Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro

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COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS



A Brigada de Operações Especiais (Bda Op Esp) foi criada por meio do Decreto Presidencial nº 4.289, de 27 de junho de 2002,  como parte do Projeto de Reestruturação da Força Terrestre e, recentemente, a Portaria do Comandante do Exército nº 142, de 13 de março de 2013, alterou a sua designação para Comando de Operações Especiais (C Op Esp).

Com sede em Goiânia-GO, o C Op Esp é subordinado ao Comando Militar do Planalto (CMP), estando vinculado para fins de preparo e emprego ao Comando de Operações Terrestres (COTER). Suas Organizações Militares orgânicas integram a Força de Ação Rápida Estratégica e apoiam as operações de todos os Comandos Militares de Área do Exército Brasileiro.

O C Op Esp é estruturado pelas seguintes unidades subordinadas: 1º Batalhão de Forças Especiais (1º BFEsp), 1º Batalhão de Ações de Comandos (1º BAC), 1º Batalhão de Operações de Apoio à Informações (1º BOAI), Batalhão de Apoio às Operações Especiais (B Ap Op Esp), Base Administrativa do Comando de Operações Especiais (B Adm C Op Esp), Companhia de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (Cia DQBRN) e 6º Pelotão de Polícia do Exército (6º Pel PE), todas localizadas em Goiânia-GO, e, ainda, o Centro de Instrução de Operações Especiais (C I Op Esp), localizado no Forte Imbuy, Niterói-RJ e a 3ª Companhia de Forças Especiais (3ª Cia F Esp), localizada em Manaus-AM.









































« Última modificação: Março 22, 2016, 02:46:48 pm por Vitor Santos »
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #1 em: Junho 04, 2016, 10:37:47 am »
Comando de Operações Especiais / Comandos - Forças Especiais (F.E)























 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #2 em: Junho 17, 2016, 03:39:05 am »
COMANDOS  - 1º Batalhão de Ações de Comandos (1º BAC)







































« Última modificação: Junho 17, 2016, 03:41:41 am por Vitor Santos »
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #3 em: Junho 28, 2016, 12:18:15 pm »
http://orbisdefense.blogspot.pt/2016/06/o-centro-de-instrucao-de-operacoes.html?m=1

Estágio de Caçador de Operações Especiais de 2016

Após seis semanas intensas de atividades, encerrou no dia 10 de Junho o Estágio de Caçador de Operações Especiais, conduzido pelo Centro de Instrução de Operações Especiais – Centro de Instrução Coronel Gilberto Antônio Azevedo e Silva (CIOpEsp), Estabelecimento de Ensino do Exército Brasileiro responsável por formar os recursos humanos do Comando de Operações Especiais (COpEsp). A atividade foi conduzida em um ambiente conjunto e interagências, contando com instrutores não só do Exército Brasileiro, como também da Marinha do Brasil.

Por se tratar de um Estágio voltado exclusivamente para o segmento de Operações Especiais das Forças Armadas e Auxiliares, a condição precípua para realizar a atividade é possuir o Curso de Ações de Comandos, do Exército Brasileiro, ou curso congênere das Forças Armadas e Auxiliares. Toda a atividade de ensino foi direcionada para a execução das habilidades do caçador e seu emprego operacional, sob a égide dos fundamentos doutrinários das Operações Especiais. O fato de possuir alunos e instrutores dos diversos segmentos de Operações Especiais do país engrandeceu a carga de conhecimento e troca de informações por todos os envolvidos na atividade.

O Centro de Instrução de Operações Especiais é a referência nacional no ensino da atividade do Caçador de Operações Especiais. Devido a larga experiência do seu corpo de instrutores, seja pelo emprego nas diversas missões do COpEsp, integrando o pioneiro Destacamento de Reconhecimento e Caçadores do 1º Batalhão de Ações de Comandos, seja nas diversas outras missões em que a especialidade do caçador foi necessária, a experiência prática da atividade também é passada aos alunos. O DRC é a primeira fração constituída do Exército Brasileiro organizada e habilitada doutrinariamente para as missões do Caçador de Operações Especiais. O fato dos instrutores do CIOpEsp terem passado pelo DRC eleva o nível técnico do Estágio.







FONTE:  http://www.forte.jor.br/2016/06/27/operacoes-especiais/
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #5 em: Julho 19, 2016, 07:40:38 pm »
Forças de segurança realizam exercício de enfrentamento a ameaças terroristas em estação de trem no Rio de Janeiro





































FONTE: http://orbisdefense.blogspot.com.br/2016/07/forcas-de-seguranca-realizam-exercicio_17.html
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #6 em: Julho 27, 2016, 07:42:03 pm »
Simulação antiterrorista em estação do metrô de São Paulo

São Paulo (SP) – Na madrugada de 20 de julho, o Comando de Defesa de Área (CDA) São Paulo realizou uma simulação de ação terrorista com reféns na Estação Paraíso, do metrô de São Paulo. A atividade teve o objetivo de adestrar os militares da Força-Tarefa de Operações Especiais do Batalhão de Ações de Comandos (FT BAC) em ações de prevenção e enfrentamento ao terrorismo. Na Estação, circulam, em média, 225 mil usuários durante o período de atividade comercial.

A simulação envolveu 15 figurantes e 100 militares da FT BAC e do 8º Batalhão de Polícia do Exército. O “kit-simulação” utilizado na atividade permitiu que o adestramento ocorresse sem danos colaterais aos participantes.

Dos militares empenhados na missão, 60 são oriundos de Goiânia (GO) e ficarão em São Paulo até o término dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Eles estão capacitados a realizar ações de resgate de reféns em qualquer tipo de ambiente, em razão do treinamento especializado e do material de alta tecnologia com que são dotados. O Rio de Janeiro e as outras cidades-sede do futebol Olímpico terão os mesmos meios de defesa e de combate ao terrorismo.



















FONTE: http://exercito-rio2016.eb.mil.br/web/ccpct/-/comando-de-defesa-de-area-realiza-simulacao-de-acao-terrorista-em-estacao-de-metro-de-sao-paulo?inheritRedirect=true&redirect=%2F
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #7 em: Agosto 01, 2016, 08:39:29 pm »


 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #8 em: Agosto 02, 2016, 04:19:18 pm »
CDA Brasília faz simulação antiterror no Metrô



Brasília (DF) – No contexto das ações de segurança dos Jogos Rio 2016, o Coordenador de Defesa de Área de Brasília realizou, no dia 28 de julho, uma simulação de ação terrorista com reféns na Estação Central do Metrô. A atividade teve como objetivo adestrar os militares da Força-Tarefa de Operações Especiais do Batalhão de Ações de Comandos para ações de prevenção e enfrentamento ao terrorismo, em conjunto com o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar.

O evento contou com a presença de agentes do Corpo de Segurança Operacional da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Comissão Nacional de Energia Nuclear do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Houve, ainda, a participação da Equipe de Negociação da Marinha do Brasil, tropas da Força Planalto e integrantes da Companhia de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQRBN). Ao todo, mais de 300 militares participaram do treinamento.











FONTE: http://exercito-rio2016.eb.mil.br/web/ccpct/-/comando-militar-do-planalto-treinamento-antiterror-no-metro?inheritRedirect=true&redirect=%2F
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #9 em: Agosto 10, 2016, 03:38:24 am »
Novas submetralhadoras 9x19mm para as Forças Especiais / Sai a Heckler & Koch MP5SD e entra a Heckler & Koch UMP






FONTE: http://www.defesaaereanaval.com.br/novas-submetralhadoras-9x19mm-para-as-forcas-especiais/
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #10 em: Setembro 16, 2016, 08:26:54 pm »
Forças de Operações Especiais fazem adestramento

Rio de Janeiro (RJ) – Militares do Comando de Operações Especiais (C Op Esp) estão em constante adestramento para atuar durante os Jogos Rio 2016, em caso de ataques terroristas ou com agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares.

A equipe de Comunicação Social do CDS Deodoro acompanhou a atividade de uma Força-Tarefa de Operações Especiais, composta por elementos do 1º Batalhão de Forças Especiais e do 1º Batalhão de Ações de Comandos, realizada no Forte do Camboatá, em Guadalupe, antiga sede das Forças Especiais do Exército Brasileiro. A ação consistiu numa progressão em ambiente rural e urbano, focando, sobretudo, na ação de choque contra grupos terroristas. 

A preparação das Forças de Operações Especiais (F Op Esp) iniciou-se em meados de 2015, sendo que, nos últimos seis meses, de forma contínu e com a Aviação do Exército, as F Op Esp estão de prontidão para qualquer eventualidade nos Jogos Rio 2016.





























FONTE: http://exercito-rio2016.eb.mil.br/web/ccpct/-/as-forcas-de-operacoes-especiais-do-exercito-nos-jogos-rio-2016?inheritRedirect=true&redirect=%2F
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #11 em: Outubro 07, 2016, 06:18:04 pm »
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #12 em: Outubro 12, 2016, 08:05:26 pm »
Comando de Operações Especiais – Passagem de Comando

Goiânia (GO) – O Comando de Operações Especiais (COpEsp) realizou, no dia 27 de setembro, a solenidade de passagem de comando. A cerimônia contou com a presença do Comandante Militar do Planalto, General de Divisão Luiz Carlos Pereira Gomes, que presidiu a transmissão do cargo do Comandante de Operações Especiais.
 
O General de Divisão Mauro Sinott Lopes, atual comandante, assumiu o Comando de Operações Especiais em 14 de abril de 2015 e transmitiu o cargo ao General de Brigada Sérgio Schwingel.
 
O evento constou da inauguração do retrato do ex-comandante, de uma solenidade militar e uma demonstração de Salto Livre Operacional.





FONTE: http://www.copesp.eb.mil.br/index.php/ultimas-noticias/95-comandante-de-operacoes-especiais/198-comando-de-operacoes-especiais-realiza-passagem-de-comando

 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #13 em: Dezembro 15, 2016, 01:25:18 pm »
A MÃO OCULTA QUE SEGURA O PUNHAL: Histórico das Forças de Operações Especiais do Exército Brasileiro (Parte 1)

Texto elaborado por Rodney Alfredo Pinto Lisboa


Militares que participaram do Curso de Operações Especiais 57/1 ministrado pelo CIEspAet (Centro de Instrução Especializada Aeroterrestre [atual Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil]).. (Fonte: Acervo do COpEsp).

No início da década de 1950, o NuDivAet (Núcleo da Divisão Aeroterrestre [denominação da Brigada de Infantaria Paraquedista entre 1953 e 1969]) do EB (Exército Brasileiro), localizado na Colina Longa, Vila Militar, Rio de Janeiro-RJ, cooperou em missões de busca e salvamento decorrentes, predominantemente, de acidentes aéreos. Nessa época, o esforço empregado nesse tipo de operação se baseava, sobretudo, no ímpeto e no espírito de corpo dos membros da tropa. Em 1953, face às dificuldades enfrentadas por ocasião da falta de planejamento, pessoal e meios adequados para a execução de tarefas dessa ordem, a Diretoria de Rotas Aéreas do Ministério da Aeronáutica identificou a necessidade de dispor de mão de obra especializada para conduzir missões de busca e salvamento. A partir dessa percepção, iniciou-se um trabalho conjunto envolvendo a Diretoria de Rotas Aéreas com o NuDivAet, então considerada como a principal unidade de elite do Brasil, com a finalidade de capacitar paraquedistas do EB na conduta de operações dessa natureza.

Por ocasião desta iniciativa, em 1956, atendendo a determinação do General de Brigada Djalma Dias Ribeiro (Comandante do NuDivAet), foi criada uma comissão, formada por integrantes do seu Estado Maior, com o objetivo de estabelecer normas de conduta para procedimentos de busca e resgate. Os trabalhos desenvolvidos pela comissão constituída pelo Major Gilberto Antônio Azevedo e Silva (diretor do Curso de Precursor Aeroterrestre [(atual Curso de Precursor Paraquedista]), pelos Capitães Augusto Vergner de Castro Araújo e Edmar Eudóxio Telesca, além do Tenente Sergio Barcelos Borges, resultaram na criação do Curso de Busca e Salvamento, ministrado pelos instrutores do CIEspAet (Centro de Instrução Especializada Aeroterrestre [atual Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil]).

Nesta época, o Comandante do NuDivAet, devidamente acompanhado de seu Estado Maior e dos instrutores do CIEspAet, realizou uma viagem para os EUA com o objetivo de visitar as unidades paraquedistas estadunidenses em Fort Bragg, Carolina do Norte. Durante essa visita, os brasileiros foram convidados pelo Exército norte-americano a conhecer as OpEsp (Operações Especiais) desenvolvidas pelos Ranger e pelos recém-criados (entre 1952 e 1953) SFG-A (Grupo de Forças Especiais-Aerotransportado [Special Forces Goup-Airborne]).

Impressionado pelas capacidades demonstradas pelas unidades de elite norte-americanas, após retornar ao Brasil o General Djalma decidiu alterar o currículo do Curso de Busca e Salvamento de modo a transformá-lo em um Curso de OpEsp. Assim, valendo-se do conhecimento obtido no exterior, a comissão elaborou a grade curricular do novo curso, que mediante alterações sugeridas pelo Estado Maior do NuDivAet, foi efetivado, em caráter experimental, no dia 2 de dezembro de 1957.

Inicialmente o Curso de OpEsp foi estruturado visando capacitar os alunos, recrutados em caráter de voluntariado, na condução das seguintes tarefas: conquista de pontos chave; golpes de mão (ofensiva executada de surpresa com o intuito de aniquilar uma força inimiga e/ou destruir suas instalações/equipamentos; sabotagens; destruições; socorro e ajuda a populações ameaçadas por catástrofe; coleta de informações; enquadramento e instrução de guerrilheiros; captura de chefes inimigos; busca e salvamento (eventualmente).

Tendo sido nomeado o Major Gilberto como instrutor-chefe do curso, contribuíram para as instruções ministradas oficiais e graduados (sargentos) vinculados ao NuDivAet, bem como militares e civis de notável destaque em seus respectivos segmentos profissionais.




Na época em que foi publicado, o edital de inscrição do curso chamou a atenção de 35 militares paraquedistas, todos atraídos pelo ineditismo e pelas experiências que esse curso de combate poderia agregar em suas carreiras. Onze dos 35 candidatos desistiram antes mesmo de ser iniciada a bateria de exames clínicos e testes físicos requeridos para o ingresso no curso, que foi realizado em dois módulos: 1º Formação de Comando, com carga horária de 392 horas (realizado entre os dias 02/12/1957 e 13/03/1958); 2º Habilitação para Cumprimento de Missões Específicas de OpEsp, com carga horária de 133 horas (realizado entre os dias 02/06/1957 e 04/07/1957).

No relatório elaborado em consequência do progresso do Curso de OpEsp (então designado 57/1) foi proposto a constituição do 1° Destacamento de OpEsp, unidade que seria estruturada em quatro equipes de OpEsp, seção de comando, seção de manutenção e aprovisionamento, e seção de material de comunicações. Conforme proposto no relatório, cada uma das equipes de OpEsp deveria ser composta por nove operadores FE (Forças Especiais) qualificados nos seguintes cursos: precursor paraquedista; dobragem e manutenção de paraquedas e suprimento de ar; engenharia; saúde. Entretanto, ao final do curso, os 15 operadores concluintes (considerados como pioneiros da atividade OpEsp no EB) foram distribuídos pelas diferentes unidades do NuDivAet, permanecendo em condições de serem empregados a qualquer momento.

Tendo por finalidade viabilizar a participação de militares não qualificados como paraquedistas, na transição entre as décadas de 1950 e 1960, ocorreu a criação do Estágio de Comandos na estrutura curricular do Curso de OpEsp. Esse Estágio, ministrado inicialmente como primeira fase dos Cursos de Precursor Aeroterrestre e Operações Especiais, abriria espaço para o desmembramento do Curso de OpEsp de modo a originar (1966) o Curso de Comandos, que também seria administrado pelo CIEspAet.

Por assemelhar-se ao conceito operacional executado pelos SFG-A norte-americanos (caracterizados por lançarem mão, preferencialmente, de métodos de Ação Indireta), em 1964 o termo “Operações Especiais”, empregado até então em referência às atividades análogas desenvolvidas no Brasil, foi alterado para “Forças Especiais”. Assim, em 1967 o curso é realizado pela primeira vez ostentando sua nova denominação (Curso de Forças Especiais).

Posteriormente, a transferência do Coronel Joffre Coelho Chagas (chefe dos cursos de especialização do CIEspAet) para a AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras [estabelecimento de ensino localizado na cidade de Resende-RJ]), ocorrida no decorrer de 1966, possibilitaria o ingresso da temática OpEsp nos estágios de instrução ofertados na escola de formação de oficiais do Exército. Atuando como professor, o Coronel Joffre colaborou na criação do DIEsp (Departamento de Instrução Especializada [atual SIEsp/Seção de Instrução Especializada]), cuja finalidade era promover instruções de combate para os cadetes.

Em 1968, por ocasião de uma Portaria Ministerial datada de 12 de agosto, os Cursos de Forças Especiais e Comandos ministrados pelo CIEspAet foram oficialmente reconhecidos, sendo ativado o DFEsp (Destacamento de Forças Especiais), primeira unidade de OpEsp do Exército Brasileiro. Com sede na Colina Longa, Vila Militar-RJ, essa unidade inicialmente permaneceu sob autoridade do CIEspAet, sendo posteriormente subordinada à BdaAet (Brigada Aeroterrestre [denominação da Brigada de Infantaria Paraquedista entre 1969 e 1971])). Dotado com o valor de uma companhia, o DFEsp encontrava-se estruturado por dois DOFEsp (Destacamentos de Operações de Forças Especiais) e um DstCooCt (Destacamento de Coordenação e Controle), sendo que cada destacamento dispunha de 12 operadores FE (quatro oficiais e oito graduados [sargentos]).



Instalações do NuDivAet (Núcleo da Divisão Aeroterrestre) localizado na Colina Longa, Vila Militar, Rio de Janeiro. (Fonte: Acervo do COpEsp).

FONTE: http://fopesp.blogspot.com.br/2016/08/a-mao-oculta-que-segura-o-punhal.html
 

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Re: Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro
« Responder #14 em: Dezembro 15, 2016, 01:31:39 pm »
A MÃO OCULTA QUE SEGURA O PUNHAL: Histórico das Forças de Operações Especiais do Exército Brasileiro (Parte 2)


Cerimônia de formatura do Destacamento de Forças Especiais (DFEsp) na sede da Colina Longa, Vila Militar-RJ. (Fonte: Acervo do CopEsp).

O batismo de fogo do Destacamento de Forças Especiais (DFEsp) do Exército Brasileiro (EB) ocorreria nos anos iniciais da década de 1970, em um período conturbado da história brasileira, quando as Forças de Defesa do país travaram uma incessante luta doméstica engajando-se nas ação de contraguerrilha levadas a efeito, sobretudo, contra o foco de guerrilha rural localizado na região de fronteira entre os estados de Goiás e Pará. A sucessão de operações realizadas por ocasião das ações de enfrentamento contra a autodenominada Força de Guerrilha do Araguaia (FOGUERA) entre 1972 e 1974 contribuiu substancialmente para que as doutrinas e procedimentos considerados para o combate de adversidades dessa natureza fossem colocados à prova, promovendo a aquisição de uma expertise autóctone que foi incorporada ao portfólio das Operações Especiais (OpEsp) executadas pelas unidades militares de elite do EB. As ações conduzidas pelo DFEsp na região amazônica próxima aos municípios de Marabá, São Geraldo do Araguaia (ambas situadas no Pará) e Xambioá (Goiás), colaborou de forma decisiva para coibir a iniciativa de implementar no Brasil uma revolução socialista nos moldes das revoluções chinesa (1946-1949) e cubana (1953-1959).

Paralelamente ao esforço empreendido no confronto ao movimento guerrilheiro, quadros operacionais do DFEsp contribuíram para a criação de importantes núcleos de formação, como o Curso de Comandos ministrado pelo Centro de Operações na Selva e Ações de Comandos (COSAC [Atual Centro de Instrução de Guerra na Selva [CIGS]), localizado em Manaus-AM, e o Curso de Montanhismo ofertado pelo 11º Batalhão de Infantaria de Montanha (11º BIMth), situado em São João Del Rey-MG.
Especificamente no que se refere ao Curso de Comandos, é importante destacar que sua instituição no COSAC ocorreu como consequência direta da presença de movimentos guerrilheiros na selva amazônica e da necessidade de se empreender operações militares nesse tipo de ambiente. O currículo desse curso inovou ao incluir em sua grade de disciplinas um período de estágio em ambiente de caatinga. No final dos anos 1970, alterações na estrutura de ensino fizeram com que o Curso de Comandos fosse novamente ministrado de forma exclusiva pelo Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil (CIPQDTGPB) vinculado a Brigada de Infantaria Paraquedista (BdaInfPqdt).

Por sua vez, o Curso de Montanhismo teve sua gênese a partir da prática de montanhismo militar realizada no Curso de Operações especiais ministrado pelo CIEspAet (Centro de Instrução Especializada Aeroterrestre [atual CIPQDTGPB]), localizado no Rio de Janeiro-RJ. Na década de 1970, o Curso de Comandos oferecido pelo CIPQDTGPB incorporou em seu currículo uma fase de operações de montanha. Em 1979, o DFEsp foi convidado pelo então comandante do 11º BIMth para prover o reconhecimento da área daquela unidade e a preparação dos diferentes locais onde ocorreriam as instruções do futuro Campo-Escola de Montanhismo (CEMonta), antecessor dos atuais Cursos de Montanhismo ofertados tanto para as tropas do EB, quanto para as demais Forças Singulares e Auxiliares.



Acesso principal do 1º Batalhão de Forças Especiais (1º BFEsp) no Forte do Camboatá, Rio de Janeiro-RJ. (Fornte: Acervo do COpEsp)

Entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980, as autoridades militares brasileiras preocupavam-se com a crescente atividade comunista na região do Caribe. Localizado na região fronteiriça com o Brasil, o Suriname era percebido como eventual ameaça à segurança nacional por estreitar relações com governos latino-americanos de orientação socialista. Por decisão do governo do presidente João Baptista Figueiredo (1979-1985) a solução pragmática encontrada para solucionar essa questão ocorreu com o envio de uma missão diplomática (Missão Venturini [liderada pelo Ministro do Gabinete Militar General-de-Brigada Danilo Venturini]) ao país vizinho com o intuito de persuadir as autoridades surinamenses a se afastar da influência socialista. O caráter sensível da missão diplomática requeria o emprego de uma tropa qualificada e em condições de resgatar seus integrantes em caso de necessidade. Como o EB não dispunha de uma tropa com capacidade para operar em regiões longínquas e com recursos de direção e apoio reduzidos, optou-se por engajar o Para-SAR da Força Aérea Brasileira (FAB) para cumprir essa tarefa. Esse episódio evidenciou a necessidade do EB dispor de uma tropa com tais características, levando o General-de-Exército Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, então Ministro da Guerra, a determinar a realização de um estudo visando a criação de uma unidade com tais requisitos capaz de operar no exterior. Conduzido pelo Coronel Edwar Cavalcante Leite (Estado-Maior do Exército [EME]), assessorado pelo Capitão Rui Monarca da Silveira (Comandante do DFEsp), o trabalho desenvolvido culminou com a criação do 1ºBatalhão de Forças Especiais (1º BFEsp) em agosto de 1983. Como as dependências do CIPQDTGPB não teria condições de alocar o efetivo de um batalhão, a recém-criada Organização Militar (OM) foi transferida da sede da Brigada de Infantaria Paraquedista (BdaInfPqdt) para o Forte do Camboatá, região de Deodoro, no Rio de Janeiro-RJ.



A transferência para o Forte do Camboatá representou um divisor de águas para as OpEsp do EB, uma vez que a OM encontravam-se doutrinariamente enquadradas no EB passando a ter maior demanda por missões com características distintas daquelas executadas pela BdaInfPqdt. Entretanto, o 1º BFEsp permaneceu vinculado à BdaInfPqdt como unidade subordinada, sendo organizado em uma estrutura de Comando e Estado-Maior, uma Companhia de Comando e Serviços (CCSv), uma Companhia de Forças Especiais (Cia FEsp) e uma Companhia de Ações de Comandos (CAC). Esssa estrutura organizacional permaneceria até 1989, quando a unidade passou a contar com uma Companhia de Comando e Serviços, duas Companhias de Forças Especiais (1ª e a 2ª CiaFEsp), cada uma enquadrando um Destacamento de Coordenação e Controle (DCooCt) e quatro DOFEsp, além de uma Companhia de Ações de Comandos, com uma Seção de Comando (SeçCmdo) e quatro Destacamentos de Ações de Comandos (DAC). Nesse mesmo ano o 1º BFEsp assumiria a responsabilidade de administrar os Cursos de Ações de Comandos e de Forças Especiais.