Qualquer dos caças citados continua a ser produzido, melhorado e portanto vendido. Mesmo nos EUA, temos o F16V, o F15X e o Super Hornet, mesmo que seja na versão de EW. Aliás, nada de novo quando caças como o F4 ou F5, só agora começam a ser retirados de serviço e mesmo em alguns casos continuam os upgrades (caso do Brasil.).
Ponto número 2. A França face à sua posição estratégica conclui que para já, o Rafale serve, e com certeza que a Dassault conseguirá desenvolver um caça de 5ª ou 6ª geração se o quiser (Está no programa Fcas, junto com Alemanha e Espanha). O ridículo, é Portugal que está na ponta da europa, teso que nem um carapau, e deveria fazer o que lhe compete, mantendo as rotas marítimas e aéreas abertas para os seus portos, andar a pensar em apostar em programas de armas, para ir dar uma voltinha à Islândia ou aos Bálticos. Com 12 a 14 F35s, mandas um ou 2 destacamentos para fora, e fazes como a tua função primordial na Nato? Já para não falar do estado da Marinha...
Continuo a dizer. Metam ordem na casa, façam o upgrade dos F16 para o padrão V, e quando as células estiverem perto do fim logo compram outro caça. Agora, andar já a sonhar, quando desde Gregos a Turcos, passando por Polacos e Romenos, usam e vão continuar a usar o F16, já para não falar nos EUA, é arranjar mais um programa que pode dar buraco tipo Kc.
Saudações
O facto de continuarem a ser fabricados pouco importa. A realidade é que no nosso caso, só veremos substituto dos F-16, na melhor das hipóteses, dentro de 8 anos, possivelmente mais. É muito tempo para a tecnologia evoluir, e aquilo que hoje é "bom", amanhã não é. Depois, volto a frisar que caças comprados novos, terão de aguentar pelo menos 30 anos, agora é fazer as contas até quando é que teriam de aguentar, e ver se acham que faz sentido nessa altura o nosso único caça estar potencialmente 2 gerações atrasado.
E volto a dizer, a decisão da França continuar com o Rafale, não é com base na sua "estratégia de defesa", mas sim pela falta de outra opção. Eles gostam de ter independência no que diz respeito à Defesa, e depois de estourarem dinheiro no Rafale, e com o seu desenvolvimento, e depois de ter vendido muito menos do que esperava (não rentabilizando tanto os custos de desenvolvimento), inviabiliza completamente o investimento num novo caça tão depressa. Ainda para mais quando eles fazem tudo "em casa", desde os submarinos nucleares, aos caças, todo o tipo de veículos, fragatas, etc, o dinheiro não dá para tudo.
Dizer que a Dassault desenvolve um caça de 5ª ou 6ª geração "se quiser", é pura ingenuidade, pois para isso, é preciso ter dinheiro, muito dinheiro, não é estalar os dedos e está feito. É para isso que precisam de parceiros no programa FCAS, porque sozinhos além de dispendioso, a quantidade adquirida não cobria os custos de desenvolvimento. O programa FCAS só prevê a entrada ao serviço do novo caça lá para 2040, o que por si só já nos diz que não é como a "Dassault quiser".
O facto de a Europa ter sido "pacífica" desde o fim da Guerra Fria, também permitiu que muitos países se desleixassem, passando inclusive o foco a ser o Iraque e Afeganistão. Logo é natural que tirando as potências, o foco deixou de ser meios convencionais de guerra.
O Brasil modernizou o F-5, e mantém-no em uso, por ser o tapa buraco da aviação de caça brasileira. Depois do falhanço do primeiro programa F-X, que daria vitória ao Rafale, a FAB ficou "apeada", e até ao Gripen entrar ao serviço vindo do subsequente programa de caças, o F-5 é a única opção que lhes resta. Ou é o F-5, ou é nada, o F-5 não está em uso na FAB por ser do melhor que há.
Por fim, as missões que os nossos F-16 desempenham pouco importam. Até porque se começarem a usar esse argumento, ainda vem alguém questionar quando é que foi a última vez que um submarino português afundou um navio inimigo com torpedos, ou a última vez que um CC do Exército destruiu outro CC, ou uma fragata lançou um Harpoon contra outro navio. No fim, seguindo esse raciocínio, as FA ficam sem meios de combate, porque "quando foi a última vez que fomos para a guerra?" ou o velho "Portugal não tem inimigos".
Para terminar o off-topic, existem duas opções para a FAP: F-35 novos algures para a década de 30, ou modernizar os F-16 para o padrão V, e deixar para 2040 a decisão do novo caça. Qualquer outra opção é irracional. Agora isto está nas mãos da FAP e decisores políticos, sabendo desde já que, SE não for tomada atempadamente a decisão de modernizar os F-16, fica tarde para esta opção, e resta-nos rezar que na década de 30 haja verba para os F-35.