EUA fora das Lajes?

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Lightning

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #135 em: Fevereiro 17, 2015, 09:20:29 pm »
Reportagem da RTP: "Adeus América".

http://www.rtp.pt/play/p1764/e184269/linha-da-frente
 

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Ramos

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Algumas ideias para o futuro das Lages
« Responder #136 em: Março 08, 2015, 12:23:37 pm »
É um dado adquirido: a importância estratégica da base das Lages para os norte-americanos diminuiu drasticamente com o actual contexto geopolítico. A sua presença nos Açores não deverá voltar a ter a expressão que já teve no passado, podendo pontualmente vir a ser mais expressiva, caso o contexto internacional mude. Mas para já, e num futuro previsível, a necessidade de um “porta-aviões” ancorado no meio do Atlântico norte é meramente residual.
É por isso o momento de discutir de que forma se pode rentabilizar a médio prazo a base das Lages, mantendo e inclusivamente aumentando a sua importância. Eis algumas sugestões:
- Criar uma escola NATO /EU de treino de luta anti-submarina
- Criar uma escola NATO / EU de SAR
- Criar uma escola NATO / EU de navegação oceânica
- Criar uma escola NATO /EU de sobrevivência em ambiente marítimo
Nenhuma das ideias enunciadas se exclui mutuamente. São, inclusive, complementares entre si, e perfeitamente conjugáveis com a actual utilização das Lages. Para além disso, Portugal possui uma experiência invejável em todas as áreas enunciadas, meios adequados e tripulações muito bem preparadas, e os Açores têm as condições ideais e a localização certa para proporcionar uma formação de excelência em todas as áreas sugeridas. E a actual infra-estrutura física existente na base das Lages parece ser mais do que suficiente para acomodar qualquer um, ou mesmo todos estes centros simultaneamente.
Transformar as Lages num importante centro de formação NATO /EU pode ser um caminho que inclusive confira à base uma importância ainda maior do que a que teve no passado.
 

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nelson38899

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Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
« Responder #137 em: Março 08, 2015, 01:22:38 pm »
Eu vejo os Açores, como uma base de apoio principal, às forças armadas Portuguesas! A ilha terceira seria uma ilha interessante para acolher uma base para a marinha, força aérea e exercito. Se aproveita-se-mos as instalações que já existem e reformula-se-mos a base, seria muito interessante ter a primeira base do CEMGFA, ou seja, ter exercito, marinha e força aérea juntas. Em caso de necessidade a base poderia albergar F16, LPD, submarinos e quem sabe pandures ou leopards.

Para utilização civil poderíamos utilizar o porto a ser reformulado para albergar o lpd, como um porto de suporte a Sines, além de poderíamos utilizar as instalações para aumentar a capacidade, que já existe de rastrear satélites e criar um centro de incubação de empresas ligadas à biotecnologia, aeroespaciais e industrias ligadas ao mar.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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cmc

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Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
« Responder #138 em: Março 08, 2015, 03:59:33 pm »
Independentemente de qualquer outro uso das Lajes, tanto os Açores como a Madeira deviam ter presença permanente dos vários ramos das FA.

Pelo lado da FAP podia ser feito com uma esquadra mista, com 2/4 F16 para defesa aérea (pelo menos), 2 EH101 com possibilidade de reabastecimento aéreo (por hipotéticos KC130/KC390), C295, P3, e helis ligeiros para o que não necessitasse de EH101.

Uma base naval com um destacamento permanente de Fuzileiros e NPO, e visitas regulares de fragatas e subs.

Pelo Exército, Engenharia, Transmissões, Saúde e destacamento de OE.

Na Madeira, um dispositivo semelhante, incluindo um posto de apoio «avançado» nas Desertas Selvagens.

Tudo isto em sistema de rotatividade com o Continente, e tendo em vista não só assegurar em permanência um mínimo de soberania nacional, como acudir às bem mais prováveis emergências naturais.

Isto, na minha opinião, devia ser indiscutível e incondicional; obviamente, a realidade política é a que sabemos...

Como adenda, é lamentável que não tenha sido equacionado(?) reverter o Atlântida para o estado, e convertê-lo num Gil Eannes II.
« Última modificação: Março 09, 2015, 11:38:58 pm por cmc »
 

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Duarte

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #139 em: Março 09, 2015, 01:29:10 am »
Em tempos a presença da FAP na BA4 foi bem maior, Esq. 303 com Fiat G-91 (ao todo 27 G-91 fizeram serviço na Esq. 303 entre 1981-1990, embora a Esq. nuca teve mais que uma dúzia de pilotos), Esq. 503 com Aviocar (4-5?), Esq. 752 c/ Puma (4). Deveria existir um destacamento de F-16 na BA4, se algum dia as ERadar planeadas para os Açores se materializam..  :G-beer2:
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Cabeça de Martelo

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Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
« Responder #140 em: Março 10, 2015, 12:51:11 pm »
Citação de: "cmc"
Independentemente de qualquer outro uso das Lajes, tanto os Açores como a Madeira deviam ter presença permanente dos vários ramos das FA.

Pelo lado da FAP podia ser feito com uma esquadra mista, com 2/4 F16 para defesa aérea (pelo menos), 2 EH101 com possibilidade de reabastecimento aéreo (por hipotéticos KC130/KC390), C295, P3, e helis ligeiros para o que não necessitasse de EH101.

Não temos meios e pelo que eu tenho ouvido, não são assim tanto os interessados a irem para os Açores e para a Madeira.

Citar
Uma base naval com um destacamento permanente de Fuzileiros e NPO, e visitas regulares de fragatas e subs.

Idém.

Citar
Pelo Exército, Engenharia, Transmissões, Saúde e destacamento de OE.

Já há um Regimento de Guarnição 1 e 2:

 :arrow: http://www.exercito.pt/sites/RG2/Notici ... OTE14.aspx

E depois ainda há um RG3:

 :arrow: http://www.exercito.pt/sites/RG3/Notici ... 80%9D.aspx

E até têm uma equipa de resgate de montanha!


Citar
Como adenda, é lamentável que não tenha sido equacionado(?) reverter o Atlântida para o estado, e convertê-lo num Gil Eannes II.

Eu não.
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nelson38899

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #141 em: Março 10, 2015, 01:31:13 pm »
A melhor compensação que os Américas podem nos dar por saírem, era a construção de um porto de águas profundas e uma bateria Anti-aérea.
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Camuflage

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #142 em: Março 10, 2015, 08:34:03 pm »
Ainda não percebi essa lógica que eles nos têm de dar alguma coisa... Vocês quando saem de uma casa que alugaram também dão alguma coisa ao senhorio?
 

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Duarte

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #143 em: Março 10, 2015, 08:57:06 pm »
Citação de: "nelson38899"
A melhor compensação que os Américas podem nos dar por saírem, era a construção de um porto de águas profundas e uma bateria Anti-aérea.


o mais provável é recebermos um "bem haja" e um "até `a próxima"  :mrgreen:
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Alvalade

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #144 em: Março 10, 2015, 11:28:16 pm »
Citação de: "Duarte"
Citação de: "nelson38899"
A melhor compensação que os Américas podem nos dar por saírem, era a construção de um porto de águas profundas e uma bateria Anti-aérea.


o mais provável é recebermos um "bem haja" e um "até `a próxima"  :roll:
 

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cmc

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Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
« Responder #145 em: Março 11, 2015, 03:01:27 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Não temos meios e pelo que eu tenho ouvido, não são assim tanto os interessados a irem para os Açores e para a Madeira.
Esqueceu-se do que acrescentei:
Citação de: "cmc"
Isto, na minha opinião, devia ser indiscutível e incondicional; obviamente, a realidade política é a que sabemos...
...o que, também obviamente, tem reflexos na realidade económico-operacional.

Mas estamos a falar das FA, ou de turismo jovem?

Citar
Já há um Regimento de Guarnição 1 e 2:
[...]
E depois ainda há um RG3:
[...]
E até têm uma equipa de resgate de montanha!
[...]
E igualmente grande parte dos outros meios aéreos e navais que referi, mas falei do (mínimo) que deveria haver, não de que há ou não há.
 

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Crypter

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Re: Algumas ideias para o futuro das Lages
« Responder #146 em: Março 11, 2015, 11:51:30 am »
Citação de: "cmc"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Não temos meios e pelo que eu tenho ouvido, não são assim tanto os interessados a irem para os Açores e para a Madeira.
Mas estamos a falar das FA, ou de turismo jovem?

Aí concordo com o cmc.
 

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Get_It

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #147 em: Março 13, 2015, 01:17:25 am »
A localização das Lajes, que em tempos tornou-a num ponto estratégico de grande importância, é hoje um dos principais obstáculos para atrair outras actividades não-especializadas ao aumentar os custos a nível de transporte e logística. E nem o facto de já existirem instalações construídas acaba por ajudar assim tanto para compensar por esse facto.

A maior vantagem neste momento é o espaço aéreo dos Açores que seria ideal para treino de combate aéreo ou para testar armamento ar-ar ou superfície-ar. O que estraga tudo é as condições atmosféricas. Porque haveria qualquer força aérea ou empresa privada de colocar nos Açores um centro de instrução quando pode fazer o mesmo em Beja, Monte-Real, ou até Ovar, com acesso a um espaço aéreo no sul do país com melhores condições atmosféricas e com maior de número de horas com luz solar, e também bastante perto do campo de tiro de Alcochete?

Não estou a ver o que é que as Lajes teriam de atractivo para escolas de sobrevivência em ambiente marítimo ou SAR. Seria mais barato colocar essas escolas no continente. Até mesmo a construção de uma piscina/tanque de água com equipamento para simular mau tempo e quedas de aeronaves seria mais seguro, eficiente e barato do que estar a usar os Açores para isso. No máximo, quer no caso de uma escola de sobrevivência, quer no caso do SAR ou luta anti-submarina só seria necessário fazer exercícios durante uma semana ou duas lá. Já no caso de SAR qualquer força militar ou empresa privada poderia fazer um simples exchange com a Esquadra 751 sem a necessidade de estar a instalar lá centros dedicados a isso.

A ideia de centros de instrução e escolas NATO/EU são de louvar, infelizmente não me parece que existam condições para competir com outras localizações no continente ou qualquer vontade política para financiar tais projectos.

Na minha opinião os Açores deviam deixar de lado qualquer ideia de expandir as actividades militares nas Lajes a menos que apareça mesmo uma força militar estrangeira ou empresa privada interessada. O que realmente se devia fazer era o que o nelson38899 já tem vindo a escrever aqui quanto à criação de centros de incubação, indústrias na área aeroespacial, biotecnologia, e principalmente ao sector marítimo ou tecnologias ligadas ao mar.

Vejam lá se convencem o Elon Musk a instalar umas fábricas, centro de testes ou estação de rastreio na ilha.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Cabeça de Martelo

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #148 em: Março 13, 2015, 10:24:19 am »
A primeira vez que eu ouvi em criar um Centro de Excelência em Portugal para a OTAN, foi em relação a Tancos (ETP), depois os senhores do Exército decidiram que o Centro de Excelência seria em Mafra (CAE), agora vocês estão a defender outros Centros....

Já alguém perguntou na OTAN se eles querem esses Centros de Excelência? Já alguém perguntou na OTAN se eles pensam que nós temos essa capacidade? No caso de Tancos, há essa capacidade, porque temos lá uma pista completamente sub-aproveitada, temos as instalações de manutenção desse tipo de material, temos o clima e na prática teriamos que fazer poucos investimentos (ao contrário de Mafra que gastaram dinheiro e continuamos a não ter nada de especial). Criar infraestruturas de raiz é muito porreiro, mas para isso falta o vil metal!
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papatango

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #149 em: Março 21, 2015, 07:00:18 pm »
Quando os americanos começaram a considerar a utilização das Lajes, também os ingleses o fizeram e estavamos em plena guerra.

Na altura não havia uma única pista em nenhuma das ilhas e as ligações aéreas que existiam eram feitas por hidroaviões.
Hoje, todas as ilhas têm pistas e existem três aeroportos com capacidade para receber aeronaves de grande porte.

Os Açores continuam a ser vitáis para operações no médio oriente e mesmo para operações por exemplo na Ucrânia, por muito absurdo que isso pareça hoje.
(Há rotas mais diretas, mas os Açores tornam as coisas mais simples)

Neste momento para os americanos os Açores são acima de tudo um bomba de gasolina no meio do Atlântico.
Eles não vão sair completamente, vão manter um esqueleto que vai servir para garantir que as instalações que realmente fazem falta vão continuar operacionais. Eles não têm que se preocupar por exemplo com coisas como manutenção das pistas, já que hoje, os portugueses têm que fazer isso, porque todos os dias há voos da aviação civil.

Diz a lógica:
Muito do que nós estavamos lá a fazer, os portugueses vão ter que fazer porque precisam e nós (americanos) não vamos gastar um tusto.
Se for necessário, artigo 5º para cima dos portugas e aí as bases vão estar inevitavelmente disponíveis.

Logo: Para quê gastar dinheiro ?
O que é necessário é que as ilhas possam receber combustível e que as pistas e pontos de reabastecimento para as aeronaves de reabastecimento em voo estejam operacionais.

Com a tecnologia atual, em poucas semanas pode-se tornar os Açores num posto de reabastecimento em pleno Atlântico.
O que pode ser estranho, é como os conseguimos manter tanto tempo ali, com a estrutura que tinham.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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