Caros foristas.
Quando tenho falado aqui de um navio tipo Absalon e de um abastecedor com capacidades adicionais (possibilidade de levar lanchas) a ideia era de ter numa fragata maior alguma capacidade logística e complementada por mais capacidade logística vinda do abastecedor...
Esta solução, longe de ser ideal, tema vantagem de ter alguma redundância...isto é, se um navio falha o outro pode sempre fazer alguma coisa...isto é, nunca ficamos totalmente bloqueados...isto é, de dar alguma mobilidade ás nossas forças...tudo isto sem ter um navio a mais, que é é caro, pouco uso teria e simplesmente não me parece que esteja ao alcance dos nossos bolsos na actualidade...pelo que nem me parece que faça sentido pensar em coisas que estão quase no domínio do impossível e que se vierem a acontecer será à custa da diminuição da capacidade de combate das nossas fragatas (quer em qualidade, quer em quantidade) e isso parece-me absurdo!...
se há 150 milhões a mais (que não deve haver) que se aplique numa solução próxima de um Absalon e nunca num navio que só servirá para reduzir a capacidade combatente da Marinha, pois este ainda terá de ser defendido por uma fragata pois não se pode defender sozinho!...e outra seria provavelmente sacrificada para fazer a compra...
lembro ainda que o nosso papel na NATO é patrulhar o nosso vasto mar, com submarinos, fragatas adaptadas à luta anti submarina complementados pelos P3 Orion...
As invasões são para os Marines Americanos...e com uma ajudinha dos Ingleses (se é que ainda é assim...), mas são potencias mundiais!...nós se conseguiremos fazer o pouco que nos pedem na NATO já nos podemos dar por contentes...
para além disso nem interessa tem um NPL se os Fuzileiros estão sem meios (estão reduzidos ao mínimo dos mínimos)!...
neste momento o que podem fazer é policiamento / abordagens, operações especiais (resgates-DAE) e dar protecção a uma evacuação de baixo risco!...
provavelmente se se compra-se o wave rider (ou ruler) já tínhamos um navio que sobrava em muito para as nossas necessidades e dava para adaptar dando-lhe algumas capacidades adicionais (transportar lanchas), instalar um pequeno hospital e acomodações adicionais...provavelmente o abastecedor deveria ser equipado com meios de defesa melhorados ...e seguia-se pela via do sentido prático e pragmático...
...provavelmente o desafia maior seria encontrar o dito navio tipo Absalon, pois não parece que haja muitos no mercado e disponíveis ainda menos...mas acho que é por aqui que se devia seguir!...é a minha opinião!...
boas reflexões a todos e bom fds!...
PS - deixei este comentário para colocar à parte pois não é tão relevante...lembrando apenas as dificuldades de financiar a Marinha (e as restantes Forças Armadas) com o triste espectáculo que são os programas Tejo e Viana do Castelo, que dada a sua lentidão e dificuldade remetem para o nível do absurdo!...
Concordo plenamente consigo.
A nossa principal função devia ser patrulhar o Atlântico Norte e entrada do Mediterrâneo.
Acho que não faz sentido apostarmos numa capacidade que provavelmente nunca vamos usar (desembarque anfíbio), provavelmente nem temos tropas para encher o navio, ou então tínhamos que enviar os Fuzos, Comandos e Páras tudo junto para atingir a capacidade máxima.
Vamos por partes. A NATO atribui-nos a valência de mantermos as rotas Marítimas para Portugal abertas e patrulhar o Atlântico, sobretudo a nossa ZEE, embora os NPO vão até à Terra Nova, e os Merlin já tenham feito SAR em zonas sobre jurisdição canadiana. Agora, a pergunta que se deve fazer? E que meios a NATO nos facilita? Bom. lembram-se do filme dos submarinos, sobretudo feito pelos americas, os quais achavam um luxo essas maquinetas para os tugas? E como se patrulha tanto mar sem submarinos? Com umas OHP dos anos ? Ou seja, podemos começar por aqui.
Relativamente ao LPD, é para os 3 ramos e não só os fuzos, sendo que desde missões de projecção de forças, até servir de base para helis e embarcações no combate à pirataria (O foundre antes de ir para o Brasil esteve nessa missão), passando pelo reabastecimento e claro no apoio à população em tempo de catástrofe. Sim, ficávamos bem servidos com um Absalon, mas a Marinha prefere um LPD e um AOR. 150 milhões dá pelo menos para um tipo o Neozelandês (e temos material para encher um navio, já que até um mistral leva um número de tropas a rondar os 500 militares e 56 veículos incluindo 17 carros pesados. Encher o hangar é que é outra coisa).
Por último, sem LPD a capacidade da Marinha tem sido reduzida, e não é pouco, desde submarinos a fragatas, passando por Patrulhas. Não é por aí, mas sim por mau planeamento e por redução de custos, já que quando se tem de ir buscar guarnição a uma fragata para complementar a outra, sendo que as João Belo eram 4 e as BD são duas. Existe também a necessidade de apostar em UAV e os helis são muito poucos, assim como uns anfíbios de jeito para os fuzos, que não é nada de transcendente. As LFC também convinham sair do papel a não ser que os Tejo sejam para ficar, sendo que aí o lógico seria pelo menos uma arma por controle remoto, melhores sensores e apostava pelo menos nos módulos de Combate à Poluição, Desminagem e Balisagem. São programas no total a rondar os 100 milhões, e claramente desde SAR a fiscalização ficávamos muito mais bem servidos (capacidade combatente passa pelas fragatas e submarinos, sendo esses programas distintivos. Por norma os LPD possuem sobretudo armamento defensivo, embora existam excepções, caso dos Type 71 chineses).
Saudações