Defesa gasta 73% do orçamento com salários e subsídios

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Tiger22

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Defesa gasta 73% do orçamento com salários e subsídios
« em: Agosto 07, 2005, 09:11:04 pm »
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O Ministério da Defesa apenas tem disponível 27% do seu orçamento para a manutenção de equipamentos e operações militares, uma vez que os restantes 73% são gastos actualmente com os salários e subsídios dos militares, segundo a edição deste domingo do Público.

Um estudo do Instituto Humanismo e Desenvolvimento (IHD) chama a atenção para este número (73%), sugerindo como meta aceitável uma despesa com pessoal na ordem dos 50%.
No sentido de tornar isso possível, o estudo refere ser inevitável reduzir o número de efectivos para poder aumentar o orçamento disponível para as outras duas componentes – manutenção de equipamentos e operações militares –,pelo menos para os níveis mínimos recomendados.

De acordo com este estudo, tendo em conta o orçamento existente para a defesa, de 1,4% do PIB, o ideal seria ter um máximo de 21 mil militares.

O objectivo do estudo é ajudar a definir uma nova forma de se pensar o sistema de forças, diferente daquela que tem sido seguida.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=186702
 


Sou partidário de uma redução na estrutura de comando mas não das tropas operacionais.
21000 Homens parece-me pouco. Muito pouco.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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papatango

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« Responder #1 em: Agosto 08, 2005, 09:51:10 pm »
6.000 na Marinha
4.000 na Força Aérea
12.000 no Exército

MARINHA
Fragatas 5 x 200 = 1000 (x2 = 2000)
NPO's 10 x 35 = 350 (x2 = 700)
NAVPOL = 150 (x2 = 300)
Patrulhas: 200 (x2 = 400)
Navios de treino/auxiliares = 750
Fuzileiros = 1000
Comando, escola naval e manutenção: 750
(considerei para os principais navios o dobro da tripulação para permitir rotações)
Total=6.000


FORÇA AÉREA
18 militares de média por cada F-16 (20 x 18 = 360) (x2 = 720)
12 militares para cada Alphajet = 240 (x2 = 480)
10 militares para cada C-130 = 60 (x2 = 120)
8 militares para cada C295 = 96 (x2 = 192)
10 militares para cada NH90 = 150 (x2 = 300)
Pessoal para aeronaves VIP: 120
Pessoal de oficinas e manutenção: 800
Forças especiais: 400
Defesa aérea: 500
Comando e controle: 300

EXÉRCITO
1 X Brigada blindada: 1500
1 x  Brigada ligeira: 1500
1 x Brigada aerotransportada: 1500
2 x Brigada de defesa territorial: 4000

Aviação do exército: 500
Tropas especiais: 1000
Unidades de formação: 1500
Comando e controle: 500

= = = = =

Os numeros acima não têm qualquer valor científico e baseiam-se apenas em valores (por alto) decorrentes do racio entre meios militares e homens/mulheres enviados para varios lugares. Não há uma relação directa entre F-16 e um numero fixo de pessoas para a manutenção e outras funções directa ou indirectamente relacionadas com as aeronaves.

A Força aérea tería que ter unidades conjuntamente com o exército. O patrulhamento e a alimentação das unidades por exemplo, sería conjunta.

O mesmo com a Marinha, onde fosse possível.

Sería necessário recorrer a outsourcing para varias funções, mas com um numero reduzido de unidades, vendendo grande parte dos quarteis e construindo quarteis novos, com sistemas comuns ao exército e à Força Aérea sería possível.

É claro que a maioria dos Oficiais Superiores, pura e simplesmente diria "Isto é impossível".

A verdade, é que não temos dinheiro para armar os efectivos acima com armamento. Mas se tivessemos, teriamos umas forças armadas que poderiam ser eficazes. Pequenas mas, móveis, transportáveis, bem armadas, eficientes, numa palavra: Operacionais.

O numero de militares, é exagerado, como em todas as áreas da administração pública.

Temos 10 pessoas a trabalhar, uma trabalha, outras duas revezam essa primeira e das outras sete quatro aplaudem e três vão tomar a bica.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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emarques

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« Responder #2 em: Agosto 09, 2005, 03:20:37 am »
Ó PT, mas é que essa estimativa consegue ultrapassar em 1000 efectivos o valor considerado sutentável no artigo. :)
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Rui Elias

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« Responder #3 em: Agosto 09, 2005, 12:26:48 pm »
Eu sei que o Pedro Monteiro não concorda com esta minha visão, mas não compreendo para que é que os 3 ramos das FA's perdem tempo e gastam dinheiro e recursos humanos nos arquivos históricos militares e museus militares distribuídos por diversos núcleos museológicos, mais os hospitais militares (pelo menos já acabou o Tribunal Militar).

Isso são sorvedouros de recursos humanos e financeiros importantes que poderiam ser entregues a outros ministérios e organismos do Estado mais vocacionados para tratarem da preservação do património, ou no caso hospitalar, uma vez que não estamos em guerra, porque não poderão passar a gestão dos hospitais militares para a rede de hospitais civis de Lisboa e do Porto?
 

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papatango

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« Responder #4 em: Agosto 09, 2005, 12:44:46 pm »
emarques, é de proposito, eu esqueci-me de referir que considerei 22.000 e não 21.000.

Esqueci-me também de dizer, que coisas que hoje podem parecer estranhas como o outsourcing da alimentação tinham que ser implementadas.
Quando estive na tropa, se alguém pensasse numa coisa destas, os cozinheiros e pessoal das cozinhas pegavam em armas e davam um golpe de estado  :shock:

Cumprimentos
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