Portugal fecha embaixada em Bagdad

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Portugal fecha embaixada em Bagdad
« em: Março 07, 2007, 09:28:35 pm »
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Iraque: Portugal desactiva embaixada em Bagdad - MNE

Lisboa, 07 Mar (Lusa) - A embaixada de Portugal em Bagdad vai ser desactivada por decisão do Governo, em virtude das difíceis condições de segurança e dos "elevados custos financeiros" que lhe estão associados, revelou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

      O Governo iraquiano foi informado desta decisão de Lisboa através de uma carta do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, ao seu homólogo iraquiano, Hoshiar Zebari, indica um comunicado divulgado pelo MNE.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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« Responder #1 em: Março 07, 2007, 09:36:40 pm »
O colega MaisAlto já tinha colocado esta notícia na área Exércitos/Sistemas de Armas.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Re: Portugal fecha embaixada em Bagdad
« Responder #2 em: Março 08, 2007, 04:33:26 am »
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...A embaixada de Portugal em Bagdad vai ser desactivada por decisão do Governo, em virtude das difíceis condições de segurança e dos "elevados custos financeiros" que lhe estão associados...


Faltou-lhes mencionar o mais importante: a inexistência de retorno do investimento e/da presença portuguesa no dito país.

Se não se ganha nada na "remodulação" do Iraque, para quê arriscar vidas e gastar tostões? Por exemplo, aquelas empresas nacionais de construção que concorreram a sub-empreitadas, ganharam algum concurso? Não me cheira...!


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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typhonman

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« Responder #3 em: Março 08, 2007, 11:36:39 am »
Penso que não p_shadow..
 

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Mar Verde

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« Responder #4 em: Março 08, 2007, 11:51:21 am »
ontem, o jornalista da RTP que fez uma reportagem sobre os GOE em Bagdad há uns meses atrás, comentou que os veículos já tinham sido atingidos várias vezes por snipers e que numa ocasião uma granada foi lançada, fazendo ricochete no para brisas (não percebi se chegou depois a denotar ou não)

creio que havia 2 instalações: Embaixada e Residência do Embaixador, bastante afastadas o que implicava viagens diárias pelas ruas expondo-os a riscos desnecessários ( a maioria das embaixadas parece estar dentro da Green Zone )

concordo com a decisão, não fazia sentido estar a gastar elevadas somas de dinheiro, arriscar a vida dos elementos dos GOE e Embaixada para manter uma missão diplomática da qual não se obtém retorno algum, seja económico ou diplomático
 

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Jorge Pereira

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« Responder #5 em: Março 08, 2007, 12:22:43 pm »
O problema é que em questões de política externa não podemos andar aos zigue- zagues.

Portugal apoiou a deposição do antigo regime iraquiano, enviou para lá tropas, e não é só porque agora as coisas estão “complicadas” que vamos pura e simplesmente fechar uma embaixada.

O sinal que estamos a dar é de que não acreditamos que se irá encontrar uma solução para um problema que ainda por cima contribuímos para o provocar. Estamos também a dizer indirectamente que pouco nos importa as dezenas de pessoas que lá morrem todos os dias.

É uma decisão triste e lamentável, especialmente quando Portugal se prepara para assumir a presidência da União Europeia. Custa-me acreditar como é que diplomaticamente pode existir tanta inabilidade para lidar com um assunto destes.

É arriscado estar por lá? Pois é! Mas penso que os GOE estão preparados para lidar com a situação tendo plenamente consciência dos riscos, e os embaixadores existem não só para assistirem a cocktails!

Se necessário for, reforcem-se os meios, mas fechar pura e simplesmente uma embaixada…
 :roll:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Mar Verde

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« Responder #6 em: Março 08, 2007, 02:22:39 pm »
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Portugal apoiou a deposição do antigo regime iraquiano, enviou para lá tropas,

foi uma posição ambígua...o Presidente não quis lá militares, foi por isso que o Governo enviou a GNR


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O sinal que estamos a dar é de que não acreditamos que se irá encontrar uma solução para um problema que ainda por cima contribuímos para o provocar.

convenhamos que a nossa posição foi tomada baseada em informação manipulada pelos US ( o Durão tb não foi mt inteligente, quem se lembra dele na TV a dizer que tinha visto provas irrefutáveis das WMD ? )

 .... e parece ser bastante provável que não se vai encontrar nenhuma solução tão cedo, pelo que a situação é mais provável que se agrave do que melhore
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É arriscado estar por lá? Pois é! Mas penso que os GOE estão preparados para lidar com a situação tendo plenamente consciência dos riscos, e os embaixadores existem não só para assistirem a cocktails!

a decisão parece ter sido tomada em parte por causa dos relatórios de segurança do GOE.....dadas as actuais condições de praticamente guerra civil, o embaixador não tem condições para fazer nada


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mas fechar pura e simplesmente uma embaixada…
Rolling Eyes


oficialmente foi "desactivada" ... e mantém-se escritório para apoio administrativo na Zona Verde
 

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Lancero

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« Responder #7 em: Março 08, 2007, 03:02:31 pm »
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Iraque: MNE Amado diz que PSD compreenderá razões para desactivar embaixada

Bruxelas, 08 Mar (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou

hoje que a desactivação da embaixada de Portugal em Bagdad se deve a uma situaç ão de segurança "muito delicada" e manifestou-se convicto de que o PSD compreend erá a decisão.  

        Luís Amado falava a jornalistas portugueses em Bruxelas, no dia seguint e ao anúncio da desactivação da embaixada portuguesa na capital iraquiana, consi derada "inaceitável" pelo PSD, que solicitou explicações com carácter de urgênci a na Assembleia da República.

        "Terei oportunidade de dar as explicações que devo dar em sede da comis são de Negócios Estrangeiros do Parlamento e o PSD seguramente vai compreender a s razões que estiveram na base da decisão que tomei", afirmou o chefe da diploma cia portuguesa, à chegada ao Conselho Europeu em Bruxelas, onde hoje se inicia u ma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia.

        Luís Amado sublinhou que a decisão tomada "foi resultante de uma avalia ção feita, seriamente, sobre as condições de segurança, independentemente do cus to financeiro, que era pesadíssimo, que aquela missão representava no actual con texto".

        "Uma vez que a companhia que assegurava a segurança externa da embaixad a deixou o país, ficámos com uma situação de segurança muito delicada. Todos os  relatórios do grupo de operações especiais da PSP que asseguravam a segurança da residência e da embaixada nos alertaram para a situação difícil de segurança em que a missão se encontrava", indicou.

        O ministro disse que, nessa perspectiva, foi tomada a decisão de desact ivar a embaixada "até haver condições para nomear um embaixador residente", e in dicou que a decisão também se enquadra "no âmbito da reestruturação que está em  curso da rede de missões diplomáticas", e que contemplou por exemplo a reactivaç ão da representação em Beirute e o encerramento da embaixada em Manila.

        A representação portuguesa em Bagdad passará a ser assegurada por um em baixador com residência em Lisboa, que cobrirá igualmente outros Estados da regi ão, e que será nomeado "dentro de algumas semanas", indicou Luís Amado, lembrand o que Francisco Falcão Machado já tinha sido indicado para embaixador no México  no âmbito do movimento diplomático decidido ainda pelo anterior ministro, Freita s do Amaral.

        Numa reunião à decisão anunciada pelo governo, o PSD questionara quarta -feira à noite os motivos do encerramento da embaixada portuguesa no Iraque, con siderando que se trata de uma decisão "inaceitável" e "contrária ao interesse na cional", que deverá ser explicada com "urgência" no Parlamento.

        Numa nota enviada à agência Lusa, o vice-presidente do PSD Azevedo Soar es manifestou-se surpreendido com a "decisão incompreensível e inaceitável" de e ncerrar a embaixada portuguesa no Iraque, criticando a intenção do executivo soc ialista de José Sócrates.  

        "Esta decisão do Governo é contrária ao interesse nacional e transmite  um sinal de grande ambiguidade da nossa política externa", lê-se na nota.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Yosy

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« Responder #8 em: Março 08, 2007, 09:48:14 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
O problema é que em questões de política externa não podemos andar aos zigue- zagues.

Portugal apoiou a deposição do antigo regime iraquiano, enviou para lá tropas, e não é só porque agora as coisas estão “complicadas” que vamos pura e simplesmente fechar uma embaixada.

O sinal que estamos a dar é de que não acreditamos que se irá encontrar uma solução para um problema que ainda por cima contribuímos para o provocar. Estamos também a dizer indirectamente que pouco nos importa as dezenas de pessoas que lá morrem todos os dias.

É uma decisão triste e lamentável, especialmente quando Portugal se prepara para assumir a presidência da União Europeia. Custa-me acreditar como é que diplomaticamente pode existir tanta inabilidade para lidar com um assunto destes.

É arriscado estar por lá? Pois é! Mas penso que os GOE estão preparados para lidar com a situação tendo plenamente consciência dos riscos, e os embaixadores existem não só para assistirem a cocktails!

Se necessário for, reforcem-se os meios, mas fechar pura e simplesmente uma embaixada…
 :roll:


Nada está mais longe da verdade: a diplomacia é um ziguezaguiar constante.

Acho muito bem terem fechado a embaixada. Não havia contrapartidas que justificassem o perigo diário do pessoal diplomático e de segurança.
 

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Lancero

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« Responder #9 em: Março 09, 2007, 03:21:09 pm »
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2007-03-09 - 00:00:00

Iraque: Unidade de elite da PSP termina missão em Bagdad

GOE salvou embaixador

Três situações de grande perigo marcaram a missão do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP em Bagdad, capital do Iraque. Destacados para proteger a embaixada portuguesa, após o levantamento sunita que se seguiu à destituição do ditador Saddam Hussein, em 2003, os ‘ninjas’ da PSP chegaram a proteger o embaixador e família do rebentamento de um carro-bomba.

O ataque terrorista ocorreu em meados de 2005. Um veículo ligeiro, carregado com explosivos, aproximou-se a alta velocidade da chancelaria da embaixada portuguesa em Bagdad, desactivada anteontem. No interior, estavam o embaixador e a família.

“A resposta dos 14 operacionais que na altura estavam a guardar a missão diplomática foi pronta. O automóvel acabou por rebentar a menos de 50 metros dos muros da embaixada e por causar somente estragos materiais. Ninguém ficou ferido”, disse ao CM fonte policial.

Durante a restante missão, os elementos do GOE foram colocados à prova em mais duas situações. A primeira teve como protagonistas dois agentes que patrulhavam as ruas envolventes à embaixada. “O blindado usado na patrulha foi alvo de um ataque concertado. Uma granada foi arremessada contra um dos vidros. Novamente se registaram apenas danos materiais num vidro”, acrescentou outro informador.

Já em 2006, duas viaturas do GOE foram alvejadas com tiros de metralhadora. Os agentes voltaram a escapar ilesos.

De resto, nenhum dos 188 elementos do GOE que, desde Janeiro de 2004, prestaram serviço em Bagdad, necessitou de receber assistência hospitalar.

O regresso dos últimos 14 ‘ninjas’ da PSP colocados na embaixada portuguesa na capital iraquiana está marcado para o final deste mês.

O ex-embaixador de Portugal no Iraque, Francisco Falcão Machado, apesar de insatisfeito, afirmou compreender a decisão do Governo de fechar a embaixada, onde trabalhou durante mais de dois anos.

O encerramento ficou a dever-se, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, à situação de grande instabilidade que se vive no país e aos elevados custos com a segurança da representação portuguesa em Bagdad. Ainda assim, o líder do PSD, Marques Mendes, não poupou críticas ao encerramento da embaixada, que considerou “um erro”.

Falcão Machado será o novo embaixador de Portugal no México, para onde parte na próxima segunda-feira. Já em Bagdad, permanece uma pequena estrutura de apoio administrativo, mas sem nenhum português.
Miguel Curado / Ana Patrícia Dias

Fonte



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Fracasso empresarial no Iraque contribui para fecho de embaixada

João Pedro Henriques

O total fracasso empresarial português no Iraque pesou fortemente na "desactivação" da embaixada no país, quarta-feira anunciada pelo minis- tro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. Formalmente, o Executivo alegou razões de segurança e de "custos financeiros" da representação diplomática. Mas por detrás destas razões está uma outra, segundo revelaram ao DN especialistas portugueses (políticos e empresariais) na questão: não há uma única empresa portuguesa que tenha conseguido implantar-se no terreno. As condições de segurança são de tal forma explosivas que os custos e os riscos não compensam o investimento.

Sendo assim, a embaixada deixou de ter objecto: por um lado, o Estado iraquiano é, em si mesmo, uma incógnita; por outro, a diplomacia económica - que é a vocação mais forte das embaixadas portuguesas nos países árabes - revelou-se completamente inviável, precisamente devido à total ausência empresarial portuguesa.

Falando ao DN, Ângelo Correia, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Árabe Portuguesa (CCIAP), diz que a embaixada no Iraque pós- -Saddam "não tinha, nem nunca teve, qualquer justificação". "Não há negócios nem trocas comerciais" de empresas portuguesas naquele país, disse o empresário ao DN.

Segundo acrescentou, o fracasso empresarial português contrasta fortemente com o voluntarismo revelado por várias empresas portuguesas assim que os EUA e os seus aliados derrotaram o regime de Saddam Hussein (Abril de 2003).

Ângelo Correia lembra-se de um jantar organizado em Londres pela CCIAP para promoção de investimentos no Iraque, onde, a par de mais de 300 empresas britânicas, participaram 15 portuguesas. As clássicas, como a Galp e os gigantes nacionais das obras públicas. Dessas, "nem uma só", segundo garante, está conseguiu operar. Um especialista político na questão iraquiana, que falou ao DN sob anonimato, acrescentou que actualmente o único empresário português operando no terreno é Micael Gulbenkian, em representação dos antiquíssimos interesses petrolíferos que desde sempre foram o sustentáculo financeiro da sua fundação.

Neste contexto de extrema perigosidade, a presença portuguesa foi encolhendo. O contingente da GNR em Baçorá chegou ali em Novembro de 2003, retirando ano e meio depois. Recentemente, os elementos dos GOE (Grupo de Operação Especiais) da PSP que garantiam a segurança interna da embaixada em Bagdad retiraram-se. Sem segurança, o próprio embaixador, Francisco Falcão Machado, ficou paralisado.

Ontem, em Bruxelas, o ministro Luís Amado reiterou o argumento da insegurança: "Uma vez que a companhia que assegurava a segurança externa da embaixada deixou o país, ficámos numa situação muito delicada." Explicou, por outro lado, que a representação tinha um "custo financeiro pesadíssimo". Assim, Portugal só voltará a ter uma embaixada em Bagdad quando existirem "condições para nomear um embaixador residente". Segundo comunicado do MNE, a desactivação da embaixada enquadra-se no reajustamento geral da rede diplomática. Fechou a embaixada em Manila (Filipinas), vai abrir uma em Tripoli (Líbia) e será reactivada a "representação de interesses" em Beirute (Líbano). Em Bagdad fica apenas um funcionário do MNE.


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Jorge Pereira

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« Responder #10 em: Março 09, 2007, 04:28:47 pm »
Citação de: "Yosy"
Citação de: "Jorge Pereira"
O problema é que em questões de política externa não podemos andar aos zigue- zagues.

Portugal apoiou a deposição do antigo regime iraquiano, enviou para lá tropas, e não é só porque agora as coisas estão “complicadas” que vamos pura e simplesmente fechar uma embaixada.

O sinal que estamos a dar é de que não acreditamos que se irá encontrar uma solução para um problema que ainda por cima contribuímos para o provocar. Estamos também a dizer indirectamente que pouco nos importa as dezenas de pessoas que lá morrem todos os dias.

É uma decisão triste e lamentável, especialmente quando Portugal se prepara para assumir a presidência da União Europeia. Custa-me acreditar como é que diplomaticamente pode existir tanta inabilidade para lidar com um assunto destes.

É arriscado estar por lá? Pois é! Mas penso que os GOE estão preparados para lidar com a situação tendo plenamente consciência dos riscos, e os embaixadores existem não só para assistirem a cocktails!

Se necessário for, reforcem-se os meios, mas fechar pura e simplesmente uma embaixada…
 :roll:

Nada está mais longe da verdade: a diplomacia é um ziguezaguiar constante.

Acho muito bem terem fechado a embaixada. Não havia contrapartidas que justificassem o perigo diário do pessoal diplomático e de segurança.


Estamos a confundir conceitos.

A diplomacia é a arte de conduzir as relações exteriores ou os negócios estrangeiros de um determinado Estado ou outro sujeito de direito internacional.

A política externa é o conjunto de objectivos políticos que um determinado Estado almeja alcançar nas suas relações com os demais países do mundo.

Como podemos ver, a diplomacia é a que de facto, como instrumento prático da política externa, pode sofrer alterações com o intuito de alcançar os objectivos delineados por essa mesma política externa.

A política externa de um país não pode depender da cor ou orientação política de um determinado partido que ocupe o poder conjunturalmente. Esta deve ser transcendente e imune a esse tipo de questões.

Se assim não for, esse mesmo país perde a “confiança” e “seriedade” perante os outros, tendo isso consequências nefastas para as políticas de alianças tanto económicas como as outras de índole estratégico-militares.

Perante o mundo, Portugal com este encerramento só deixa uma imagem clara: a de oportunista. E assim meus amigos, não faremos negócios, nem estamos a cimentar as nossas alianças.

Talvez influencias das políticas à la Zapatero…
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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« Responder #11 em: Março 10, 2007, 03:12:53 am »
Citação de: "Lancero"
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Fracasso empresarial no Iraque contribui para fecho de embaixada

João Pedro Henriques

O total fracasso empresarial português no Iraque pesou fortemente na "desactivação" da embaixada no país, quarta-feira anunciada pelo minis- tro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado...


Afinal sempre há alguém atento...


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Yosy

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« Responder #12 em: Março 10, 2007, 03:58:03 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "Yosy"
Citação de: "Jorge Pereira"
O problema é que em questões de política externa não podemos andar aos zigue- zagues.

Portugal apoiou a deposição do antigo regime iraquiano, enviou para lá tropas, e não é só porque agora as coisas estão “complicadas” que vamos pura e simplesmente fechar uma embaixada.

O sinal que estamos a dar é de que não acreditamos que se irá encontrar uma solução para um problema que ainda por cima contribuímos para o provocar. Estamos também a dizer indirectamente que pouco nos importa as dezenas de pessoas que lá morrem todos os dias.

É uma decisão triste e lamentável, especialmente quando Portugal se prepara para assumir a presidência da União Europeia. Custa-me acreditar como é que diplomaticamente pode existir tanta inabilidade para lidar com um assunto destes.

É arriscado estar por lá? Pois é! Mas penso que os GOE estão preparados para lidar com a situação tendo plenamente consciência dos riscos, e os embaixadores existem não só para assistirem a cocktails!

Se necessário for, reforcem-se os meios, mas fechar pura e simplesmente uma embaixada…
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Nada está mais longe da verdade: a diplomacia é um ziguezaguiar constante.

Acho muito bem terem fechado a embaixada. Não havia contrapartidas que justificassem o perigo diário do pessoal diplomático e de segurança.

Estamos a confundir conceitos.

A diplomacia é a arte de conduzir as relações exteriores ou os negócios estrangeiros de um determinado Estado ou outro sujeito de direito internacional.

A política externa é o conjunto de objectivos políticos que um determinado Estado almeja alcançar nas suas relações com os demais países do mundo.

Como podemos ver, a diplomacia é a que de facto, como instrumento prático da política externa, pode sofrer alterações com o intuito de alcançar os objectivos delineados por essa mesma política externa.

A política externa de um país não pode depender da cor ou orientação política de um determinado partido que ocupe o poder conjunturalmente. Esta deve ser transcendente e imune a esse tipo de questões.

Se assim não for, esse mesmo país perde a “confiança” e “seriedade” perante os outros, tendo isso consequências nefastas para as políticas de alianças tanto económicas como as outras de índole estratégico-militares.

Perante o mundo, Portugal com este encerramento só deixa uma imagem clara: a de oportunista. E assim meus amigos, não faremos negócios, nem estamos a cimentar as nossas alianças.

Talvez influencias das políticas à la Zapatero…


A 1ª parte concordo.

Agora Portugal como "oportunista"? Nós não somos a Santa Casa. Em política externa não há amigos, há interesses. Nós defendemos os nossos tal como os outros defendem os deles.