3 militares da GNR feridos no Iraque

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papatango

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3 militares da GNR feridos no Iraque
« em: Abril 04, 2004, 08:03:52 pm »
16:30
Três portugueses da GNR e dois italianos foram feridos em Nassiria hoje, Domingo.

A emboscada pode estar relacionada com problemas com os radicais Chiitas "Al-Sabr", cujo principal lider"Mustafa Al Aqiubi" foi preso.

A informação é de que se trata de ferimentos ligeiros.

Em Najaf, foram mortos quatro militares de El Salvador.




Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Jorge Pereira

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ATAQUE EM FORÇA
« Responder #1 em: Abril 06, 2004, 03:29:11 am »
Correio da Manhã 2004/04/06

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Foram apenas 20 minutos de tiroteio, mas o suficiente para dar uma ideia da violência imposta pelos xiitas iraquianos contra a força da GNR e dos ‘Carabinieri’. De tudo foi disparado, desde ‘rockets’ RPG a morteiros, passando por armas automáticas e só a imediata reacção ao fogo por parte de italianos e portugueses evitou o pior. Quando tudo acabou vários atacantes ficaram pelo chão, mortos, e os restantes puseram-se em fuga, mas ficou bem clara a determinação dos iraquianos.  
 
De regresso ao aquartelamento português (23h00 de Lisboa, 2h00 de segunda-feira locais) a moral estava alta, até pela operação bem sucedida, mas a imagem do ataque estava fresca na memória dos portugueses. O tenente António Quadrado foi um dos feridos na emboscada e pelas suas palavras ficámos a conhecer a emboscada à coluna da MSU, composta por três jipes de pára-quedistas italianos dos ‘Carabinieri’ e dois blindados ‘Protector’ da GNR.

No total, integravam a patrulha 11 portugueses e 24 italianos, enviada para sueste de Nassíria para testar a segurança na zona, depois dos incidentes de domingo na cidade. “Íamos numa patrulha de reconhecimento, fazíamos o itinerário e quando passámos uma ponte, os pára-quedistas italianos avistaram uns indivíduos armados à nossa frente”.

Os iraquianos abriram de imediato fogo contra a coluna da coligação, mas a resposta foi imediata: “Respondemos ao fogo, houve uma troca de tiros e, quando vimos que estavam armados com RPG e como as nossas viaturas não tinham uma blindagem suficiente para aguentar um impacto deste tipo retirámos para uma posição defensiva e pedimos reforços”, afirmou Quadrado, esclarecendo que a troca de tiros com os atacantes iraquianos terá durado entre 10 a 20 minutos.

TRÊS TIROS DE RPG

Durante esse tempo terão sido disparados três tiros de RPG, um dos quais passou pouco acima do tejadilho de um dos ‘Protector’, um segundo caiu numa zona pantanosa e um terceiro um pouco mais longe, na zona onde estavam os italianos. Pensa-se que tenha sido a explosão de uma das granadas de RPG que causou os ferimentos no tenente e no sargento da COE, tendo o soldado Caldeira sido queimado numa perna pela passagem rente de uma bala, que o fogo de armas automáticas também foi intenso.

O primeiro auxílio chegou cerca de 15 minutos depois. Uma patrulha romena que estava próxima de Siukh ash Shuyukh acorreu ao local depois de escutar o pedido de socorro e seguir as coordenadas da localização da coluna da MSU atacada. Depois disso, 45 minutos mais tarde (devido ao facto de o local da emboscada distar em mais de 50 km da base de Talil), chegou uma coluna de socorro de cerca de 30 viaturas, composta por blindados ‘Protector’, jipes italianos, dois blindados de lagartas italianos, uma ambulância e ainda outros jipes e viaturas ‘Torpedo’.

Esclarecendo melhor a ocorrência, o tenente explicou, versão confirmada por outros militares que integravam a patrulha, que o ataque aconteceu depois de coluna de veículos ter sido forçada a inverter a marcha por ter encontrado uma estrada cortada pouco depois de atravessar uma ponte sobre o rio Eufrates, junto a Shuk ash Shuiyukh.

Refira-se que a procura de uma estrada secundária para o regresso foi forçada pelo facto de em Nassíria duas pontes de acesso à cidade estarem na altura tomadas por grupos de rebeldes do movimento armado do radical Moqtada Sadr.

António Quadrado salienta que houve por certo baixas do lado iraquiano, pois foram vistos inúmeros atacantes caídos. No entanto, devido à rapidez dos acontecimentos, é impossível saber ao certo quantos mortos ou feridos resultaram da troca de tiros.

A cooperação com os pára-quedistas italianos durante o ataque foi qualificada como “excepcional”. “Os pára-quedistas italianos têm uma grande experiência de teatros parecidos com este e, nas duas ou três vezes que tivemos de fazer acções de coordenação com eles, correu tudo muito bem”, salientou.

Quanto às emoções sentidas no momento da emboscada, o sargento Ferreira salienta por seu turno que “numa situação daquelas não há tempo para pensar”. “A preocupação é fazer o que é necessário para solucionar o problema. Somos nós ou eles”, esclareceu Ferreira, salientando que no momento em que foi atingido, pouco sentiu, tendo apenas a preocupação de continuar o trabalho e levar tudo a bom porto.

FERIDOS RECEBEM ASSISTÊNCIA COM PATRULHAS SUSPENSAS

Os militares da GNR emboscados na noite de domingo mantêm o moral elevado. Os três feridos – tenente António Quadrado, sargento António Ferreira, e o soldado Martinho Caldeira – afirmam-se ainda mais determinados em levar por diante a missão. Os dois primeiros foram ontem submetidos a pequenas cirurgias para extracção de estilhaços no hospital da Cruz Vermelha italiana, na base de Talil, e o último foi tratado a ferimentos de queimaduras ligeiras no posto médico da base, estando a efectuar o serviço normal.

Sobre a continuidade na missão, Quadrado deixou bem claro que “agora mais do que nunca é preciso dar apoio ao pessoal português”. “Se desmotivamos, desmotivam todos”. Por seu lado, o comandante do contingente da GNR no Iraque, capitão Silvério, confirmou que a situação em Nassíria continuava tensa, havendo notícia de viaturas com homens armados a circular na cidade.

A base de Libechio, no centro de Nassíria, perto das ruínas do edifício atingido em Novembro pelo violento atentado que vitimou 19 “carabinieri”, foi reocupada pelo exército italiano. As notícias sobre a situação concreta escasseiam, mas a prevenção forçou a suspensão das patrulhas normais na cidade e também o adiamento de acções de auxílio humanitário. Até ao fim da noite de ontem, nenhuma patrulha da GNR foi à cidade.

UMA ARMA BARATA E FLEXÍVEL NA POSSE DOS REBELDES

O RPG é umas das armas mais utilizadas pelos rebeldes iraquianos e mais uma vez foi usada no ataque à coluna da GNR. É uma arma simples e robusta que manuseada por homens determinados pode, inclusive, fazer parar os carros de combate mais pesados e mais bem defendidos, como o norte-americano M-1 Abrams, tal como aconteceu durante o avanço da coligação para Bagdad, em que os disparos eram apontados às lagartas ou à traseira dos blindados. É preferencialmente usado em situação de emboscada.

O RPG é de fácil acesso e barato e tem já uma história que remonta ao anos 60 e desde então tem sofrido pouca evolução. Não é a primeira vez que os portugueses enfrentam este tipo de lança-’rockets’. Na Guerra do Ultramar, os guerrilheiros utilizavam-no com frequência , mas os portugueses também não se faziam rogados cada vez que conseguiam deitar a mão a estes equipamentos, preferidos aos que as nossas tropas usavam.

As outras armas usadas no ataque, morteiros e espingardas automáticas ou metralhadoras, são também de fácil utilização, muito mais num povo que tem uma enorme proximidade com este tipo de equipamentos.

BLINDADOS RESISTIRAM A IMPACTOS DIRECTOS

“Os blindados já estão pagos”. A expressão era ontem ouvida no comando da GNR. É que os ‘Protecto’ da GNR envolvidos na emboscada conseguiram parar vários projécteis directos de AK-47, um deles no pára-brisas – que embora seja à prova de bala é dos pontos mais frágeis – e com isso garantida a vida dos portugueses que lá seguiam. À partida o veículo vinha de fábrica com essa garantia, mas nada como uma prova de fogo para tirar a prova dos nove.

Com cada veículo a custar cerca de 300 mil euros, num total de 20 encomendados, o investimento do Estado acabou por ser bem empregue, naquela que foi a primeira aquisição do género em Portugal desde os anos 70... No entanto, esta viatura ligeira – pelas suas características e pelas missões para que foi concebida, em conflitos de muito baixa intensidade – apenas está preparada para resistir a tiros de armas ligeiras ou estilhaços de artilharia.

Já contra um RPG estas viaturas não têm qualquer possibilidade, mas o mesmo acontece com o tipo de viaturas blindadas que agora concorrem para o fornecimento ao Exército. Em todo o caso mandam as regras que em caso de ataque, a infantaria que o veículo transporta deve saltar para terra e responder ao fogo. É uma forma de mostrar ao aversário a decisão de contra-atacar – a conduta que aliás tomou a GNR e os experientes ‘Carabinieri’. O inverso custou aos russos na Tchetchénia inúmeras baixas.


Aos nossos soldados no Iraque um grande abraço desde o ForumDefesa.com :Soldado2:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Rui Elias

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« Responder #2 em: Abril 06, 2004, 12:24:39 pm »
Naturalmente que todos nós estamos solidários com os GNR's que estão no Iraque, apesar de sabermos que foram voluntáriamente e que o maior incentivo à sua presença lá se deve aos vencimentos elevados.

Mas fica uma pergunta:

Que sentido poplítico faz quando perante uma revolta popular contra os ocupantres de um país soberano, as forças, supostamente de libertação, se comportam como se das antigas tropas de Saddam se tratasse?

Afinal não foi para dar a liberdade aos iraquianos que o regime de Saddam foi deposto? Para não falar das ADM's :lol:

Por isso a questão política é relevante, qunado perante essa revolta popular legítima contra o ocupante as tropas de ocupação atiram  matar.

Porque o problema criado não se resolverá pelas armas, e portanto esta é já uma missão falhada.
 

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Guilherme

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« Responder #3 em: Abril 06, 2004, 01:01:48 pm »
Gostaria que me explicassem o que seria a GNR: seria uma força militar, que presta apoio às outras forças armadas, ou seria uma força policial, com atuação semelhante às polícias militares dos estados brasileiros ?
 

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Rui Elias

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« Responder #4 em: Abril 06, 2004, 01:44:05 pm »
Caro Guilherme:

Outros poderão explicar melhor do que eu, mas aqui vai:

A GNR (Guarda Nacional Republicana) é uma força militarizada distribuida territorialmente por batalhões e com+panhias e a quem compete zelar pela manutenção da ordem pública.

Digamos que dentro das cidades existe a PSP (Polícia de Segurança Pública), mais civilista e no restante território, a GNR, com um carácter mais militar.

Aliás aos agentes da GNR chama-se soldados ou militares, e a sua hierarquia é miltar, com os postos correspondentes ao do Exército.

Também, o seu Comandante Geral é um general do Exérctio destacado para o efeito :cry: .

Até na farda se nota isso, já que os soldados da GNR que fazem as patrulhas e rondas calçam umas botas de cavaleiro, o que dá um certo ar prussiano à coisa :lol: .

Na Europa, o equivalente à nossa GNR é na Espanha a Guardia Civil, e na Itália, os Carabinieri.

No Iraque a sua missão é a de manutenção da ordem pública (que grande trapalhada que para lá vai), e foi a GNR, porque o nosso presidente da república recusou-se a autorizar o envio de tropas regulares enquanto esta invasão do Iraque não estivesse mandatada pela ONU.

Como nunca chegou a estar o Governo, preferiu enviar a GNR que sempre é uma força policial, apesar de no Iraque estar equipada com metrelhadores pesadas fornecidas pelo nosso exército e que foram colocadas nas viaturas novas que foram compradas para o efeito.
 

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dremanu

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« Responder #5 em: Abril 06, 2004, 09:54:49 pm »
Viva os nossos rapazes da GNR lá no Iraque. Defenderam-se bem, deram troco aos atacantes, e melhor ainda, não morreu nenhum.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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papatango

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« Responder #6 em: Abril 06, 2004, 10:46:12 pm »
A Guarda Nacional Republicana é o que há em Portugal mais parecido com a policia militar brasileira.

Aos Portugueses. Policia Militar no Brasil não é a mesma coisa que a nossa antiga Policia Militar (Policia do Exército/Aérea/Naval).

A GNR é uma policia militarizada que está dependente do ministro da administração interna (junto com a policia civil, que em Portugal se chama PSP, Policia de Segurança Pública).

A GNR, embora seja comandada pelo governo é uma organização militarizada. Tem uma estrutura militar. É a GNR que é responsável por exemplo pela Guarda Presidencial, que faz parte do Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional Republicana, o mesmo que disponibilizou os militares do sub-agrupamento alpha que estão no Iraque.

Estão lá, para servir de policia musculada. A sua função é servir de policia, caçar e prender ladrões etc. A função deles não é combater, embora estejam armados com armas de guerra e veiculos ligeiros  semi-blindados IVECO Protector porque o ambiente local é pesado.

Aqui o IVECO da GNR

Mas claro, se forem atacados defendem-se como podem. O primeiro nível de defesa são os militares da Italia, onde as forças portuguesas estão integradas.

Como aconteceu no Fim de Semana, os policias estavam em apuros e ficaram cercados enquanto que o exercito Italiano, com, entre outros,  carros M-113 chegava para os evacuar. Essa debilidade é um dos erros apontados á missão da GNR.

Cumprimentos
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« Responder #7 em: Abril 07, 2004, 02:29:15 am »
[Citação]

Pelo menos doze soldados norte-americanos morreram quando a sua posição foi atacada na cidade iraquiana de Ramadi, cerca de 80 quilómetros a oeste de Bagdad.

De acordo com um oficial, que falou sob condição de anonimato à Reuters, as primeiras informações sobre o incidente indicavam que dezenas de iraquianos tinham assaltado uma posição dos marines perto do palácio do governador em Ramadi.

(...)

Apesar de não haver ainda qualquer confirmação oficial, a CNN indicou que o ataque em Ramadi é da autoria de fiéis ao antigo regime de Saddam Hussein e não dos apoiantes do líder radical xiita Moqtada Sadr, cujas milícias tem atacado nos últimos dias as forças da coligação, em vários pontos do país.

ultimahora.publico.pt - 06-04-2004 - 23h12

Nos últimos dias os soldados e marines dos EUA têm caído como tordos em várias localidades no Iraque (Bagdad, Fallujah, Ramadi, Anbar, etc) e sabemos que eles têm os melhores veículos blindados (Abrahams, Bradleys, etc). Coitados dos nossos GNRs engaiolados nessas carripanas IVECO à espera de levar com um RPG em cheio. Só espero que eles fiquem em serviço no aquartelamento ou nas imediações do mesmo.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Rui Elias

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« Responder #8 em: Abril 07, 2004, 12:55:28 pm »
Ao DREMANU

Sem querer que aconteça algo de mal aos nossos GNR's a nível pessoal, relembro que no Iraque os atacantes são as forças de ocupação.

Os iraquianos limitam-se a resistir ao ocupante, porque preferem conquistar a liberdade em vez desta lhes ser "outorgada" por um procônsul americano que domina meia dúzia de colaboracionistas.

Históricamente os colaboracionistas de ocupações estrangeiras (lembremo-nos do nosso Conde Andeiro e do Miguel de Vasconcelos) nunca tiveram um futuro brilhante 8) .

Portanto, e a meu ver, no Iraque há uma guerra de repressão assassina contra quem está na sua pátria a praticar a missão patriótica de resitir, como Portugal já fez no passado.

É pena ver o nome da GNR e de Portugal envolvido nesta aventura, e no abate de iraquianos que apenas resistem ao invasor.
 

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Guilherme

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« Responder #9 em: Abril 07, 2004, 12:55:36 pm »
Normando, os iraquianos estão conseguindo tirar de operação os M1 Abrams? Se estão, esse blindado não é tão formidável assim como o US Army e a United Defense nos querem fazer acreditar.
 

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Rui Elias

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« Responder #10 em: Abril 07, 2004, 02:04:57 pm »
Guilherme

Tanto quanto ouvi dizer as tropas do Saddam teriam na sua posse uns mísseis anti-carro de fabrico russo capaz de furar a blindagem dos Abraams.

Mas apesar de terem detruído uma meia dúzia (pelo meno de acordo com a propaganda oficial), durante a invasão, seria porque a pontaria não seria boa :oops: .

P.S.

Se os ocupantes do Iraque estão a matar tantos resistentes iraquianos como se diz, tombados heroicamente em combate enquanto defendiam a soberania do seu país, o que lhes farão?

Será que os americanos e outros ocupantes do Iraque voltaram a usar as técnicas de Saddam, ou seja, as valas comuns?

Seria interessante o nosso Governo explicar agora qual o papel da GNR lá
 

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Luso

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« Responder #11 em: Abril 07, 2004, 02:20:00 pm »
"Se os ocupantes do Iraque estão a matar tantos resistentes iraquianos como se diz, tombados heroicamente em combate enquanto defendiam a soberania do seu país, o que lhes farão"


Confesso que tenho alguma dificuldade em aceitar que um nacionalismo iraquiano tenha uma... "estrutura" idêntica a um nacionalismo alemão ou português. E quando massas de deixam levar por "argumentos religiosos" emanados de vários barbudos, pergunto-me se não será mais um caso de histeria colectiva. Mas por outro lado a minha percepção também é limitada.

A propósito disto, lembro-me da maneira como os ingleses pacificavam selvagens: com uma vickers bem colocada. É feio, certamente, mas punha-os na linha.

Outra história também me vem à memória: o de uma unidade coreana no Vietname, que perdeu bastantes homens e o seu comandante para uma emboscada Vietcong. Os coreanos cercaram a aldeia de onde partira o ataque e que era conhecida por dar o seu apoio ao inimigo. Ninguém poderia entrar ou sair. A seguir mataram tudo: habitantes, galinhas, porcos, búfalos. Tudo.

Porque é que haveremos de ter consideração por esses fanáticos que apenas nos querem destruir e não aceitar a diferença?
Porque é que teremos que aceitar uma cultura cancerosa?
Apenas porque é fino ou intelectualmente louvável ser-se cosmopolita?
Pancada nessa gente.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Spectral

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« Responder #12 em: Abril 07, 2004, 02:36:06 pm »
Citar
anto quanto ouvi dizer as tropas do Saddam teriam na sua posse uns mísseis anti-carro de fabrico russo capaz de furar a blindagem dos Abraams.


Todas as informações surgidas na imprensa da utilização pelos irquianos dos avançados mísseis KORNET de fabrico russo, revelaram-se falsas.

E claro. todo e qualquer veículo é vulnerável a um tiro de RPG bem apontado, disparado a curta distância.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Rui Elias

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« Responder #13 em: Abril 07, 2004, 02:46:01 pm »
Luso:

Olhe que essas suas afirmações não estão de acordo com o espírito deste fórum, em que devem ser banidas menções racistas, de descriminação cultural ou religiosa, ou xenófobas.

Muito menos incitar ou apoiar a violência.

Tenha calma.
 

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papatango

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« Responder #14 em: Abril 07, 2004, 03:16:32 pm »
Eu pessoalmente sou contra a violência.

No entanto a violência tem justificação, nomeadamente quando é utilizada contra os violentos.

É muito fácil dizer que as forças que estão no Iraque são os opressores. Mas isso é não olhar para o “grande plano”.

Estamos perante uma situação de extremismo religioso, não de extremismo nacionalista. Estas pessoas não querem um Iraque livre, onde cada um tenha os seus direitos. Querem um Iraque fundamentalista, com as mulheres embrulhadas em pano preto, e os homens fanatizados nas mesquitas, prontos a morrer pelo primeiro Aiatolá imbecil e criminoso que apareça, e dependendo de ele ter acordado de mau humor e declarar alguma Fatwa contra o ocidente.

Sair do Iraque neste momento, sería pior que sair do Afeganistão. Estariamos a criar os fundamentos de uma guerra civil, que destruiria o país como aconteceu no Afeganistão. Uma fábrica de extremistas assassinos, prontos a rebentar-se contra nós á primeira oportunidade, e consoante o humor do Aiatolá ou do Mulah de serviço.

Estes acontecimentos no Iraque são apenas a demonstração da dificuldade que os árabes têm em aceitar as regras da democracia. Quando não têm suficiente representatividade não aceitam a regra da maioria. Só a aceitam quando estão em maioría. Quando não estão em maioria, impõem-se pelas armas, pela força das AK-47 ou dos RPG-7, tenham ou não tenham a maior parte da população do lado deles.

Em 1974/75 em Portugal, havia movimentos de esquerda (esquerda festiva, como lhe chamavam no Brasil) que vinham para a rua por tudo e por nada. Chamam a isso, Lutar na rua pelos seus direitos.

Quando houve eleições em Portugal, toda a gente ficou espantada. Esses movimentos faziam incriveis manifestações. Estavam em todas, faziam barulho, mas no fim, não representavam ninguém a não ser a eles proprios.

Estes extremistas são o equivalente aos grupelhos de extrema esquerda, onde pontificava um certo Durão Barroso, cujo fervor revolucionário o levou mesmo a roubar os moveis da faculdade para mobilar a sede do glorioso partido do grande timoneiro Mau Tsé Tung.

Se tivessemos dado importância a estes grupelos estavamos feitos. Se dermos importância a estes fnáticos, vamos pelo mesmo caminho.

Portanto, considerando que se trata de extremistas fanáticos contrarios ao interesse da maíoria do povo, que normalmente não se manifesta, mas cujo direito a decidir deve ser protegido, e em nome da protecção desse direito sagrado á liberdade...


... Pau neles.


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