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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: P44 em Junho 29, 2004, 01:19:10 pm

Título: Durão Barroso aceitou o convite para presidir à Comissão
Enviado por: P44 em Junho 29, 2004, 01:19:10 pm
de www.tsf.pt (http://www.tsf.pt)

 • DURÃO BARROSO
«Servir o projecto europeu é também servir Portugal»
Durão Barroso aceitou o convite para presidir à Comissão Europeia. Numa declaração em que destacou a importância do projecto europeu, o primeiro-ministro diz que assume pleno respeito pela autonomia de Sampaio mas sublinha que nada deve prejudicar a estabilidade democrática.


 
BELÉM  Opositores e apoiantes de Santana manifestam-se hoje
PS  Comissão Nacional por «uma posição política com legitimidade reforçada»
SANTANA LOPES  «Não fui convidado por ninguém»
OPOSIÇÃO  Durão devia ter dito se abandona Governo
 
 
 
• PALÁCIO DE BELÉM
Durão Barroso deixa Palácio de Belém sorridente
Depois de uma audiência de cerca de uma hora com o presidente da República, para debater uma eventual saída do Governo em direcção a Bruxelas, o primeiro-ministro Durão Barroso, abandonou do Palácio de Belém sorridente, mas escasso em palavras.
 
BELÉM  Opositores e apoiantes de Santana manifestam-se hoje
GOVERNO  Freitas pede eleições em carta aberta a Sampaio
COMISSÃO EUROPEIA  Durão Barroso fala ao país às 12:45
PS  Comissão Nacional por «uma posição política com legitimidade reforçada»
 
 
 
 
 
 
 
• GOVERNO
Freitas pede eleições em carta aberta a Sampaio
Numa Carta Aberta ao Presidente da República, Freitas do Amaral, pediu a Jorge Sampaio que dissolva o Parlamento e convoque eleições antecipadas, antes do PSD lhe propor um nome para substituir o actual primeiro-ministro.
 
COMISSÃO EUROPEIA  Durão Barroso fala ao país às 12:45
PS  Comissão Nacional por «uma posição política com legitimidade reforçada»
GOVERNO  PCP pede eleições antecipadas
COMISSÃO EUROPEIA  Durão Barroso «encorajado» a aceitar presidência
 
 
VOTAÇÃO ONLINE ás 13h15:

Caso Durão Barroso aceite o cargo de presidente da Comissão Europeia, deverão acontecer eleições legislativas antecipadas em Portugal?
 PERCENTAGEM  
 
 SIM
   2124 votos (57.9%)
 
 NÃO
   1546 votos (42.1%)
 
 
TOTAL DE VOTOS: 3670
Título:
Enviado por: Rui Elias em Junho 29, 2004, 01:49:50 pm
Já era de esperar.

E o PS exige eleições antecipadas para que a clarificação política seja um facto, já que com este convite e consequente aceitação por Barroso, o próprio Governo sairá enfraquecido.

Foi baralhar e dar de novo.

Como vivemos numa democracia, e apesar de não ser desejavel que hajam eleições de 2 em 2 anos, julgo que para o bem do prestígio das instituições, as eleições serão desejáveis a uma "paz podre" dentro do próprio Governo e do maior partido que o sustenta.

O que também pode terá implicações para o desenrolar das FA e da execução da actual LPM.
Título:
Enviado por: P44 em Junho 29, 2004, 01:53:21 pm
Citar
Como vivemos numa democracia, e apesar de não ser desejavel que hajam eleições de 2 em 2 anos, julgo que para o bem do prestígio das instituições, as eleições serão desejáveis a uma "paz podre" dentro do próprio Governo e do maior partido que o sustenta.


Apoiado! 8)
Título:
Enviado por: komet em Junho 29, 2004, 01:57:40 pm
Já se sabe quem vai ganhar e tudo  :roll:

Só espero que não haja coligações entre os comun.. com..comunzdzzdzddz... senão acabamos todos a morrer à fome...
Título:
Enviado por: P44 em Junho 29, 2004, 02:06:30 pm
Citar
Já se sabe quem vai ganhar e tudo


Komet, ninguem os manda governar como uma "#"#%"%%#%#%!!!!

 :wink:
Título:
Enviado por: Rui Elias em Junho 29, 2004, 02:14:32 pm
Komet:

Não tenha medo dos comunistas, porque



O PCP está em queda e como não reforma o seu discurso e prática política (nomeadamente o centralismo democrático) nunca terá hipóteses de que o PS lhe estenda a mão.

O PCP está em erosão lenta.

Será mais fácil um dia haver um acordo de incidência parlamentar entre o PS e o BE que com o PCP.



O PCP já não mete medo a ninguém, nem come crianças ao pequeno almoço como nos tempos da guerra fria.



Seja quem for que ganhe, é a vontade dos eleitores a manifestar-se, o que será de respeitar.
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Junho 29, 2004, 02:34:48 pm
O pior é que na MHO se o PSD não aguenta com Portugal o PS ainda menos!

Na minha opinião, Portugal está condenada para os proximos 50 anos.

Eu vou mas é votar no PNR quando tiver idade. Já tou farto destes partidos.
Título:
Enviado por: komet em Junho 29, 2004, 02:38:30 pm
Pena de morte para a corrupção  :idea:

Penas de prisão pesadas (traição nacional) aos "tax skippers"
Título:
Enviado por: Rui Elias em Junho 29, 2004, 03:06:43 pm
Mas o que é o MHO?

Quanto à opção pelo PNR é uma opção legítima num estado democrático.

Mas como dizia Cuhrchill, "a democracia é o pior sistema político à excepção de todos os outros".

Repare:

Dos fascismos e do nazismo, nem vale a pena falar.

Sobre os comunismos de matriz soviética ou chineza, viu-se o que foram e no que falharam.

Portanto resta ao ocidente enveredar pela democracia representativa para as próximas décadas até que alguem invente um sistema ainda melhor e mais justo.

De utopias o século XX foi farto e só nos trouxe desgraças.

O PNR representa o que há de mais retrógrado para Portugal.

Não vale nada programáticamente.

O Cruz Rodrigues e seu seguidores pertencem ao passado.
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Junho 29, 2004, 03:17:40 pm
MHO=Minha Humilde Opinião

Então começo a votar no melhor partido: a abstenção. :bang:
Título:
Enviado por: papatango em Junho 29, 2004, 03:53:42 pm
Citar
O PCP já não mete medo a ninguém, nem come crianças ao pequeno almoço como nos tempos da guerra fria.

O departamento de comida de criancinhas passou para outro partido  :twisted:
Título:
Enviado por: komet em Junho 29, 2004, 04:25:43 pm
Direita não tem q ser fascismo ou nazismo, meu amigo Elias
Título:
Enviado por: Rui Elias em Junho 29, 2004, 04:31:51 pm
Caro Komet:

É claro que não.

Nas democracias ocidentais existem partidos e políticos de direita e de esquerda, profundamente democráticos.

Na Europa tivemos De Gaulle, Helmut Koll, Churchill, e outros de direita.

Não confundo ser-se de esquerda com comunismo, nem ser-se de direita (seja democrata-cristã, social-democrata, social-cristã ou populares) com fascismo.
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Junho 29, 2004, 07:18:11 pm
Mas parece fazê-lo.
Título:
Enviado por: Spectral em Junho 29, 2004, 10:20:10 pm
Citar
O PCP já não mete medo a ninguém, nem come crianças ao pequeno almoço como nos tempos da guerra fria.



 8)  8)  8) Muito boa  8)  8)  8)

Infelizmente, para certas pessoas, tanto aqui como meus conhecidos, parece que ainda come...
Título:
Enviado por: Luso em Junho 29, 2004, 10:27:28 pm
"O departamento de comida de criancinhas passou para outro partido "

 :mrgreen:
Título:
Enviado por: dremanu em Junho 30, 2004, 12:03:02 am
Citação de: "[PT
HKFlash"]O pior é que na MHO se o PSD não aguenta com Portugal o PS ainda menos!

Na minha opinião, Portugal está condenada para os proximos 50 anos.

Eu vou mas é votar no PNR quando tiver idade. Já tou farto destes partidos.


hehehehe....Flash tu já tens umas opiniões tão bem formadas para um menino de 15 anos! :D

Mas não votes no PNR, eles são mesmo neo-nazis. Eu tb gosto de algumas das ideias que eles apresentam, especialmente as que são de caráter patriotico, mas de resto eles são racistas ao extremo, e seria uma loucura eleger alguém disso tipo para o governo. Faria do nosso país um vilão a nível internacional, e iriamos perder toda a nossa credibilidade como nação.
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Junho 30, 2004, 01:01:32 am
Neo-nazis?! :)  Err...bem, eu até gosto de politica, apesar de não ser a area que quero seguir :wink:
Título:
Enviado por: komet em Junho 30, 2004, 02:51:40 am
Abstenção continua a ser mau, a interpretação que eu faço dessa opção é desleixo. Voto em branco é mais simbólico e mostra descontentamento/indecisão. Não ir votar dá a entender "nem quero saber"/"tou tão bem na cama".
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Junho 30, 2004, 12:23:36 pm
Caro Komet:

Então faz tu um partido que eu voto nele. :wink:
Título:
Enviado por: Luso em Junho 30, 2004, 05:13:46 pm
http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/ (http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/)

"Nem tudo é assim tão mau...


...pois se Durão Barroso aproveitar o facto de ocupar a Presidência da Comissão Europeia para fazer pela Europa o mesmo que fez pelo país há uma forte hipótese de, dentro de pouco tempo, a Europa estar na cauda de Portugal."


 :mrgreen:
Título:
Enviado por: P44 em Julho 05, 2004, 01:28:44 pm
Citar
...pois se Durão Barroso aproveitar o facto de ocupar a Presidência da Comissão Europeia para fazer pela Europa o mesmo que fez pelo país há uma forte hipótese de, dentro de pouco tempo, a Europa estar na cauda de Portugal."


 :rir:  :rir:  :mrgreen:  :G-Ok:  :banana:
Título:
Enviado por: Luso em Julho 05, 2004, 10:04:04 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.eega.net%2Fjones%2Fiznogoud%2Fmain_izno2.gif&hash=5bf57c1553ca7b9f8bea0172692f2f55)
Título:
Enviado por: Luso em Julho 08, 2004, 02:21:18 pm
Alguém enviou-me isto. Desconheço o autor...

Vejamos o processo de nomeação do futuro presidente da UE.

"  1.- A UE tem 25 Estados membros. Mas como desses apenas 12 participam em
  todas as politicas da UE, o presidente da Comissão Europeia só pode ser
  escolhido entre 12 e não entre 25.

  2.- Desses 12 Estados membros há 3 (França, Itália, Bélgica) que são
  excluidos pois já tiveram um presidente da comissão no passado. Ficam
  apenas 9.

  3.- Desses 9 Países há 5 (Alemanha, Espanha, Holanda, Irlanda, Grécia) que
  ficam excluídos à partida pois já detêm cargos de relevância na UE. Ficam 4
  Países.

  4.- Dos 4 Países que ficam, foi convidado oficialmente o primeiro ministro
  do Luxemburgo, que recusou o cargo alegando que tem um compromisso com o
  eleitorado do Luxemburgo. Ficam portanto três Países: Austria, Finlândia e
  Portugal.

  5.- Uma das imposições para se ser presidente da comissão europeia é falar
  Inglês e Francês. Ora mais de 99% dos Austriacos e dos Finlândeses não
  sabem falar Francês e Inglês. Restava pois Portugal. Como de costume no
  último lugar e por exclusão de partes.

  E ainda há entre nós quem diga que é uma honraria Portugal ocupar este
  cargo. Se a saloice matasse, Portugal seria um cemitério de saloios."

 :mrgreen:
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 08, 2004, 03:04:08 pm
Esse tipo de argumentos é impressionante. Pessoalmente acho saloio o autor de tais escritos.

Quer se goste quer não, quer seja útil ou não, qualquer que tenha sido o motivo da nomeação ele é um português. E está numa posição excelente para ficar na história.

Penso que existe por aí muita gente que, se tivesse sido António Guterres, já não diria tais coisas.
É a política que temos.
Nem um português conseguimos apoiar na europa - interessantes os comentários dos deputados do PCP e do BE que disseram categoricamente que não votariam em D. Barroso, e os deputados do PS na dúvida. Impressionante.
Nunca se questionou o apoio a António Vitorino ( e ainda bem ) e agora todos questionam o apoio a Durão Barroso.

Luso já estou como você: a política nacional começa-me a meter-me nojo.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 08, 2004, 03:33:53 pm
Le Monde:

Citar
Le premier ministre portugais a été élu par défaut, après le refus du premier ministre luxembourgeois, Jean-Claude Juncker, et le retrait des candidatures rivales du premier ministre belge, Guy Verhofstadt, et du commissaire britannique aux relations extérieures, Chris Patten.

(...)

En dépit des bonnes paroles qui ont salué sa désignation, M. Barroso continue de susciter la méfiance du couple franco-allemand. Jacques Chirac et Gerhard Schröder, qui avaient soutenu M. Verhofstadt, ont accueilli sans enthousiasme le choix du premier ministre portugais. Le chancelier allemand a même souligné avec insistance que celui-ci n'était pas son candidat de premier choix, mais que l'Allemagne avait fini par se rallier à cette solution "raisonnable".

Le moins qu'on puisse dire est que le compliment manquait de conviction. En rendant hommage aux sympathies proaméricaines de M. Barroso, le premier ministre britannique, Tony Blair, n'a rien fait pour rasséréner Paris et Berlin.

(...)

Le président du Parti socialiste européen, le Danois Poul Nyrup Rasmussen, a exprimé ses "doutes" sur ses compétences.

(...)

Mais c'est face aux Etats que M. Barroso devra s'imposer prioritairement. Il lui faudra effacer l'impression que son succès est le résultat d'une habile manœuvre de Tony Blair, qui a promu la candidature de Chris Patten pour neutraliser Guy Verhofstadt avant de patronner le premier ministre portugais comme candidat de compromis. Il lui faudra aussi résister aux appétits des grands Etats, Grande-Bretagne comprise, qui ont déjà choisi les portefeuilles qu'ils veulent faire attribuer à leurs représentants et attendent de M. Barroso qu'il se plie à leurs désirs.

Libération:

Citar
En pole position depuis vendredi, José Manuel Durão Barroso, 48 ans, de centre droit, apparaît comme «le plus petit dénominateur commun», après le veto britannique opposé le 18 juin à la candidature du Premier ministre belge, Guy Verhofstadt, candidat de Paris et Berlin.

(...)

Mais Barrosso est ressortissant d'un pays qui participe à toutes les politiques communes –de l'euro à la défense en passant par Schengen, comme l'exigeait Schröder et Chirac– et parle français, comme le voulait Paris.

Pravda:

Citar
As usual, Barroso acts as a protagonist and not as a man of integrity, accepting the European Commission as the third or fourth choice, just because there was nobody else. As a young man, he abandoned the left because he saw a chance with the right, allied himself to the man he thought would bring him the best chance of public office in his party, allied himself to the man (Portas, PP) who had attacked his party so vigorously in opposition in the 1990s (as Director of a national newspaper), criticized Antonio Guterres for abandoning the government half-way through his programme and then did exactly the same because he saw how unpopular he was.

It is a question of time before Jose Barroso commits an enormous gaffe in Europe, making as much a spectacle of himself (for the wrong reasons) abroad as he has done at home for the last two years, having arrived at his level of incompetence under Peter"s Principle.

Weak, uncharismatic, with zero communication skills, Jose Barroso would be better and happier working as a grey Eurocrat behind the scenes in the External Affairs area.

El Mundo:

Citar
Los socios europeos han alcanzado finalmente un acuerdo de compromiso tras los recelos que otros candidatos más nombrados suscitaban en diferentes países.

BBC:

Citar
He has travelled across the political spectrum in his career from being at one time a far-left Maoist political militant to being a centre-right prime minister who followed very orthodox free market policies - and who perhaps achieved some international notoriety or reputation when he hosted the Azores summit," John Palmer, political director of the European Policy Centre in Brussels, told the BBC.

(...)

Lowest common denominator

The announcement that Portuguese Prime Minister Jose Manuel Durao Barroso is to be proposed as the new European Commission president at an EU meeting on Tuesday provokes mixed feelings.

France's Le Figaro breathes a sigh of relief.

"At last. This should mark the end of the hard-fought battle," the paper says.

Mr Barroso "is as much of a convinced European as he is staunchly committed to the transatlantic relationship", which is why he was found acceptable by everyone, the paper argues.

But the reaction in several other papers is lukewarm.

Le Monde says Mr Barosso is "the lowest common denominator" to have emerged following divisions between Germany and France on one side and Britain and Italy on another.

Austria's Die Presse describes Mr Barroso as "a Portuguese who to date has failed to stand out in any particular way".

Germany's Sueddeutsche Zeitung is distinctly unimpressed.

Mr Barosso's "most striking characteristic" is the fact that "neither London nor Paris nor Berlin have any objections to him".

"The heads of government may yet come to regret very much having sent a second choice man to Brussels," it says.

Der Tagesspiegel says Mr Barroso "has not exactly distinguished himself as far as a vision of Europe is concerned."

"Maybe this is why he is regarded as a suitable candidate by Europe's powerful states," it points out.

Die Welt says "Berlin and Paris have chosen neither a strong or egocentric candidate nor a great visionary".

But the paper believes that although Mr Barroso "may not have the nerve to pick a fight with statesmen of Chirac's or Berlusconi's calibre," he would be "a friendly facilitator" in Brussels.

But Madrid's El Pais welcomes "a face from our friend Portugal" at the helm of Europe "in these times of change".

He may "lack the airs of a leader," the paper concedes, "but he may yet surprise everyone."

Romano Prodi had them and yet he failed" because "he was unable to put to good use a quality team of commissioners".

Ricardo, eu teria vergonha se dissesem algumas destas coisas em relação a mim... E não me trás qualquer orgulho ver um português ser escolhido por estas características...

Citação de: "Ricardo Nunes"
Nem um português conseguimos apoiar na europa - interessantes os comentários dos deputados do PCP e do BE que disseram categoricamente que não votariam em D. Barroso, e os deputados do PS na dúvida. Impressionante.
Nunca se questionou o apoio a António Vitorino ( e ainda bem ) e agora todos questionam o apoio a Durão Barroso.

Boa parte dos grupos parlamentares europeus ainda não confirmou se votará ou não no Dr. Barroso. Se estes partidos não concordam com as políticas dele, é lógico que não votem nele, mesmo sendo português... É que sabes, nem toda a gente tem a mesma facilidade em virar completamente de um extremo do espectro político para o outro...  :?

Citação de: "Ricardo Nunes"
Nunca se questionou o apoio a António Vitorino ( e ainda bem ) e agora todos questionam o apoio a Durão Barroso.


Nunca se questionou o apoio ao Dr. António Vitorino porque:
- ele já estava na Comissão Europeia
- reconhecidamente tinha capacidades para assumir o cargo, visto que tinha sido elogiado por toda a Europa como um dos mais competentes comissários em funções
- não tinha, ao contrário do Dr. Barroso, dito que não iria aceitar este cargo
- não tinha, ao contrário do Dr. Barroso, assumido um compromisso com o eleitorado português...
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 08, 2004, 04:46:17 pm
Oh João, não me digas que não entendeste aquilo que eu quis dizer.

Não questiono as razões e as criticas que se fazem à nomeação do Dr. Barroso.
O que eu acho incompreensível é que, em Portugal, se continue a criticar, menosprezar e diminuir este cargo quando já sabemos que ele vai ser ocupado pelo Dr. Barroso. Está na altura de apoiar e não de se fazer politiquices, tipicamente à portuguesa, sobre o assunto.

Por mais que não queiras ( e eu sei o acérrimo socialista que és ) Durão Barroso é presidente da comissão e, independentemente dos motivos que o levaram a sê-lo, o Dr. Barroso encontra-se numa situação óptima para ficar na história europeia. Isto é, ele pode ter sido eleito por uns motivos, mas é completamente livre de governar e gerir como bem entender a comissão. Só depende dele. Não compreendo a falta de apoio da comunidade política nacional.
O cargo de presidente da comissão é algo que transcende em muito as cores políticas.
Título:
Enviado por: dremanu em Julho 08, 2004, 05:00:48 pm
:D  :D  :D

Este mundo está mesmo virado de pernas p'ro ar! hehehehe...é cómico ler as opiniões dos jornaís estrangeiros, e nada surpreendente que sejam o que são.

O Durão Barroso é uma banalidade como líder. Eu vejo o perfil dele como sendo típico de um carreirista que numa empresa, ou instituição do governo, está destinado a ocupar um lugar de meia-tabela na hierarquia administrativa. Alguém que sempre avança devido a tutelagem de alguém superior, porque sabe ser um bom engraxador do ego do chefe, tem pouca imaginação, não vai fazer nada por iniciativa própria, é obediente, e não vai dar trabalho a quem manda.

Por sorte, e por saber aproveitar as oportunidades que lhe apareceram pela frente, este senhor tem conseguido avançar. Eu dou-lhe crédito por saber aproveitar, mas lamento que seja possível a homem com pouca capacidade individual chegar à posição de líder de um país, e depois dar um salto para um cargo interessante como é o de presidente da comissão europeia.

Enfim....tomara que faça muita burrada por lá, e que ajude a que o sentimento anti-EU aumente cada vez mais pela Europa, de forma a que a EU venha abaixo o mais rápido possível.

E já agora, eu nunca votaria para por o ex-PM como presidente da comissão da EU, só porque ele é Português. Antes preferia votar no António Vitorino.

Na realidade eu não votaria em ninguém porque sou anti-EU.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 08, 2004, 06:01:36 pm
"O Durão Barroso é uma banalidade como líder."

Se fosse um líder banal era na mesma um líder.
Mas acho que nunca o foi...

Dremanu, concordo totalmente consigo.
Para a União Europeia escolher o Durão é porque está muito mal - e está!
Guterres? A picareta falante? Outro igual...
Vitorino?
Quanto a esse sou... "racista": desconfio muito de homens pequeninos que são com se sabe ou velhacos ou dançarinos. E não conheci até hoje um que dançasse bem.

Ricardo, o Durão é mesmo um carreirista que sacrifica tudo e todos à sua ascenção, assim como quase (todos?) os políticos da sua geração.
A nós só nos resta o vazio.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 08, 2004, 07:59:00 pm
dremanu:

Não concordo mas não discuto a sua rejeição pela EU, mas diga-nos uma coisa: como empresário que é qual é a alternativa que temos à EU?
Não acha que seria um desastre sair dela?
Não achava preferível tentar desde dentro (por que não com a ajuda do Dr. Durão) mudar o que esta mal?
Eu não acho que a EU seja aquilo que eu pretendo, mas dai a querer que ela desapareça o que nos retiremos dela vai um largo trecho.

Em relação a esta “crise” acho isto uma fantochada de todo calibre por parte dos partidos da oposição. Há uma maioria estável no parlamento que quer governar. Eu quando votei no PSD não votei no Dr. Durão Barroso, votei no partido e no programa de governo desse mesmo partido, seja ela aplicado pelo Dr. Durão Barroso ou pelo Dr. Santana Lopes. O PS e toda a Esquerda não têm vergonha e não vêem o descalabro que foram os governos do Eng. Guterres.  :evil:  :evil:
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Julho 08, 2004, 10:51:38 pm
Citação de: "Luso"
Alguém enviou-me isto. Desconheço o autor...

Vejamos o processo de nomeação do futuro presidente da UE.

"  1.- A UE tem 25 Estados membros. Mas como desses apenas 12 participam em
  todas as politicas da UE, o presidente da Comissão Europeia só pode ser
  escolhido entre 12 e não entre 25.

  2.- Desses 12 Estados membros há 3 (França, Itália, Bélgica) que são
  excluidos pois já tiveram um presidente da comissão no passado. Ficam
  apenas 9.

  3.- Desses 9 Países há 5 (Alemanha, Espanha, Holanda, Irlanda, Grécia) que
  ficam excluídos à partida pois já detêm cargos de relevância na UE. Ficam 4
  Países.

  4.- Dos 4 Países que ficam, foi convidado oficialmente o primeiro ministro
  do Luxemburgo, que recusou o cargo alegando que tem um compromisso com o
  eleitorado do Luxemburgo. Ficam portanto três Países: Austria, Finlândia e
  Portugal.

  5.- Uma das imposições para se ser presidente da comissão europeia é falar
  Inglês e Francês. Ora mais de 99% dos Austriacos e dos Finlândeses não
  sabem falar Francês e Inglês. Restava pois Portugal. Como de costume no
  último lugar e por exclusão de partes.

  E ainda há entre nós quem diga que é uma honraria Portugal ocupar este
  cargo. Se a saloice matasse, Portugal seria um cemitério de saloios."

 :mrgreen:


Os critérios de escolha, nesse momento, não importam. O que importa é que Portugal se projetou no cenário político europeu, e porque não mundial, com essa vitória!!!

Parabéns, irmãos lusitanos.
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Julho 08, 2004, 10:52:36 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
Esse tipo de argumentos é impressionante. Pessoalmente acho saloio o autor de tais escritos.

Quer se goste quer não, quer seja útil ou não, qualquer que tenha sido o motivo da nomeação ele é um português. E está numa posição excelente para ficar na história.

Penso que existe por aí muita gente que, se tivesse sido António Guterres, já não diria tais coisas.
É a política que temos.
Nem um português conseguimos apoiar na europa - interessantes os comentários dos deputados do PCP e do BE que disseram categoricamente que não votariam em D. Barroso, e os deputados do PS na dúvida. Impressionante.
Nunca se questionou o apoio a António Vitorino ( e ainda bem ) e agora todos questionam o apoio a Durão Barroso.

Luso já estou como você: a política nacional começa-me a meter-me nojo.


Concordo Ricardo,


É para mim traição não apoiar algo tão simbólico quanto isso.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 08, 2004, 11:06:04 pm
Ficaria contente com um Cavaco.
Nunca com um Barroso.

Mas o FinkenHeinle leva um abraço sentido meu.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 08, 2004, 11:45:30 pm
Outra questão:

Se houver eleições antecipadas nesta altura corremos o risco de sofrer um atentado terrorista.

Senão vejamos: nessa campanha a esquerda vai prometer que a GNR sai do Iraque, a maioria vai manter os compromissos internacionais e por tanto ira manter a presença portuguesa no Iraque, numa altura de transição no Iraque e após a projecção do nome de Portugal no mundo motivado pelo Euro 2004 e a nomeação do Dr. Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia, eis que a “al qaeda” tem um alvo prioritário e uma oportunidade única para por intermédio do dito golpe permitir que a esquerda ganhe as eleições e por conseguinte Portugal retire do Iraque e embora seja uma presença simbólica essa retirada será muito mediática e importante para os objectivos dos terroristas.

Pensem nisto e espero que o Presidente da Republica já tenha sido alertado sobre este cenário.
 :cry:
Título:
Enviado por: emarques em Julho 09, 2004, 12:38:09 am
Os apoiantes do governo já estão tão desesperados que até isso usam como argumento? :)

Eu não vejo muitas razões para se fazerem eleições, mas é mais por achar que eleições de dois em dois anos não é um cenário aceitável.

Mas há bons argumentos para as eleições. Por exemplo, "Santana Lopes" e "Paulo Portas" são bons argumentos. Excelentes, até.
Título:
Enviado por: P44 em Julho 09, 2004, 09:30:53 am
Citar
Mas há bons argumentos para as eleições. Por exemplo, "Santana Lopes" e "Paulo Portas" são bons argumentos. Excelentes, até.



ROFLOL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sim sim, já estou a ver , qd os GNRs saem (?) do quartel , os Iraquianos todos a fugir...o Bin Ladas a esconder-se atrás das rochas...

Por Amor de Deus...

"Com Portas e Santana... até a barraca abana!!!!!!" 8)  :wink:
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 09, 2004, 01:08:23 pm
Citação de: "Tiger22"

Se houver eleições antecipadas nesta altura corremos o risco de sofrer um atentado terrorista.


Só pode estar a gozar, não é verdade?
Título:
Enviado por: komet em Julho 09, 2004, 01:18:55 pm
Haver eleições agora já era em si um atentado... mas entre isso e o  Santana Lopes... *suspiro* venha o diabo e escolha...  :cry:
Título:
Enviado por: P44 em Julho 09, 2004, 01:26:00 pm
Só gostava de saber porque têm tt medo de Eleições...

Se o "trabalho" tem sido tão bom, não têm nada a recear, não é????? :twisted:

 :x Santo Deus!!!
Título:
Enviado por: komet em Julho 09, 2004, 01:47:52 pm
Não é ter medo... é o facto de para mim serem inúteis, não há um que se aproveite, se houver, vou votar em branco.
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 09, 2004, 01:49:41 pm
Citação de: "P44"

Até parece que foi a oposição ou o presidente a desencadear esta crise, e não o Sr. Durão que fugiu para ir arranjar um "tacho" melhor!!!! :x Santo Deus!!!


Completamente de acordo consigo, P44. É preciso não esquecer, que a maioria existente na Assembleia não foi sufragada pelos portugueses. Não nos esqueçamos que quando Durão foi eleito ele nem se sentava ao lado de Portas nos debates. Interrogo-me se os resultados das eleições seriam os mesmos se eles tivessem ido coligados. A única forma de legitimar a coligação é submetê-la a votos e os portugueses que decidam.
Afinal dizem que querem governar para o povo e têm medo das decisões do mesmo?
Cumpts
JLRC

PS : Afinal a Hermenegildo Capelo ficou esquecida?
Título:
Enviado por: papatango em Julho 09, 2004, 03:31:48 pm
Uns meus dedinhos de opinião.

Problema de eleições e atentado terrorista.
Não creio que seja argumentação adequada, porque estaríamos a condicionar TODAS as eleições. Por esta ordem de razões, uma vez que pode haver um atentado terrorista antes de cada eleições, a única forma de evitar atentados era acabar com as eleições

A legitimidade dos deputados
Embora nos andem a dizer o contrário há quase trinta anos, fazendo campanha para "primeiro-ministro" a verdade é que nas eleições legislativas os portugueses elegem duzentos e trinta homens e mulheres a quem dão um mandato de quatro anos, para durante esse período, essas duzentas e trinta pessoas representem o povo. É por isso que se chama "Democracía Representativa"

Quem foi para Bruxelas foi um dos deputados
O deputado Durão Barroso foi para Bruxelas e esse é o único que tem que ser substituido. Aliás a questão nem se coloca, porque quando o deputado Durão Barroso passou a ser primeiro ministro, o seu lugar de deputado, foi substituido pelo seguinte na lista.

São os deputados que elegem o governo
Embora a prática (tantas vezes contrária á lei) diga que são os portugueses que elegem o primeiro ministro, são de facto os deputados e deputadas que elegem o governo que lhes é submetido pelo Presidente da República. Os deputados são a representação proporcional da realidade nacional no inicio do periodo de uma legislatura de quatro anos.

O periodo da legislatura
Quando os portugueses votam, elegem deputados por um período de quatro anos. Se começarmos a reduzir os periodos da legislatura estamos a subverter o sistema e as leis, achando que as legislaturas deixaram de ser de quatro anos, para passarem a ser de dois.

Se aceitamos legislaturas de doisa anos, dentro de pouco tempo estaremos a aceitar legislaturas de seis meses

O que diz a História
A História diz-nos que as lutas "intestinas" dentro dos partidos politicos pelo poder interno e as lutas entre partidos, pelo poder sempre demonstraram uma ABSOLUTA E MISERÁVEL falta de respeito pela estabilidade política, unica forma de garantir o desenvolvimento do país.

Basta ver a bandalheira a que este país chegou no período entre 1890 e 1926. A demoníaca sede de poder das máfias partidarias, colocou a necessidade dos corruptos acima do interesse nacional. O que interessava era chegar ao poder. O que interessava era a possibilidade de NOMEAR AMIGOS, o que interessava era o "Status" de "ESTAR MINISTRO". Toda a minha gente queria "ESTAR MINISTRO", era uma espécie de concurso.

O resultado é que o povo cansou-se e em 1926 aceitou uma revolução militar para impor a ordem.

Nunca se esqueçam de que a revolução de 28 de Maio de 1926, também foi uma revolução sem sangue, efusivamente aclamada nas ruas pela população.

Se continuamos a achar normal a instabilidade provocada por sucessivas eleições, (como no periodo do fim da monarquia e da primeira républica) e sucessivos governos, estaremos a dizer que não aprendemos nada com a História.

Está mal Durão Barroso, ao aceitar ir para Bruxelas provocando uma crise política, está mal Jorge Sampaio por ter aceite a demissão nestas circunstâncias, está mal o PS porque critica no PSD exactamente o mesmo tipo de comportamento do seu anterior líder. Está mal o PSD ao ter como unica solução para a governação do país (que legítimamente lhe pertence) um líder que é tudo menos uma garantia de estabilidade.

Os sintomas que esta crise apresenta são graves. Não há presidência da União Europeia que cure os problemas que mais uma crise estão a provocar.

Um povo que não sabe ler a História e que se esquece dela, está condenado a vivê-la de novo.


No entanto, há que reconhecer que o sistema da forma como está feito, dá ao Presidente da Républica o direito de decidir. O que quer que o Presidente decida, será sempre legal, porque os portugueses votaram num homem para tomar este tipo de decisões, e deram-lhe um mandato de CINCO ANOS. E os mandatos são válidos pelo periodo que está descrito na Lei e na Constituição.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: P44 em Julho 09, 2004, 03:40:43 pm
Citação de: "JLRC"
Citação de: "P44"

Até parece que foi a oposição ou o presidente a desencadear esta crise, e não o Sr. Durão que fugiu para ir arranjar um "tacho" melhor!!!! :x Santo Deus!!!

Completamente de acordo consigo, P44. É preciso não esquecer, que a maioria existente na Assembleia não foi sufragada pelos portugueses. Não nos esqueçamos que quando Durão foi eleito ele nem se sentava ao lado de Portas nos debates. Interrogo-me se os resultados das eleições seriam os mesmos se eles tivessem ido coligados. A única forma de legitimar a coligação é submetê-la a votos e os portugueses que decidam.
Afinal dizem que querem governar para o povo e têm medo das decisões do mesmo?
Cumpts
JLRC

PS : Afinal a Hermenegildo Capelo ficou esquecida?


Interrogo-me se os resultados das eleições seriam os mesmos se eles tivessem ido coligados.

Os do CDS até precisam de fraldas qd pensam em eleições :x se Deus quiser!!!!

Em relação á Hermenegildo Capelo, que posso eu fazer???? :cry:

Cumprimentos e bom fim de semana!
Título:
Enviado por: P44 em Julho 09, 2004, 03:49:15 pm
papatango escreveu

Citar
Está mal Durão Barroso, ao aceitar ir para Bruxelas provocando uma crise política, está mal Jorge Sampaio por ter aceite a demissão nestas circunstâncias, está mal o PS porque critica no PSD exactamente o mesmo tipo de comportamento do seu anterior líder


Amigo papatango, deixe que lhe lembre que na noite em que o guterres se demitiu devido á derrota nas autárquicas (que não tem "leitura" a "nivel nacional", tal como "não" tiveram as Europeias), o durão barroso foi o primeiro a pôr-se em bicos de pés a pedir eleições antecipadas, portanto , quem tem telhados de vidro... :D
Título:
Enviado por: papatango em Julho 09, 2004, 04:15:20 pm
O problema principal desta crise politica é exactamente que os politicos têm todos telhados de vidro. A argumentação apresentada pelo PS é a mesma que foi apresentada pelo PSD e a argumentação do PSD em 2000 nao era uma argumentação adequada.

Fico com a impressão que quer o PS quer o PSD (mas também o PP o PC e até o BE) nos estão a chamar a TODOS de estupidos e imbecís. Não entendem que muitos portugueses colocam muitas das culpas da presente crise nas "máfias" quer do PS quer do PSD, que estão ACIMA de tudo interessadas nas suas clientelas politicas (distritais e concelhías que querem mais facilmente meter a mão no erário público para construir fontanários, esquecendo as redes de esgotos).

Esta gente está a desvirtuar a democracía ao tranforma-la numa negociata "putrida". Se os politicos insistirem em transmitir esta ideia aos portugueses, toda a gente vai achar que o problema é da Lei, da Democracia, ou do país, quando na realidade o problema está na classe politica, que neste ponto da Europa, tem esta tendência para o apodrecimento.

O problema do país, neste momento, é a falta de gente para governar.

Confesso que não tenho uma ideia fixa sobre a questão.

Se houver eleições, existem possibilidades de haver uma maíoria estável, para os próximos quatro anos (talvez).
Se não houver eleições, respeita-se o voto dos portugueses, das ultimas eleições, mas inevitavelmente esse governo será um governo até ao fim da legislatura. Ou seja, tem menos de dois anos de vida.

No entanto, no computo geral, acho preferível garantir as legislaturas, explicando aos portugueses que votamos em deputados e não em primeiros-ministros. Portanto, é eventualmente preferível um governo saído da maioria parlamentar do ano 2000.

Evidentemente, as eleições autárquicas ou as Europeias, são diferentes das eleições legislativas.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: P44 em Julho 09, 2004, 04:39:46 pm
Citar
No entanto, no computo geral, acho preferível garantir as legislaturas, explicando aos portugueses que votamos em deputados e não em primeiros-ministros.


Efectivamente votamos em partidos e não em 1º Ministros.
No entanto o carisma do lider partidário tem e terá sempre influência nas eleições...se calhar muita gente que votou no PSD em 2002 por ter durão barroso como presidente não votaria no PSD com santana lopes presidente (e vice-versa)

As maiorias absolutas do PSD em 1987 e 1991 muito se devem ao carisma de cavaco silva.

Veja-se o PSD com fernando nogueira :roll:
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 09, 2004, 07:41:36 pm
O presidente irá fazer uma declaração às 21:15 de hoje ao país. Nessa conferência de imprensa será anunciada a sua decisão.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Julho 09, 2004, 08:54:41 pm
DD

Citar
Sampaio não convoca eleições antecipadas, diz SIC

O Presidente da República, Jorge Sampaio, decidiu esta sexta-feira não dissolver a Assembleia da República e, consequentemente, convidar o PSD a apresentar um nome para suceder a Durão Barroso como primeiro-ministro, avança a SIC Notícias.



A decisão do chefe de Estado surge após duas semanas de consultas a diversas personalidades da política, sociedade e economia. Nesta última semana, o Presidente recebeu ainda os partidos com assento parlamentar e, esta sexta-feira, reuniu o conselho de Estado.
A não dissolução do Parlamento era defendida pelos partidos da coligação governamental, PSD e CDS/PP, enquanto a convocação de eleições antecipadas era pretendida pelos partidos da oposição.

O PSD deverá agora indicar o nome do recém-eleito presidente do partido, Pedro Santana Lopes, para chefiar o novo Executivo.

09-07-2004 20:06:28


A SIC terá algum agente infiltrado. :roll:
Título:
Enviado por: Fábio G. em Julho 09, 2004, 09:21:45 pm
Confirmado, não há eleições antecipadas.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Julho 09, 2004, 09:33:32 pm
DD

Citar
Oficial: Sampaio não convoca eleições antecipadas

O Presidente da República, Jorge Sampaio, decidiu não dissolver a Assembleia da República e, consequentemente, convidar o PSD a apresentar um nome para suceder a Durão Barroso como primeiro-ministro. O anúncio oficial foi feito numa declaração ao País esta sexta-feira.



A decisão do chefe de Estado surge após duas semanas de consultas a diversas personalidades da política, sociedade e economia. Nesta última semana, o Presidente recebeu ainda os partidos comn assento parlamentar e, esta sexta-feira, reuniu o conselho de Estado.
A não dissolução do Parlamento era defendida pelos partidos da coligação governamental, PSD e CDS/PP, enquanto a convocação de eleições antecipadas era pretendida pelos aprtidos da oposição.

O PSD deverá agora indicar o nome do recém-eleito presidente do partido, Pedro Santana Lopes, para chefiar o novo Executivo.

09-07-2004 21:19:11
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 09, 2004, 09:46:09 pm
Penso que foi a decisão mais acertada. Sem dúvida uma escolha difícil mas que demonstra a frieza do presidente no seu último mandato.

Aplaudo a reacção do PS - que considerei moderada face ao que se esperava - e fico espantado com a demagogia extrema das declarações feitas por parte do PCP e do BE que, sem uma mínima ponta de lucidez, atacam quer o presidente da república quer a sua decisão.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 09, 2004, 09:49:29 pm
Ó Ricardo o PCP e o BE são partidos fora da lei. Repare só nas acusações que o Louçã fez ao Presidente. Não me surpreendem nada !!!
Título:
Enviado por: Spectral em Julho 09, 2004, 09:59:35 pm
Citar
Ó Ricardo o PCP e o BE são partidos fora da lei. Repare só nas acusações que o Louçã fez ao Presidente. Não me surpreendem nada !!!


 :rir: :rir: :rir:

Fora da lei ?

Então agora a lei proíbe a expressão de ideias/opiniões, por muito que não gostemos delas ( e sim, eu também achei as declarações do Louçã meio disparatadas) ?

Já agora, o PP também deu outro dia um lindo espetáculo, a citar partes seleccionadas das palavras do Presidente, no que foi uma pressão inaceitável...
Título:
Enviado por: Luso em Julho 09, 2004, 10:03:17 pm
"Já agora, o PP também deu outro dia um lindo espetáculo, a citar partes seleccionadas das palavras do Presidente, no que foi uma pressão inaceitável..."

São adultos para aguentarem bem essas pressões.
Não vejo qualquer pressão por parte do PP mas antes uma enorme falta de chá.
Título:
Enviado por: Spectral em Julho 09, 2004, 10:06:33 pm
Claro que são.

Eu estava era a dizer que foi uma falta de respeito e de "elegância" ( ou seja, exactamente uma "falta de chá" :wink: )
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Julho 09, 2004, 10:34:16 pm
Parabéns ao Sr. Presidente da República pela sua decisão.
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 09, 2004, 10:46:53 pm
Citação de: "Tiger22"
Ó Ricardo o PCP e o BE são partidos fora da lei. Repare só nas acusações que o Louçã fez ao Presidente. Não me surpreendem nada !!!

Você está novamente a brincar, não é verdade? Seu maroto!!!

Citação de: "Spectral"
Já agora, o PP também deu outro dia um lindo espetáculo, a citar partes seleccionadas das palavras do Presidente, no que foi uma pressão inaceitável...!!!


Isto, seguindo a mesma linha de pensamento, também é actuação de um fora da lei, não é verdade? Ou será que tem dois pesos e duas medidas?
Título:
Enviado por: Luso em Julho 09, 2004, 11:47:21 pm
Deixem-se disso, meus amigos!

Com eleições ou sem elas o resultado é o mesmo!
Título:
Enviado por: dremanu em Julho 10, 2004, 12:36:11 am
A minha opinião é a seguinte:

Mais importante que a decisão que o PR tomou, foi a forma como habilidosamente administrou o processo de tomada de decisão. Não faz a mínima diferença se fosse para lá um governo de esquerda ou direita, nenhum ofereçe alguma coisa que seja, de relevo em relação ao outro, para justificar uma mudança. Assim mais vale a pena deixar quem lá está e dar continuidade ao que se tem vindo a fazer.

O único benefício que se poderia obteria em eleições antecipadas é que sincronizava-se as eleições portuguesas com as americanas. Já que estamos no mesmo ciclo económico que eles, faz um jeitão danado termos eleições ao mesmo tempo que as deles, porque assim os dinheiros de investimentos e compras, que saem depois das eleições do governo, seja aqui, seja lá, saiam todos ao mesmo tempo.

Quanto ao PR estou agradávelmente surpreendido ao ver como soube gerir as espetativas, envolver quem tinha que envolver, tudo de uma forma muito aberta e clara, e no fim forçar toda a gente a aceitar a sua decisão como legítima, e impossível de ser criticada, seja pelos esquerdistas ou direitistas, sem estes cairem no rídiculo, ou condenação da maioria da população, parabéns. O nosso PR demonstrou ser um político manhoso e com capacidade de antecipação.

Agora a vida contínua, e ainda bem que é assim. Venha logo o outro.

================================================================================================

P.S. Amigo Tiger depois eu respondo à sua pergunta noutro "thread" para não desviar a conversa deste "thread". :D
Título:
Enviado por: emarques em Julho 10, 2004, 02:15:18 am
Arrependo-me profundamente de alguma vez ter achado Ana Gomes uma pessoa normal... Mesmo não concordando com a decisão, declarar à imprensa que se arrepende do seu voto em Jorge Sampaio é de uma estupidez impressionante. :roll:
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 10, 2004, 02:23:53 am
Não sendo como sabem admirador do PS houve uma altura em que a Ana Gomes tinha a minha simpatia e até achei que fez um bom trabalho. Foi quando era embaixadora na Indonésia. Desde que veio para Portugal transformou-se numa das mais sinistras :bye:
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 10, 2004, 02:42:29 am
Citação de: "Tiger22"
Não sendo como sabem admirador do PS houve uma altura em que a Ana Gomes tinha a minha simpatia e até achei que fez um bom trabalho. Foi quando era embaixadora na Indonésia.


Também admirei a senhora nessa altura, mas as afirmações dela a respeito do Presidente da República foram no mínimo, infelizes e pouco políticas. Que falta de chá.
Afinal, Tiger22, sempre concordamos com alguma coisa.....
Cumpts
JLRC
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 10, 2004, 11:28:49 am
Admirei o seu trabalho como diplomata, agora como política é um desastre. O futuro dirigente do PS vai tremer cada vez que esta senhora abrir a boca...
Título:
Enviado por: Fábio G. em Julho 10, 2004, 10:18:19 pm
DD

Citar
Novo Governo antes do final do mês

O novo Governo, liderado presumivelmente por Pedro Santana Lopes deverá assumir funções ainda antes do final deste mês.

No domingo, Santana reúne a Comissão Nacional do partido para discutir a proposta que irá levar ao Presidente da República.
Num encontro que se prevê ocorrer ainda no domingo, a delegação social-democrata deverá apresentar o nome de Santana Lopes como a escolha do partido para liderar o Governo, que Jorge Sampaio irá naturalmente aceitar.

O jornal Público refere, na sua edição de sábado que a tomada de posse do Governo deverá ocorrer por volta de dia 19 ou 20, de forma a que o actual primeiro-ministro cessante, Durão Barroso, seja exonerado antes de se apresentar ao Parlamento Europeu, como novo presidente da Comissão Europeia, a 21 deste mês.

Por sua vez, a apresentação do programa do Governo deverá ter lugar na Assembleia da República num prazo de dez dias. Ao mesmo tempo, o Governo deverá apresentar uma moção de confiança, adianta o jornal.

10-07-2004 16:10:29
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Julho 11, 2004, 03:30:55 am
Citação de: "Luso"
Ficaria contente com um Cavaco.
Nunca com um Barroso.

Mas o FinkenHeinle leva um abraço sentido meu.


Às órdens, caro Luso!!! :lol:
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 11, 2004, 03:46:24 pm
Citar
Subject: MIGUEL SOUSA TAVARES, Publico 02-Jul-04

        Vamos começar pela memória, porque esta gente detesta a memória,
como
      todos os que vivem na oportunidade e não na coerência. Há uns anos
atrás,
      quando o seu futuro político não ia além da função de animador sazonal
dos
      congressos do PSD - e onde todo o seu pensamento político se resumia à
      patética reivindicação da herança de Sá Carneiro e do "PPD/PSD" -,
Santana
      Lopes prestou-se (mediante "cachet", presumo) a fingir que era
      primeiro-ministro de Portugal, num programa da SIC chamado "A Cadeira
do
      Poder", genial invenção do animador Albarran. No jogo - onde ele
adoptou
      aquela postura grave de "estadista", que às vezes lhe ocorre sob os
      holofotes da televisão - acabou, aliás, derrotado por Torres Couto.

        Passados uns tempos, e quando os seus diligentes serviços de
propaganda
      pessoal (sustentada pelos contribuintes) nos propunham acreditarmos na
sua
      grande obra política que era a de plantar umas palmeiras na praia da
      Figueira da Foz, o mesmo Santana Lopes, indignado - e justamente,
diga-se
      - com um programa da mesma SIC onde era pessoalmente achincalhado,
pediu uma
      solene audiência a Jorge Sampaio para lhe comunicar, "urbi et orbi",
que
      abandonava para sempre a política portuguesa.

        Não foi preciso esperar muito para constatarmos que aquilo que era
suposto
      ser a sério - o abandono da vida política - tornou-se numa brincadeira
e o
      próprio indignado Santana Lopes acabou a trabalhar para a mesma SIC
que
      tanto o havia ofendido. E se o que era para ser a sério se transformou
numa
      brincadeira, o que não passava de uma brincadeira - Santana Lopes a
      primeiro-ministro - ameaça hoje tornar-se numa coisa séria. Parece um
      pesadelo e, no entanto, é um país: o nosso.

        O que mudou? A progressiva degenerescência do pessoal político, a
      progressiva indisponibilidade dos competentes e dos sérios para
servirem na
      política e habitarem no mesmo mundo onde habitam os Santana Lopes, os
      Jardins, todos aqueles para quem o poder é a única fonte de
legitimidade e o
      único objectivo da política, todos os que, à boca cheia ou à boca
pequena -
      como Paulo Portas ou tantos outros dentro do PSD e do PP -, falavam
dele em
      tom de comiseração e hoje estão dispostos a, sem um estremecimento de
      vergonha, tratá-lo por "Senhor primeiro-ministro" e negociarem com ele
      fatias do grande festim de benesses que sempre acompanhou a carreira
      política do personagem.

        Este é o homem, recordo, que, de todas as vezes que se propunha para
      presidente do PSD, tratava de deixar claro que não seria candidato a
      primeiro-ministro - tamanha era a convicção própria da sua absoluta
      incompetência e descredibilização para o cargo.

        Reza a história que Pedro Santana Lopes e Durão Barroso se
conheceram em
      pleno PREC, nos bancos da Faculdade de Direito de Lisboa. Um era
      protofascista, o outro maoísta - o que para nós, democratas, implica
uma
      quase fatal atracção mútua. Ambos acabaram por encontrar o seu espaço
e o
      seu destino comum nessa nebulosa de ideologias e de gestão de
interesses que
      é o mal-chamado Partido Social Democrata.

        Ao ler a manchete do PÚBLICO do último sábado ("Durão segue para
Bruxelas
      e oferece governo a Santana"),senti que ao país acabava de ser
servido, e
      pronto a consumir, o desenlace de uma história privada de dois
personagens
      que já foram íntimos, já foram desavindos e adversários, e agora são
      cúmplices na forma ligeira como entre si põem e dispõem dos destinos
do
      país.

        E senti-me, como qualquer português que se preze (o que é diferente
de
      andar para aí a passear a bandeirinha...), enxovalhado, abusado e
traído.
      Julgo, salvo melhor opinião, que vivemos ainda em democracia. E, em
      democracia, os governantes são votados e são despedidos pelo voto dos
      eleitores. Alguns dos eleitores votaram em Durão Barroso para
      primeiro-ministro e outros votaram em Santana Lopes para presidente da
      Câmara de Lisboa. Confesso que fiquei espantado, mas foi isso mesmo
que
      aconteceu. Com que legitimidade política o primeiro abandona agora o
cargo
      de primeiro-ministro a meio do mandato e só porque lhe apareceu coisa
melhor
      e mais fácil, e o segundo abandona a câmara da maior cidade do país,
      deixando-a positivamente de pantanas, para receber o lugar vago que o
outro
      lhe ofereceu? É assim que se fazem as coisas - vota-se em Durão para
      primeiro-ministro e leva-se com Santana e vota-se em Santana para a
Câmara
      de Lisboa e leva-se com alguém que ninguém conhece? Porque haveremos
então
      de votar, da próxima vez?

        3. O destino pessoal de Durão Barroso é, de facto, notável. Faz
lembrar o
      Pacheco, do Eça, subindo, subindo sempre, como o "menor denominador
comum".
      Ei-lo que chega ao topo da hierarquia europeia depois de, há umas
semanas
      atrás, ter sido o governante mais derrotado nas eleições europeias e
de ter
      sido, há mais de um ano, o grande factor de desunião da Europa, de
cujo
      futuro fez tábua rasa pelo prazer de poder tratar por "George" aquela
      luminária do lado de lá do Atlântico.. E chega lá porque pertence ao
grupo
      dos governantes do centro-direita europeu (ele, supostamente
      social-democrata), porque fala francês, porque dá garantias de
assegurar uma
      presidência fraca contra os fortes, porque preferiu para si a glória
sem
      interesse nacional de ser presidente da Comissão do que o interesse de
ter
      um português como comissário numa pasta decisiva.
        E porque revelou um respeito pelos eleitores portugueses que lhe
confiaram
      a chefia do Governo em tudo diferente da de outros seus colegas, como
o
      primeiro-ministro do Luxemburgo - todavia, ao contrário de Durão
Barroso,
      recente vencedor das eleições europeias no seu país...

        Lembrem-se: há três semanas atrás, na noite em que vinha de encaixar
a
      maior derrota eleitoral de sempre do centro-direita em Portugal,
Barroso
      olhou-nos olhos nos olhos e disse-nos. "Entendi a mensagem dos
portugueses e
      prometo mais e melhor trabalho."

        Lembrem-se: este era o homem que acusava Guterres de ter fugido,
quando
      este, na sequência de uma derrota em autárquicas bem menor do que a de
      Barroso nas Europeias, se demitiu - como aliás o próprio Durão Barroso
      exigiu - para que o eleitorado dissesse se ainda confiava na maioria
então
      governante.

        Lembrem-se: este era o homem que, há pouco mais de um mês, fez
aplaudir de
      pé, no congresso do partido, a sua ministra das Finanças, cuja
política ele
      defendia como patriótica e que os "big spenders" do partido acusavam
de ter
      grandes perigos eleitorais. E que agora se dispõe a deixar cair
sumariamente
      a mesma ministra, vista como um empecilho para o estilo de governação
do seu
      sucessor e, logo, como um empecilho para o arranjinho que deixou
preparado.

        O "interesse nacional", que ele tanto gosta de invocar a propósito
de tudo
      e de nada e que agora usa como justificação para a sua escandalosa
deserção,
      transforma-se em escárnio quando todos podemos observar como,> desde
sábado
      passado, o primeiro-ministro em fuga anda feliz, contente e aliviado.

        4. E Jorge Sampaio, perguntam todos? Jorge Sampaio tem um problema
que só
      ele próprio conseguiria inventar, com esta fobia dos consensos e de
fugir às
      crises, como se elas não pudessem ser virtuosas, clarificadoras e -
como é o
      caso - higiénicas. Jorge Sampaio não pode descalçar a bota por meios
que a
      Constituição não permita. Mas pode fazê-lo por qualquer meio que a
      Constituição não proíba, e entre esses está o uso das suas convicções
      políticas, dentro do quadro dos seus poderes constitucionais.

        Jorge Sampaio foi eleito com base em determinado programa político e
por
      isso é que uma parte do eleitorado - a esquerda - votou nele e a
direita
      não. Pode e deve continuar a ser Presidente de todos os portugueses no
que
      se refere à salvaguarda da Constituição, do funcionamento das
instituições e
      da garantia de direitos iguais para todos. Mas não deve, mesmo que
possa,
      trair o programa e as ideias políticas com base nas quais uma maioria
de
      portugueses lhe confiou o cargo. Os que votaram Sampaio não aceitam
este
      golpe de Estado palaciano congeminado na Rua de Buenos Aires. O país
não se
      decide assim, em "petit comité" de usufrutuários do poder. Se o
Presidente,
      nesta hora, não vê claro o que há-de fazer, não percebo para que
haveremos
      também de continuar a votar num Presidente. Só faltava agora ficarmos
a
      pensar que, com Cavaco Silva na presidência, Santana Lopes não
chegaria ao
      poder com esta leviandade palaciana.

      Jornalista
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 11, 2004, 04:03:55 pm
A legitimidade que Miguel Sousa Tavares tem para falar de política - ou de qualquer outro assunto de facto - é a mesma que eu tenho para falar de rações de galinha - ou seja: nenhuma.
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 11, 2004, 04:29:16 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
A legitimidade que Miguel Sousa Tavares tem para falar de política - ou de qualquer outro assunto de facto - é a mesma que eu tenho para falar de rações de galinha - ou seja: nenhuma.


Ricardo

O que é isso de legitimidade política? Por acaso alguma das citações feitas por Miguel Sousa Tavares não é verdadeira? Para se ter legitimidade tem de se ser a favor do Santana Lopes e do Paulinho das feiras? Eu subescrevo o que o Miguel disse. Passei a não ter legitimidade política? Que frase tão infeliz....legitimidade política. Se ainda falasse em credibilidade política ainda vá que não vá, agora legitimidade!!!! Só que MST limitou-se a apontar factor e a somar 2 + 2. Tal como eu fiz e muitos milhões de portugueses fizeram. Afinal quem teve pavor de eleições? Quem teve medo de perder os tachos, por deixar de ter peso político? Pelos vistos existem dois pesos e duas medidas, ou em português vernáculo, uns são filhos da mãe e outros da pu......
Os mesmos que há dois anos e meio exigiam eleições antecipadas por causa do cartão vermelho que o povo deu ao governo (palavras do PPD/CDS), são os mesmos que exigem agora continuidade governativa apesar do cartão vermelhíssimo, super vermelho, que o mesmo povo deu ao desgoverno PPD/CDS. Isto dá cada volta....
Cordialmente
JLRC
Título:
Enviado por: komet em Julho 11, 2004, 05:10:02 pm
Estou com o JLRC nesta, e com o Miguel. É uma opinião que vai de cada um, todas as opiniões teem legitimidade, podemos é não concordar com elas...
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 11, 2004, 05:32:09 pm
Caro JLRC

Não entendo a sua reacção. Compreendo que talvez a palavra "legitimidade" que usei não tenha sido a ideal, mas mantenho a minha opinião.

Para que fique desde já claro, e para que não me acuse de seguidor de "paulinho" gostava de lhe dizer que, embora concorde com a opinião do presidente, não vejo com bons olhos a presença de Santana Lopes como primeiro ministro.

Em relação à questão de fundo, os comentários de Miguel Sousa Tavares, não lhe atribuo qualquer legitimidade. Por uma série de razões.
Vejo Miguel Sousa Tavares como via Paulo Portas no seu tempo no Independente - um simples jornalista. Com uma diferença: a relativa aspiração política do segundo.

Para mim Miguel Sousa Tavares não passa de mais um comentador de oportunidade que, pensando que a sua opinião é uma verdade universal, diz a alto e bom som aquilo que pensa.
Para mim o jornalista Miguel é um homem competente, mas o comentador Miguel é um homem incapaz de reconhecer as suas próprias falhas - como se viu no caso do seleccionador nacional.

Nunca disse que Miguel Sousa Tavares, e você caro JLRC, não têm direito a opinião. Sabes Deus que eu concordo com algumas das opiniões por ele expressas mas aquilo que quis dizer foi que Miguel Sousa Tavares percebe tanto de política como eu de rações de galinha. Mas está no direito, como pessoa inteligente que é, de expressar as suas opiniões. Eu, por outro lado, também não sou obrigado a concordar e a ter Miguel Sousa Tavares como um paladino comentador de política que, na minha humilde opinião de espectador da vida política do país, considero que não chega aos pés de, dando exemplos, Marcelo Rebêlo de Sousa ou José Magalhães.

Para mim, Miguel Sousa Tavares é apenas mais um treinador de bancada e portanto levo as suas opiniões como as simples opiniões de um cidadão sem lhe atribuir qualquer importância política. Coisa que já não faço com outros comentadores que, considero eu, estão em melhor posição de julgar os acontecimentos da política nacional.

O senhor, guiado pelo constragimento da decisão do presidente, cai no erro de, habilmente devo dizer, mudar a essência do meu post - simplesmente disse que não reconheço em Miguel Sousa Tavares qualquer legitimidade fora do normal para comentar política. O senhor diz-me que eu sou apoiante de Paulo Portas ( meu Deus, nada mais longe da verdade! ) etc etc.
Reconheço aqui que a palavra "legitimidade" ( que curiosamente continuei a usar ) poderá não ser a mais correcta. Dito e feito. Como sugeriu a partir de agora passarei a usar a palavra "credibilidade".
Mas, mesmo assim, não entendi o tão grande ênfase na sua resposta.

com os melhores cumprimentos,
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 11, 2004, 07:03:02 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
Mas, mesmo assim, não entendi o tão grande ênfase na sua resposta.


É fácil de perceber, Ricardo. É que eu, embore também não morra de amores pelo MST, reconheço que ele tem razão nas afirmações que fez. Para mim, neste caso, o importante é a justeza da análise e não quem a produziu. O Paulinho, no seu tempo de jornalista, também deve ter acertado algumas (penso eu, não sei) e não vou deixar de lhe dar razão só por ser quem é.
Cumprimentos
JLRC
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 11, 2004, 08:03:48 pm
Oh JLRC,

Seja lá sincero comigo.

Citar
Jorge Sampaio foi eleito com base em determinado programa político e
por
isso é que uma parte do eleitorado - a esquerda - votou nele e a
direita
não. Pode e deve continuar a ser Presidente de todos os portugueses no
que
se refere à salvaguarda da Constituição, do funcionamento das
instituições e
da garantia de direitos iguais para todos. Mas não deve, mesmo que
possa,
trair o programa e as ideias políticas com base nas quais uma maioria
de
portugueses lhe confiou o cargo. Os que votaram Sampaio não aceitam
este
golpe de Estado palaciano
congeminado na Rua de Buenos Aires. O país
não se
decide assim, em "petit comité" de usufrutuários do poder. Se o
Presidente,
nesta hora, não vê claro o que há-de fazer, não percebo para que
haveremos


Mas você acha que esta afirmação faz algum sentido? ( esta de muitas outras no artigo de MST ).

Mas agora, por o presidente ter sido eleito por pessoas de esquerda ( o que, sinceramente, é impossível de avaliar ) significa que ele tem de tomar a decisão tipicamente esquerdista? Mas isto faz-lhe algum sentido? Esta afirmação representa a ignorância de MST em questões políticas.
Jorge Sampaio foi eleito por portugueses ( sejam de esquerda ou direita ) e tem de cumprir o seu mandato segundo a constituição e segundo a sua consciência como pessoa e indíviduo que é. Nunca pode reger o seu mandato pelas mordomias e desejos de uma esquerda que supostamente o elegeu. Mas qual é o raio do sentido da afirmação. Explique-me e eu talvez mude de ideias acerca do sr. Miguel S. Tavares.
Até parece que, segundo a lógica de MST, se a Esquerda portuguesa quer uma coisa o presidente tem de a apoiar por mais absurda que seja.
Isto é absurdo. É a argumentação levada ao limiar da estupidez.

É por estas e por outras que eu penso que, credibilidade política com MST é equivalente a 0.

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: papatango em Julho 11, 2004, 09:37:48 pm
Os deputados são eleitos para periodos de quatro anos.

É o povo que elege os deputados, e numa democracía representativa, são eles que representam o povo.

O eleitorado vota nos deputados, embora na maioría dos casos as pessoas não saibam.

Em 2002 os cidadãos elegeram os deputados e constituiram uma maíoria que tem legitimidade para governar Portugal por quatro anos e para  votar nos governos que lhe foram apresentados.

As eleições legislativas servem para eleger deputados
As eleições para o parlamento europeu servem para eleger representantes portugueses para a União Europeia.

De outra forma, eu pergunto.

O actual presidente da Câmara de Setubal, do Partido Comunista, foi eleito com 55% dos votos nas eleições autarquicas. Nas ultimas eleições europeias o partido comunista teve 16% dos votos. Deve o Presidente da Câmara apresentar a demissão, perante tão desastrosa derrota?

Claro que não, porque a legitimidade tem-na porque os cidadãos estabeleceram este tipo de diferênças e sabem em quem votam e para que votam. Cada eleição tem um objectivo claro, e implicar que não é assim, é deitar areia para os olhos dos cidadãos e chamar-lhes parvos.

Misturar as coisas e dizer que o governo foi derrotado, é baixa politica e acima de tudo é uma demonstração de que os nossos políticos tomam o povo por parvo, acreditando que somos todos imbecis. Tem tanta legitimidade o PS ou o PC para pedirem eleições agora como tinha o PSD ou o PP para pedirem eleições há dois anos atrás.

Pessoalmente não critico os partidos por fazerem política, mas critico-os quando fazem demagogia.

E o que mais me irrita, é que este tipo de comportamento é sempre o mesmo. Vejam a nossa história de 1880 a 1926. É a mesma m#####. Os politicos estão apenas interessados em eleições á primeira oportunidade para ficarem ministros, e para passarem o dia a telefonar para os amigos a dar a boa nova.

Se não fosse trágico, dava-me vontade de rir. A incompetência aliada ao fraco conhecimento da História e á incapacidade de ler um livrito de História e tirar ilações, é em si mesma uma tragi-comédia lusitana.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 11, 2004, 10:29:00 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
Para mim Miguel Sousa Tavares não passa de mais um comentador de oportunidade que, pensando que a sua opinião é uma verdade universal, diz a alto e bom som aquilo que pensa.


Errado Ricardo.

O Miguel Sousa Tavares é um “tachista oportunista” que diz os mais incríveis disparates para gerar polémica e confusão, o que por sua vez lhe permite obter a “notoriedade” que necessita para ser convidado a participar em jornais e telejornais com gabarito “mundial”  :nice:

Só isso, não passa de um oportunista gerador de polémicas para vender essas mesmas polémicas. Nem ele próprio acredita nas estupidezes que diz.

É uma pessoa para não levar a sério, alem de estar sempre com esse ar de frustrado e de paladino da treta.
Título:
Enviado por: Spectral em Julho 11, 2004, 11:12:01 pm
Citar
O Miguel Sousa Tavares é um “tachista oportunista” que diz os mais incríveis disparates para gerar polémica e confusão, o que por sua vez lhe permite obter a “notoriedade” que necessita para ser convidado a participar em jornais e telejornais com gabarito “mundial”  como os da TVI.  

Só isso, não passa de um oportunista gerador de polémicas para vender essas mesmas polémicas. Nem ele próprio acredita nas estupidezes que diz.


O MST é obviamente um dos que come criancinhas ao pequeno-almoço  :nice:
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 11, 2004, 11:15:24 pm
Será que é desta que MST vai para o exílio ? Consta para aí que ele disse que se exilava se Santana Lopes fosse primeiro-ministro ...

Quanto aos comentários deste senhor quero chamar a atenção que costuma dizer as maiores enormidades quando comenta assuntos de defesa. A propósito da aquisição de submarinos, acolitado pela Manuela Moura Guedes, disse, se bem me lembro, que só se justificava no contexto da Guerra Fria e hoje eram um enorme desperdício de dinheiro. Outra vez a propósito dos combates em Falujah, no Iraque, afirmou que era uma zona de influência xiita... (Sempre ouvi dizer que fazia parte do triângulo sunita) !
Título:
Enviado por: P44 em Julho 12, 2004, 12:16:23 pm
O sampaio só acaba de provar ser um cobardolas e um fraco...(o que já era evidente...até para mudar o papel higiénico em Belém deve precisar de oscultar este mundo e o outro!!!!!)
 :evil:

Nunca como na sexta-feira á noite tive tt vontade de me tornar monárquico...

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.crwflags.com%2Ffotw%2Fimages%2Fp%2Fpt-1830g.gif&hash=ff7f67078365d2a06cd92c56f1ec27f4)
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 12, 2004, 01:40:24 pm
Neste momento a ascensão de Santana Lopes a PM é um facto consumado, e um dos mais tristes da história portuguesa recente.

Mas não é por ser um facto consumado que nos devemos resignar à decisão tomada pelo Presidente da República.

É possível ter muitas visões sobre este assunto - a minha é muito clara: a decisão do PR, embora legal, foi errada; a escolha de Santana Lopes como PM é altamente danosa para o país e para a democracia.

Foi por muitos dito que o PR tomou a decisão que mais promove a estabilidade. Mas desde quando é que a estabilidade é um objectivo nacional? A estabilidade é um meio, e não um fim. É curioso ver pessoas supostamente democrátas dizer que avançar para eleições antecipadas é pôr em causa a estabilidade... :shock:  :?
Título:
Enviado por: P44 em Julho 12, 2004, 01:49:17 pm
Citar
P44 escreveu:
Nunca como na sexta-feira á noite tive tt vontade de me tornar monárquico...  


Para quê? Para ser Governado pelo D. Duarte ou pelo D. Nuno da Câmara Pereira?... Deus nos guarde!!!


 :evil:
Título:
Enviado por: JLRC em Julho 12, 2004, 01:54:12 pm
Citação de: "P44"
O sampaio só acaba de provar ser um cobardolas e um fraco...(o que já era evidente...até para mudar o papel higiénico em Belém deve precisar de oscultar este mundo e o outro!!!!!)
 :evil:

Nunca como na sexta-feira á noite tive tt vontade de me tornar monárquico...

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.crwflags.com%2Ffotw%2Fimages%2Fp%2Fpt-1830g.gif&hash=ff7f67078365d2a06cd92c56f1ec27f4)


Estou de acordo consigo Papatango.
O Santana ainda não é PM e já começou com ideias de m.... Agora quer por o Ministério da Agricultura em Santarém, o da Economia no Porto e a Secretaria de Estado do Ambiente em Faro. Para aqueles que pensam que é uma boa ideia eu pergunto:
1º Quanto vai custar a desctivação das velhas instalações?
2º Quanto vai custar a aquisição das novas instalações?
3º Quanto vai custar em termos de vencimento de pessoal? (ajudas de custo, de instalação, mudança, etc)
4º O que fazer dos cerca de 15.000 funcionários abrangidos por esta medida? (são obrigados a mudarem-se compulsivamente caso não queiram ir trabalhar para cerca de 300 km de casa?)
5º Santarém, por exemplo, tem capacidade para absorver de repente alguns mais alguns milhares de habitantes (funcionário, cônjuge, filhos, etc.)

Será que a porpalada contenção de despesas deixou de repente de existir?
Pensem nisto
Cumpts
JLRC
Título:
Enviado por: komet em Julho 12, 2004, 01:57:38 pm
JLRC, receio que ainda não vimos nada...  :roll:  nada mesmo...
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 12, 2004, 08:09:18 pm
JNSA desculpe mas o que diz é só demagogia e desculpas de mau perdedor.

Sejamos claros em relação as eleições antecipadas:

A esquerda queria eleições antecipadas pela simples razão de que pensavam que as podiam ganhar. NÃO É PARA CLARIFICAR COISÍSSIMA NENHUMA. É a ânsia pelo poder, custe o que custar.

Caso não saiba, em qualquer parte do mundo os governos eleitos programam o seu trabalho governativo em função do tempo do mandato e fazem sempre coincidir as escolhas e as medidas difíceis com a primeira metade do dito mandato. Isto é feito para na segunda metade poderem abrandar as ditas medidas mais impopulares a ao mesmo tempo começarem a surgir os resultados das medidas aplicadas na primeira metade do dito mandato o que permitira na próxima eleição, dar boas hipóteses de reeleição a esse mesmo governo.

Ora no caso português e dado a forma desastrada em que ficaram as contas públicas dos piores governos que Portugal já teve (os do Guterres claro) os dois primeiros anos do governo de coligação foram muito duros para as pessoas (eu incluído) porque tiveram que ser tomadas medidas drásticas para inverter o caminho a que o anterior governo nos tinha levado.

É precisamente na fase de viragem desta situação quando começam a surgir sinais claros de retoma, quando foram prometidos aumentos para a função pública no próximo ano, enfim quando as coisas começam a melhorar que surge a actual situação da nomeação do Dr. Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia e que obriga a mudança de primeiro-ministro.

É aqui que, toda a esquerda, irresponsável como sempre, sabendo que estes dois anos foram difíceis e tendo noção de que as pessoas estão descontentes por esses dois anos de medidas difíceis mas necessárias, vê uma oportunidade única de subir ao poder, porque se esperassem até ao final do mandato quando as coisas estarão de facto melhor, eles sabem que dificilmente ganharão seja lá o que for. É esta a verdade. Eles (a esquerda) estão-se a marimbar para as pessoas que votaram nas últimas legislativas PARA UM GOVERNO POR UM PERÍODO DE 4 ANOS. Isso não interessa.

Também não interessam os custos da paralisia do país por um período de pelo menos 9 meses até a aprovação do próximo orçamento de estado pelo novo governo.

Nada interessa. Só interessa o poder pelo poder.

Haja vergonha.

Em relação aos ataques pela decisão do Presidente, é simples, decidiu contra é uma besta, se decidisse a favor era bestial.
Haja vergonha.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 12, 2004, 08:32:42 pm
Pois, Tiger22, eu é que sou o demagogo e você é que não rebateu um único dos meus argumentos... :roll:

Citação de: "tiger22"
A esquerda queria eleições antecipadas pela simples razão de que pensavam que as podiam ganhar. NÃO É PARA CLARIFICAR COISÍSSIMA NENHUMA. É a ânsia pelo poder, custe o que custar.


Depois das últimas autárquicas, sabendo que quase de certeza iria perder as eleições, o PS pediu a antecipação do acto eleitoral; tomou a mesma posição agora, sabendo que quase de certeza ganharia.

Depois das últimas eleições autárquicas, sabendo que quase de certeza iria ganhar, o PSD pediu a antecipação do acto eleitoral; tomou a posição inversa agora, sabendo que quase de certeza perderia...

Agora pense um bocadinho e diga-me quem é que foi coerente, e quem é que teve uma "ânsia de poder, custe o que custar"....
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 12, 2004, 08:41:55 pm
O PS pediu a antecipação das eleições pela simples razão que já ninguém dentro do PS conseguia nem tinha coragem de “pegar” no barco, tal era o estado em que o país estava.

Aliás todos sabem que a derrota das autárquicas foi a desculpa ideal caída do céu para o Guterres fugir antes que a bomba rebentasse. E como militante do PS sabe isso perfeitamente, não vale a pena andar aqui a vender a banha da cobra  :wink:
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 12, 2004, 08:43:32 pm
João,

Não partilho do "radicalismo" do nosso amigo Tiger22, mas tens de reconhecer que são situações diferentes.

Neste caso existia uma maioria estável no parlamento com vontade e desejo de continuar. No caso da saída de António Guterres tal maioria era simplesmente inexistente.
As razões das demissões dos primeiro-ministros foram, como sabes, bastante diferentes.

A minha visão sobre este assunto é semelhante à do papatango - como já te foi possível observar.

Tens de reconhecer  que - e por favor esquece a tua cor partidária - a decisão do presidente foi a mais lógica, a mais segura e a mais inteligente.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 12, 2004, 08:49:25 pm
Ricardo "radical" eu  :wink:  :?:
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 12, 2004, 08:55:19 pm
Citação de: "Tiger22"
Ricardo "radical" eu  :wink:  :wink:
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 12, 2004, 09:09:01 pm
Não tem que pedir desculpas. Eu percebi. :G-beer2:
Só sou radical na defesa do meu País.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 12, 2004, 09:48:05 pm
Bela bandeira, P44!  :G-beer2:

É bonita, não é?
É limpa...
É a minha.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 12, 2004, 09:53:00 pm
Citação de: "Tiger22"
Aliás todos sabem que a derrota das autárquicas foi a desculpa ideal caída do céu para o Guterres fugir antes que a bomba rebentasse.

E a nomeação do Dr. Barroso para a Comissão também não foi uma desculpa ideal?  :wink:

Citação de: "Tiger22"
O PS pediu a antecipação das eleições pela simples razão que já ninguém dentro do PS conseguia nem tinha coragem de “pegar” no barco, tal era o estado em que o país estava.

Citação de: "Ricardo Nunes"
Neste caso existia uma maioria estável no parlamento com vontade e desejo de continuar. No caso da saída de António Guterres tal maioria era simplesmente inexistente.
As razões das demissões dos primeiro-ministros foram, como sabes, bastante diferentes.

Depois das autárquicas, o PS tinha uma maioria mais estável do que a actual coligação, pela simples razão de que ela era formada por um único partido. Na altura teria sido possível ao PS nomear um PM de consenso para continuar até ao fim da legislatura. Optou-se por não o fazer para evitar ter um Governo tão atacado como o do Dr. Santana Lopes será...

Citação de: "Ricardo Nunes"
O que eu quero dizer é que tem uma posição mais extremista à direita do que a minha tal como o JNSA tem uma posição mais extremista à esquerda.


Não sei se tenho uma posição assim tão extrema na esquerda... Afinal, a extrema esquerda não costuma andar a defender a compra de submarinos e Su-32, pois não?  :wink:

Cumptos.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 12, 2004, 10:47:10 pm
As opiniões de um colega de partido do Dr. Santana Lopes:

Citar
11.7.04
23:44 (JPP)
COMEÇOU

A entrevista de Santana Lopes à SIC, para além de um exercício de simulação política tão exagerado quanto ao Presidente que roça o absurdo - nenhum Primeiro Ministro que se preza se coloca de forma tão subserviente sob a tutela presidencial – mostra, infelizmente, que já começou a revelar-se a marca de água do entrevistado. As únicas coisas que foram ditas de concreto – número de ministérios, descentralização de ministérios, o Ministério da Agricultura em Santarém – são claramente coisas ditas sem qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação sobre a estrutura do Governo e o modo como se relaciona com o país. São daquelas coisas que são ditas e, depois, se levadas à prática na forma como foram “prometidas”, representam “experiências” com custos enormes. São caras, desorganizam o pouco que funciona e não resolvem problema nenhum.

Não, não é má vontade. É que é exactamente isto que é o costume.


http://www.abrupto.blogspot.com/
Título:
Enviado por: Tiger22 em Julho 13, 2004, 12:29:37 am
Citação de: "JNSA"
E a nomeação do Dr. Barroso para a Comissão também não foi uma desculpa ideal?

Claro que não. Foi uma oportunidade única de termos um português no mais alto cargo da União Europeia. As pessoas fogem quando a situação esta complicada (caso do Guterres), não fogem, como é lógico, quando a situação começa a ficar favorável, como é o caso do Dr. Durão. Ou acha que quando há sinais claros de retoma (confirmado pelo socialista Vítor Constâncio presidente do Banco de Portugal), quando as contas públicas começam a estar em ordem, ou quando os indicadores de confiança tanto dos consumidores como dos empresários aumentam, há motivos para fugir?
Essa não pega. :wink:


Em relação ao Dr. Santana Lopes, deixem o homem mostrar o que vale. É no mínimo injusto dizer o que dizem quando nem sequer começou o seu trabalho. Em 2006 se for necessário castiguem-no, mas antes não.
Título:
Enviado por: emarques em Julho 13, 2004, 01:08:54 am
Bem, a verdade é que não está a começar muito bem. Aquela ideia peregrina de mudar os ministérios de sítio...

Mas sim, vamos lá ver o que é que ele faz.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 13, 2004, 07:11:15 pm
Uma citação do discurso do presidente da república que, mesmo tendo passado ao lado, diz muito:

Citar
"Nesse regime - que não fiquem dúvidas - a nossa opção é pela democracia representativa, de que não sou o notário, mas sim o garante; e que, por isso, não há razões de oportunidade, por mais compreensivas que sejam, que possam abrir caminho e criar um precedente para futuros desvios plebiscitários."
Título:
Enviado por: fgomes em Julho 13, 2004, 07:36:20 pm
Discordo das opiniões que dizem que o Presidente prejudicou o País e o PS.
Por um lado não se pode andar em eleições de 2 em 2 anos, a nossa democracia é representativa e não plebiscitária. Se a opção fossem eleições antecipadas, teríamos a administração pública parada durante 1 ano, 6 meses até à tomada de posse do novo governo, mais 6 meses para substituir os "boys" laranjas pelos rosas. Havia ainda um sério risco do PS não ter maioria absoluta e ficar dependente do PCP e do Bloco de Esquerda. Assim  a actual maioria vai ter 2 anos para mostrar o que vale e o PS tem tempo para eleger uma liderança capaz de fazer oposição e não andar a reboque do Bloco de Esquerda e de se constituir alternativa.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 14, 2004, 08:13:26 pm
O novo ministro das finanças é Bagão Felix  e o novo ministro dos negócios estrangeiros António Moreira.

Estes são, até agora, os únicos nomes confirmados.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 14, 2004, 09:00:50 pm
Citação de: "Ricardo Nunes"
O novo ministro das finanças é Bagão Felix  e o novo ministro dos negócios estrangeiros António Moreira.

Estes são, até agora, os únicos nomes confirmados.


Creio que é António Monteiro (o actual embaixador em Paris) e não António Moreira... De resto, o facto de ter que ir buscar alguém que não tem nada a ver com Finanças para esta pasta, e um embaixador competente mas sem grande peso político, para os Negócios Estrangeiros, revela que o Dr. Santana Lopes não tem grande credibilidade entre as figuras mais eminentes do PSD... Vamos lá ver quem são os próximos... :?
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 15, 2004, 06:43:27 am
Citação de: "JNSA"
Citação de: "Ricardo Nunes"
O novo ministro das finanças é Bagão Felix  e o novo ministro dos negócios estrangeiros António Moreira.

Estes são, até agora, os únicos nomes confirmados.

Creio que é António Monteiro (o actual embaixador em Paris) e não António Moreira... De resto, o facto de ter que ir buscar alguém que não tem nada a ver com Finanças para esta pasta, e um embaixador competente mas sem grande peso político, para os Negócios Estrangeiros, revela que o Dr. Santana Lopes não tem grande credibilidade entre as figuras mais eminentes do PSD... Vamos lá ver quem são os próximos... :oops:

João, como sabes Bagão Felix é um economista - bastante competente até - que fez parte dos quadros da administração do BCP durante anos. Não entendo como possas dizer que não tem nada a ver com as finanças. De facto tem tanto a ver como a Manuela Ferreira Leita ou Pina Moura ( exemplos ).
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 15, 2004, 11:24:15 am
Citação de: "Ricardo Nunes"
João, como sabes Bagão Felix é um economista - bastante competente até - que fez parte dos quadros da administração do BCP durante anos. Não entendo como possas dizer que não tem nada a ver com as finanças. De facto tem tanto a ver como a Manuela Ferreira Leita ou Pina Moura ( exemplos ).


Ricardo, eu sei que ele tem formação em economia... O que quero dizer é que ele não é um fiscalista, um especialista nessa área, ao contrário por exemplo, da Manuela Ferreira Leite. Se vires bem, ele nunca foi uma das figuras apontadas para este cargo. O PSD tem uma série de fiscalistas e economistas de renome, e todos eles se vieram demarcando de Santana Lopes ao longo do tempo, recusando à partida fazer parte de um governo com ele (e muitos também com Paulo Portas).
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 15, 2004, 11:53:36 pm
fonte: http://www.lusa.pt
Citar
Governo: Álvaro Barreto e António Mexia no executivo de Santana Lopes

 
Lisboa, 15 Jul (Lusa) - Álvaro Barreto vai ser o "número dois" no Governo liderado por Pedro Santana Lopes, como ministro de Estado e dos Assuntos Económicos, cabendo a António Mexia tutelar as pastas das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Ministro durante mais de dez anos em pastas como a Indústria, Energia, Comércio e Agricultura, Álvaro Barreto, 68 anos, é licenciado em engenharia civil e deputado à Assembleia da República pelo PSD.

António Mexia, 47 anos, economista, desempenha actualmente as funções de presidente da comissão executiva da Galp Energia e foi um dos organizadores da iniciativa Compromisso Portugal, que em Fevereiro reuniu em Lisboa cerca de 400 personalidades, principalmente empresários, preocupadas com a situação económica do país.

O primeiro-ministro indigitado, Pedro Santana Lopes, anunciou quarta-feira a nomeação de Bagão Félix para ministro das Finanças e do embaixador António Monteiro para ministro dos Negócios Estrangeiros.

DA/PNG.

Lusa/Fim


Tanto quanto parece, o Dr. Santana Lopes anda mais uma vez às aranhas para formar Governo. O Dr. Álvaro Barreto, afastado da política há muito tempo vai para número 2 do Governo, e ainda por cima para uma pasta com a qual nada tem a ver - Assuntos Económicos... Quanto muito ele devia ser Ministro da Agricultura, Pescas e Comércio... E ainda por cima é Engenheiro Civil - tem tudo a ver com Economia  :?
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Julho 16, 2004, 09:15:07 am
João, não sejas faccioso e dá, pelos menos, o benefício da dúvida ao novo executivo ( eu sei que é difícil ).

Não podes ver as coisas de um prisma tão simples. Afinal de contas António Guterres era engenheiro electrotécnico e foi chefe do governo sem ter nenhuma formação de gestão.

O importante é escolher pessoas competentes que tenham o mínimo de qualificação para o cargo. Não é necessário que cada pasta fique com um especialista intrínseco desse assunto.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 16, 2004, 09:38:35 am
Permita-me discordar, Ricardo...

Repare que essa tem sido a característica dos nossos recentes "governantes": nunca foram profissionais em nenhum assunto e depois espera-se que eles desempenhem bem o cargo para o qual nunca tiveram formação.

Esta realidade remete para situações em que o governo e as políticas são ditadas por assessores que ninguém conhece. Na sua ignorância, o ministro pouco mais limitar-se-á a assinar práticamente de cruz, já que se conhece a tendência dessas criaturas em alijar responsabilidades dizendo que "os documentos foram preparados por técnicos especializados" e assim o ministro apenas dará a cara e verbalizar a defesa de projectos que muitas vezes não são os seus (quase sempre). É por isso que digo que as políticas dependem mais da capacidade de "marketing" dos assessores que vendem as suas ideias. E isso quer dizer palavras sonantes, da moda, e apresentações em Power Point.

Um exemplo do que digo é a boca que D. Juan Santana sobre a deslocação dos ministérios. Como não faz ideia das prioridades e do que se passa na realidade "de campo" apenas lhe surgem vagas respostas abstratas para coisas que ele julgam serem problemas e que certamente discutiu com os amigalhaços sabe-se lá como e quando.

Defendo que um ministro deve conhecer o mais possível os assuntos que dizem respeito à sua pasta. Caso contrário temos apenas porta-vozes de interesses pouco claros.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 16, 2004, 12:20:37 pm
Citação de: "Luso"
Permita-me discordar, Ricardo...

Repare que essa tem sido a característica dos nossos recentes "governantes": nunca foram profissionais em nenhum assunto e depois espera-se que eles desempenhem bem o cargo par ao qual nunca tiveram formação.

Essa situação remete para situações em que o governo e as políticas são ditadas por assessores que ninguém conhece. Na sua ignorância, o ministro pouco mais limitar-se-á a assinar práticamente de cruz já que se conhece a tendência dessas criaturas em alijar responsabilidades dizendo que "os documentos foram preparados por técnicos especializados" e assim o ministro limitar-se-á a dar a cara e verbalizar a defesa de projectos que muitas vezes não são os seus (quase sempre). É por isso que digo que as políticas dependem mais da capacidade de "marketing" dos assessores.

Um exemplo do que digo é a boca que D. Juan Santana sobre a deslocação dos ministérios. Como não faz ideia das proioridades e do que se passa na realidade "de campo" apenas lhe surgem vagas respostas abstratas para sobras que ele julgam serem problemas.

Defendo que um ministro deve conhecer o mais possível os assuntos que dizem respeito à sua pasta. Caso contrário temos apenas porta-vozes de interesses pouco claros.


Perfeitamente de acordo, Luso. Um Ministro deve ser não apenas um político com peso para defender o seu Ministério, mas também alguém com conhecimentos para poder dirigir a sua pasta activamente, pelo menos em algo mais do que as orientações genéricas...

De resto, as únicas pessoas que conseguem estar em todos os cargos do Governo e fazer boa figura são as de Direito... O que seria do país sem a gente... :lol:  8)  :wink:
Título:
Enviado por: P44 em Julho 16, 2004, 12:29:33 pm
A tomada de posse do governo sempre continua marcada para a discoteca Kapital, terça á noite????? :twisted:  8)
Título:
Enviado por: Luso em Julho 16, 2004, 05:43:11 pm
"Vasco Pulido Valente - "Na Véspera"

Em 1995, depois de um longo Governo, Cavaco saiu serenamente, e deixou o País de maneira geral próspero e em ordem. Saiu farto do PSD, da imprensa e da televisão. Com ele acabou uma era. Professor de Economia, Cavaco vinha do Banco de Portugal e tinha sido um excepcional ministro das Finanças. Valia por si próprio no mundo «normal» entre gente «normal». Em 2002, a meio do segundo mandato, Guterres resolveu fugir e deixou o País num estado deplorável. Em 2004, fugiu Barroso, com uma desculpa que absurdamente passou por «honrosa», e deixou o País mais pobre, mais confuso e sem esperança numa adiada e sempre duvidosa «retoma». E, agora, veio o dr. Santana Lopes. Por muito estranho que pareça, num ponto essencial Guterres, Barroso e Lopes não se distinguem: são os três puros produtos partidários. Na vida civil nenhum deles vale coisíssima nenhuma. Tirando um ou outro emprego aos vinte anos, todo o dinheiro que ganharam foi ganho na política ou pela política. Pior: nem na política fizeram nada de notável, antes de chegarem ao poder. Guterres nunca sequer passou pelo Governo; Barroso é o autor do inominável acordo de Bicesse; e Lopes protegeu o «teatro de revista», plantou umas palmeiras na Figueira da Foz (não exactamente um acto heróico) e legou a Lisboa um saco de sarilhos. Sem excepção, os três só mostraram talento para a intriga e a manobra partidária. A partir de Cavaco, Portugal ficou entregue a pequenos conspiradores de pequenas seitas. Ninguém se deve admirar com a irresponsabilidade e o essencial oportunismo que eles constantemente mostraram. Ou com a contínua degradação do País, que eles consentiram, quando não promoveram. Hoje há um ar de irrealidade no advento de Santana Lopes. Ninguém acredita que está a suceder o que está a suceder. É um sentimento comum em véspera de catástrofe.

in DN"

Subscrevo este texto.
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 17, 2004, 11:28:37 am
Composição final do Governo:

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O Governo de Santana Lopes vai ter 19 ministérios, mais dois do que o Executivo de Durão Barroso, e separa a pasta do Trabalho da Segurança Social.

A lista completa dos ministros do XVI Governo Constitucional é a seguinte:

Primeiro-Ministro: Pedro Santana Lopes.

Ministro de Estado, das Actividades Económicas e do Trabalho: Álvaro Barreto.

Ministro de Estado e da Defesa Nacional: Paulo Portas.

Ministro de Estado e da Presidência: Nuno Morais Sarmento.

Ministro das Finanças e da Administração Pública: António Bagão Félix.

Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas: Embaixador António Monteiro.

Ministro da Administração Interna: Daniel Sanches.

Ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional: José Luís Arnaut.

Ministro da Justiça: José de Aguiar Branco.

Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas: Carlos da Costa Neves.

Ministra da Educação: Maria do Carmo da Costa Seabra.

Ministra da Ciência e Ensino Superior: Maria da Graça da Silva Carvalho.

Ministro da Saúde: Luís Filipe Pereira.

Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança: Fernando Negrão.

Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: António Mexia.

Ministro da Cultura: Maria João Bustorff Silva.

Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território: Luís Nobre Guedes.

Ministro do Turismo: Telmo Correia.

Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro: Henrique Chaves.

Ministro dos Assuntos Parlamentares: Rui Gomes da Silva.

Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: Domingos Jerónimo.


fonte: http://www.tsf.pt/online/portugal/interior.asp?id_artigo=TSF152427

Como é que um partido como o PP pode ter quatro ministros??!!! :shock:
Título:
Enviado por: JNSA em Julho 17, 2004, 04:26:15 pm
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Vasco Pulido Valente

Estreia

Apesar do incompreensível entusiasmo de certa imprensa e meia dúzia de comentadores, Santana Lopes começa mal. A escolha de António Bagão Félix, António Monteiro e Álvaro Barreto é um erro político e um sintoma de fraqueza. É um sintoma de fraqueza, no caso de Bagão, porque revela que ninguém de envergadura do PSD, ou da área do PSD, aceitou as Finanças, fatalmente por pura desconfiança no primeiro-ministro, e que foi preciso recorrer a um homem que já estava no Governo e que, ainda por cima, embora independente, sempre trabalhou com o CDS. É um sintoma de fraqueza, porque promover a ministro o embaixador Monteiro, também prova que não há no partido, ou no «santanismo», uma alternativa decente e razoável. E é um sintoma de fraqueza porque a ressurreição de Álvaro Barreto e sua extravagante ascensão a segunda figura do Governo mostra que, em matéria económica, o primeiro-ministro precisa de um tutor, que o oriente e que inspire por antiguidade (?) algum respeito. Os três - Bagão, Monteiro e Barreto - não passam de remendos. Isto à cabeça. Depois, tirando Monteiro, que não conta, Bagão e Barreto põem um problema grave. A presença de Bagão nas Finanças, com a sua origem CDS e a sua história na banca e nos seguros, transforma uma política nacional (em grosso, a de Ferreira Leite) numa simples política dos patrões. Os patrões, de resto, com a sua atávica estupidez, não se coibiram de aparecer na televisão em êxtase. O resultado não será bom. Quanto a Barreto, que apoiou sucessivamente e sem pestanejar Eanes, Mota Pinto, Sá Carneiro, Balsemão, o «Bloco Central» e Cavaco Silva, e que iria para ministro do Inferno se o Diabo o convidasse, para servir a Pátria e os seus senhores, é a perfeita soma de tudo o que anda mal na vida pública portuguesa. A «nova geração» de Santana Lopes, que tanto por aí se apregoou teve esta estreia. O que virá a seguir?


fonte: http://dn.sapo.pt/cronica/mostra_cronica.asp?codCronica=7744&codEdicao=1168
Título:
Enviado por: JNSA em Outubro 27, 2004, 10:49:32 am
O nosso ex-PM anda com uns "problemazitos" lá pelas bandas da Europa... :wink:
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Durão Barroso pede oficialmente adiamento da votação ao PE

O presidente designado da Comissão Europeia, Durão Barroso, admitiu esta quarta-feira precisar de mais tempo para analisar a composição da sua equipa de comissários. Falando perante o Parlamento Europeu, pediu que a votação, marcada para as 12:00 horas, fosse adiada.



Durão Barroso reconheceu que se a votação da sua equipa fosse hoje «o resultado não seria positivo», nem para as instituições europeias nem para o projecto europeu. Por essa razão, justificou, «decidi não apresentar uma nova comissão à vossa aprovação».
27-10-2004 10:11:46


fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=57&id_news=145324
Título:
Enviado por: P44 em Outubro 27, 2004, 11:15:19 am
Citação de: "JNSA"
O nosso ex-PM anda com uns "problemazitos" lá pelas bandas da Europa... :lol:  :twisted:

Ele que proponha o Torquemada para os Direitos Humanos... :oops: