ForumDefesa.com

Conflitos => Conflitos do Presente => Tópico iniciado por: papatango em Abril 04, 2004, 08:03:52 pm

Título: 3 militares da GNR feridos no Iraque
Enviado por: papatango em Abril 04, 2004, 08:03:52 pm
16:30
Três portugueses da GNR e dois italianos foram feridos em Nassiria hoje, Domingo.

A emboscada pode estar relacionada com problemas com os radicais Chiitas "Al-Sabr", cujo principal lider"Mustafa Al Aqiubi" foi preso.

A informação é de que se trata de ferimentos ligeiros.

Em Najaf, foram mortos quatro militares de El Salvador.




Cumprimentos
Título: ATAQUE EM FORÇA
Enviado por: Jorge Pereira em Abril 06, 2004, 03:29:11 am
Correio da Manhã 2004/04/06

Citar
Foram apenas 20 minutos de tiroteio, mas o suficiente para dar uma ideia da violência imposta pelos xiitas iraquianos contra a força da GNR e dos ‘Carabinieri’. De tudo foi disparado, desde ‘rockets’ RPG a morteiros, passando por armas automáticas e só a imediata reacção ao fogo por parte de italianos e portugueses evitou o pior. Quando tudo acabou vários atacantes ficaram pelo chão, mortos, e os restantes puseram-se em fuga, mas ficou bem clara a determinação dos iraquianos.  
 
De regresso ao aquartelamento português (23h00 de Lisboa, 2h00 de segunda-feira locais) a moral estava alta, até pela operação bem sucedida, mas a imagem do ataque estava fresca na memória dos portugueses. O tenente António Quadrado foi um dos feridos na emboscada e pelas suas palavras ficámos a conhecer a emboscada à coluna da MSU, composta por três jipes de pára-quedistas italianos dos ‘Carabinieri’ e dois blindados ‘Protector’ da GNR.

No total, integravam a patrulha 11 portugueses e 24 italianos, enviada para sueste de Nassíria para testar a segurança na zona, depois dos incidentes de domingo na cidade. “Íamos numa patrulha de reconhecimento, fazíamos o itinerário e quando passámos uma ponte, os pára-quedistas italianos avistaram uns indivíduos armados à nossa frente”.

Os iraquianos abriram de imediato fogo contra a coluna da coligação, mas a resposta foi imediata: “Respondemos ao fogo, houve uma troca de tiros e, quando vimos que estavam armados com RPG e como as nossas viaturas não tinham uma blindagem suficiente para aguentar um impacto deste tipo retirámos para uma posição defensiva e pedimos reforços”, afirmou Quadrado, esclarecendo que a troca de tiros com os atacantes iraquianos terá durado entre 10 a 20 minutos.

TRÊS TIROS DE RPG

Durante esse tempo terão sido disparados três tiros de RPG, um dos quais passou pouco acima do tejadilho de um dos ‘Protector’, um segundo caiu numa zona pantanosa e um terceiro um pouco mais longe, na zona onde estavam os italianos. Pensa-se que tenha sido a explosão de uma das granadas de RPG que causou os ferimentos no tenente e no sargento da COE, tendo o soldado Caldeira sido queimado numa perna pela passagem rente de uma bala, que o fogo de armas automáticas também foi intenso.

O primeiro auxílio chegou cerca de 15 minutos depois. Uma patrulha romena que estava próxima de Siukh ash Shuyukh acorreu ao local depois de escutar o pedido de socorro e seguir as coordenadas da localização da coluna da MSU atacada. Depois disso, 45 minutos mais tarde (devido ao facto de o local da emboscada distar em mais de 50 km da base de Talil), chegou uma coluna de socorro de cerca de 30 viaturas, composta por blindados ‘Protector’, jipes italianos, dois blindados de lagartas italianos, uma ambulância e ainda outros jipes e viaturas ‘Torpedo’.

Esclarecendo melhor a ocorrência, o tenente explicou, versão confirmada por outros militares que integravam a patrulha, que o ataque aconteceu depois de coluna de veículos ter sido forçada a inverter a marcha por ter encontrado uma estrada cortada pouco depois de atravessar uma ponte sobre o rio Eufrates, junto a Shuk ash Shuiyukh.

Refira-se que a procura de uma estrada secundária para o regresso foi forçada pelo facto de em Nassíria duas pontes de acesso à cidade estarem na altura tomadas por grupos de rebeldes do movimento armado do radical Moqtada Sadr.

António Quadrado salienta que houve por certo baixas do lado iraquiano, pois foram vistos inúmeros atacantes caídos. No entanto, devido à rapidez dos acontecimentos, é impossível saber ao certo quantos mortos ou feridos resultaram da troca de tiros.

A cooperação com os pára-quedistas italianos durante o ataque foi qualificada como “excepcional”. “Os pára-quedistas italianos têm uma grande experiência de teatros parecidos com este e, nas duas ou três vezes que tivemos de fazer acções de coordenação com eles, correu tudo muito bem”, salientou.

Quanto às emoções sentidas no momento da emboscada, o sargento Ferreira salienta por seu turno que “numa situação daquelas não há tempo para pensar”. “A preocupação é fazer o que é necessário para solucionar o problema. Somos nós ou eles”, esclareceu Ferreira, salientando que no momento em que foi atingido, pouco sentiu, tendo apenas a preocupação de continuar o trabalho e levar tudo a bom porto.

FERIDOS RECEBEM ASSISTÊNCIA COM PATRULHAS SUSPENSAS

Os militares da GNR emboscados na noite de domingo mantêm o moral elevado. Os três feridos – tenente António Quadrado, sargento António Ferreira, e o soldado Martinho Caldeira – afirmam-se ainda mais determinados em levar por diante a missão. Os dois primeiros foram ontem submetidos a pequenas cirurgias para extracção de estilhaços no hospital da Cruz Vermelha italiana, na base de Talil, e o último foi tratado a ferimentos de queimaduras ligeiras no posto médico da base, estando a efectuar o serviço normal.

Sobre a continuidade na missão, Quadrado deixou bem claro que “agora mais do que nunca é preciso dar apoio ao pessoal português”. “Se desmotivamos, desmotivam todos”. Por seu lado, o comandante do contingente da GNR no Iraque, capitão Silvério, confirmou que a situação em Nassíria continuava tensa, havendo notícia de viaturas com homens armados a circular na cidade.

A base de Libechio, no centro de Nassíria, perto das ruínas do edifício atingido em Novembro pelo violento atentado que vitimou 19 “carabinieri”, foi reocupada pelo exército italiano. As notícias sobre a situação concreta escasseiam, mas a prevenção forçou a suspensão das patrulhas normais na cidade e também o adiamento de acções de auxílio humanitário. Até ao fim da noite de ontem, nenhuma patrulha da GNR foi à cidade.

UMA ARMA BARATA E FLEXÍVEL NA POSSE DOS REBELDES

O RPG é umas das armas mais utilizadas pelos rebeldes iraquianos e mais uma vez foi usada no ataque à coluna da GNR. É uma arma simples e robusta que manuseada por homens determinados pode, inclusive, fazer parar os carros de combate mais pesados e mais bem defendidos, como o norte-americano M-1 Abrams, tal como aconteceu durante o avanço da coligação para Bagdad, em que os disparos eram apontados às lagartas ou à traseira dos blindados. É preferencialmente usado em situação de emboscada.

O RPG é de fácil acesso e barato e tem já uma história que remonta ao anos 60 e desde então tem sofrido pouca evolução. Não é a primeira vez que os portugueses enfrentam este tipo de lança-’rockets’. Na Guerra do Ultramar, os guerrilheiros utilizavam-no com frequência , mas os portugueses também não se faziam rogados cada vez que conseguiam deitar a mão a estes equipamentos, preferidos aos que as nossas tropas usavam.

As outras armas usadas no ataque, morteiros e espingardas automáticas ou metralhadoras, são também de fácil utilização, muito mais num povo que tem uma enorme proximidade com este tipo de equipamentos.

BLINDADOS RESISTIRAM A IMPACTOS DIRECTOS

“Os blindados já estão pagos”. A expressão era ontem ouvida no comando da GNR. É que os ‘Protecto’ da GNR envolvidos na emboscada conseguiram parar vários projécteis directos de AK-47, um deles no pára-brisas – que embora seja à prova de bala é dos pontos mais frágeis – e com isso garantida a vida dos portugueses que lá seguiam. À partida o veículo vinha de fábrica com essa garantia, mas nada como uma prova de fogo para tirar a prova dos nove.

Com cada veículo a custar cerca de 300 mil euros, num total de 20 encomendados, o investimento do Estado acabou por ser bem empregue, naquela que foi a primeira aquisição do género em Portugal desde os anos 70... No entanto, esta viatura ligeira – pelas suas características e pelas missões para que foi concebida, em conflitos de muito baixa intensidade – apenas está preparada para resistir a tiros de armas ligeiras ou estilhaços de artilharia.

Já contra um RPG estas viaturas não têm qualquer possibilidade, mas o mesmo acontece com o tipo de viaturas blindadas que agora concorrem para o fornecimento ao Exército. Em todo o caso mandam as regras que em caso de ataque, a infantaria que o veículo transporta deve saltar para terra e responder ao fogo. É uma forma de mostrar ao aversário a decisão de contra-atacar – a conduta que aliás tomou a GNR e os experientes ‘Carabinieri’. O inverso custou aos russos na Tchetchénia inúmeras baixas.


Aos nossos soldados no Iraque um grande abraço desde o ForumDefesa.com :Soldado2:
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 06, 2004, 12:24:39 pm
Naturalmente que todos nós estamos solidários com os GNR's que estão no Iraque, apesar de sabermos que foram voluntáriamente e que o maior incentivo à sua presença lá se deve aos vencimentos elevados.

Mas fica uma pergunta:

Que sentido poplítico faz quando perante uma revolta popular contra os ocupantres de um país soberano, as forças, supostamente de libertação, se comportam como se das antigas tropas de Saddam se tratasse?

Afinal não foi para dar a liberdade aos iraquianos que o regime de Saddam foi deposto? Para não falar das ADM's :lol:

Por isso a questão política é relevante, qunado perante essa revolta popular legítima contra o ocupante as tropas de ocupação atiram  matar.

Porque o problema criado não se resolverá pelas armas, e portanto esta é já uma missão falhada.
Título:
Enviado por: Guilherme em Abril 06, 2004, 01:01:48 pm
Gostaria que me explicassem o que seria a GNR: seria uma força militar, que presta apoio às outras forças armadas, ou seria uma força policial, com atuação semelhante às polícias militares dos estados brasileiros ?
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 06, 2004, 01:44:05 pm
Caro Guilherme:

Outros poderão explicar melhor do que eu, mas aqui vai:

A GNR (Guarda Nacional Republicana) é uma força militarizada distribuida territorialmente por batalhões e com+panhias e a quem compete zelar pela manutenção da ordem pública.

Digamos que dentro das cidades existe a PSP (Polícia de Segurança Pública), mais civilista e no restante território, a GNR, com um carácter mais militar.

Aliás aos agentes da GNR chama-se soldados ou militares, e a sua hierarquia é miltar, com os postos correspondentes ao do Exército.

Também, o seu Comandante Geral é um general do Exérctio destacado para o efeito :cry: .

Até na farda se nota isso, já que os soldados da GNR que fazem as patrulhas e rondas calçam umas botas de cavaleiro, o que dá um certo ar prussiano à coisa :lol: .

Na Europa, o equivalente à nossa GNR é na Espanha a Guardia Civil, e na Itália, os Carabinieri.

No Iraque a sua missão é a de manutenção da ordem pública (que grande trapalhada que para lá vai), e foi a GNR, porque o nosso presidente da república recusou-se a autorizar o envio de tropas regulares enquanto esta invasão do Iraque não estivesse mandatada pela ONU.

Como nunca chegou a estar o Governo, preferiu enviar a GNR que sempre é uma força policial, apesar de no Iraque estar equipada com metrelhadores pesadas fornecidas pelo nosso exército e que foram colocadas nas viaturas novas que foram compradas para o efeito.
Título:
Enviado por: dremanu em Abril 06, 2004, 09:54:49 pm
Viva os nossos rapazes da GNR lá no Iraque. Defenderam-se bem, deram troco aos atacantes, e melhor ainda, não morreu nenhum.
Título:
Enviado por: papatango em Abril 06, 2004, 10:46:12 pm
A Guarda Nacional Republicana é o que há em Portugal mais parecido com a policia militar brasileira.

Aos Portugueses. Policia Militar no Brasil não é a mesma coisa que a nossa antiga Policia Militar (Policia do Exército/Aérea/Naval).

A GNR é uma policia militarizada que está dependente do ministro da administração interna (junto com a policia civil, que em Portugal se chama PSP, Policia de Segurança Pública).

A GNR, embora seja comandada pelo governo é uma organização militarizada. Tem uma estrutura militar. É a GNR que é responsável por exemplo pela Guarda Presidencial, que faz parte do Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional Republicana, o mesmo que disponibilizou os militares do sub-agrupamento alpha que estão no Iraque.

Estão lá, para servir de policia musculada. A sua função é servir de policia, caçar e prender ladrões etc. A função deles não é combater, embora estejam armados com armas de guerra e veiculos ligeiros  semi-blindados IVECO Protector porque o ambiente local é pesado.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.polinsignia.com%2FWfiles%2FPolifotos%2Fprtgl%2FIveco%2520GNR_Iraque.JPG&hash=325b8200ec80f892a97ca1344d7df2da)Aqui o IVECO da GNR

Mas claro, se forem atacados defendem-se como podem. O primeiro nível de defesa são os militares da Italia, onde as forças portuguesas estão integradas.

Como aconteceu no Fim de Semana, os policias estavam em apuros e ficaram cercados enquanto que o exercito Italiano, com, entre outros,  carros M-113 chegava para os evacuar. Essa debilidade é um dos erros apontados á missão da GNR.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Normando em Abril 07, 2004, 02:29:15 am
[Citação]

Pelo menos doze soldados norte-americanos morreram quando a sua posição foi atacada na cidade iraquiana de Ramadi, cerca de 80 quilómetros a oeste de Bagdad.

De acordo com um oficial, que falou sob condição de anonimato à Reuters, as primeiras informações sobre o incidente indicavam que dezenas de iraquianos tinham assaltado uma posição dos marines perto do palácio do governador em Ramadi.

(...)

Apesar de não haver ainda qualquer confirmação oficial, a CNN indicou que o ataque em Ramadi é da autoria de fiéis ao antigo regime de Saddam Hussein e não dos apoiantes do líder radical xiita Moqtada Sadr, cujas milícias tem atacado nos últimos dias as forças da coligação, em vários pontos do país.

ultimahora.publico.pt - 06-04-2004 - 23h12

Nos últimos dias os soldados e marines dos EUA têm caído como tordos em várias localidades no Iraque (Bagdad, Fallujah, Ramadi, Anbar, etc) e sabemos que eles têm os melhores veículos blindados (Abrahams, Bradleys, etc). Coitados dos nossos GNRs engaiolados nessas carripanas IVECO à espera de levar com um RPG em cheio. Só espero que eles fiquem em serviço no aquartelamento ou nas imediações do mesmo.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 07, 2004, 12:55:28 pm
Ao DREMANU

Sem querer que aconteça algo de mal aos nossos GNR's a nível pessoal, relembro que no Iraque os atacantes são as forças de ocupação.

Os iraquianos limitam-se a resistir ao ocupante, porque preferem conquistar a liberdade em vez desta lhes ser "outorgada" por um procônsul americano que domina meia dúzia de colaboracionistas.

Históricamente os colaboracionistas de ocupações estrangeiras (lembremo-nos do nosso Conde Andeiro e do Miguel de Vasconcelos) nunca tiveram um futuro brilhante 8) .

Portanto, e a meu ver, no Iraque há uma guerra de repressão assassina contra quem está na sua pátria a praticar a missão patriótica de resitir, como Portugal já fez no passado.

É pena ver o nome da GNR e de Portugal envolvido nesta aventura, e no abate de iraquianos que apenas resistem ao invasor.
Título:
Enviado por: Guilherme em Abril 07, 2004, 12:55:36 pm
Normando, os iraquianos estão conseguindo tirar de operação os M1 Abrams? Se estão, esse blindado não é tão formidável assim como o US Army e a United Defense nos querem fazer acreditar.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 07, 2004, 02:04:57 pm
Guilherme

Tanto quanto ouvi dizer as tropas do Saddam teriam na sua posse uns mísseis anti-carro de fabrico russo capaz de furar a blindagem dos Abraams.

Mas apesar de terem detruído uma meia dúzia (pelo meno de acordo com a propaganda oficial), durante a invasão, seria porque a pontaria não seria boa :oops: .

P.S.

Se os ocupantes do Iraque estão a matar tantos resistentes iraquianos como se diz, tombados heroicamente em combate enquanto defendiam a soberania do seu país, o que lhes farão?

Será que os americanos e outros ocupantes do Iraque voltaram a usar as técnicas de Saddam, ou seja, as valas comuns?

Seria interessante o nosso Governo explicar agora qual o papel da GNR lá
Título:
Enviado por: Luso em Abril 07, 2004, 02:20:00 pm
"Se os ocupantes do Iraque estão a matar tantos resistentes iraquianos como se diz, tombados heroicamente em combate enquanto defendiam a soberania do seu país, o que lhes farão"


Confesso que tenho alguma dificuldade em aceitar que um nacionalismo iraquiano tenha uma... "estrutura" idêntica a um nacionalismo alemão ou português. E quando massas de deixam levar por "argumentos religiosos" emanados de vários barbudos, pergunto-me se não será mais um caso de histeria colectiva. Mas por outro lado a minha percepção também é limitada.

A propósito disto, lembro-me da maneira como os ingleses pacificavam selvagens: com uma vickers bem colocada. É feio, certamente, mas punha-os na linha.

Outra história também me vem à memória: o de uma unidade coreana no Vietname, que perdeu bastantes homens e o seu comandante para uma emboscada Vietcong. Os coreanos cercaram a aldeia de onde partira o ataque e que era conhecida por dar o seu apoio ao inimigo. Ninguém poderia entrar ou sair. A seguir mataram tudo: habitantes, galinhas, porcos, búfalos. Tudo.

Porque é que haveremos de ter consideração por esses fanáticos que apenas nos querem destruir e não aceitar a diferença?
Porque é que teremos que aceitar uma cultura cancerosa?
Apenas porque é fino ou intelectualmente louvável ser-se cosmopolita?
Pancada nessa gente.
Título:
Enviado por: Spectral em Abril 07, 2004, 02:36:06 pm
Citar
anto quanto ouvi dizer as tropas do Saddam teriam na sua posse uns mísseis anti-carro de fabrico russo capaz de furar a blindagem dos Abraams.


Todas as informações surgidas na imprensa da utilização pelos irquianos dos avançados mísseis KORNET de fabrico russo, revelaram-se falsas.

E claro. todo e qualquer veículo é vulnerável a um tiro de RPG bem apontado, disparado a curta distância.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 07, 2004, 02:46:01 pm
Luso:

Olhe que essas suas afirmações não estão de acordo com o espírito deste fórum, em que devem ser banidas menções racistas, de descriminação cultural ou religiosa, ou xenófobas.

Muito menos incitar ou apoiar a violência.

Tenha calma.
Título:
Enviado por: papatango em Abril 07, 2004, 03:16:32 pm
Eu pessoalmente sou contra a violência.

No entanto a violência tem justificação, nomeadamente quando é utilizada contra os violentos.

É muito fácil dizer que as forças que estão no Iraque são os opressores. Mas isso é não olhar para o “grande plano”.

Estamos perante uma situação de extremismo religioso, não de extremismo nacionalista. Estas pessoas não querem um Iraque livre, onde cada um tenha os seus direitos. Querem um Iraque fundamentalista, com as mulheres embrulhadas em pano preto, e os homens fanatizados nas mesquitas, prontos a morrer pelo primeiro Aiatolá imbecil e criminoso que apareça, e dependendo de ele ter acordado de mau humor e declarar alguma Fatwa contra o ocidente.

Sair do Iraque neste momento, sería pior que sair do Afeganistão. Estariamos a criar os fundamentos de uma guerra civil, que destruiria o país como aconteceu no Afeganistão. Uma fábrica de extremistas assassinos, prontos a rebentar-se contra nós á primeira oportunidade, e consoante o humor do Aiatolá ou do Mulah de serviço.

Estes acontecimentos no Iraque são apenas a demonstração da dificuldade que os árabes têm em aceitar as regras da democracia. Quando não têm suficiente representatividade não aceitam a regra da maioria. Só a aceitam quando estão em maioría. Quando não estão em maioria, impõem-se pelas armas, pela força das AK-47 ou dos RPG-7, tenham ou não tenham a maior parte da população do lado deles.

Em 1974/75 em Portugal, havia movimentos de esquerda (esquerda festiva, como lhe chamavam no Brasil) que vinham para a rua por tudo e por nada. Chamam a isso, Lutar na rua pelos seus direitos.

Quando houve eleições em Portugal, toda a gente ficou espantada. Esses movimentos faziam incriveis manifestações. Estavam em todas, faziam barulho, mas no fim, não representavam ninguém a não ser a eles proprios.

Estes extremistas são o equivalente aos grupelhos de extrema esquerda, onde pontificava um certo Durão Barroso, cujo fervor revolucionário o levou mesmo a roubar os moveis da faculdade para mobilar a sede do glorioso partido do grande timoneiro Mau Tsé Tung.

Se tivessemos dado importância a estes grupelos estavamos feitos. Se dermos importância a estes fnáticos, vamos pelo mesmo caminho.

Portanto, considerando que se trata de extremistas fanáticos contrarios ao interesse da maíoria do povo, que normalmente não se manifesta, mas cujo direito a decidir deve ser protegido, e em nome da protecção desse direito sagrado á liberdade...


... Pau neles.


Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Abril 07, 2004, 05:18:58 pm
"Estes extremistas são o equivalente aos grupelhos de extrema esquerda, onde pontificava um certo Durão Barroso, cujo fervor revolucionário o levou mesmo a roubar os moveis da faculdade para mobilar a sede do glorioso partido do grande timoneiro Mau Tsé Tung."


A experiência de vida muda-nos muito, mas há certas coisas, ou melhor certas mudanças, que me são difíceis de aceitar.
O que me parece - acerca desse senhor que mencionou, e - desviando-me eu agora do tema que nos trouxe aqui - é que esse cavalheiro tem uma tendência natural para se ir aliando aos mais fortes ou pelo menos à ideia que ele tem dos mais fortes: a partir de 75 seriam certamente os esquerdelhos ruidosos e cheios de ímpeto. Depois vieram os $$$ e toca a mudar para o PSD. Não compreendo mudanças tão radicais de estar na vida, menos ainda de gente de formação dita "superior" que deveriam ver um pouco mais além, a não ser óbviamente que fossem meros dondocas e meninos mimados, alienados da realidade.
Com os Estados Unidos se passa o mesmo mas o mais danoso é com Espanha. Ele é sempre subserviente ao mais forte.
Porque é fraco.
E isso está à vista de toda a gente.
Afinal sempre é possível ser pior que o Gugu!
Título:
Enviado por: Luso em Abril 07, 2004, 05:34:04 pm
"Olhe que essas suas afirmações não estão de acordo com o espírito deste fórum, em que devem ser banidas menções racistas, de descriminação cultural ou religiosa, ou xenófobas."

Rui, fica-lhe bem nutrir sentimentos tão "elevados".
Eu, pela minha parte aceito a violência e pode crer que a apoio - quando bem dirigida e justificada. Que isto fique claro. Aliás, se o Rui também não pensasse da mesma maneira que eu, não seria um membro deste fórum que versa sobre temas óbviamente violentos, métodos e materiais mais adequados para tramar o próximo, pois não?

E ninguém me pode obrigar a ter qualquer sentimento de admiração por uma "cultura" retrógrada, alienada, improdutiva e estúpidamente violenta que é a dessa "gente".
Eu não tenho problemas em ser políticamente incorrecto em afirmar-me como xenófobo e racista perante gente que me quer eliminar por eu não querer partilhar dos mesmos delírios. Tolerância é um conceito bonito, sonante e "in" mas só faz sentido quando praticado por ambas as partes.

Seja bem vindo quem vier por bem, por mais diferente que seja.
Título:
Enviado por: fgomes em Abril 07, 2004, 07:12:09 pm
"Se os ocupantes do Iraque estão a matar tantos resistentes iraquianos como se diz, tombados heroicamente em combate enquanto defendiam a soberania do seu país"

Para começar os tais "resistentes heróicos" não hesitam em matar indiscriminadamente a sua própria população civil em atentados bombistas. Depois acho que comparar o bando de energúmenos que os media ocidentais designam por "resistência" com os movimentos que combateram a ocupação estrangeira, nomeadamente na II Guerra Mundial, é inacreditável.
Aquela "gente" apenas pretende pura e simplesmente espalhar o terror, não se lhe podendo dar a mínima credibilidade. Aliás bastou ver as imagens do que foi feito a 4 civis em Fallujah para atestar o seu grau de "heroísmo" e de "civilização".
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 08, 2004, 11:02:57 am
Papatango:

Em 1385 provavelmente a maioria da população rural portugesa também estaria de fora dos que se passava entre a Leonor Teles, o Andeiro e o Mestre de Avis.

Mas não fosse  a coragem desse grupo minoritário, Portugal poderia ter perdido ali a independência.

Nenhum povo gosta de se ver invadido e ocupado, ainda por cima por tropas de um país com uma cultura diferente.

Portanto a resistência ao ocupante é sempre legítima.

Quando a França se viu em parte ocupada pelos nazis, houve sondagens para saber o que os franceses pensavam da situação?

Mas nacionalistas como e Gaulle lutaram ao lado dos ingleses e também comunistas para que através das resistências fizessem a vida negra aos algozes alemães.

Vai agora afirmar que a resistência frabncesa ou a Padeira de Aljubarrota era terrorista e que de devia dar "pau neles"?

Olhe que nos estados ocupados os colaboracionistas nunca tiveram um futuro brilhante.
Título:
Enviado por: Luso em Abril 08, 2004, 02:45:09 pm
Se quer que lhe diga, prefiro o Ocupador Americano ao alienado indígena.
E na guerra não há meias tintas.
Título:
Enviado por: papatango em Abril 08, 2004, 03:11:30 pm
Citação de: "Rui Elias"
Papatango:

Em 1385 provavelmente a maioria da população rural portugesa também estaria de fora dos que se passava entre a Leonor Teles, o Andeiro e o Mestre de Avis.
Tenho que discordar, porque, se olharmos para a História, verificamos que uma grande parte da população rural estava do lado do Mestre de Avis. (Que na altura de Aljubarrota, já não era mestre de Avis, era já D. João I de Portugal).

As tropas Castelhanas não vieram a Portugal com o intuito de impor um sistema em que o povo português pudesse decidir de sua livre vontade. As tropas Castelhanas vinham para, impondo os direitos de D. Beatriz, uma princesa de 11 anos de idade, casada com o rei de Castela, impor os direitos do rei de Castela sobre Portugal.

Como já referi noutros tópicos, é o povo (e naturalmente a maior parte deste, é rural) que apoia o mestre de Avis e o Condestável D. Nuno Alvares Pereira.

Não devemos fazer confusões. O que se debate no iraque é um fundamentalismo anacrónico e medieval que está a destruir, como se fosse um cancro, as células cerebrais dos árabes.

Grande parte dos iraquianos não se manifesta. Pode até não estar de acordo com os americanos, mas muitos iraquianos são gente instruida. Essa gente instruída é um perigo para os fundamentalistas. Se amanhã os exércitos ocidentais sairem do Iraque, serão estes cidadãos instruidos os primeiros a serem passados pelas armas (vulgo assassinados).

Não preciso que me venham dizer que talvez não aconteça. No Afeganistão também havia uma classe média instruida. Vejam o que aconteceu.

O fundamentalismo islâmico, se ganhar terreno no Iraque, não se contentará. Não ficará pelo Iraque. Que ninguém tenha ilusões.

Embora seja verdade que há no Iraque muitas armas (demasiadas) nas mãos de civis, não acredito que os pais de familia tenham todos, em casa uma colecção de projecteis para RPG-7.

Se estes fanáticos ganharem, alguém no seu juizo acredita que haverá eleições no Iraque?

Haverá mais mortos, mais executados, mais torturados, mais exilados, e acima de tudo mais fanáticos prontos a se explodirem contra tudo o que lhes parecer infiél.

Posso parecer um pouco egoista neste aspecto. Mas se o conflito com os extremistas tiver que ocorrer em algum lugar, antes lá que cá.

Abandonar o Iraque e voltar para casa é o correspondente a recuar e voltar para dentro da nossa fortaleza, para aí, se necessário for, proceder á defesa.

Mas, Napoleão escreveu e a História militar o prova. O lado que escolhe refugiar-se por detrás das muralhas, é o lado que está condenado a perder a guerra.

É lá que os extremistas devem ser contidos. Se não forem contidos lá, teremos que lutar com eles cá. E nessa altura já estaremos a defender as muralhas. Poderá ser demasiado tarde.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: fgomes em Abril 08, 2004, 04:19:13 pm
Perdoem-me, mas comparar Portugal em 1385 ou a resistência anti-nazi na II Guerra Mundial, com o bando de facínoras (mistura de restos do regime de Saddam Hussein, terroristas da Al-Qaeda e agora de extremistas xiitas) que se opõe às forças da coligação é algo de obsceno !!!!!!!
Título:
Enviado por: Luso em Abril 08, 2004, 05:08:23 pm
"O fundamentalismo islâmico, se ganhar terreno no Iraque, não se contentará. Não ficará pelo Iraque. Que ninguém tenha ilusões. "

Reparem que quem defende esta gente, esta minoria fanática mas ruidosa, são aqueles que também utilizam o mesmo "modus operandi" - a esquerda radical, que sonha em fazer-se confundir com a maioria.
Título:
Enviado por: Normando em Abril 08, 2004, 05:43:05 pm
Papatango escreveu:

"(...) O que se debate no iraque é um fundamentalismo anacrónico e medieval que está a destruir, como se fosse um cancro, as células cerebrais dos árabes.

Grande parte dos iraquianos não se manifesta. Pode até não estar de acordo com os americanos, mas muitos iraquianos são gente instruida. Essa gente instruída é um perigo para os fundamentalistas. Se amanhã os exércitos ocidentais sairem do Iraque, serão estes cidadãos instruidos os primeiros a serem passados pelas armas (vulgo assassinados).

Não preciso que me venham dizer que talvez não aconteça. No Afeganistão também havia uma classe média instruida. Vejam o que aconteceu.

O fundamentalismo islâmico, se ganhar terreno no Iraque, não se contentará. Não ficará pelo Iraque. Que ninguém tenha ilusões.

(...) Se estes fanáticos ganharem, alguém no seu juizo acredita que haverá eleições no Iraque?

Haverá mais mortos, mais executados, mais torturados, mais exilados, e acima de tudo mais fanáticos prontos a se explodirem contra tudo o que lhes parecer infiél."

Tenho de concordar com este ponto de vista, aliás partilhado por muitos participantes no fórum. Não só a Coligação não deve abandonar o Iraque nos próximos tempos, como deve eliminar ou neutralizar todas as milícias e exércitos privados que, com o aproximar do dia 30 de Junho, se tornam mais agressivos, espalhando o caos e a violência.

Veja-se como, nos últimos 5 dias, Moqtada Sadr, um líder Shiita fanático de importância secundária (comparando com a influência do Ayatollah Ali Sistani), instigou ao ódio e ao levantamento armado, lançando a sua milícia privativa Mahdi contra os soldados da coligação. Que pretende ele? Que interesses o movem? Parece-me que acendeu uma fogueira na esperança que o vento espalhe as chamas à floresta, isto é, quer obter uma insurreição generalizado dos Shiitas iraquianos. Mas mais do que isso, Sadr quer afirmar-se dentro do próprio Shiismo, quer vir a ser o líder supremo e instalar no futuro um estado iraquiano islâmico, à imagem do Irão do Ayatollah Khomenei. Isto é, claramente, um perigo para toda a região - se os extremistas Shiitas dominarem o Iraque (coisa que uma retirada da Coligação só favoreceria) então veremos as "limpezas" de intelectuais e pessoas formadas e instruídas (como os Khmers Vermelhos fizeram no Cambodja) e só a palavra de Alá reinará. A população iraquiana será remetida para a "idade das trevas", as unicas palavras que poderão sair das sua bocas é "allah u akbar", e tudo o que for estrangeiro ou diferente é infiel ou apóstata.

Tudo o que está a acontecer no Iraque às vezes espanta-me: vemos cerimónias religiosas transformadas em comícios, em que os líderes mais fanáticos delineam a estratégia de terror para a semana seguinte, as mesquitas e as zonas densamente povoadas são usadas como fortes e bases militares e se morrerem civis (o que é inevitável) lá vêm os cortejos com os apelos inflamados à Jihad e os gritos de morte à América.

As autoridades da coligação, tanto as civis como as militares, têm de ter tacto e sensibilidade para entender que as camadas mais jovens da população iraquiana sentem-se frustradas por causa do desemprego e da pobreza e começam a perder a esperança (a ocupação já dura há um ano e os sinais de recuperação tardam). Mais importante do que a repressão militar das insurreições, é a batalha pelo coração dos iraquianos. Os EUA não se podem demitir dos seus deveres enquanto potência ocupante, mas os iraquianos têm de ter cabecinha para ver que os levantamentos populares em nada ajudam à reconstrução e à afirmação do Iraque com nação soberana e independente.

Espero que o Sr. Moqtada Sadr, que pelos vistos encomendou o assassinato de outro líder shiita moderado o ano passado, seja detido e responsabilizado por instigar a sublevação armada, e que acabem estes confrontos sangrentos. Espero também que o Ayatollah Ali Sistani se mantenha fiel à sua política de contenção e apaziguamento e que a grande maioria dos shiitas que só querem paz e sossego não alinhem na loucura extremista que só prejudica o futuro do Iraque.
Título: Quem ataca quem e quem se defende de quem ?
Enviado por: europatriota em Maio 06, 2004, 03:24:36 pm
Falar de ameaça islâmica é paranóia neo-conservadora. É histeria vinda do poderoso lóbi judaico americano e do Likud israelita (que pretendem atiçar o mundo contra aqueles a quem roubaram terras pela força e que pretendem naturalmente recuperá-las também pela força...).

De facto, os muçulmanos não ocupam nem têm planos para ocupar nenhuma terra cristã ou ocidental. Mas há  5 países islâmicos ocupados por invasores não-islâmicos: Palestina, Iraque, Afeganistão, Caxemira e Chechénia. São factos...

Ora, segundo o direito internacional, os ocupados têm o direito de legítima defesa armada contra os ocupantes, pelo que a resistência palestiniana e iraquiana é legítima. Já as agressões de israelitas e americanos são crimes de guerra contrários à lei internacional e passíveis do TPI.

É simples para quem não mistura alhos com bogalhos...
Título:
Enviado por: Normando em Maio 06, 2004, 07:58:19 pm
Caro Europatriota:

Eu até tinha prometido a mim mesmo que não voltava a abordar estas questões (pode ir explorar os vários tópicos para conhecer as minhas posições), mas visto que você é um recém-chegado, não queria que ficasse a pensar que ninguém lhe ligava.

Você escreve no final da sua intervenção "É simples para quem não mistura alhos com bogalhos..." A meu ver esse é precisamente o seu erro. Todas estas questões são extremamente complexas, não podendo você colocar tudo no mesmo saco. A sua visão maniqueísta assemelha-se ao discurso retrógado do presidente Bush quando vem falar do "Axis of Evil".

Então não há ameaça islâmica? Está a querer dizer-nos que dentro do Islão não há correntes doutrinárias fundamentalistas que alimentam o ódio contra o Ocidente? Que essas doutrinas inspiram presentemente grupos extremistas a atacar tudo o que estiver relacionado com o Ocidente? Que querem restaurar os grandes califados de outrora? Onde é que você tem estado homem?

Essa lenga-lenga da conspiração neo-conservador-judaica global é uma fórmula gasta, inventada pela extrema-esquerda e usada por quem não se quer dar ao trabalho de pensar pela sua própria cabeça.

Você enumerou aí 5 situações que você identifica como ocupação de países islâmicos por países não-islâmicos. Fico preocupado ao constatar que não é capaz ou não quer (o que é mais grave) ver as diferenças nas situações desses territórios. Faça umas pesquisas.

Não sei se já reparou que existe no Iraque resistência armada dirigida à coligação ocupante e também terrorismo que tanto visa soldados, como polícias, como civis, como trabalhadores estrangeiros, que não se importa de matar 30 civis inocentes para atingir 5 soldados e que depois lhes chama mártires.

Acho um piadão ao pessoal que vem para aqui (e com isto não estou a dizer que não participem, apenas que se informem antes de dar eco ao paleio de uma certa esquerda política) mandar bitaites àcerca de um assunto tão melindroso sem antes estudar as várias questões que se entrecruzam. E só sabem criticar, porque avançar soluções não é com eles.
Título:
Enviado por: emarques em Maio 06, 2004, 08:54:05 pm
E essa lista esquece pelo menos dois países que, segundo a Al Qaeda, são territórios muçulmanos ocupados. Portugal e Espanha. O Osama já fez declarações sobre a "grande tragédia de El Andalus"...
Título:
Enviado por: europatriota em Maio 06, 2004, 10:33:43 pm
Caro Normando:

É claro que não há ameaça islâmica nos termos que referi (ou seja: um projecto de dominação politica religiosa e económica do Ocidente por muçulmanos, como existe no sentido inverso...). Existem, sim, ameaças (algumas já concretizadas) de retaliação a ocidentais e ao ocidente por causa dos ataques "cruzados" ao islão. O que é diferente. Essa de eles quererem recuperar o Al Andaluz é folclore (tal como o nosso de Olivença) e só referido por pessoas isoladas sem representatividade (ao contrário da retaliação anti-americana e aliados pelas agressões na Palestina e Iraque, que é defendida por 1,3 biliões de muçulmanos...). Não confunda legítima defesa com ataque preventivo e não provocado.  Não esperava decerto que 15.000 civis iraquianos assassinados nesta guerra ilegal de rapina não fossem vingados, mesmo que em escala muito inferior, pois não ? Ou meio milhão de crianças iraquianas mortas pelo embargo de 12 anos (números da UNICEF) ? Ou os 3000 palestinianos assassinados pelo ladão de terras Sharon ?

Lembre-se que à luz do direito internacional, a resistência armada e a retaliação sobte o ocupante é legal e que a ocupação é que é ilegal e crime de guerra passível do TPI. É você que mistura alhos com bogalhos...

Quanto à conspiração dos likudistas e do lóbi judaico americano para empurrarem os EEUU para uma guerra generalizada com o mundo árabe para evitar a justa reacção deste ao roubo de terras e ao genocídio lento dos irmãos palestinianos, só não o vê quem é cego. Nos EEUU político que critique SSharon e os roubos de terras vê a sua carreira imediatamente destruída pelo poderoso lóbi judaico que controla a finança e os media. E nos EEUU sem dinheiro nem media...

Os 5 países islãmicos que enumerei (havia mais: Ceuta e Melilla...) são efectivamente muito diferentes, mas têm em comum serem ocupados ilegalmente por países não islâmicos e foi só isso que eu disse. Mas, você não conseguiu apontar um único país cristão ocupado pelo Islão... Onde está então essa ameaça ? A unica ameaça é a "cruzada", e bem real e mortífera...

Toda a resistência ao ocupante no Iraque é patriótica e legítima (o patriotismo é um valor universal, ou não ?), mesmo a que usa atentados de eficácia discutível. E não mataram os EEUU 15.000 civis só para derrubarem um ditador ? Pois, dois critérios...

Finalmente, não seja "paranóico" a ponto de ver esquerdistas em todo o lado. Esta questão é transversal a esquerdas e direitas, mas, por acaso, até sou de direita, da direita patriótica, europeísta, neo-gaulista. Não da colaboracionista e neo-petainista... Como 70-80% dos europeus, sou anti-busho-sharonesco e defendo que a Europa deve rearmar-se para poder esmagar, caso necessário, as novas ameaças à paz mundial vindas dos projectos imperialistas e agressivos do eixo do mal busho-sharonesco que nos quer arrastar para uma guerra mundial apocalíptica com 1,3 biliões de muçulmanos por causa dos roubos de terras de 40.000 colonos  extremistas judeus...
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 06, 2004, 11:18:48 pm
Devo confessar que também já começo a ficar ligeiramente farto de discutir esta questão que, me parece, está a monopolizar algumas secções essenciais do fórum.

Primeito que tudo seja muito bem vindo ao fórum defesa europatriota*.
Devo-lhe dizer que nesta questão estou em sintonia com o Normando. Tal como ele estive contra esta intervenção no Iraque e não reconheço à maior parte dos iraquianos que hoje combatem contra as forças da coligação o estatudo de resistentes pelos simples facto de lutarem por ideais e fins que pouco têm a ver com o Iraque e o seu bem estar.
Sinceramente não considero esta "ocupação" uma ocupação, pois, para mim ( e isto, claro, é relativo de cada um ) uma ocupação existe quando o invasor pretende manter-se e dominar o território durante um período indeterminado de tempo. Esse não é o caso. Como já tive oportunidade de referir nem os americanos nem os iraquianos iriam permitir uma presença prolongada das força norte-americanas.
É extremamente importante que compreenda que existem sempre 2 faces da mesma moeda. 43% dos Iraquianos desejam e querem que as forças americanas permaneçam no território.
Sou o primeiro a apontar os enormes erros da administração Bush nesta questão mas devo-lhe confessar que embora pense que o timing desta guerra tenha sido péssimo penso que ela seria inevitável. Não vale a pena comparações entre a Líbia e o Iraque. São países com despotismos bem diferentes e com atitudes bastantes diferentes.


Citar
Ou meio milhão de crianças iraquianas mortas pelo embargo de 12 anos (números da UNICEF) ?

Sem dúvida. Mas deve ter a noção que esses países europeus que tanto defende ( aliança militar contra os EUA hem? ) apoiaram sem qualquer dúvida essas resoluções, e, deixe-me acrescentar, também a esmagadora da opinião pública da altura ( 1991 ). Não vale a pena vir com hipocrisias em 2004 a deitar a culpa de tal coisa seja para quem for. Neste caso estamos todos no mesmo barco.

Aquilo que penso que o Normando tentou demonstrar foi que todos estes casos são lamentáveis e deveriam ser investigados e eventualmente punidos mas que eles não devem influenciar o bom julgamento das pessoas em questões tão importantes como esta.
Isto seria o mesmo que voltar a ouvir o Bernardino Soares ( ah, esse jovem idealista  :wink:  ).

Afinal de contas queremos ambos a mesma coisa - que Kerry ganhe as eleições no final deste ano - mas não posso concordar com as suas afirmações sobre esta questão.

Com os melhores cumprimentos,


* - nick curioso. Patriota depreende amante e defensor de um país. Europa é, hoje em dia, uma união de países e não um país. Contraditório!  :twisted: Mas isto já sou só eu a divagar! Um grande abraço!
Título:
Enviado por: emarques em Maio 07, 2004, 12:27:03 am
Citação de: "europatriota"
Essa de eles quererem recuperar o Al Andaluz é folclore (tal como o nosso de Olivença) e só referido por pessoas isoladas sem representatividade

Infelizmente essa falta de representatividade do Osama bin Laden no mundo muçulmano não parece resultar numa redução de baixas aquando dos ataques terroristas do grupo dele...

Infelizmente, tal como muitos americanos insistem em misturar a invasão do Iraque com o "combate ao terrorismo", certos sectores europeus mais anti-americanos insistem em misturar o combate ao terrorismo com a invasão do Iraque. Não distinguir entre as acções no Afeganistão e no Iraque normalmente são um produto dessa forma de ver as coisas. O ataque ao Iraque não tem uma justificação, e como tal foi tratado por grande parte da população europeia, e uma boa parte da americana. Já a intervenção no Afeganistão teve muito mais apoio, porque foi vista como justificada.

Citar
Quanto à conspiração dos likudistas e do lóbi judaico americano para empurrarem os EEUU para uma guerra generalizada com o mundo árabe para evitar a justa reacção deste ao roubo de terras e ao genocídio lento dos irmãos palestinianos, só não o vê quem é cego. Nos EEUU político que critique SSharon e os roubos de terras vê a sua carreira imediatamente destruída pelo poderoso lóbi judaico que controla a finança e os media. E nos EEUU sem dinheiro nem media...

Francamente não gosto do governo de Israel, nem das atitudes que toma. Quanto ao apoio que tem e teve, não é so por parte dos americanos. Veja-se o caso da crise do Suez, em que foram os americanos que acabaram por pressionar a retirar da aventura a que o Reino Unido e a França os tinham levado.

Ultimamente, com o domínio da direita israelita têm-se extremado posições, e é preciso que sejam exercidas pressões por parte de todos os países (não basta queixar-se que os americanos não fazem nada). Mas também é preciso que o povo de Israel apoie a paz. Se por acaso a pressão internacional deitasse abaixo o governo de Sharon, o que acontecia era eles arranjarem um governante ainda mais extremista. O Sharon acaba por ser um moderado dentro do governo...

Quanto ao grande lobby judaico, não me parece que os EUA precisem de grande pressão de lobbies para fazer o que consideram do interesse estratégico deles: apoiar o único governo realmente pró-ocidental da região.

Quanto aos "irmãos palestinianos" e à piadinha do SS... :P). Além disso, em termos de política externa também não são flor que se cheire. E acho que sobreestima o anti-bushismo da população europeia. Primeiro, nem toda a Europa faz parte da União, e depois muitos dos que estão contra a guerra estão mesmo contra a guerra, e fora isso nem se importam muito com quem é que manda nos EUA.

Quanto ao rearmamento da Europa para esmagar as ameaças à paz, há uma frase muito interessante: "E quem toma conta dos guardas?" É exactamente essa mentalidade de polícia do mundo que se critica ocasionalmente nos americanos...
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 07, 2004, 12:40:09 am
Citar
Isto seria o mesmo que voltar a ouvir o Bernardino Soares ( ah, esse jovem idealista  ) afirmar que a Coreia do Norte era uma democracia e que em Cuba não existiam países políticos.


sei de fonte segura que houve um congresso da JCP há uns 2/3 anos que acabou com, e passo a citar

" um voto de louvor para os nossos camaradas comunistas do Laos, Vietname e Coreia do Norte, na sua eterna luta contra o imperialismo americano"  :wink:  :wink:

cumptos
Título:
Enviado por: Normando em Maio 07, 2004, 01:04:43 am
Ó pessoal aturem-no voçês que já me doem os dedos...
Título: Olivença
Enviado por: Tiger22 em Maio 07, 2004, 01:19:27 am
Citação de: "europatriota"
Essa de eles quererem recuperar o Al Andaluz é folclore (tal como o nosso de Olivença) e só referido por pessoas isoladas sem representatividade


Não é folclore não caro amigo. Veja o tópico sobre esse assunto e repare que a muitos e verdadeiros patriotas nada folcloricos e bastante representativos :shock:  não merece nem que perca tempo a debater :roll: .
Título:
Enviado por: Tiger22 em Maio 07, 2004, 01:25:13 am
Citação de: "Spectral"
sei de fonte segura que houve um congresso da JCP há uns 2/3 anos que acabou com, e passo a citar

" um voto de louvor para os nossos camaradas comunistas do Laos, Vietname e Coreia do Norte, na sua eterna luta contra o imperialismo americano"


 :rir:  :rir:

Só podem  :Amigos:  :Amigos:
Título:
Enviado por: europatriota em Maio 07, 2004, 10:00:36 am
Caro emarques:

1)A intervenção no Afeganistão foi legítima porque se limitou a apoiar a resistência (real) interna a derrubar um governo impopular e reaccionário. Mas a permanência indefinida (com sucessivos "bombardeamentos errados" de civis por parte da coboiada americana) parece-me incompatível com a soberania do país. E os efeitos são contraproducentes: permitem aos talibans recuperar prestígio e apoios, apresentando-se como "resistentes" ao ocupante pró-sionista (lembre-se que a reputação dos americanos em todo o mundo muçulmano,  sendo cúmplices dos crimes de Sharon, é mais  ou menos como a dos nazis, para nós, europeus...) . E é um erro os europeus envolverem-se em tais aventuras, porque o legítimo ódio anti-americano sobra depois para nós...

2) Israel é o "único governo pró-ocidental" ? Por acaso até há bases americanas na Jordânia, Qatar, Barhein, Koweit, etc e não há em Israel. Mas adiante, não é isso o mais importante. O importante é assinalar que Israel não é pró-ocidental (será pró-americano...) nem um pais democrático. Só 40% das pessoas com direito legal a residirem no território (mesmo se habitam nos territórios ocupados ou no exílio) é que têm direito de voto. Com o sistema "one man, one vote" Israel seria um estado laico e verdadeiramente democrático em que certamente Arafat seria o presidente eleito... Israel é um país fundamentalista (só os que seguem a relligião judaica podem ser cidadãos de pleno direito) teocrático, apartheidesco (a maioria da população vive em bantustões, como na antiga Africa do Sul), é um estado ilegalmente nuclear (!!!), que agride continuamente todos os vizinhos e anexa pela força terras que não lhe pertencem, procurando empurrar todo mundo para o Apocalipse por causa de uma minoria de colonos ultra-nazis (julgam-se o "povo eleito" a quem o seu deus "deu" todas as terras que quiserem...).

A democrática Europa nada tem a ver com essa escumalha judeo-nazi e deve armar-se para a pôr na ordem, a fim de garantir a nossa prôpria segurança (60% dos europeus pensam que a ameaça à paz mundial vem de Israel...).

3)  Ceuta e Melilla (ao contrario de Granada) são habitadas maioritariamente por arabes muçulmanos. São pois colónias. A descolonizar. Se a Espanha reivindica Gibraltar (onde há poucos espanhóis) por maioria de razão deve ceder Ceuta e Melilla. Ou a lógica é uma batata...

4) Matança indiscriminada de civis no Iraque ? Deve estar a referir-se aos EEUU que já mataram (só nesta guerra) 15.000 civis. Em Fallujah foram 600, em bombardeamentos iondiscriminados de zonas residenciais... Quanto aos atentados da resistência, lembre-se que a maior parte dos civis mortos são colaboracionistas com o ocupante e logo alvo legítimo de qualquer resistência. Quanto à parte inocente, é lamentável, mas são apenas algumas centenas, não 15.000... E, aliás, como definiria os massacres de civis em Hiroxima, Nagasáqui, Tóquio, Hamburgo, Darmstast, Dresden (o maior) ? E os 100.000 soldados iraquianos mortos em 1991 já depois de anunciada e iniciada a retirada do Koweit, na autoestrada da morte e no deserto (onde os tanques passaram deliberadamente por cima das entradas dos abrigos, soterrando uma divisão inteira ? e o meio milhão de crianças mortas pelao embargo ? Desconhece que o 11/9  é considerado por todo o mundo islâmico como uma justíssima ( mas ínfima) retaliação ?

5) Anti-bushismo só um fenómeno francês ? Olhe que não. Todas as sondagens em países europeus (GB e leste incluídos) davam uma maioria nítida aos anti-Bush e guerra do Iraque. Em Espanha eram só 90%... Na Turquia 95%, em Portugal 70%, etc. A Europa é uma potência com um PIB semlhante ao americano (10 triliões de dólares), com quase o dobro da população e pode facilmente superar o poder militar dos EEUU se decidir gastar 3% do seu PIB em despesas militares... poderemos ter sem esforço um exército com 2, 3 ou mesmo 5 milhões de soldados. E em tecnologia, se a Airbus superou em 20 anos a Boeing e a empurra para a falência, o mesmo pode acontecer com a indústria militar (AEA). O mundo está perigoso, há cóbois loucos e carniceiros judeus à solta, e à Europa cabe ser o xerife e impor a lei (direito internacional) e a ordem... BIBAUROPA !

6) Finalmente, quem é que disse que a Euopa não é uma Nação ? Já leu a Constituição europeia ? Sabe que desde 1992  temos todos a nacionalidade europeia (além da portuguesa) ? Não vê a bandeira europeia hasteada em todas as cerimónias oficiais ? Não sabe que o Tribunal europeu está acima dos nossos, no seu domínio de competência ? Os franceses (e todos os europeus da União) não são legalmente estrangeiros em Portugal, mas os americanos são...

saudações europeias
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 07, 2004, 11:11:32 am
Bem, isto é o que se chama fogo de barragem. :lol:

Quanto ao cerne desta questão, acho que tanto pode haver grupúsculos de islamistas waabitas que desejam destruir os valores ocidentais, como grupúsculos de cristãos ocidentais que querem destruir os valores e conceitos da cultura muçulmana e árabe.

E neste forum como em outros encontramos respresentantes dessa corrente ( que espero que seja minoritária).

Há que perceber os diversos pontos de vista sobre o conflito iosraelo-palestiniano ou da invasão e ocupação ilegítima do Iraque e o conceito mais vasto de uma mudança geral preconizada pelos neo-conservadores imperialistas e visionários da Casa Branca e que tão mal aconselham o Preseidente Bush.

Mas apeas acho que os "nervos" que se sentem por parte dos apoiantes da guerra global depende apenas de um factor:

Os pressupostos em que foi planeada a invasão iraquiana revelaram-se errados:

Os iraquianos se se queriam ver livres da tirania de Saddam , teriam que conquistar a sua própria liberdade, como a estão actualmente a conquistar com as armas na mão.

Nunca aceitariam receber os ocupantes com música e flores.

E isso está-se a ver.

De dia para dia a ocupação vai-se tornando cada vez mais desgastante para o ocupante.

E como a guerra foi baseada numa mentira, ainda piorou as coisas.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 07, 2004, 03:30:05 pm
Prometi a mim mesmo que não iria voltar a tocar nesta questão visto que penso que já exprimi a minha opinião de forma muito clara ( tal como o Normando ).
Contudo uma frase sua europatriota despertou-me o interesse:

Citar
E, aliás, como definiria os massacres de civis em Hiroxima, Nagasáqui, Tóquio, Hamburgo, Darmstast, Dresden (o maior) ?


Devo dizer que acho esta afirmação um perfeito absurdo. A 2ª grande guerra foi uma guerra aberta e, na altura "todos estavam no mesmo barco". Era esta a forma de fazer a guerra, não existiam bombas inteligentes nem muito menos veículos para obtenção de informações avançados. Você critica estes acontecimentos, devo confessar que de uma forma bastante errada, com base no seu prisma e visão actual daquilo que pensa e acha que deve ser uma  guerra. Compreenda isso. Não vá por aqui.

Mais impressionante ainda é o facto de referir apenas bombardeamentos, que na altura tinham o apoio a 100% da opinião pública, efectuado por forças americanas e nem sequer refere alguns ataques efectuados pelos alemães, japoneses, ingleses, franceses, italianos, canadianos etc.

Agradeça a Deus o facto de os EUA terem, mesmo que tardiamente, entrado na 2ª grande guerra e, por favor, separe as águas. Qualquer pessoa inteligente repara nisso.

Com os melhores cumprimentos.
Título:
Enviado por: europatriota em Maio 07, 2004, 04:10:26 pm
Ricardo:

Se bem entendo, você não considera crimes de guerra os massacres em massa e deliberados de civis japoneses e alemães (a distinguir de baixas colaterais causadas por ocasião de ataques a objectivos legítimos...) que causaram mais de um milhão de mortos. Também se esquece dos 15.000 iraquianos civis mortos no "shock and awe", deliberadamente, porque quando se lançam bombas de fragmentação ou napalm em áreas residenciais...

Mas que a resistência iraquiana e pan-árabe tenha, em algumas das suas acções mais discutíveis, morto dezenas de inocentes (presumindo que não fossem colaboracionistas), aí já há crime e grave !!! Pois, percebe agora a razão pela qual os árabes estão fartos de hipocrisias e de "double standards" ?

Recordo que em Dresden durante 3 dias de fevereiro de 1945, milhares de bombardeiros anglo americanos despejaram bombas explosivas e depois incendiárias (napalm) sobre uma cidade sem objectivos militares, atulhada de refugiados que fugiam da frente leste (os russos estavam já perto) apenas para (confessadamente, segundo o Bomber Harris...)aterrorizar a população (tal como em Hiroxima...) e levar a Alemanha a capitular imediatamente. Foram 140.000 os mortos selvaticamente  nesse dilúvio de fogo... mais que em Hiroxima, mesmo sem utilizar armas nucleares... A Alemanha estava já vencida e exangue a dois meses da rendição, pelo que nenhuma razão militar justificou tal selvajaria, sem dúvida o maior ataque terrorista da história ! E foram,  repito, 140.000 (só em Dresden !), não 2.800, como no 11/9...

Acha que os EEUU têm autoridade moral para falar de leis da guerra, de direitos humanos  e de terrorismos ?
Título:
Enviado por: palms em Maio 07, 2004, 04:17:17 pm
Ó euro patriota,

Vc aqui pode estar mais educado, mas não deixa de ser o mesmo euro... do fórum do Expresso.
Vc continua a debitar os seus sentimentos profundamente anti-americanos, sem qualquer respeito seja pelo que for, a não ser os seus amigos comunas e terroristas!
Tenha juízo duma vez por todas e aprenda a olhar a História tal e qual ela é!
Eu sou novo aqui e Vc também, mas pelos vistos já há aqui quem conheça de gingeira esse tipo de discurso.
Eu sei que Vc gostava que nós vivessemos num paraíso de preferência soviético ou então num paraíso estilo xiita, mas pronto...há quem não goste! e eu sou um deles!

Agora comparar hiroxima e a 2ª guerra mundial com os trabalhinhos sujos dos seus amiguinhos árabes....

T :toto: enha dó!
Título:
Enviado por: palms em Maio 07, 2004, 04:19:25 pm
Meu caro Rui Elias

Olhe que não é só o Euro... que tem poder de fogo!

Os argumentos (tristes) já são conhecidos!

Quanto ao poder de fogo, deixe estar que eu também o tenho!!

Abração!
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 07, 2004, 04:21:49 pm
Ò palms, tenha calma e não fale da casa do tio Saraiva, senão correm com  a malta daqui para fora em três tempos.

Olhe que o liberal não é de esquerda 8)  (ou pelo menos diz que não é).

Cumprimentos.

Então o garrafão do Mango, nunca mais chega?
Título:
Enviado por: emarques em Maio 07, 2004, 04:31:22 pm
E nós hoje em dia nem imaginamos a quantidade de muçulmanos que os portugueses mataram ao atacar e afundar as "naus de Meca". Somos uns monstros, não temos autoridade moral para falar de ninguem. :roll:

Se os americanos quisessem mesmo matar civis, não se ficavam por 10 ou 20 mil. (já agora, alguém tem uma fonte para os números de baixas iraquianas, ou debita-se o primeiro número que nos vem à cabeça?)

Outra coisa curiosa é que quando os americanos acertam num civil, são uns monstros assassinos. Quando um heróico combatente pela liberdade mata um civil com um carro-bomba, é óbvio que era um malvado colaboracionista, porque toda a gente sabe que um carro-bomba é uma munição de precisão como nem os americanos têm.
Título:
Enviado por: palms em Maio 07, 2004, 04:36:05 pm
Um exército como o exército americano com o poder de fogo que tem, se quisesse matar civis era fácil! bastava desencadear meia dúzia de ataques aéreos em força e arrumavam logo com a questão!

Agora é óbvio que andama  fazer tudo por tudo para poupar civis mesmo que isso lhes custe homens!
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 07, 2004, 04:38:58 pm
Citação de: "emarques"
Se os americanos quisessem mesmo matar civis, não se ficavam por 10 ou 20 mil. (já agora, alguém tem uma fonte para os números de baixas iraquianas, ou debita-se o primeiro número que nos vem à cabeça?)


emarques, eu conheço este site:

http://www.iraqbodycount.net/

Mas não sei se o mesmo é confiável.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 07, 2004, 04:59:46 pm
Citação de: "emarques"
Se os americanos quisessem mesmo matar civis, não se ficavam por 10 ou 20 mil. (já agora, alguém tem uma fonte para os números de baixas iraquianas, ou debita-se o primeiro número que nos vem à cabeça?)

É exactamente isto. É algo que alguns dos nossos companheiros de fórum, cegados por um uniletelarismo preocupante, não entendem.

Citar
Se bem entendo, você não considera crimes de guerra os massacres em massa e deliberados de civis japoneses e alemães (a distinguir de baixas colaterais causadas por ocasião de ataques a objectivos legítimos...) que causaram mais de um milhão de mortos.

Europatriota, claro que, em certos casos ( não todos ) considero que as decisões tomadas foram incorrectas. Mas tem de analisar coerentemente os factos à luz da época em que ocorreram e não na época em que o senhor vive agora.

O que eu não compreendo, e condeno veemente, é a forma como algumas pessoas não aceitam o meio-termo da questão e, munidas de um anti-americanismo imenso, referem apenas, ignorantemente, os factos por estes provocados mesmo sem se aperceberem que todos nós ( falo de europeus e árabes ) fizemos acções sem comparação. Bastantes piores.
Nunca vejo ninguém condenar o Blitz britânico ou os horrendos bombardeamentos efectuados com  pulgas infectadas com peste feitos pelos japoneses. Contudo já critica os bombardeamentos de Dresden e de Hiroshisma, que, longe de serem louváveis e correctos, foram consequência de uma guerra provocada pelas potências do eixo que, como sabe, cometeram atrocidades bastante piores. Eu não defendo, nem nunca defendi os ataques que referiu, mas acho de uma perfeita falta de respeito olhar apenas para um dos lados da questão.

Eu que defendo Jonh Kerry. Eu que defendi que a guerra do Iraque estava errada ( existiam outras formas de retirar Saddam do poder ) consigo descernir, sem radicalismos, sobre um facto. Não entendo o porquê das vossas afirmações.
Afinal de contas, segundo vossa excelência, os Estados Unidos são a fonte de todo o mal e ganância do mundo.

Citar
Acha que os EEUU têm autoridade moral para falar de leis da guerra, de direitos humanos e de terrorismos ?


Muito sinceramente penso que têm. Pelo menos muito mais do que você e eu.

Com os melhores cumprimentos.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 15, 2004, 07:47:15 pm
TSF:

Citar
IRAQUE
Confrontos em Mossul, Bassorá e Nassíria
Os ataques sucedem-se no Iraque. Mossul, Bassorá e Nassíria são as cidades que, esta manhã, sobressaem no mapa da guerra. As baixas nos combates situam-se do lado iraquiano.  

  Um ataque com um morteiro atingiu esta manhã o edifício onde é feito o recrutamento para o novo exército, em Mossul. Quatro iraquianos foram mortos, 17 ficaram feridos.
Os soldados britânicos foram alvo de mais uma emboscada, em Bassorá. O ministério britânico da Defesa informou já que as suas forças mataram 16 milicianos, dois soldados ficaram feridos.
Em Nassíria, perto da zona onde estão os militares da GNR, soldados italianos envolveram-se em confrontos violentos na noite passada com elementos das milícias xiitas radicais. Os soldados italianos não sofreram quaisquer baixas.
 


Parece que os seguidores de Al Sadr controlam alguns pontos da cidade de Nassiria. A GNR encontra-se aquartelada em Talil a 7km de Nassiria.
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Maio 17, 2004, 04:16:39 pm
Bem e a minha vez de expressar a minha opiniao! Apenas uma chamada de atençao: eu nao li o todas as mensagens e fiquei sensivelmente a meio e outra coisa: tenho apenas 15 anos! Se disser asneira digam! :)  O que so e bom!

Mas agora a invasao foi concretizada e depois de 20 dias de guerra a vitoria foi da coligaçao! Agora que a invasao foi feita acho que a coligaçao nao deve deixar o trabalho dificil por fazer e como tal deve permanecer no Iraque por mais uns mesitos! Outro facto importante e que e estremamente importante que se consiga um mandato da ONU! A administraçao Bush esta a cometer um erro muito grave ao rejeitar o apoio das Naçoes Unidas e os resultados estao a vista: A Polonia reduz o contigente militar estacionado no Iraque, a Espanha, as Honduras, a Republica Dominicana e a Noruega batem retirada! Quantas mais naçoes estiverem no Iraque melhor mas sem o mandato nao sei se estas vao querer la ficar... claro acho Portugal deve permanecer e cumprir o que "prometeu"!

Sem querer ser xenofobo (e assim que se escreve nao e?) acho que essas pessoas e esses fanaticos que andam armados em soldados com AK-47 e RPGs a atacar a coligaçao , que relembremos, nao sao ocupantes, apenas querem ajudar, deviam levar ainda mais porrada! E como alguns aqui no forum dizem: pau nessa gente e com força! Acho muito estupido que uma pessoa controle uma populaçao usando como argumentos a religiao e convocando "Jihads" contra a coligaçao e o ocidente! Esses fanaticos so querem poder e mais poder! Mesmo que matem o proprio povo! Sem duvida a administraçao Bush tambem cometeu erros como foi o caso dos prisioneiros iraquianos! Passando a frente concordo que se tem de conquistar os coraçoes do iraquianos! Mas o pior de tudo e que basta uma pessoa chamar uma guerra santa e vai tudo a correr para casa, agarrar numas espingardas automaticas e nums lança-foguetes e começar a queimar bandeiras americanas e atacar tudo o que nao seja arabe! Portanto e acabar com esses tipos que sinceramente ja metem nojo ao nojo!

P.S. --  Penso que a França nao foi para o Iraque porque receava ataques terroristas ate porque vivem cerca de 4 milhoes de Arabes na França! A Alemanha tambem conta com 3 milhoes!
Título:
Enviado por: dremanu em Maio 17, 2004, 04:44:12 pm
[PT]HKFlash:

Falaste muito bem!  :D
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 17, 2004, 04:48:47 pm
Só uma correcção:

As Honduras e a Rep. Dominicana apenas retiraram pois a sua base de apoio, o contingente espanhol, teve de retirar.

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 17, 2004, 09:16:58 pm
Muito bem [PT]HKFlash, deves ser o caçula do fórum. :wink:
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 17, 2004, 09:24:55 pm
Citar
P.S. -- Penso que a França nao foi para o Iraque porque receava ataques terroristas ate porque vivem cerca de 4 milhoes de Arabes na França! A Alemanha tambem conta com 3 milhoes!


A leitura que faço é que essas razões foram muito mais complexas e têm mais a ver com razões de ordem geo-estratégica do que de moralidade :: pelo menos no caso da França: estamos a falar de um país que não teve problemas em afundar um barco da Greenpeace...


Ou será que também alinhas na corrente do " os franceses são um povo de covardes que nunca ganhou uma vitória militar e que se borram de medo ao ouvir o som dos tiros" ?

Cumptos
Título:
Enviado por: europatriota em Maio 17, 2004, 09:41:29 pm
HK/Flash

Pois e, es novo e nao pensas... quem tem o direito de decidir se tropas estrangeiras sao ou nao tropas de ocupacao, e exclusivamente o povo ocupado e nao o exercito de ocupacao, certo ? Assim, na Franca de 44 os americanos nao eram ocupantes porque os franceses os desejavam.

Mas, no Iraque todos os observadores sabem que 90% da populacao, pelo menos, os odeia (quanto mais nao seja por causa do apoio a repressao dos palestinianos e pelas torturas e massacre de milhares de iraquianos ...) e deseja a sua saida imediata. Logo, sao ocupantes e sairao a bem ou a mal...

Alias ja devia ter havido eleicoes democraticas que darao a vitoria esmagadora a resistencia . E Al Sadr ganha/las/a facilmente...
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 17, 2004, 09:49:09 pm
Citação de: "europatriota"
HK/Flash

Pois e, es novo e nao pensas...


Peço desculpa caro europatriota, mas eu não consigo ver a idade do utilizador HKFlash nos post´s dele. O senhor consegue? Ah maravilhoso! Por favor, diga-me como o faz!
Título:
Enviado por: komet em Maio 17, 2004, 09:51:44 pm
Interessante de facto, para quê ter medo dos resultados das eleiçoes? Se em 1940 por alguma razão os aliados tivessem conseguido ocupar a Alemanha, total ou parcialmente, e dessem a escolher às pessoas, por modo de eleiçoes livres, com formação de partidos que não o Nazi, tenho quase a certeza que o partido NS teria muitos bons resultados e Hitler subiria, de novo, ao poder por ter ganho democraticamente, como defende.

Lembre-se que a opinião dos eleitores pode estar envenenada por muita coisa, e podem não estar a escolher o que é melhor para si. Aí entra outra questão, qual é a legitimidade que temos em decidir o que é bom para quem? E se essas pessoas não se importam de viver numa ditadura religiosa? Não me compete a mim nem ninguém decidir.
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 17, 2004, 09:56:03 pm
Não podia ter dito de melhor forma Komet!

É por isso que o Iraque não está pronto para ocorrer uma transferência de soberania dia 30 de Junho. Seria o caos total...

Cumptos
Título:
Enviado por: emarques em Maio 17, 2004, 10:37:01 pm
Ricardo, o HKFlash disse que tem 15 anos... :)
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 17, 2004, 10:38:48 pm
Citação de: "emarques"
Ricardo, o HKFlash disse que tem 15 anos... :oops:  :oops:  :oops:  :oops:
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 18, 2004, 05:34:23 pm
DN

Citar
Forças da GNR em Nassiriah escapam ilesas a fogo inimigo
A. R.
Militares da GNR em Nassiriah estiveram na madrugada de ontem debaixo de fogo, mas puderam regressar ao quartel de Tallil, 20 quilómetros a sudoeste da cidade, sem problemas de maior. Ao contrário dos portugueses, os carabinieri italianos estiveram envolvidos em combate e um deles, o cabo Matteo Vanzan, acabou por não resistir aos ferimentos, morrendo no hospital de campanha.

Os elementos do sub-agrupamento Alfa não participaram directamente nos combates que resultaram na morte de 16 iraquianos, alguns deles pertencentes às milícias de Moqtada Al-Sadr. Só os italianos combateram as milícias, tendo sofrido, além da morte de Vanzan, mais cinco feridos.

Os homens da GNR participaram apenas numa operação de reforço de segurança perto do quartel-general de Libeccio, situado mesmo no centro da cidade.

«Nos principais incidentes que resultaram nos ferimentos graves e na posterior morte do soldado italiano não houve envolvimento de militares portugueses. Mais tarde houve uma missão fora do quartel e essa sim esteve sujeita a algum fogo», disse ao DN o capitão Tavares Belo da GNR, mas «nenhum desse fogo atingiu portugueses».

A situação de segurança tem vindo a deteriorar-se nos últimos dias em Nassiriah, principalmente no centro e norte da cidade. No sul, onde fica o quartel-general dos portugueses, tudo tem estado mais calmo. Embora esta não tenha sido a primeira vez que dispararam contra as forças da GNR.

Os problemas «agudizaram-se nos últimos dias no centro e norte de Nassiriah», explica o capitão Tavares Belo, principalmente devido ao aumento da hostilidade das milícias em relação ao Governo local, que se encontra sob forte pressão.

As milícias xiitas usaram morteiros e armas automáticas para enfrentar as tropas italianas que comandam a força da coligação na cidade. E chegaram a atacar a coluna de transportes onde viajava Barbara Contini, a chefe dos carabinieri em Nassiriah.

Durante a manhã de ontem, um avião de combate da coligação atacou uma coluna de cinco veículos das milícias xiitas, afirmou à imprensa o chefe adjunto das operações militares da coligação. «Calculamos que 20 inimigos foram mortos nestas operações», adiantou o general Mark Kimitt.


Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Maio 19, 2004, 12:42:00 pm
Citar
Ou será que também alinhas na corrente do " os franceses são um povo de covardes que nunca ganhou uma vitória militar e que se borram de medo ao ouvir o som dos tiros" ?

Cumptos

Negativo! :?  Foram derrotados na 2ª guerra mundial e na guerra da Indochina! Foram ainda expulsos e derrotados na Argélia mas este caso é especial já que os franceses que combatiam os argelinos eram sobretudo forças paramilitares pois o presidente Gaulle não permitiu a entrada do exercito francês na Argelia! No entanto alguns oficiais de alta patente foram para a Argélia por vontade própria!

Mas na 2ª guerra mundial fica provado que os franceses não se deixam derrotar e não são covardes nenhums!(se forem atacados nos seus territórios) A resistência foi intensa nos territórios ocupados pelos alemães! Mais: a forças livres francesas combaterem no Norte de Africa, Itália e França! Devemos ainda relembrar que estes sofreram uma facada nas costas quando os britânicos fugiram em 1940, deixando milhares de soldados franceses para trás e ainda por cima eram soldados muito bons! Toda a gente sabe que os alemães jamais conseguiriam atravessar a linha de maginot e optaram por uma táctica covarde através das Ardenas!

PS: obrigado por me tratares por "tu" Spectral  :wink:

Citar
Pois e, es novo e nao pensas...


É lamentável que continuem a existir pessoas a avaliar outras pela idade...
Título:
Enviado por: emarques em Maio 19, 2004, 04:02:37 pm
Citar
Devemos ainda relembrar que estes sofreram uma facada nas costas quando os britânicos fugiram em 1940, deixando milhares de soldados franceses para trás e ainda por cima eram soldados muito bons!

Não foi bem assim. Os britânicos não deram facada pelas costas nenhuma, limitaram-se a retirar de uma posição impossível antes de ser aniquilados. Um pouco como o Paulus devia ter feito em Estalinegrado quando o von Mannstein lhe dizia que furasse as linhas soviéticas em direcção ao ataque dele.

Na verdade, a culpa de que as forças britânicas e francesas fossem apanhadas em Dunquerque foi do alto comando francês. Não quer dizer que os comandantes ingleses fossem muito melhores, mas foi o plano de defesa francês que deixou um buraco por onde os alemães entraram. E os soldados franceses não foram abandonados em Dunquerque, também foram transportados para Inglaterra.

Citar
Between 27th May and 4th June, 1940, a total of 693 ships (39 Destroyers, 36 Minesweepers, 77 trawlers, 26 Yachts and a variety of other small craft) brought back 338,226 people back to Britain. Of these 140,000 were members of the French Army. All heavy equipment was abandoned and left in France.

de http://www.spartacus.schoolnet.co.uk/2WWdunkirk.htm (http://www.spartacus.schoolnet.co.uk/2WWdunkirk.htm)
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 19, 2004, 06:34:22 pm
Exacto emarques.

Já agora os Franceses VENCERAM a 2ª Guerra Mundial.
No final da guerra, o flanco sul do dispositivo aliado era o II Exército Francês sobre o comando do general de Lattre.

E o tanque Leclerc não tem esse nome por um capricho qualquer...


Cumptos
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Maio 20, 2004, 11:24:59 am
Citar
Na verdade, a culpa de que as forças britânicas e francesas fossem apanhadas em Dunquerque foi do alto comando francês.

Não concordo! Existiam dois comandos a defender a França: o Britânico e o Francês,  e o responsavel pela fronteira com a Bélgica era o comando Inglês nao o Francês (este estava a proteger a linha de maginot)! O comando inglês achou por pura estupidez, que os alemães nao iriam tentar invadir a frança através das Ardenas, já que este terreno não era apropriado para um grande exercito, e deixaram uma defesa muito fracas naquele local! Foi fácil aos nazis atravessarem aquela "linha" defensiva até porque o exercito aliado que estava estacionado no norte de França avançou para a Belgica com o objectivo de capturar pontes sobre os rios belgas e ajudar o exercito belga! De qualquer maneira os aliados só se mantiveram na defensiva permanente quando a Polonia foi invadida! A operação jupiter foi levada a cabo na Noruega pelos aliados! :)

Citar
Of these 140,000 were members of the French Army. All heavy equipment was abandoned and left in France.


Isso é alguma coisa? Vocês sabem quantas tropas belgas, holandesas, inglesas e francesas estavam no continente? Mais de 3 milhões...
Título:
Enviado por: emarques em Maio 20, 2004, 03:10:47 pm
Citar
Existiam dois comandos a defender a França: o Britânico e o Francês, e o responsavel pela fronteira com a Bélgica era o comando Inglês nao o Francês (este estava a proteger a linha de maginot)!


Então como é que o 1º Exército Francês foi embolsado em Lille? A Força Expedicionária Britânica estava ligada ao 1º Grupo de Exércitos francês, que foi colocado na Bélgica. Acho que o Reino Unido e a França já tinham de certa forma compreendido o erro da falta de um comando unificado durante a 1ª GM. De qualquer forma, com uma força expedicionária de 250.000 os britânicos não podiam defender a Bélgica sozinhos. A fronteira das Ardenas não estava completamente negligenciada, duas divisões de infantaria francesas estavam na área. Só que isso não era de forma alguma suficiente para parar as divisões blindadas. Os planos de guerra franceses previam todos os cenários desde um ataque frontal na sua fronteira, um ataque pela Suíça, um ataque pela Bélgica à lá Schlieffen... mas nunca um ataque pelas Ardenas.

Os ingleses tiraram de Dunquerque toda a gente que puderam (e ainda assim perderam 50.000 dos seus soldados). O facto de os aliados terem milhões de tropas em França não significa que tivessem sido todos embolsados em Dunquerque (como eu disse, o 1º Ex. Francês estava preso em Lille, por exemplo). Uma boa parte das forças aliadas ficou do outro lado do avanço alemão, os belgas e os holandeses renderam-se. Os ingleses retiraram as forças de Dunquerque para as voltar a colocar em França, mas primeiro tinham que os re-equipar. Só que os franceses não levaram muito tempo a render-se, e os alemães começaram a planear a Operação SeeLöwe em cima do joelho.
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Maio 20, 2004, 04:30:24 pm
Lá vamos nós para o Off Topic mas enfim, continuemos:

Citar
Então como é que o 1º Exército Francês foi embolsado em Lille? A Força Expedicionária Britânica estava ligada ao 1º Grupo de Exércitos francês, que foi colocado na Bélgica.

Ok, cá está uma interpretação errada da minha informação. Eu não disse que os ingleses estavam sozinhos! :oops:  Mas você não se lembra que a maioria dos caças da RAF ficou em Inglaterra?! E que os hurricanes ingleses foram destruidos no solo? A presença da RAF na França era baixa, logo a força aerea francesa não conseguiu aguentar e patrulhar toda a linha da frente! Relembremo-nos que linha da frente foi desde o Mar do Norte até a Suiça e não até ao flanco da linha de Maginot! Era uma aerea enorme, e a Força Aerea Francesa não possuia aviões (caças neste caso) para manter CAP(Combat Air Patrol) em todo este território! Os Stukas alemães estavam constantemente a dar dores de cabeça aos comandantes dos Exercitos aliados como o General Gaulle relatou!

Outro aspecto é que houve unidades francesas e inglesas que conseguiram repelir unidades alemãs mantendo-as á defesa parada(nenhum atacava)!

Espero ter sido consiso na minha opinião porque não vou voltar a abordar este assunto...
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 20, 2004, 07:20:37 pm
Vá vamos a continuar a debater isto... Está a ser interessante...  :wink:

Citar
Mas você não se lembra que a maioria dos caças da RAF ficou em Inglaterra?!

Não é bem assim. Os esquadrões da linha da frente da RAF estavam todos no teatro de operações e sofreram perdas desastrosas.


Citar
Outro aspecto é que houve unidades francesas e inglesas que conseguiram repelir unidades alemãs mantendo-as á defesa parada(nenhum atacava)!


De Gaulle contra-atacou com a sua divisão blindada, conseguindo parar o avanço alemão e fazer as suas colunas avançadas retroceder. Pena que não houvessem forças de infantaria nas redondezas para explorar o sucesso.

Já agora, nem todas as divisões inglesas conseguiram reagrupar-se em Dunquerquee. Houve duas que ficaram separadas do corpo principal, e acabaram a defender Calais e Havre no assalto final alemão à França.


Cumptos
Título:
Enviado por: komet em Maio 20, 2004, 08:55:43 pm
Citar
e a Força Aerea Francesa não possuia aviões (caças neste caso) para manter CAP(Combat Air Patrol) em todo este território!


Na verdade, e contra aquilo que a maior parte das pessoas pensam, só a França possuía cerca de 1100 aviões (quase 600 dos quais, caças) prontos a voar em 1940, contra os cerca de 500 dos restantes aliados e +-3300 da Luftwaffe.

Mais informaçao: http://www.airpower.maxwell.af.mil/airc ... kland.html (http://www.airpower.maxwell.af.mil/airchronicles/aureview/1985/sep-oct/kirkland.html)
Título:
Enviado por: [PT]HKFlash em Maio 21, 2004, 12:49:07 pm
Ok Spectral se assim o queres continuemos  :wink:

Citar
Não é bem assim. Os esquadrões da linha da frente da RAF estavam todos no teatro de operações e sofreram perdas desastrosas.

Garanto-lhe que a maioria dos caças da RAF não saiu de inglaterra! Já li isso varias vezes :)
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 21, 2004, 06:11:35 pm
Vou abrir uma nova thread sobre a 2ªGM para continuar a discussão.  :wink:
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 21, 2004, 08:08:48 pm
GNR evita possivel atentado contra a sua base no Iraque.

Ao que parece 2 individuos armados foram detidos quando estavam já perto da base de Talil, os militares da GNR detectaram-nos e foram em sua perseguição enquanto estes tentavam fugir.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 21, 2004, 10:43:13 pm
Aqui está a noticia do post anterior, afinal eram 6.

SIC

Citar


GNR evita possível atentado

Militares portugueses no Iraque detêm seis suspeitos

AFP  

Os militares da GNR no Iraque detiveram seis homens armados que estariam a preparar um ataque às instalações da base de Talil, onde estão destacados. O caso, que aconteceu ontem, foi revelado esta sexta-feira pelo Comando Geral da GNR.


"Cerca das 12h45 (hora do Iraque) de quinta-feira, verificou- se um movimento suspeito nas imediações da base da brigada italiana, em que se integra o contingente português", disse o capitão Tavares Belo, do Gabinete de Relações Públicas da GNR.

"Um grupo de militares da GNR deslocou-se ao local, tendo surpreendido seis homens na posse de diverso armamento de guerra. Quatro encontravam-se numa viatura e dois tentavam fugir", acrescentou, em declarações à agência Lusa.

De acordo com Tavares Belo, tudo indica que os suspeitos estariam ”a organizar um ataque à base da brigada italiana” das forças da coligação.

Os 120 militares da GNR estão integrados na brigada italiana em Nassíria, no sul do Iraque. As suas habituais missões são acompanhar missões humanitárias, fazer patrulhamento apeado ou motorizado e proteger comboios humanitários.

Com Lusa