Passa a ser um alvo militar legítimo (definido pelos militares) mas não político/legal. Neste momento tem-se uma ordem mundial legítima, já não se está nos tempos da 2GM.
Peço desculpa, mas parece haver aqui alguma confusão.
O dicionário de Lingua Portuguesa da Porto Editora, edição de 2020 diz que:
Legítimo (adj) – O que é conforme a Lei. O que é fundado no Direito, na Razão ou na Justiça.
Portanto, um alvo legítimo, é por natureza e definição um alvo legal. Não são os militares que definem a Lei e os militares ucranianos já mostraram muito mais sangue frio e disciplina que o que é preciso para acharmos que há qualquer tipo de acção descontrolada.
A Ucrânia, não é a Russia, onde o presidente, há umas semanas atrás, andava de cuecas na mão, de avião de um lado para o outro, a fugir de um homem, que umas semanas antes tinha dito que o Putin acabaria como o Kadafi (sodomizado com uma Ak-47).
Os pontos nos i'sTemos que tentar entender o que se passou e reconstruir vários passos, para entender que o ataque contra os dois navios militares russos, não tem nada de aventureiro, foi aparentemente pensado e muito bem pensado.
Quarta-feira 19 de JulhoO ministério russo da defesa, publicou uma nota oficial em que informava que,
a partir da meia noite do dia seguinte. 20 de Julho, qualquer navio que se dirija a portos ucranianos, será potencialmente considerado como um transporte de carga militar.
Todo o mundo se fez eco desta declaração russa feita com grande fanfarra.
Os bloggers russófilos festejaram esta gloriosa demonstração de força e de desafio aos cães americanos e aos nazis.
Estou certo que até o Alexandrinho ex-Sic deve ter feito lives com o Scott Ritter, para... enfim... aliviar a tensão... arterial ...
O problema, é que no meio dos bombardeamentos russos e da preparação para a visita dos dirigentes africanos, o que se passou a seguir, quase que não foi notíciado.
Quinta-feira 20 de JulhoO ministério ucraniano da defesa, publica uma nota oficial, em que avisa que,
qualquer navio que tenha passado em qualquer porto russo do Mar Negro, será considerado um transporte de carga militar, com todos os riscos inerentes.
Durante uma semana, os russos atacaram portos ucranianos, e mesmo um porto colado à fronteira com a Romenia não escapou.
A Ucrânia estava a ser atacada e os bloggers do costume, como sempre, previram o fim do regime de Kiev em uma semana.
Passou a cimeira Russia-Paises africanos e o aviso ucraniano caiu no esquecimento, também por causa dos ataques de drones ucranianos contra a capital russa. E afinal a Ucrânia nem marinha tem, por isso as ameaças dos ucranianos são ameaças vãs, como disse tão sabiamente o nosso cabo Agostinho numa das suas sessões de propaganda num canal de televisão.
BombaE depois claro, na madrugada do dia 5 de Agosto, depois de ter atingido um LST russo, os ucranianos atacam o transporte de combustivel para aviação Sig, navio cujo armador tem acordos com as forças armadas russas, para o transporte de combustível. Os ucranianos sabiam exactamente que navio atacar, onde e quando.
Inicialmente os russos negaram tudo (como sempre fazem) e afirmaram que todos os drones tinham sido destruidos, mas as evidências começaram a avolumar-se e foram obrigados a reconhecer que tinham sido severamente danificados dois navios, um militar e o outro um navio auxiliar de transporte.
Bloggers russos em transeDepois de mais de uma semana de comemorações, o ataque nas barbas do maior porto russo do mar negro, Novorossisk, foi um balde de água fria, como eles não sentiam há muito tempo.
Imediatamente os bloggers, raivosos, foram buscar todo o lixo de fake news para lançar contra a Ucrânia e o Zelensky. Só não puseram ainda a circular a tese de que é um reptiliano, mas como vimos neste fórum, vários ataques de rajada foram registados pelos do costume.
Uma das formas de medir a raiva dos russos é pelas declarações da Kzarina Medvedeva, que começa a expelir bombas atómicas por todos os seus orificios sempre que as coisas correm mal.
Qual a importância do ataque ?Embora alguns não tenham entendido as consequencias, o ataque foi o mais devastador ataque contra a Russia desde a perda de Kherson, ou o afundamento do cruzador Moskva.
Os ucranianos, limitaram-se a mostrar que quando disseram que qualquer navio que tocasse portos russos ou portos da Ucrânia ocupada, poderia ser atacado, não estavam a fazer Bluff.
O governo da Ucrânia, avisou que o faria. Fez o que os russos já fizeram anteriormente, e para raiva dos russos, mostrou que tinha capacidade para o fazer, atingindo dois navios em menos de 24 horas.
Objetivos:A Ucrânia essencialmente neste assunto, pretende apenas que a questão dos cereais seja resolvida, porque é vital, e colocou uma pedra no sapato de Putin, para que quando este último visitar a Turquia dentro de duas ou três semanas, ele seja obrigado a aceitar um novo acordo.
A coisa ficou mais complicada para Putin, porque mais uma vez, se tiver que aceitar o acordo, ele ficará no papel de quem ladra muito, mas depois não tem capacidade para morder da mesma maneira, dado já estar ocupado com uma guerra que está a correr mal.
A Ucrânia não precisa de fazer muito mais para condicionar o transito de navios, porque o problema é o mesmo que para o acesso ao porto de Odessa.
As companhias de seguros.