Qual é o pib dos eua e do afeganistão? 20 anos por lá e sairam com o rabo entre as pernas.
Bom... Temos aqui um exemplo de manipulação típico ...
Como é evidente, eu estava a referir os conflitos entre sociedades ou grupos de sociedades, em que a guerra se torna de tal forma importante que absorve os principais recursos.
Guerras de independencia, guerras por territórios vitais disputadas por países vizinhos ou grandes conflitos, como as guerras napoleónicas, a I e II guerra mundial.
Quando os impérios se lançam em grandes levas expansionistas, em que a expansão é o motor da economia, também temos situações dessas.
Os romanos não tinham ninguém para se lhes opor, os mongóis também não.
Em todos os casos há excepções, mas a regra, por muito que existe uma excepção é a regra.
O Afeganistão não é uma guerra em que os dois lados se mobilizem totalmente. É uma refrega.
Quando falamos das questões economicas e da inevitável vitória da economia mais preparada, falamos de conflitos em que um dos lados não pode dar-se ao luxo de perder. No Afeganistão, os americanos podiam dar-se ao luxo de perder, como até os soviético podiam.
geografiaA outra questão é a contiguidade geográfica e a expansão geográfica. A superioridade de uma economia decai à medida em que o conflito se afasta do seu núcleo.
Caso contrário, os impérios não teriam fim. Todos os impérios que se expandem territorialmente acabam por parar num limite determinado pela distância e pela base demográfica.
Os mongóis, os romanos, os otomanos, todos acabaram por parar na sua expansão...
O império português expandiu-se de forma impressionante, mas não controlou territórios, apenas pontos fortificados, sem os quais seria esmagado.
No caso da guerra entre o governo de Moscovo e o povo da Ucrânia, falamos de uma guerra em que um dos lados acabará por perder.
A Ucrânia se não lutar, será engolida, numa noite de terror, repressão e sangue. Aí sim, mergulhará nas trevas.
A Moscóvia (porque é da Moscóvia e não da Russia que falamos) pode até nem dizer que está numa guerra, mas a elite dirigente não pode dar-se ao luxo de perder. Se amanhã recuassem, mais tarde ou mais cedo, perante o avolumar das baixas e da contagem dos mortos, teriam a população a perguntar:
- porque é que morreram setenta ou oitenta mil russos ?
- Para quê ?
- Com que objetivo ?
E perante a resposta a essa pergunta, nenhum governo vai resistir
A Russia não será derrotada em campo de batalha. O ditador enviará até as filhas para combater, se isso evitar que ele morra.
Mas ao mesmo tempo a Russia sabe que acabará por perder se as democracias, como na II guerra mundial, decidirem que
" mais é demais, e já chega !"
E a Russia sabe que economicamente não tem nem nunca teve como competir.
Foi tudo uma jogada na roleta por parte de Putin ...
Na roleta russa ...
E quando se perde na roleta russa, o resultado não é bonito de se ver.