Salvo erro, os equipamentos 'adquiridos' por contrato de locação foram os submarinos, os C-295 e 10 dos EH-101. Os outros dois EH-10 (SIFICAP) foram adquiridos directamente pelo Estado, com ajuda de fundos comunitários.
Para mim, o mais grave de todos estes programas foi o dos submarinos. Optou-se pela locação de dois navios, que custou mais que a aquisição directa de três navios, com o único propósito de ludibriar as contas do deficit. No fim, porque Bruxelas mudou as regras, acabámos por pagar os navios antecipadamente sem qualquer benefício para as contas do deficit.
Mas ainda não acabou. Devido aos problemas levantados pelo incumprimento das contrapartidas, os alemães ofereceram um terceiro navio de borla (que podia ser o quarto, se tivéssemos optado pela aquisição inicial de três submarinos, como foi sempre o objectivo da Marinha); esta oferta foi recusada pelo governo português da altura. Por isso, quando o Arpão e o Tridente estiverem encostados simultaneamente para reparos/manutenção, lembrem-se que é graças aos senhores Durão Barroso, Portas e Sócrates que não temos mais submarinos operacionais.