330.jpg)

O Estado deve ajudar as famílias que, tendo um crédito à habitação, com as suas casas hipotecadas ao banco, se vejam em dificuldades e deixem de conseguir pagar as prestações. A ideia é que, uma vez esgotados todos os mecanismos de renegociação com os bancos, seja o próprio Estado a assumir o crédito, garantindo que a família possa continuar na casa. A medida consta do programa eleitoral ......

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/pedro-nuno-santos-quer-estado-a-assumir-malparado-na-habitacao#loadComments

Ou seja, o risco de incumprimento de um crédito à habitação, que neste momento é da responsabilidade do credor e depois de quem emprestou dinheiro (que arrisca perder dinheiro), agora o Estado assume-se como o Avalista Disto Tudo (com os nossos impostos)!

É um negócio parecido ao BES/Novo Banco, bancos e pessoas negoceiam, mas se correr mal, é o Estado que paga!!!! Brilhante PNS!!!!!
Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 12, 2024, 11:48:10 am
Bancária suspeita de desviar 3 milhões


Título: Re: Sector Bancário
Enviado por: Lusitano89 em Março 07, 2024, 08:50:48 pm
"A banca pôs comissões em tudo. Foi fácil ter estes resultados", afirma CEO da Casa de Investimentos